Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy
Ele ficou de pé ao me ver, estendendo a mão para
apertar a minha. Puxei-o num abraço e o segurei até
sentir seu corpo relaxar e me abraçar de volta. Ao
nosso redor, a cidade fervilhava — nova-iorquinos
não tinham problemas com demonstrações públicas
de afeto. Raúl se afastou discretamente.
-Estou um caos-, Trey murmurou junto ao meu
ombro.
-É normal.- Interrompi o abraço e apontei em
direção aos degraus em que o encontrei. -Qualquer
um estaria confuso.-
Ele se sentou no degrau do meio. Eu me
acomodei ao lado dele.
-Acho que não vou conseguir, Dulce. E não acho
que preciso. Quero alguém com quem dividir a vida,
alguém que me apoie enquanto termino a faculdade e
depois quando estiver tentando abrir minha clínica.
Mas Christian vai montar a vida dele ao redor daquela
modelo e me encaixar quando puder. Como não me
arrependeria disso?-
-É uma pergunta válida-, eu disse, esticando as
pernas na minha frente. -Você sabe que Chris não vai
poder ter certeza de que é o pai da criança até fazer
o teste de paternidade.-
Trey balançou a cabeça. -Não acho que faça
diferença. Ele parece totalmente dedicado.-
-Acho que faz sim. Talvez ele não abandone
completamente a criança, talvez resolva dar uma de
tio ou algo assim. Não sei. Por enquanto, a gente tem
que considerar que ele é o pai, mas pode não ser. É
uma possibilidade.-
-Então você está falando para eu esperar mais
seis meses?-
-Não. Não tenho respostas, se era isso que você
queria. Tudo o que posso dizer é que Chris te ama,
mais do que já vi amar qualquer pessoa. Se ele te
perder, não vai aguentar. Não estou tentando fazer
você se sentir culpado e obrigado a ficar com ele. Só
acho que deveria saber que, se decidir terminar tudo,
não é o único que vai sofrer.-
-Como isso ajuda?-
-Talvez não ajude.- Coloquei a mão em seu
joelho. -Talvez eu seja egoísta demais por achar isso
reconfortante. Mas, se as coisas não dessem certo
entre mim e Christopher, gostaria de saber que ele ficaria
tão infeliz quanto eu.-
Trey curvou os lábios num sorriso triste. -É, acho
que entendi. Você ficaria com ele se descobrisse que
comeu outra pessoa? Enquanto estava com você?-
-Já pensei nisso. Não consigo me imaginar a não
ser ao lado de Christopher. Se não estivéssemos
namorando sério na época, e fosse uma mulher do
passado dele, e ele tivesse decidido ficar comigo e
não com ela, talvez sim.-
Vi uma mulher pendurar outra sacola de compras
na alça já abarrotada de um carrinho de bebê. -Mas
se ele passasse a maior parte do tempo com ela e me
visse quando desse… acho que eu terminaria.-
Era duro ser honesta quando a verdade era
exatamente o oposto do que Chris gostaria que eu
dissesse, mas me pareceu a coisa certa.
-Obrigado, Dulce.-
-Se vale de alguma coisa, saiba que não vou
pensar menos de você se resolver tentar com Chris.
Não é fraqueza nenhuma ficar do lado de quem se
ama enquanto essa pessoa tenta consertar um erro
terrível, nem é fraqueza pensar em si próprio em
primeiro lugar. Não importa a decisão que tomar,
Trey, ainda vou achar você um cara e tanto.-
Ele se aproximou e deitou a cabeça no meu
ombro. -Obrigado, Dulce.-
Entrelacei meus dedos aos dele. -Não tem de
quê.-
*
-Vou pegar o carro-, Raúl disse assim que
entramos no saguão do prédio.
-Certo. Vou ver se chegou correspondência.-
Acenei para a recepcionista ao passar pela portaria e
fui até as caixinhas de correio, enquanto Raúl seguia
para o elevador.
Destranquei minha caixinha, abri a porta de metal
e dei uma olhada lá dentro. Só havia alguns panfletos,
o que me poupava de ter que subir até o
apartamento. Peguei-os, joguei na lixeira mais
próxima e fechei a caixinha.
Voltei para o saguão bem a tempo de pegar uma
mulher saindo do prédio. O cabelo ruivo curto
chamou minha atenção. Fitei-a, esperando que
virasse ao sair para a calçada, para ver se conseguia
vê-la melhor.
Perdi o fôlego. Já tinha visto aquele cabelo numa
pesquisa no Google. E do rosto eu me lembrava do
evento beneficente a que tinha ido com Christopher
poucas semanas antes.
Então ela sumiu.
Corri atrás dela, mas, quando cheguei à calçada,
estava entrando num carro preto.
-Ei!-, gritei.
O carro acelerou, deixando-me para trás.
-Tudo bem?-
Virei e deparei com Louie, o porteiro dos fins de
semana. -Você sabe quem é aquela mulher?-
Ele fez que não. -Não mora aqui.-
Voltei para o saguão e fiz a mesma pergunta à
recepcionista.
-Não entrou nenhum visitante aqui hoje que não
estivesse acompanhado de um morador, então não
prestei atenção.-
-Hum. Certo, obrigada.-
-Seu carro chegou, Dulce-, Louie avisou da porta.
Agradeci à recepcionista e saí para encontrar
Raúl. Passei todo o trajeto entre o apartamento e a
cobertura pensando em Anne Lucas. Quando saí do
elevador privativo e entrei no hall da cobertura,
estava distraída com pensamentos confusos.
Christopher esperava por mim. Usando uma calça
jeans desbotada e uma camiseta da Universidade
Columbia, ele parecia jovem e lindo. Então abriu um
sorriso, e eu quase me esqueci completamente do
mundo.
-Meu anjo-, ele murmurou, atravessando o piso
preto e branco descalço. Meu marido tinha uma
expressão nos olhos que eu conhecia muito bem.
-Vem aqui.-
Caminhei direto para seus braços abertos,
aninhando-me em seu corpo musculoso. Senti seu
cheiro. -Você vai achar que estou louca-, sussurrei
junto ao seu peito, -mas posso jurar que vi Anne
Lucas saindo do saguão do meu prédio.-
Ele enrijeceu. Eu sabia que ele não gostava da
terapeuta.
-Quando?-, Christopher perguntou com aspereza.
-Há uns vinte minutos. Logo antes de vir pra cá.-
Ele me soltou e tirou o celular do bolso traseiro
da calça. Com a outra mão, pegou a minha e me
puxou para a sala de estar.
-A sra. Uckermann acabou de ver Anne Lucas no
prédio dela-, Christopher disse para alguém do outro lado
da linha.
-Acho que vi-, corrigi, franzindo a testa diante de
seu tom severo.
Mas ele não estava me ouvindo. -Pois então
descubra-, ordenou antes de desligar.
-Christopher, o que está acontecendo?-
Ele me levou até o sofá e nos sentamos.
Acomodei-me junto a ele, colocando a bolsa na
mesinha de centro.
-Encontrei Anne um dia desses-, ele explicou,
segurando minha mão. -Raúl confirmou que foi ela
que falou com você no evento beneficente. Anne
admitiu, e eu disse para manter distância de você,
mas ela não me ouviu. Quer me machucar e sabe que
pode fazer isso através de você.-
Autor(a): xX Paty Xx
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-Certo.- Processei a informação. -Você tem que avisar Raúl no instante em que a vir, não importa onde. Mesmo que só ache que era ela.- -Espere aí, garotão. Você encontrou essa mulher um dia desses e não me contou?- -Estou contando agora.- -Por que não me contou na época?- Ele expirou fun ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1149
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lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11
finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.
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lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27
que bom q vc voltou. Posta mais.
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sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50
Obaaa posta mais!
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lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00
Continua :(
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lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47
que bom que vc voltou
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sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42
Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!
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lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35
continua por favor
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lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31
cadê você?
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lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21
Eita porra. Continua.
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lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31
Continua