Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy
-Hum, posso dar uma ideia?- Kristin inclinou-se
para a frente para falar. -Acho que pode dar certo,
Blanca. Muitas celebridades fazem casamentos
íntimos. Um orçamento limitado vai nos ajudar a
manter o foco nos detalhes. E, se Christopher e Dul
concordarem, podemos selecionar umas fotografias,
vender para algumas revistas e reverter o lucro para
caridade.-
-Gostei da ideia!-, eu disse, embora estivesse
pensando como isso ia funcionar com o acordo de
exclusividade de quarenta e oito horas que Christopher
havia oferecido a Angelique Boyer.
Minha mãe parecia consternada. -Sonhei com seu
casamento desde o dia em que você nasceu-, ela
disse baixinho. -Sempre quis que tivesse um dia de
princesa.-
-Mãe.- Peguei a mão dela. -Você pode esbanjar
na festa, tá legal? Pode fazer o que quiser. Esquece
esse negócio de vermelho, pode convidar o mundo
inteiro, qualquer coisa. Mas para a cerimônia já não é
suficiente que eu tenha encontrado meu príncipe?-
Ela apertou minha mão e me olhou com lágrimas
nos olhos azuis. -Acho que vou ter que me contentar
com isso.-
Tinha acabado de sentar no banco traseiro da
Mercedes quando meu celular começou a tocar.
Peguei o aparelho da bolsa, olhei para a tela e vi que
era Trey. Meu estômago se contorceu de leve.
Não conseguia tirar da cabeça a imagem de sua
expressão arrasada na noite anterior. Ficara
escondida na cozinha enquanto, na sala, Chris
contava sobre Tatiana e a gravidez. Tinha colocado
um ensopado no forno e sentado num banco da
cozinha dentro do campo de visão de Chris, lendo um
livro no tablet. Mesmo de perfil, dava para ver como
Trey recebera a novidade.
Ainda assim, ele ficara para o jantar e passara a
noite no apartamento, então eu estava torcendo para
que as coisas terminassem bem. Pelo menos não
tinha simplesmente levantado e ido embora.
-Oi, Trey-, respondi. -Como você está?-
-Oi, Dulce.- Ele soltou um suspiro pesado. -Não
tenho a menor ideia. E você?-
-Bem, acabei de sair da casa da minha mãe
depois de passar horas falando sobre o casamento.
Não foi tão ruim quanto achei que seria, mas poderia
ter sido mais tranquilo. O que é normal quando se
trata da minha mãe.-
-Ah… bom, você deve estar ocupada. Desculpa
incomodar.-
-Claro que não, Trey. Estou feliz que tenha ligado.
Se quiser conversar, estou aqui.-
-Será que a gente pode se encontrar? Quando for
melhor pra você.-
-Que tal agora?-
-Sério? Estou numa feira de rua no West Side.
Minha irmã me arrastou até aqui, mas estou meio
insuportável. Ela foi embora há alguns minutos, e não
tenho nada para fazer.-
-Posso encontrar você aí.-
-Fica entre as ruas 82 e 83, perto da Amsterdam.
Só pra você saber, está lotado.-
-Certo. Aguenta firme. Já estou chegando.-
-Obrigado, Dulce.-
Quando desliguei, vi Raúl me olhando pelo
retrovisor. -Amsterdam com a 82. O mais rápido que
puder.-
Ele assentiu.
-Obrigada.- Viramos a esquina e olhei pela janela,
assimilando a cidade naquela tarde de sábado.
O ritmo de Manhattan era mais lento nos fins de
semana, as roupas eram mais casuais e havia mais
vendedores de rua. Mulheres de sandália e vestidos
leves de verão olhavam as vitrines tranquilamente,
enquanto homens de bermuda e camiseta
caminhavam em grupos, olhando as mulheres e
falando sobre o que os homens falam. Donos
passeavam com cachorros de todos os tamanhos,
enquanto crianças balançavam o pé em carrinhos de
bebê ou dormiam. Um casal de idosos vagava de
mãos dadas, os dois ainda encantados um com o
outro depois de tantos anos de familiaridade.
Eu estava ligando para Christopher antes mesmo de
perceber.
-Meu anjo-, ele atendeu. -Está vindo pra casa?-
-Ainda não. Acabei de sair da minha mãe e vou
encontrar Trey.-
-Quanto tempo vai levar?-
-Não sei. Não mais do que uma hora, acho.
Espero que ele não me diga que terminou com Chris.-
-Como foi com sua mãe?-
-Eu disse que a gente vai casar na casa da
Carolina do Norte.- Hesitei, -Desculpa. Devia ter
perguntado primeiro.-
-Acho uma excelente ideia-, a sua voz áspera se
imbuindo daquele timbre especial que me dizia que
estava comovido.
-Ela me perguntou como a gente planeja
acomodar todo mundo. Meio que deixei isso por sua
conta. A cerimonialista vai ajudar.-
-Tudo bem. A gente dá um jeito.-
Fui envolvida pelo amor que sentia por ele, como
uma onda de calor. -Obrigada.-
-Então o pior já passou-, ele disse, compreensivo
como sempre.
-Bem, isso eu não sei. Ela ficou toda chorosa.
Você sabe como é, tinha um monte de sonhos que
não vai poder concretizar. Espero que esqueça isso e
entre no clima.-
-E a família dela? A gente não falou nada de
trazer esse pessoal para a festa.-
Dei de ombros, então lembrei que ele não podia
me ver. -Não vou convidar. A única coisa que sei
deles foi o que descobri no Google. Eles deserdaram
minha mãe quando ficou grávida de mim, então nunca
fizeram parte da minha vida.-
-Tudo bem, então-, ele disse, tranquilamente.
-Tenho uma surpresa esperando por você em casa.-
-Ah, é?- Meu humor se acendeu no mesmo
instante. -Vai me dar uma dica?-
-Claro que não. Se está curiosa, venha logo.-
Fiz beicinho. -Não me provoca.-
-Não é provocação se eu satisfizer suas
expectativas…-
Os dedos dos meus pés se contraíram ao som
daquela voz de veludo. -Vou pra casa o mais rápido
que puder.-
-Estarei esperando-, ele murmurou.
O trânsito perto da feira estava impossível. Raúl
estacionou o carro na garagem do meu apartamento
e então caminhou comigo até lá.
A meio quarteirão, comecei a salivar com o cheiro
da comida. Já dava para ouvir a música. Quando
chegamos à rua Amsterdam, vi que havia uma moça
cantando num pequeno palco para um mundo de
gente.
As barraquinhas se enfileiravam ao longo da rua
lotada, e as mercadorias estavam protegidas do sol
por tendas brancas. Cachecóis e chapéus, joias e
obras de arte, legumes, verduras e comidas prontas
—―não havia nada que alguém pudesse querer que
não encontraria ali.
Levei alguns minutos para encontrar Trey na
multidão. Ele estava sentado nos degraus de um
prédio não muito longe da esquina em que havíamos
marcado. Usava uma calça jeans larga e uma
camiseta verde, e os óculos escuros estavam
apoiados no alto do nariz torto que obviamente já
havia sido quebrado um dia. O cabelo loiro estava
mais revolto do que nunca, e a boca atraente estava
fechada numa linha rígida.
Autor(a): xX Paty Xx
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Ele ficou de pé ao me ver, estendendo a mão para apertar a minha. Puxei-o num abraço e o segurei até sentir seu corpo relaxar e me abraçar de volta. Ao nosso redor, a cidade fervilhava — nova-iorquinos não tinham problemas com demonstrações públicas de afeto. Raúl se afastou discretamente. -Est ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1149
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lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11
finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.
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lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27
que bom q vc voltou. Posta mais.
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sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50
Obaaa posta mais!
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lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00
Continua :(
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lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47
que bom que vc voltou
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sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42
Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!
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lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35
continua por favor
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lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31
cadê você?
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lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21
Eita porra. Continua.
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lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31
Continua