Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy
Um dos elevadores à esquerda chegou. Maite saltou e Christopher subiu, com o olhar vidrado em mim até as portas se fecharem.
—Uau—, ela comentou. —Você se deu bem. Estou verde de inveja.
Eu não tinha nada a dizer a respeito. Era muito recente, estava com medo de abrir a boca e azedar tudo. No fundo, eu sabia que essa alegria não poderia durar muito. Estava tudo indo bem demais.
—Dulce.— Mark estava parado na porta da sala dele. —Posso falar com você um minutinho?
—Claro.— Peguei meu tablet, apesar de saber pela gravidade de sua expressão e seu tom de voz que aquilo não seria necessário. Quando ele fechou a porta atrás de mim, minha apreensão só cresceu. —Está tudo bem?
—Sim.— Ele esperou até que eu me sentasse e puxou a cadeira ao meu lado, e não a dele, do outro lado da mesa. —Não sei como dizer isso...
—Pode dizer de uma vez. Eu vou entender.
Ele me olhou com uma mistura de compaixão e vergonha. —Não é meu papel interferir. Sou seu chefe e tenho que respeitar certos limites, mas estou indo além deles porque gosto de você, Dulce, e quero que continue trabalhando aqui por muito tempo.
Senti um frio na barriga.
—Que ótimo. Adoro meu trabalho.
—Que bom, fico feliz.— Ele abriu um breve sorriso. —Só... tome cuidado com Uckermann, certo?
Pisquei, surpresa, aturdida com o rumo que a conversa tomava.
—Certo.
—Ele é inteligente, rico, gostoso... Entendo muito bem a atração. Por mais que eu seja apaixonado por Steven, fico meio balançado quando chego perto de Uckermann. Ele tem uma coisa...— Mark estava falando depressa, claramente envergonhado. —E está na cara que ele está interessado em você. Você é bonita, esperta, sincera, atenciosa... Eu poderia dizer muito mais, porque você é mesmo ótima.
—Obrigada—, eu disse baixinho, procurando não demonstrar o quanto estava chateada. Esse tipo de aviso de um amigo e o fato de saber que outros também me viam apenas como o brinquedinho da semana açoitavam implacavelmente minha insegurança.
—Não quero que você se magoe—, ele murmurou, percebendo minha tristeza. —E até admito que posso estar sendo um pouco egoísta. Não quero perder uma ótima assistente só porque ela não quer mais trabalhar no mesmo prédio que o ex.
—Mark, fico feliz com sua preocupação e de saber que estou sendo valorizada aqui. Mas você não precisa se preocupar comigo. Eu já sou crescidinha. Além disso, não existe nada capaz de me fazer querer sair daqui.
Ele soltou um suspiro de alívio.
—Muito bem. Vamos deixar esse assunto de lado e começar a trabalhar.
Foi o que fizemos, mas eu me preparei para mais sessões de tortura criando um alerta diário do Google para buscas com o nome de Christopher. Quando chegaram as cinco horas, minhas preocupações se projetavam sobre minha felicidade como uma sombra sinistra.
Christopher estava a postos, conforme tinha avisado, e não pareceu notar minha disposição mais introspectiva enquanto descíamos no elevador. Mais de uma mulher ali dentro lançou olhares furtivos na direção dele, mas esse tipo de coisa não me incomodava.
Ele era lindo, seria estranho se ninguém olhasse.
Ele pegou minha mão quando passamos pelas catracas, entrelaçando seus dedos nos meus. Esse simples gesto de intimidade significou tanta coisa para mim que apertei ainda mais sua mão. Era o tipo de coisa com a qual eu teria de tomar cuidado. O momento em que eu me sentisse agradecida porque ele dedicava seu tempo a mim seria o princípio do fim. Até eu perderia o respeito por mim se isso acontecesse.
O Bentley estava parado no meio-fio, com o motorista a postos na porta traseira.
Christopher olhou para mim. —Tenho umas roupas aqui comigo, caso você queira ir à sua academia. Equinox, certo? Ou podemos ir à minha.
—Onde fica a sua?
—A minha preferida é a UckermannTrainer, na rua 55.
Minha curiosidade sobre como ele tinha descoberto o nome da minha academia se foi quando ouvi a palavra —Uckermann— no nome da dele.
—Por acaso você é o dono dessa academia?
Ele abriu um sorriso.
—Dessa rede de academias. Em geral eu treino MMA com um treinador particular, mas uso a academia de vez em quando.
—Da rede—, repeti. —Claro.
—Você que sabe—, ele falou, com a maior boa vontade. —Vou aonde você quiser.
—Vamos pra sua academia, literalmente.
Ele abriu a porta traseira e eu entrei. Pus a bolsa e a mochila da academia no colo e olhei pela janela enquanto o carro começava a andar. O sedan ao lado estava tão próximo que quase não era preciso que eu me curvasse para tocá-lo. O horário de pico em Manhattan era algo a que eu não havia me acostumado. No sul da Califórnia também tinha trânsito, mas os carros conseguiam andar devagar. Em Nova York, a velocidade e o congestionamento se alternavam com tanta frequência que eu me via obrigada a fechar os olhos e rezar para sobreviver.
Era outro mundo. Uma cidade nova, um apartamento novo, um emprego novo e um homem novo. Coisa demais para digerir de uma vez só. Não era à toa que eu estava me sentindo tão perdida.
Olhei para Christopher e o surpreendi me olhando com uma expressão indecifrável.
Dentro de mim, tudo girava em uma confusão de luxúria e ansiedade. Não tinha a menor ideia do que estava fazendo com ele, só sabia que não era capaz de parar, nem mesmo se quisesse. Fomos à loja de celulares primeiro. A vendedora que nos atendeu parecia especialmente suscetível aos atrativos de Christopher. Assim que ele demonstrou o mínimo interesse em um produto, ela já se abriu toda, alongando-se em explicações detalhadas e se aproximando o máximo possível na hora de fazer as demonstrações.
Tentei ficar longe dos dois e encontrar alguém disposto a me ajudar, mas a mão de Christopher, sempre colada à minha, impedia que eu me afastasse. Depois houve a discussão de quem ia pagar, apesar de o telefone e a conta serem meus.
—Você já escolheu a operadora—, argumentei, empurrando seu cartão de crédito para o lado e estendendo o meu para a vendedora.
—Porque é mais prático. Se formos da mesma operadora, podemos nos ligar de graça.— Ele trocou os cartões em um movimento habilidoso.
—Se você não guardar esse cartão, não vou nem querer ligar pra você!
Isso pareceu convencê-lo, apesar de Christopher não ter ficado muito satisfeito. Ele que engolisse essa.
De volta ao Bentley, seu bom humor voltou.
—Pode ir para a academia agora, Angus—, ele ordenou ao motorista, recostando-se no assento. Depois tirou o celular do bolso e adicionou meu número à sua agenda. Em seguida, adicionou seu celular no meu, acrescentando o número de casa e do escritório.
Autor(a): xX Paty Xx
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Ele mal havia terminado quando chegamos à UckermannTrainer, uma academia de três andares que era o sonho de qualquer entusiasta da boa forma. Fiquei impressionada com cada canto de sua estrutura bonita, moderna e bem equipada. Até mesmo o armário do vestiário feminino parecia algo saído de um filme de ficção cient& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1149
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lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11
finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.
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lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27
que bom q vc voltou. Posta mais.
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sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50
Obaaa posta mais!
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lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00
Continua :(
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lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47
que bom que vc voltou
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sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42
Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!
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lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35
continua por favor
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lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31
cadê você?
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lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21
Eita porra. Continua.
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lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31
Continua