Fanfics Brasil - 7 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 7

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 Inspirando tremulamente, pus a mão sobre a dele. Minha pulsação disparou quando


ele a apertou. Seu toque era como uma onda de eletricidade, que subiu pelo meu braço e


arrepiou os pelos da minha nuca. Por um momento ele permaneceu imóvel, com uma ruga


preenchendo o espaço entre suas sobrancelhas absurdamente bem desenhadas.


 —Está tudo bem?


 Sua voz era suave e refinada, com um toque de rouquidão que fez meu estômago


gelar. Era uma evocação ao sexo. Ao que o sexo tinha de melhor. Por um momento cheguei


a pensar que poderia ter um orgasmo só de ouvi-lo falar.


 Meus lábios estavam ressecados, então passei a língua por eles antes de responder:


—Sim.


 Ele se levantou com uma notável economia de gestos, puxando-me junto para cima.


Continuamos nos encarando, porque eu não conseguia olhar para outra coisa. Ele era mais


jovem do que imaginei a princípio. Meu palpite seria menos de trinta, mas seus olhos


pareciam muito mais experientes. Implacavelmente inteligentes e afiados.


 Era como se eu estivesse sendo atraída para ele, como se houvesse uma corda em


torno da minha cintura me arrastando de forma lenta mas inexorável em sua direção.


 Piscando para despertar dessa espécie de delírio, eu o soltei. Ele não era apenas


lindo, era... fascinante. O tipo de cara que faz uma mulher querer abrir sua camisa com um


único puxão e ver os botões irem abaixo junto com as inibições. Olhei para seu terno


civilizado, requintado e absurdamente caro e só consegui pensar em uma trepada violenta,


de rasgar os lençóis.


 Ele se abaixou para apanhar o crachá que eu nem percebi que havia derrubado,


libertando-me de seu olhar irresistível. Meu cérebro lutava para voltar a funcionar


normalmente.


 Fiquei irritada por me sentir tão desconcertada enquanto ele parecia tranquilo e


controlado. E por quê? Porque eu estava deslumbrada, ora essa.


 Ele me olhou lá de baixo, e essa posição — ele praticamente ajoelhado na minha


frente — fez com que eu quase perdesse o equilíbrio novamente. Enquanto se levantava,


seus olhos permaneciam fixos nos meus.


 —Tem certeza de que está tudo bem? É melhor você sentar um pouco.


 Senti meu rosto ficar vermelho. Que maravilha parecer insegura e estabanada diante


do homem mais confiante e elegante que já conheci.


 —Eu só perdi o equilíbrio. Está tudo bem.


 Ao desviar os olhos, vi a mulher que havia derrubado no chão o dinheiro. Ela


agradeceu ao segurança que a ajudou e então se virou para falar comigo, desculpando-se


enfaticamente. Virei para ela e estendi a mão com o punhado de moedas que havia pego,


mas seu olhar tinha se voltado para o deus de terno, e ela imediatamente se esqueceu de


mim. Depois de um tempo, simplesmente fui até ela e despejei as moedas dentro da bolsa.


Então arrisquei outra olhada e o encontrei voltado na minha direção, ignorando a moça e seus agradecimentos. Para ele. Não para mim, a pessoa que de fato havia ajudado.


 Levantei minha voz acima da dela. —Você poderia devolver meu crachá, por favor?


 Ele estendeu a mão para me devolver. Apesar de eu ter me esforçado para pegá-lo


de volta sem nenhum contato físico, seus dedos resvalaram nos meus, fazendo com que


aquela sensação de eletricidade voltasse a circular pelo meu corpo.


 —Obrigada—, murmurei antes de passar por ele e tomar o caminho da rua pela porta


giratória. Parei um pouco na calçada, inspirando profundamente o ar de Nova York, que


recendia a um milhão de coisas, algumas boas, outras tóxicas.


 Havia um Bentley estacionado na frente do prédio, e eu observei meu reflexo nas


janelas escuras e impecavelmente limpas daquele carrão. Eu estava vermelha, e meus olhos


amendoados pareciam especialmente radiantes. Aquele rosto era familiar para mim — era o que eu via no espelho do banheiro antes de ir para a cama com um homem. Era o meu olhar de estou-pronta-pra-foder, e não deveria estar estampado na minha cara naquele momento, de jeito nenhum.


Meu Deus. Controle-se.


Cinco minutos com o sr. Loiro Perigoso e eu já estava me sentindo dominada por


um impulso impaciente e inquietante. Era capaz de sentir seu toque, e um desejo


inexplicável de voltar para o lugar onde ele estava. Eu poderia argumentar que ainda não


havia terminado o que tinha ido fazer no Uckerfire, mas sabia que ia me arrepender depois.


Quantas vezes eu ainda precisaria fazer papel de idiota em um único dia?


 —Já chega—, disse baixinho para mim mesma. —Hora de ir.


 


*** Bem vinda Suyanne Araújo e Shayene Tais Miranda!!! espero que gostem da web  bjinhos***



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Autor(a): xX Paty Xx

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



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  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


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