Fanfics Brasil - 78 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 78

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 —Se você está se perguntando por que Christopher não disse nada a respeito—, ele começou, como se estivesse lendo minha mente, —é porque ele não vai. Ele nunca aparece. Apesar de ser sócio majoritário da empresa, Christopher acha que a indústria fonográfica e os músicos são imprevisíveis demais. A esta altura, você já deve saber como ele é.


 Loiro e intenso. Absurdamente atraente e sensual. Sim, eu sabia como ele era.


Christopher sempre fazia questão de saber no que estava se metendo.


 Apontei para a delicatéssen quando chegamos, nós entramos e pegamos a fila.


 —O cheiro aqui está ótimo—, disse Diego, olhando para o celular enquanto digitava uma mensagem.


 —E o sabor é tão bom quanto o cheiro, pode acreditar.


 Ele abriu um agradável sorriso de menino, que com certeza deixava a maior parte das mulheres de joelhos.


 —Meus pais estão ansiosos para conhecer você, Dulce.


 —Ah, é?


 —Foi uma surpresa ver fotos suas com Christopher durante toda a semana. Uma surpresa


boa—, ele fez questão de ressaltar diante da minha expressão. —É a primeira vez que o vemos realmente interessado em alguém com quem ele sai.


 Suspirei ao lembrar que, naquele momento, o interesse já não parecia ser tão grande. Teria sido um grande erro deixá-lo falando sozinho na noite anterior?  Quando chegamos ao balcão, pedi um panini grelhado de queijo com vegetais e duas vitaminas de romã, e expliquei que a segunda era para viagem e eu só pegaria depois de comer. Diego pediu a mesma coisa, e tivemos a sorte de encontrar uma mesa naquele lugar lotado.


 Conversamos sobre trabalho, rimos ao falar a respeito de um vídeo engraçado que era a febre da internet no momento e de algumas piadas de bastidores sobre os artistas com que Diego havia trabalhado. O tempo passou bem rápido, e quando nos separamos na entrada do Uckerfire eu me despedi dele com um sentimento de afeto genuíno.


 Subi para o vigésimo andar e encontrei Mark ainda na mesa. Apesar de parecer muito concentrado, ele sorriu ao me ver.


 —Caso você não precise de mim—, eu disse, —acho que seria melhor eu não dar as caras nessa apresentação.


 Apesar de ele tentar esconder, vi o alívio estampado em seu rosto. Não fiquei ofendida com isso. A situação era estressante por si só, e minha relação volátil com Christopher era a última coisa com que Mark deveria se preocupar quando trabalhava em uma conta tão importante.


 —Você vale ouro, Dulce. Sabia disso?


 Sorri e pus na mesa dele a bebida que havia trazido.


 —Beba sua vitamina. Está uma delícia, e vai deixar você saciado por um tempo. Se precisar de mim, estou na minha mesa.


 Antes de guardar a bolsa na gaveta, mandei uma mensagem para Christian perguntando se tinha planos para o domingo e se gostaria de ir a uma festa da Vidal Records. Depois voltei ao trabalho. Comecei organizando os arquivos de Mark nos servidores, renomeando-os e criando diretórios para facilitar a pesquisa e a montagem de portfólios.


 Quando Mark subiu para a reunião com Christopher, meu coração acelerou e a ansiedade apertou meu estômago. Não conseguia acreditar que estava toda empolgada só porque sabia o que Christopher estava fazendo naquele exato momento, e que ele necessariamente pensaria em mim quando visse Mark. Esperava receber notícias suas depois disso. Fiquei de bom humor só de pensar.


 Durante a hora seguinte, eu mal podia esperar para saber como as coisas tinham ido.


Quando Mark apareceu com um sorriso no rosto e um andar confiante, eu me levantei na minha baia e o aplaudi.


 Ele fez uma mesura galante e teatral.


—Obrigado, senhorita Saviñón.


 —Estou muito feliz por você.


 —Uckermann me pediu para entregar isto.— Ele me deu um envelope pardo lacrado. —Venha até a minha sala e eu conto os detalhes.


 O envelope era pesado e tilintante. Eu sabia o que era antes mesmo de abrir, mas ainda assim a visão das chaves caindo na minha mão foi uma bela porrada. Com a dor no peito mais intensa que já havia sentido na vida, li o cartão que as acompanhava:


 OBRIGADO, DULCE. POR TUDO.


 C.


 Uma sutil e educada dispensa. Só podia ser. Caso contrário, ele me devolveria as chaves depois do trabalho, quando fôssemos à academia.


 Um zumbido invadiu meus ouvidos. Fiquei tonta. Desorientada. Estava com medo.


Sofrendo. Furiosa.


 Mas também estava trabalhando.


 Fechando os olhos e cerrando os pulsos, tentei me recompor e lutar contra a vontade de subir e dizer para Christopher que ele era um covarde. Ele provavelmente me via como uma ameaça, uma invasora de seu mundinho em perfeita ordem. Alguém que queria mais do que seu corpo sensual e sua conta bancária recheada.


 Escondi meus sentimentos no fundo da mente, de forma a ainda ter consciência deles, mas sem deixar que me atrapalhassem mais durante o expediente. Quando saí do escritório e desci, ainda não tinha recebido sinal de vida dele. Estava emocionalmente em frangalhos, e senti uma enorme pontada de desespero quando saí do Uckerfire.


 Consegui ir até a academia. Desliguei meu cérebro e corri para valer na esteira, adiando a angústia que mais cedo ou mais tarde me atingiria. Corri até sentir o suor escorrer em bicas pelo rosto e pelo corpo, e até minhas pernas não aguentarem mais.


 Sentindo-me arrebentada e exausta, fui para o chuveiro. Depois liguei para minha mãe e pedi que ela mandasse Clancy me pegar na academia e me levar para nossa consulta com o dr. Petersen. Quando me vesti, precisei me esforçar para reunir energia para cumprir minha última tarefa antes de ir para casa e me afogar em lágrimas na cama.


 Esperei pelo carro no meio-fio, sentindo-me alheia e distante da cidade que zunia ao meu redor. Quando Clancy estacionou e desceu para abrir a porta para mim, tomei um susto ao ver que minha mãe já estava lá. Ainda era cedo. Eu achava que seria levada ao apartamento em que ela morava com Stanton e precisaria esperar uns bons vinte minutos.


Era assim que as coisas funcionavam com ela.


 —Oi, mãe—, eu disse, cansada, acomodando-me no assento ao lado dela.


 —Como você pôde, Dulce?— Ela estava chorando atrás de um lenço bordado com suas iniciais, o que não perturbava a beleza de seu rosto. —Por quê?



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Autor(a): xX Paty Xx

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Retirada subitamente de meu sofrimento solitário, franzi a testa e perguntei: —O que foi que eu fiz agora?  O fato de eu ter um celular novo, independentemente de como ela pudesse ter descoberto, não seria um gatilho para tamanho drama. E ainda era cedo demais para ela saber que eu tinha brigado com Christopher.  —Você contou para ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



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  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


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