Fanfics Brasil - 70 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 70

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Quando me virei para o restaurante com paredes cobertas por trepadeiras, vi Mark e Steven esperando por mim logo na entrada. Eles formavam um casal curioso — Mark de terno e gravata, Steven de jeans surrado e botas de operário.


 Steven estava com as mãos nos bolsos e um enorme sorriso em seu lindo rosto.


—Acho que eu deveria aplaudir. Foi mais legal que ver uma comédia romântica.


 Fiquei vermelha de vergonha e me encolhi toda.


 Mark abriu a porta e fez sinal para que eu entrasse.


—Acho que você pode esquecer o que falei sobre Uckermann ser um cafajeste.


 —Obrigada por não me demitir—, eu disse em tom de brincadeira antes que a hostess aparecesse para confirmar nossa reserva. —Ou pelo menos por não me demitir de barriga vazia.


 Steven deu tapinha no meu ombro.


 —Mark não pode se dar ao luxo de perder você.


 Meu chefe puxou uma cadeira para mim e sorriu.


 —De que outra forma eu e Steve receberíamos notícias sobre sua vida amorosa? Ele é viciado em novelas. Fanático por histórias de amor.


 Dei risada.


 —Você está brincando!


 Steven passou a mão pelo queixo e sorriu.


—Nunca vou admitir nem uma coisa nem outra. Um homem tem direito a seus segredos.


 Apesar de ter achado graça naquilo, eu sabia que também tinha minhas verdades ocultas. E que estava chegando a hora de elas virem à tona.


 Quando chegaram as cinco horas, ainda não me sentia pronta para revelar meus segredos. Estava tensa e séria quando Christopher e eu entramos no Bentley, e minha inquietação só aumentou quando percebi que ele estava observando atentamente a expressão do meu rosto. Ele pegou minha mão e a beijou, e eu senti vontade de chorar.


Ainda estava me recuperando da nossa discussão, e aquela na verdade era a menor das nossas preocupações.


 Não conversamos até chegar ao apartamento.


 Quando entramos em sua casa, ele me guiou pela linda e luxuosa sala até o corredor que levava a seu quarto. Sobre a cama, havia um lindo vestido da cor dos olhos de Christopher e um robe de seda longo.


 —Tirei um tempinho pra fazer umas compras antes do jantar de ontem—, ele explicou.  Minha apreensão deu uma leve trégua, amenizada por aquela demonstração de gentileza.


 —Obrigada.


 Ele deixou minha bolsa em uma cadeira perto da cômoda.


 —Queria que você ficasse à vontade. Pode usar o robe ou alguma roupa minha. Vou abrir uma garrafa de vinho e já volto. Quando quiser, podemos conversar.


 —Eu queria tomar um banho rápido antes.— Desejei que fosse possível separar o que aconteceu no parque do que eu tinha para contar, de modo que uma coisa não se misturasse com a outra, mas não havia escolha. Cada dia que passasse seria uma nova oportunidade de Christopher descobrir através de outra pessoa algo que precisava ser dito por mim.


 —Como quiser, meu anjo. Sinta-se em casa.


 Quando desci dos saltos e fui para o banheiro, senti o peso de sua preocupação, mas minhas revelações teriam que esperar até eu conseguir me recompor. Em uma tentativa de retomar o controle, passei um bom tempo no chuveiro. Infelizmente, aquilo só me fez lembrar do banho que tomamos juntos naquela manhã. Teria sido o primeiro e último da nossa vida de casal?


 Quando senti que estava pronta, encontrei Christopher sentado no sofá da sala. Estava com uma calça de pijama de seda preta, bem folgada e baixa nos quadris. E nada mais.


Uma pequena chama crepitava na lareira e havia uma garrafa de vinho branco mergulhada num balde de gelo em cima da mesa de centro. A luz dourada das velas ao redor era a única fonte de iluminação além da lareira.


 —Com licença—, eu disse, parada na entrada do cômodo. —Estou procurando por Christopher Uckermann, o homem que não tem o romance no seu repertório.


 Ele sorriu, um tanto envergonhado, um sorriso de menino que contrastava com a sexualidade madura do seu corpo seminu.


 —Não vejo isso como romance. Estou só tentando agradar. Simplesmente penso em uma coisa e torço para dar certo.


 —O que me agrada é você.— Fui até ele com o robe de seda flutuando em torno das minhas pernas. Adorei ver que ele tinha vestido uma roupa que combinava com aquela que havia comprado para mim.


 —É o que eu quero—, ele disse num tom bem sério. —Estou tentando.


 Parei na frente dele e admirei a beleza do seu rosto e a maneira sexy como as pontas dos seus cabelos acariciavam a parte superior dos seus ombros. Percorri seus bíceps com as palmas das mãos, apertando suavemente sua musculatura rígida antes de colocar meu rosto contra seu peito.


 —Ei—, ele murmurou, envolvendo-me em seus braços. —Isso é porque fui um babaca na hora do almoço? Ou por causa daquilo que você quer me contar? Fale comigo, Dulce, pra que eu possa dizer que vai ficar tudo bem.


 Esfreguei o nariz no peitoral dele, sentindo seus pelos roçarem no meu rosto, sua respiração e o cheiro familiar e reconfortante de sua pele.


 —Acho melhor você sentar. Tenho umas coisas sobre mim pra contar. Coisas pesadas.


 Um tanto relutante, Christopher me soltou quando me afastei dele. Aninhei-me no sofá, sentando sobre os calcanhares, e ele serviu duas taças de vinho antes de sentar. Inclinado na minha direção, ele apoiou um dos braços sobre o encosto do sofá e segurou a taça com a outra mão, concedendo a mim toda a sua atenção.


 —Muito bem. Lá vai.— Respirei fundo antes de começar, sentindo-me tonta pelo batimento acelerado do meu coração. Não conseguia me lembrar da última vez que havia ficado tão nervosa e com o estômago tão embrulhado.


 —Minha mãe e meu pai não eram casados. Não sei muito bem como eles se conheceram, porque nenhum dos dois gosta de falar a respeito. Sei que a família da minha mãe tinha dinheiro. Não tanto quanto os maridos dela, mas com certeza mais que a maioria das pessoas. Ela era uma debutante. Passou por todo o ritual do vestido branco e da apresentação à sociedade. Ficar grávida era uma grande complicação para a vida dela, mas mesmo assim minha mãe não interrompeu a gravidez.


 Olhei para a minha taça de vinho.


—Eu a admiro muito por isso. Houve muita pressão para que tirasse o bebê — no caso, eu —, mas ela foi até o fim. Obviamente.


 Seus dedos passeavam pelos meus cabelos ainda molhados do banho.


 —Sorte minha. 



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Autor(a): xX Paty Xx

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



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  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


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