Fanfics Brasil - 45 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 45

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Christopher não lembrava nem um pouco aquele sujeito vulnerável depois da nossa foda desmedida na limusine. Na verdade, parecia outra pessoa. Ele havia voltado a ser o homem que conheci no saguão do Uckerfire, absolutamente controlado e naturalmente poderoso.


 —Em nosso país—, ele começou, —o abuso sexual na infância é uma realidade para uma a cada quatro mulheres e um a cada quatro homens. Dê uma boa olhada ao seu redor.


Alguém da sua mesa pode ter sido uma vítima, ou então conhece uma. Essa é a inaceitável verdade.


 Fiquei vidrada nele. Christopher era um grande orador, e seu tom de barítono era hipnotizante. Mas era o tema de seu discurso, tão pessoal para mim, e sua maneira apaixonada e às vezes surpreendente de abordá-lo que me emocionou. Comecei a amolecer, sentindo minha fúria injuriada e minha autoconfiança ferida dando lugar ao deslumbramento. Minha visão sobre ele mudou quando me vi apenas como mais um membro de uma plateia atenta. Ele não era mais o homem que tinha acabado de magoar meus sentimentos; era apenas um palestrante habilidoso falando sobre uma questão importantíssima para mim.


 Quando terminou, eu me levantei e aplaudi, surpreendendo tanto Christopher como a mim mesma. No entanto, os demais logo se juntaram a mim naquela ovação, e comecei a ouvir as conversas que zuniam ao redor, desmanchando-se discretamente em merecidos elogios.


 —Você é uma menina de sorte.


 Virei-me para ver de quem era a voz que havia dito aquilo, e me deparei com uma bela ruiva que parecia ter pouco mais de quarenta anos.


—Somos só... amigos.


 Seu sorriso sereno fazia de tudo para me desmentir.


 As pessoas começaram a abandonar as mesas. Eu estava prestes a pegar minha bolsa e ir para casa quando um jovenzinho se aproximou para falar comigo. Seus cabelos castanhos rebeldes despertavam uma inveja imediata, e seus olhos de um tom de verde acinzentado eram gentis e amistosos. Bonito e ostentando um sorriso jovial, ele arrancou de mim o primeiro sorriso sincero desde que saí da limusine.


 —Olá.


 Ele parecia me conhecer, o que me deixou na desconfortável posição de fingir que fazia alguma ideia de quem ele era.


—Olá.


 Ele deu uma risada, despreocupada e charmosa. —Meu nome é Diego Vidal,


sou irmão de Christopher.


 —Ah, é claro.— Senti meu rosto esquentar. Eu não conseguia acreditar que estava tão mergulhada na autopiedade que não fui capaz de fazer essa associação de imediato.


 —Você ficou vermelha.


 —Desculpe.— Ofereci a ele um sorriso envergonhado. —Não sei muito bem como dizer que li uma reportagem sobre você sem que isso soe meio esquisito.


 Ele riu. —Fico feliz que tenha lembrado. Só não me diga que foi na coluna social.


 —Não—, eu me apressei em esclarecer. —Na Rolling Stone, talvez?


 —Isso eu consigo aceitar.— Ele estendeu o braço para mim. —Quer dançar?


 Dei uma olhada para Christopher, parado diante da escada que levava ao palco. Estava cercado de pessoas ansiosas para falar com ele, em sua maioria mulheres.


 —Como você pode ver, meu irmão vai demorar um pouco—, disse Diego, parecendo se divertir com a situação.


 —Pois é.— Eu estava prestes a me virar quando reconheci a mulher ao lado de Christopher


— Belinda Peregrin.


 Apanhei minha bolsa e me esforcei para sorrir para Diego.


—Eu adoraria dançar.


 De braços dados, fomos até a pista. A banda começou a tocar uma valsa, e seguimos naturalmente o ritmo da música, com movimentos suaves. Ele era um dançarino habilidoso, ágil e seguro quanto à sua capacidade de conduzir.


 —Então você é amiga de Christopher?


 —Não exatamente.— Acenei com a cabeça para Christian quando ele surgiu ao meu lado com uma loira escultural.


—Trabalho no Uckerfire, e nós nos encontramos nos corredores uma vez ou outra.


 —Você trabalha para ele?


 —Não. Trabalho como assistente na Waters Field & Leaman.


 —Ah.— Ele sorriu. —Publicidade.


 —É.


 —Christopher deve estar muito a fim de você para passar dos encontros casuais nos corredores para um evento como este.


 Praguejei em silêncio. Sabia que as pessoas iam tirar conclusões, mas não estava nem um pouco disposta a ser humilhada.


—Christopher conhece minha mãe, que foi quem me convidou para vir, então era só uma questão de duas pessoas irem ao mesmo lugar no mesmo carro ou em carros separados.


 —Então você está desacompanhada?


 Respirei fundo, sentindo-me desconfortável, apesar da fluidez com que nos movíamos na dança.


—Bom, comprometida eu não estou.


  Diego abriu seu carismático sorriso de menino.


—Minha noite acabou de mudar pra melhor.


 Ele preencheu o restante do tempo da dança com piadinhas divertidas sobre a indústria musical, que me fizeram rir e esquecer um pouco Christopher.


 Quando a música terminou, Christian estava a postos para a próxima dança. Nós dançávamos bem, tínhamos feito aulas juntos. Relaxei em seus braços, agradecia por ter seu apoio moral.


 —Está se divertindo?—, perguntei.  —Fiquei bobo durante o jantar quando percebi que estava sentado ao lado da principal organizadora da Semana de Moda de Nova York. E ela deu em cima de mim!


Ele sorriu, mas seus olhos pareciam assustados.


—Toda vez que apareço em lugares como este... vestido deste jeito... é inacreditável. Você salvou minha vida, Dulce. E depois a mudou completamente.


 —E você é a salvação da minha sanidade mental. Estamos quites, pode acreditar.


 Ele apertou minha mão e me olhou bem nos olhos.


 —Você não parece estar nada contente. O que foi que ele fez?


 —Acho que a culpa é minha. Depois a gente conversa sobre isso.


 —Você está com medo de que eu arrebente a cara dele na frente de todo mundo.


 Suspirei.


 —Acho melhor não, por causa da minha mãe.


 Christian deu um beijo de leve na minha testa.


—Ele já estava avisado. Sabe o que vai ter pela frente.


 —Ah, Chris.— O amor que eu sentia por ele me provocou um nó na garganta, apesar de meus lábios sorridentes demonstrarem um divertimento relutante. Eu deveria saber que Christian daria uma de irmão mais velho para cima de Diego. Era a cara dele.


 Christopher apareceu ao nosso lado.


—Agora é minha vez.


 Não foi um pedido.


 Christian parou e olhou para mim. Eu concordei. Ele se afastou fazendo uma reverência, com os olhos grudados em Christopher. 



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Autor(a): xX Paty Xx

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 Ele me puxou para perto e partiu para a pista de dança da mesma maneira como fazia tudo na vida — com uma confiança absoluta. Dançar com Christopher era uma experiência completamente distinta em relação aos meus dois parceiros anteriores. Ele possuía ao mesmo tempo a habilidade de seu irmão e a intimidade com ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



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  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


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