Fanfics Brasil - 635 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 635

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Vi Arnoldo assim que entrei no Tableu One. Ele


estava de pé junto a uma mesa para dois no fundo do


restaurante, usava uma camisa branca de cozinheiro


impecável e calça preta e falava com uma mulher que


eu não podia ver direito.


Ela voltou o rosto na minha direção quando me


aproximei. Seu cabelo loiro comprido deslizou


sobre os ombros, e seus olhos azuis se iluminaram


por um instante, mas o brilho se extinguiu


imediatamente. O sorriso com que me cumprimentou


foi frio e mais do que convencido.


-Fernanda.- Cumprimentei-a com um aceno de


cabeça antes de apertar a mão de Arnoldo. O


restaurante que ele tocava com meu apoio estava


cheio para o almoço, e o burburinho das inúmeras


conversas era alto o suficiente para abafar o som da


música italiana que vinha dos alto-falantes embutidos


no teto.


Arnoldo pediu licença para voltar à cozinha,


levando a mão de Fernanda aos lábios para um beijo


de despedida. Antes de nos deixar, lançou-me um


olhar com o qual indicava que precisávamos


conversar mais tarde.


Sentei diante de Fernanda. -Obrigado por tirar um


tempo para encontrar comigo.-


-Seu convite foi uma surpresa agradável.-


-Mas não inesperada, imagino.- Recostei-me na


cadeira, absorvendo a cadência suave da fala dela.


Enquanto a voz rouca de Dulce me despertava um


desejo profundo, a de Fernanda me acalmava.


Ela abriu um sorriso e limpou uma poeirinha


invisível no decote acentuado do vestido vermelho.


-Não, eu diria que não.-


Irritado com aquele joguinho, fui direto ao ponto.


-O que está fazendo? Você valoriza a privacidade


tanto quanto eu.-


Fernanda estreitou os lábios numa linha firme. -Foi


o que pensei quando vi pela primeira vez aquele


vídeo de vocês dois discutindo no parque. Você diz


que não te conheço, mas conheço muito bem, e ter a


vida exposta nos tabloides é algo que jamais admitiria


em circunstâncias normais.-


-E o que é normal?-, rebati, incapaz de negar que


eu era diferente com Dulce. Nunca cedi a mulheres que


me testassem esperando um gesto grandioso em


troca. Se me seguissem com agressividade suficiente,


permitia uma noite comigo. Com Dulce, era eu quem


corria atrás.


-Esse é justamente o ponto… Você não lembra


mais. Porque está envolvido num caso passional e


não consegue enxergar nada além dele.-


-Não existe nada além dele, Fernanda. Vou ficar


com Dulce até morrer.-


Ela suspirou. -Você acha isso agora, mas relações


tempestuosas não duram, Christopher. Queimam até virar


cinzas. Você gosta de ordem, de calma, e não vai ter


isso com Dulce. Nunca. No fundo, uma parte de você


sabe disso.-


Aquelas palavras me atingiram. De alguma forma,


ela ecoara meus próprios pensamentos.


Um garçom se aproximou da mesa. Fernanda


pediu uma salada; eu pedi um drinque — duplo.


-Então está escrevendo um livro sobre a gente…


pra quê?-, perguntei assim que o garçom saiu. -Pra


se vingar de mim? Magoar Dulce?-


-Não. Só quero que você lembre.-


-Não é assim que vai conseguir isso.-


-E como vou?-


Sustentei o olhar dela. -Acabou, Fernanda. Expor


suas memórias não vai mudar nada.-


-Talvez não-, ela admitiu, parecendo tão triste que


senti uma pontada de arrependimento por ter sido


duro. -Mas você disse que nunca me amou. O


mínimo que posso fazer é provar o contrário. Eu te


dei conforto. Satisfação. Você foi feliz comigo. Não


vejo essa tranquilidade quando está com ela. Você


não pode me dizer que se sente da mesma forma.-


-Tudo o que está falando me faz acreditar que


nem liga se eu ficar com você ou não. Mas você está


se separando de Malo, e talvez ligue para dinheiro.


Quanto pagaram pra você vender seu ‘amor’ por


mim?-


Ela ergueu o queixo num desafio. -Não é por isso


que estou escrevendo o livro.-


-Você só quer ter certeza de que não vou ficar


com Dulce.-


-Só quero que você seja feliz, Christopher. E, desde


que conheceu essa mulher, você não parece nada


feliz.-


Como Dulce reagiria quando lesse o livro? Não


muito melhor do que eu estava reagindo a -Golden-.


Os olhos de Fernanda repousaram em minha mão


esquerda, que descansava sobre a mesa. -Você deu


a aliança da sua mãe para Dulce.-


-Há muito tempo que não é mais dela.-


Fernanda deu um gole na taça de vinho que estava


na mesa antes de eu chegar. -Você já tinha a aliança


quando estava comigo?-


-Já.-


Ela estremeceu.


-Pode tentar convencer a si mesma de que Dulce e


eu somos incompatíveis,- disse firme, -e que só


brigamos ou transamos e não temos nada mais


substancial. Mas a verdade é que ela é minha outra


metade e o que você está fazendo vai magoá-la. Se


cancelar o livro, posso cobrir o valor do contrato


com a editora.-


Ela me olhou por um longo tempo. -Não… não


posso, Christopher.-


-Por quê?-


-Está me pedindo para desistir de você. Esse é


meu jeito de não fazer isso.-


Eu me aproximei dela sobre a mesa. -Se sente


alguma coisa por mim, Fernanda, por favor, não


publique este livro.-


-Christopher…-


-Se fizer isso, vai transformar as boas lembranças


que eu tinha em algo que odeio.-


Seus olhos azuis encheram-se de água. -Sinto


muito.-


Afastei a cadeira da mesa e me levantei. -Vai


sentir mesmo.-


Dando as costas para ela, saí do restaurante e fui


até o Bentley que esperava por mim. Angus abriu a


porta, com o olhar fixo além de mim, na janela ampla


do Tableau One.


-Merda.- Sentei no banco traseiro. -Puta que


pariu!-


As pessoas que se sentiam injustiçadas por mim


de alguma forma estavam surgindo das trevas feito


aranhas, atraídas pela presença de Dulce na minha


vida. Ela era minha maior vulnerabilidade, uma que eu


não era capaz de ocultar muito bem. E isso estava


começando a se tornar um problema que eu


precisava resolver. Diego , Anne, Landon,


Fernanda… eram apenas o começo. Havia mais gente


que não gostava de mim. E mais gente ainda que


guardava rancor do meu pai.


Antigamente eu provocava essas pessoas,


divertindo-me com o desafio. Agora, os filhos da


mãe estavam tentando me atingir através da minha


esposa. E todos de uma vez. Aquilo estava me


esgotando. Se eu não fechasse a guarda de vez, se


não me concentrasse completamente, ia deixar Dulce


desprotegida.


E tinha que evitar isso a todo custo.


-Ainda quero ver você hoje-, Dulce disse, a voz


sedutora emanando do telefone feito fumaça.


-Isto não está em questão-, respondi,


recostando-me na cadeira. Pela janela, podia ver o


sol baixo no horizonte. O dia estava chegando ao fim.


Em algum ponto no meio daquela semana turbulenta,


agosto dera lugar a setembro. -Você lida com Chris,


eu vou encontrar Arnoldo, e nosso fim de semana vai


começar em seguida.-



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Autor(a): xX Paty Xx

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-Nossa, a semana passou voando. Preciso malhar. Faltei a aulas demais.- -Você pode lutar comigo amanhã.- Ela riu. -Ah, é, tá bom.- -Estou falando sério.- Pensei em Dulce usando roupas de ginástica, e meu pau reagiu na mesma hora. -Não posso lutar com você!-, ela protestou. -Claro que pode.- -Você treina h&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



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  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


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