Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy
-Certo.- Processei a informação.
-Você tem que avisar Raúl no instante em que a
vir, não importa onde. Mesmo que só ache que era
ela.- -Espere aí, garotão. Você encontrou essa mulher
um dia desses e não me contou?-
-Estou contando agora.-
-Por que não me contou na época?-
Ele expirou fundo. -Foi no mesmo dia em que
Di passou aqui.-
-Ah.-
-Pois é.-
Mordi o lábio inferior por um instante. -Como ela
me machucaria?-
-Não sei. Pra mim já basta saber que tem essa
intenção.-
-Quebraria minha perna? Meu nariz?-
-Duvido que apele pra violência-, ele respondeu
secamente. -É muito mais divertido fazer joguinhos
psicológicos. Aparecer no mesmo lugar que você.
Deixar que a veja de relance.-
Isso era ainda mais pérfido. -Pra você ter que ir
falar com ela. É isso que Anne quer-, murmurei.
-Você.-
-Mas não vou me dobrar. Já falei tudo o que tinha
pra falar.-
Fitando nossas mãos entrelaçadas, brinquei com a
aliança dele. -Anne, Fernanda, Angelique… Tudo isso é
meio louco, Christopher. Quer dizer, acho que não é
normal para a maioria dos homens. Quantas mulheres
vão perder a cabeça por sua causa?-
Ele me lançou um olhar de quem obviamente não
estava se divertindo com aquilo. -Não sei o que deu
em Fernanda. Nada do que fez depois que voltou para
Nova York parece com ela. Não sei se é o remédio
que está tomando, o aborto, o divórcio…-
-Ela está se separando?-
-Não fique preocupada, Dulce. Não faz a menor
diferença pra mim ela estar solteira ou não. Sou
casado. Isso nunca vai mudar, e não sou do tipo que
trai. Respeito você — e eu mesmo — demais pra ser
esse tipo de marido.-
Inclinei-me para a frente, oferecendo minha boca,
que ele recebeu num beijo gentil e carinhoso. Ele
falou exatamente o que eu precisava ouvir.
Christopher se afastou, esfregando o nariz no meu.
-Quanto às outras duas… Você tem que entender
que Angelique foi um dano colateral. Puta merda.
Minha vida é uma zona de guerra, e algumas pessoas
acabaram na linha de fogo.-
Segurei seu queixo, tentando aliviar um pouco da
tensão com o polegar. Sabia bem o que ele estava
querendo dizer.
Christopher engoliu em seco. -Se eu não tivesse usado
Angelique para mandar um recado para Anne de que a
porta estava fechada, ela teria sido um caso de uma
noite só. Uma história morta e enterrada.-
-Mas agora está resolvido?-
-Acho que sim.- Ele levou os dedos até meu
rosto, seu toque reproduzindo o que eu havia
acabado de fazer. -Já que estamos falando
abertamente, não acho que ela me recusaria se eu
tentasse alguma coisa — o que nunca vai acontecer.
Mas acredito que ela não se encaixa mais na
categoria das mulheres magoadas.-
-É, eu sei que ela se entregaria a você na primeira
oportunidade. Absolutamente compreensível. Você
tinha que ser tão bom de cama? Já não basta ser
gostoso, ter esse corpo lindo e um pau enorme?-
Ele balançou a cabeça, nitidamente exasperado.
-Não é enorme.-
-Você é bem-dotado. E sabe usar o que tem.
Nós, mulheres, não estamos acostumadas a ter sexo
bom com muita frequência, então, quando temos,
ficamos meio alucinadas. Acho que isso responde
minha dúvida a respeito de Anne, já que ela teve
você diversas vezes.-
-Ela nunca me teve.- Christopher se recostou no sofá,
soltando o corpo, com o rosto retorcido. -Em algum
momento você vai cansar de ouvir como eu era um
babaca.-
Aninhei-me junto a ele, deitando a cabeça em seu
ombro. -Você não é o primeiro gostosão do mundo a
se aproveitar das mulheres. E não vai ser o último.-
-Foi diferente com Anne-, ele murmurou. -Não
foi só por causa do marido dela.-
Gelei, então tentei relaxar para não deixá-lo ainda
mais nervoso do que já estava.
Ele inspirou profunda e rapidamente. -Ela às
vezes me lembra de Hugh-, Christopher disse num
suspiro. -O jeito como anda, algumas das coisas que
diz… Tem um traço de família. E algo mais. Não sei
como explicar.-
-Então não explique.-
-Às vezes a linha entre os dois sumia na minha
cabeça. Era como se eu estivesse punindo Hugh
através de Anne. Fiz coisas com ela que não fiz com
mais ninguém. Coisas que me embrulham o estômago
hoje.-
-Christopher.- Passei o braço em torno de sua cintura.
Ele nunca tinha me contado aquilo. Dissera antes
que era o dr. Terrence Lucas quem estava tentando
punir, e eu tinha certeza de que em parte era isso
mesmo. Mas agora eu sabia que não era só isso.
Christopher se ajeitou no sofá. -O que aconteceu
entre mim e Anne foi uma perversão. Eu a perverti.
Se pudesse voltar no tempo e mudar as coisas…-
-A gente vai lidar com isso. Fico feliz que tenha
me contado.-
-Eu tinha que contar. Escuta, meu anjo, se você a
vir de novo, tem que dizer a Raúl. Mesmo se estiver
na dúvida. E não vá a lugar nenhum sozinha. Vou dar
um jeito de lidar com ela. Enquanto isso, preciso
saber que você está segura.-
-Tudo bem.- Não sabia ainda como esse plano ia
funcionar no longo prazo. Morávamos na mesma
cidade que ela e o marido, e o próprio Lucas já havia
entrado em contato comigo. Eles eram um problema,
e a gente precisava de uma solução.
Mas não seria naquele dia. Sábado. Um dos
únicos dois dias do fim de semana pelo qual eu tanto
ansiava, porque podia passar bastante tempo a sós
com meu marido.
-Então-, comecei, deslizando a mão sob a
camiseta de Christopher para tocar sua pele quente,
-cadê minha surpresa?-
-Bem…- Ele intensificou a aspereza de sua voz
sensual. -Daqui a pouquinho. Que tal uma taça de
vinho?-
Deitando a cabeça para trás, fitei meu marido nos
olhos. -Está tentando me seduzir, garotão?-
Christopher beijou meu nariz. -Sempre.-
-Hum… Vá em frente.-
Quando Christopher não se juntou a mim no banho,
eu sabia que estava tramando alguma coisa. A única
ocasião em que perdia uma oportunidade de colocar
as mãos no meu corpo molhado era de manhã,
depois de já ter se divertido bastante comigo.
Quando entrei na sala de estar de bermuda e
camiseta, sem sutiã, ele estava me esperando com
uma taça de vinho tinto. Nós nos sentamos no sofá
para assistir Três dias para matar, o que só provava
que meu marido me conhecia muito bem. Era o tipo
de filme de que eu gostava — um pouco engraçado,
bem exagerado. E tinha Kevin Costner, o que para
mim era sempre uma vantagem.
Ainda assim, por mais divertido que fosse ficar de
bobeira com Christopher, quanto mais as horas
passavam, mais a ansiedade me devorava. Christopher,
perverso como sempre, sabia disso muito bem. E
estava me atiçando. Mantinha minha taça sempre
cheia e as mãos em mim — acariciando meu cabelo,
tocando meu ombro, alisando minha coxa.
Autor(a): xX Paty Xx
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1149
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lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11
finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.
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lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27
que bom q vc voltou. Posta mais.
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sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50
Obaaa posta mais!
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lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00
Continua :(
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lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47
que bom que vc voltou
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sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42
Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!
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lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35
continua por favor
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lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31
cadê você?
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lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21
Eita porra. Continua.
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lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31
Continua