Fanfics Brasil - 8 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 8

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As buzinas ressoavam em meio à disputa milimétrica dos táxis por espaço,


interrompidas pelo guinchar dos freios diante de pedestres corajosos o bastante para pisar


no cruzamento segundos antes de o sinal fechar. Então começava a gritaria, uma explosão


de insultos e gestos que na verdade não era motivada por nenhum ódio real. Em poucos


segundos, ambas as partes se esqueceriam de tais diálogos, que eram apenas mais uma


forma de expressão do modo de vida da cidade.


 Quando voltei a me misturar ao intenso tráfego de pedestres para ir à academia,


minha boca se sentiu tentada a abrir um sorriso. Ah, Nova York, pensei, sentindo-me à


vontade novamente, você é demais.


 Minha ideia era fazer o aquecimento na esteira e matar o restante do tempo me


exercitando em alguns aparelhos, mas, quando vi que a aula de kickboxing para iniciantes


estava para começar, decidi me juntar aos alunos que aguardavam. Quando a aula terminou,


senti que havia retomado o controle sobre mim. Meus músculos tremiam, e eu me sentia


cansada na medida certa, com a certeza de que dormiria como uma pedra quando me


deitasse.


 —Você foi muito bem.


 Limpei o suor do rosto com uma toalha e olhei para o jovem que havia falado


comigo. Magro, embora com uma musculatura bem definida, ele tinha olhos castanhos bem


vivos e uma pele morena impecável, café com leite. Seus cílios eram grossos e longos, de


fazer inveja, mas os cabelos eram raspados bem rentes.


 —Obrigada.— Minha boca se contorceu num lamento. —Está na cara que é a minha


primeira vez, né?—


 Ele sorriu e estendeu a mão. —Alfonso Herrera.


 



 


—Dulce Saviñón. 


—Você leva jeito, Dulce. Com um pouco mais de treino ninguém vai ter coragem de


encarar você. Em uma cidade como Nova York, saber se defender é fundamental.— Ele


apontou para o quadro de cortiça pendurado na parede. Estava coberto de folhetos e cartões


de visita. Apanhou uma folha de um bloco de papel fluorescente e ofereceu para mim. —Já


ouviu falar em krav maga?


 —Vi em um filme da Jennifer Lopez.


 —Sou professor e adoraria ensinar você. Aí tem meu site e o telefone da minha


academia.


 Gostei da abordagem dele. Foi bem direta, assim como seu olhar, e o sorriso era


autêntico. Imaginei que estivesse querendo me paquerar, mas, se era essa a intenção, ele


disfarçou bem o suficiente para me deixar em dúvida.


 Alfonso cruzou os braços, exibindo seus bíceps bem delineados. Ele vestia uma


camiseta preta sem mangas e uma bermuda comprida. Seu tênis tinha a aparência surrada


dos calçados realmente confortáveis, e era possível ver as tatuagens tribais que se


estendiam até pouco abaixo de seu pescoço. —No site tem todos os horários. Você pode


assistir a uma aula, só pra ver se gosta.


 —Vou pensar a respeito, pode deixar.


 —Muito bem.— Ele estendeu a mão e me cumprimentou com firmeza e confiança.


—Espero ver você de novo.


 Um cheiro maravilhoso se espalhava pelo apartamento quando cheguei, e a voz de


Adele saía cheia de emoção das caixas de som, cantando —Chasing Pavements—. Olhei para


o outro lado da sala integrada com a cozinha e vi Christian balançando ao som da música


enquanto mexia alguma coisa perto dele. No balcão, havia uma garrafa de vinho tinto e


duas taças, uma delas pela metade.


 —Ei—, eu chamei ao me aproximar. —O que você está fazendo aí? Dá tempo de tomar


banho primeiro?


 Ele serviu o vinho na outra taça e a arrastou pelo balcão até mim com movimentos


seguros e elegantes. Olhando para Christian, ninguém seria capaz de dizer que ele passou a


infância entre temporadas com a mãe viciada em drogas e lares adotivos, e a adolescência


em reformatórios juvenis e centros de reabilitação estatais. —Macarrão à bolonhesa. E deixe


o banho para mais tarde, já está pronto. Se divertiu bastante?


 —Lá na academia, sim.— Puxei um dos banquinhos de madeira do balcão e me sentei.


Contei a ele sobre a aula de kickboxing e sobre Alfonso Herrera. —Quer ir comigo?


 —Krav maga?—, Christian balançou a cabeça. —Isso não é moleza, não. Eu ficaria cheio de


hematomas e acabaria perdendo alguns trabalhos. Mas posso ir com você até lá, pro caso do


sujeito ser um maníaco.


 Fiquei calada enquanto ele despejava o macarrão no escorredor. —Um maníaco?— 



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Autor(a): xX Paty Xx

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



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  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


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