Fanfics Brasil - 69 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 69

1183 visualizações Denunciar


Uma resposta antipática, mas ele mereceu. Faltando quinze para o meio-dia, Mark e eu descemos. Quando o segurança me barrou e ligou para Christopher avisando que eu estava no saguão, minha irritação virou revolta.


 —Vamos embora—, eu disse para Mark, atravessando a porta giratória, ignorando os apelos do segurança para que eu esperasse. Eu me senti mal por envolver meu chefe naquela situação.


 Vi Angus e o Bentley estacionados no meio-fio, e nesse exato momento a voz de Christopher proferiu meu nome como uma chicotada nas minhas costas. Eu me virei para ele e vi sua expressão gelada e impassível.


 —Vou almoçar com meu chefe—, eu disse, segurando o choro.


 —Aonde vocês vão, Garrity?—, Christopher perguntou sem tirar os olhos de mim.


 —Ao Bryant Park Grill.


 —Eu levo Dulce até lá.— Dito isso, ele me pegou pelo braço e me conduziu com firmeza até a porta traseira do Bentley, que Angus já tinha aberto para mim. Christopher entrou logo depois, forçando-me a deslizar pelo assento. A porta se fechou e o carro arrancou.


 Ajeitei meu vestido preto de volta para o lugar.


—O que você está fazendo? Além de me envergonhar na frente do meu chefe!


 Ele jogou o braço por cima do assento e se inclinou até mim.


 —Christian está apaixonado por você?


 —Quê? Não!


 —Você já trepou com ele?


 —Você enlouqueceu?— Abismada, arrisquei olhar para Angus e notei que ele estava tentando não ouvir. —Olha só quem fala, o playboy bilionário com uma coleção de belas socialites.


 —Então você viu as fotos.


 Eu estava bufando de raiva. Como ele tinha coragem de dizer aquilo? Virei a cabeça para o outro lado, tentando me livrar dele e de suas acusações idiotas.


 —Chris é como um irmão pra mim. Você sabe disso.


 —Sim, mas você pra ele é o quê? Aquelas fotos são bem claras, Dulce. Sei reconhecer o amor quando o vejo.


 Angus diminuiu a marcha para que os pedestres atravessassem a rua. Abri a porta e olhei para Christopher por cima do ombro, permitindo que ele me encarasse.


 —Isso você claramente não sabe.


 Bati a porta com força e saí andando sem pensar duas vezes, sabendo que tinha todo o direito de estar revoltada. Eu havia feito um esforço hercúleo para dominar meu ciúme e o que ganhava em troca? Um Christopher furioso e totalmente irracional.


 —Dulce. Pare agora.


 Fiz um gesto ofensivo para ele por cima do ombro e subi correndo os degraus do Bryant Park, um oásis luxuosamente verde e tranquilo bem no meio da cidade. Cruzar aquela entrada era como ser transportada para outro mundo. Escondido entre os arranhacéus ao redor, o parque ficava no jardim dos fundos de uma belíssima biblioteca antiga. Um lugar onde o tempo corria mais devagar, onde as crianças sorriam com o prazer inocente de andar no carrossel, e os livros eram valorizados como bons companheiros.


 Infelizmente para mim, um ogro maravilhoso do mundo real havia me seguido até lá. Christopher me agarrou pelo punho.


 —Não corra—, ele sussurrou na minha orelha.


 —Você está dando uma de maluco.


 —Deve ser porque você está me deixando louco.— Seus braços se contraíram como garras de aço. —Você é minha. Diga que Christian sabe disso.


 —Sabe. Da mesma forma como Belinda sabe que você é meu.— Queria que ele estivesse ao alcance da minha boca, para poder mordê-lo. —Você está dando vexame.


 —Poderíamos ter feito isso no escritório se você não fosse tão teimosa.


 —Eu já tinha compromisso. Que você está arruinando, aliás.— Minha voz sucumbiu ao choro, e as lágrimas rolaram só de pensar na quantidade de pessoas que deveriam estar vendo aquela cena. Eu seria demitida por não saber me comportar em público. —Você estragou tudo.


 Christopher me soltou por um instante, forçando-me a olhar para ele. Suas mãos nos meus ombros eram um sinal de que eu ainda não estava livre.


 —Minha nossa.— Ele me puxou para perto dele, e meus lábios roçaram seus cabelos.


—Não chore. Desculpe.


 Dei um soco no peito dele, um golpe tão eficiente como tentar derrubar uma parede de concreto a tapa.


—Qual é o seu problema? Você pode sair com uma piranha arrogante que me chama de vagabunda e acha que ainda vai ser sua mulher, mas não posso almoçar com um amigo que sempre fez tudo por mim?


 —Dulce.— Ele agarrou minha nuca com uma das mãos e apertou seu rosto contra o meu. —Por acaso Beli estava no mesmo restaurante em que estava ocorrendo o tal jantar de negócios.


 —Não me interessa. E você ainda vem falar sobre o olhar no rosto dos outros. O jeito como você olha pra ela... Como você pode fazer isso depois de tudo o que ela disse pra mim?


 —Meu anjo...— Os lábios dele beijavam ardentemente todo o meu rosto. —Aquele olhar era pra você. Beli foi conversar comigo lá fora e eu disse que estava indo pra sua casa. Não consigo evitar esse olhar no meu rosto quando penso em nós dois.


 —E você quer que eu acredite que ela abriu um sorrisão ao ouvir isso?


 —Ela me pediu para mandar um oi, mas eu achei que isso não pegaria muito bem, e não queria de jeito nenhum estragar nossa noite por causa dela.


 Abracei a cintura dele por baixo do paletó.


 —Precisamos conversar. Hoje à noite, Christopher. Preciso contar algumas coisas pra você. Se um repórter souber onde procurar e der um pouco de sorte... Nossa relação tem que ficar restrita a nós dois, ou então terminar. Seja como for, vai ser melhor pra você.


 Christopher envolveu meu rosto com as mãos e apertou sua testa contra a minha.


 —Não vai ser uma coisa nem outra. Vamos dar um jeito de contornar isso, seja o que for.


 Fiquei na ponta dos pés e encontrei sua boca. Nossas línguas se encontraram e se acariciaram em um beijo apaixonado. Eu estava consciente, até certo ponto, da multidão ao nosso redor, do rumor das diversas conversas, do ruído constante do trânsito ininterrupto, mas, nos braços de Christopher, sob sua proteção, nada disso importava. Ele era ao mesmo tempo um tormento e um prazer, um homem cujas mudanças de humor só rivalizavam com as minhas.


 —Pronto—, ele sussurrou, acariciando meu rosto com os dedos. —Vamos deixar estaimagem se espalhar pela internet.


 —Você não está levando a sério o que eu digo, seu teimoso. Preciso ir.


 —Vamos pra casa juntos depois do trabalho.— Ele se afastou, segurando a minha mão até a distância enfim separar nossos dedos. 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): xX Paty Xx

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Quando me virei para o restaurante com paredes cobertas por trepadeiras, vi Mark e Steven esperando por mim logo na entrada. Eles formavam um casal curioso — Mark de terno e gravata, Steven de jeans surrado e botas de operário.  Steven estava com as mãos nos bolsos e um enorme sorriso em seu lindo rosto. —Acho que eu deveria aplaudir. Foi mai ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais