Fanfics Brasil - 76 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 76

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 —Vou perguntar de novo, Christopher: com o que você estava sonhando?


 —Não lembro.— Ele passou as mãos pelos cabelos e pôs as pernas para fora da cama. —Estou com um negócio na cabeça que está atrapalhando meu sono. Vou trabalhar um pouco no escritório. Volte pra cama e durma mais um pouco.


 —Essa pergunta tinha mais de uma resposta certa, Christopher. ‘Vamos conversar sobre isso amanhã’ seria uma delas. ‘Vamos deixar pra falar disso no fim de semana’ seria outra. Até um ‘Não estou pronto para conversar sobre isso’ seria aceitável. Mas você tem a cara de pau de fingir que não sabe do que estou falando e de me tratar como uma imbecil.


 —Meu anjo...


 —Nem comece.— Pus as mãos na cintura. —Você acha que foi fácil contar a você sobre meu passado? Acha que foi tranquilo me abrir daquele jeito e pôr tanta sujeira pra fora? Teria sido mais fácil abrir mão de você e namorar alguém menos famoso. Corri esse risco porque quero ficar com você. Um dia, quem sabe, você queira fazer o mesmo.


 Saí do quarto.


 —Dulce! Que droga, Dulce, volte aqui. Qual é a sua?


 Comecei a andar mais depressa. Sabia o que ele estava sentindo: o nó no estômago que se espalhava como um câncer, a raiva incontrolável e a necessidade de ficar a sós para tentar arrumar forças para empurrar as lembranças ruins de volta para o canto escuro de onde saíram.


 Isso não era desculpa para mentir ou fingir que não estava acontecendo nada.


 Peguei a bolsa na cadeira em que havia deixado antes de sair para jantar, fui embora às pressas pela porta da frente e logo entrei no elevador. A porta ainda estava se fechando quando o vi chegar à sala. Sua nudez o impediria de ir atrás de mim, e o olhar em seu rosto me impedia de ficar ali. Ele estava usando sua máscara de novo, a expressão impassível que mantinha o resto do mundo à distância.


 Tremendo, segurei-me no apoio de bronze para não cair. Estava dividida entre minha preocupação com ele, que me induzia a ficar, e meu conhecimento adquirido a duras penas de que não seria capaz de conviver com o modo como ele lidava com seus traumas.


O caminho da superação para mim foi o das verdades dolorosas, e não o das negações e mentiras.


 Limpei as lágrimas e, ao passar pelo terceiro andar, respirei fundo e tentei me recompor antes de a porta se abrir e eu chegar ao saguão do edifício.


 O porteiro chamou um táxi para mim demonstrando um profissionalismo exemplar, como se eu estivesse vestida para ir ao trabalho, e não descalça e usando apenas um robe de seda. Eu o agradeci com toda a sinceridade.


 Senti tamanha gratidão pelo taxista por ter me levado bem depressa para casa que lhe dei uma bela gorjeta e nem me importei com os olhares furtivos do porteiro e do rapaz da recepção. Não me importei nem com o olhar da loira escultural que saiu do elevador quando eu entrei — pelo menos não até sentir o cheiro do perfume de Christian e me dar conta de que a camiseta que ela estava usando era dele.


 Ela lançou um olhar irônico para a minha quase nudez.


—Bonito robe.


 —Bonita camiseta.


 Ela foi embora com um sorrisinho no rosto.


 Quando cheguei ao meu andar, encontrei Chris parado na porta de entrada, vestindo apenas um robe também.


 Ele endireitou a postura e abriu os braços para mim.


—Vem cá, gata.


 Fui bem depressa até ele e ganhei um abraço apertado com cheiro de perfume de mulher e sexo selvagem. —Quem é aquela menina que acabou de sair daqui?


 —Outra modelo. Não esquente a cabeça com ela.— Ele me levou para dentro e trancou a porta. —Uckermann ligou. Disse que você estava vindo pra casa e que suas chaves estavam com ele. Queria que eu estivesse acordado pra receber você. Não sei se faz diferença, mas ele parecia estar muito chateado e ansioso. Quer conversar a respeito?


 Deixei minha bolsa no balcão e entrei na cozinha. —Ele teve outro pesadelo. Um ainda pior. Quando perguntei sobre o que tinha sido, ele mentiu, depois começou a agir como se a maluca fosse eu.


 —Ah, o comportamento clássico.


 O telefone começou a tocar. Tirei o fone da base e desliguei a campainha, e Christian fez o mesmo com o do balcão. Depois tirei o celular da bolsa, ignorei os alertas de ligações perdidas e mandei uma mensagem para Christopher: Estou em casa. Espero que consiga voltar a dormir.


 Desliguei o telefone e joguei de volta na bolsa; depois fui até a geladeira e peguei uma garrafa de água.


—O problema mesmo é que contei todos os meus podres pra ele esta noite.


 Christian fez uma expressão de surpresa.


 —Então você conseguiu. Como ele reagiu?


 —Melhor do que eu esperava. É melhor Pablo torcer pra eles nunca se cruzarem.Terminei de beber a água. —E Christopher concordou em fazer terapia de casal, como sugeriu. Pensei que estivéssemos progredindo. Talvez até estivéssemos, mas aí voltamos lá pra trás.—


 —Mas você parece estar bem.— Ele se inclinou sobre o balcão. —Não está chorando. Parece tranquila. Preciso me preocupar com alguma coisa?


 Esfreguei a barriga em uma tentativa de espantar o friozinho instalado ali.


—Não, vou ficar bem. É que... eu queria que as coisas dessem certo entre nós dois. Quero muito ficar com ele, mas mentir sobre coisas assim tão sérias é uma coisa que não consigo


aceitar.


 Minha nossa. Eu não conseguia nem imaginar a possibilidade de que não pudéssemos superar essa dificuldade. Já estava toda ansiosa. A necessidade de ficar com Christopher fazia meu sangue ferver.


 —Você é osso duro de roer, gata. Estou orgulhoso.— Ele veio até mim, pegou-me pelo braço e apagou a luz da cozinha. —Agora vamos dormir e começar um novo dia quando amanhecer.


 —Pensei que as coisas estivessem indo bem com Trey.—


 Ele abriu um sorriso lindo.


—Querida, acho que estou apaixonado.


 —Por quem?— Encostei o rosto em seu ombro. —Por Trey ou pela loira?


 —Por Trey, bobinha. A loira foi só pelo exercício.


 Eu tinha muita coisa a dizer a respeito, mas não era hora de examinar a tendência de Christian a sabotar a própria felicidade. E manter o foco na sua boa relação com Trey talvez fosse a melhor abordagem nesse caso. —Então você finalmente se apaixonou por um cara legal. A gente deveria sair pra comemorar.


 —Ei, essa fala é minha.



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Autor(a): xX Paty Xx

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



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  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


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