Fanfic: Un Día ~ {Vondy} | Tema: RBD
Nunca deveria ter deixado me levar por esse sentimento, se a única desculpa que eu receberia neste momento era seu silencio.
[Pv.Christopher]
- “Isso não está certo.”
- “Vamos embora esquece o que eu disse.”
- “Como assim esquece? Eu quero saber o que exatamente está acontecendo.”
- “Eu te peço por favor não vá.”
- “Christopher não!”
Mas já era tarde o que meus amigos tanto queriam me impedir de ver.
Lá estava ela em seus braços abraçada fortemente, enquanto o mesmo lhe beijava a fronte com doçura, eu iria até eles mas ao vê-la segurar sua mão e lá depositar um pequeno objeto dourado que ela acabara de retirar do dedo anelar esquerdo.
Senti o mesmo anel que estivera em meu dedo pesar como nunca antes, como ela poderia fazer tal coisa com nossa promessa? Entregá-la a outro homem. Entregá-la a pessoa que eu chamara de irmão.
- “Não é o que você...”
- “Então o que é?”- eu gritei.
Isso chamou a atenção dos dois a minha frente, ela olhou para mim seus olhos encontraram os meus e ela novamente o abraçou e se foi sem olhar para trás. Me dando como resposta as minhas perguntas silenciosas mais silencio.
- “Dulce não vai fugir.”
- “Ela não tem mais nada com você, a deixe em paz.”
- “Como assim? É você...”
- “Fique longe dela a partir de agora, pois sou eu quem irar cuidar dela daqui em diante.”
- “Não diga besteiras seu idiota”- eu surrei aquele traidor com toda a fúria que eu sentia.
Logo recebi outro soco em troca. O empurrei com força.
- “Como vocês puderam querer me esconder isso? Eu estava sendo traído pelas duas pessoas que eu mais confiava nesse mundo. Me pergunto desde quando?”
Dei um empurrão e outro soco. Alfonso veio com tudo também e me golpeou no rosto pude sentir o sangue quente escorrer ao lado do meu olho esquerdo.
- “Vocês dois são amigos de infância parem com isso.”
- “É só uma garota...”
Na minha fúria ao ouvir aquelas palavras vindas de Derrick lhe dei um soco que lhe cortou o lábio. Não aquela não era só uma garota, era a minha garota, a única quem eu amei, a única que habitava meus pensamentos, a única que eu sabia que viveria no meu coração eternamente, e essa garota acabara de destruir todos os meus sonhos, essa garota acabara com a minha vida em questão de poucos segundos.
Sai de onde todos estavam, eu precisava ficar sozinho longe de todos, de tudo.
Chegar em casa era a pior solução mas lá estava eu no meu quarto onde cada móvel, cada lugar não importava para onde eu olhasse haviam lembranças dela, eu estava ficando louco e comecei a destruir tudo, talvez aquilo me faria me sentir melhor, distribuir minha fúria e destruir tudo que pudesse me lembrar daquela garota.
Me pus sob o chuveiro, precisava esfriar a cabeça, mas parecia impossível, as lagrimas não cessavam, o ódio e a decepção me consumiam, por que ela? Por que eles? Por que eu a amava?
Observei meu reflexo no espelho, mas ele também parecia me trair ao me mostrar sua imagem a minha frente sorrindo como se estivesse realmente feliz ao meu lado. Não foi a idéia mais inteligente que tive ao esmurrar aquela imagem, mas a dor da minha mão cortada pelos cacos do espelho me fizeram me sentir melhor, a dor física por alguma razão era melhor, era menos dolorosa do que a dor que eu sentia internamente.
[OxO]
Ele estava quebrando absolutamente tudo dentro do quarto, naquele apartamento que dividia com seus outros três amigos.
- “Como você pode fazer isso!?”
Derrick o mais novo dos quatro estava em pânico com o que estava acontecendo, Alfonso parecia indiferente as criticas dele.
- “É tarde para lamentações agora” – ele saiu também sem dizer uma palavra.
Alguns dias passaram e aquele apartamento mais parecia um ambiente de guerra, Alfonso passava a maioria do dia na rua, a noite voltava e quando encarava Christopher parecia que estava pronto para briga no momento que fosse só precisava de um único motivo, enquanto Christopher passava de dias longe de casa e quando regressava, não muito em seu juízo perfeito, sim ia diretamente procurar um modo de descontar toda sua raiva em qualquer pessoa que estivesse no seu caminho, principalmente em Alfonso, os amigos tentavam apartar as brigas, mas sempre acabavam brigando juntamente com eles, quatro amigos, separados por uma única garota.
No aniversario de Christopher os amigos o chamaram para sair, tenta fazê-lo se distrair, tentar fazê-lo seguir. Estavam no estacionamento do prédio onde moravam, dentro do carro já prontos para partir quando um outro carro de cor rubra passou por eles lentamente, lá estava Alfonso, com ela do lado, ele a puxou para ficar abraçada com ele, o sorriso cínico estampado no rosto.
Eles não precisavam de motivo para se odiarem, não mais, um único olhar já era o bastante.
Christopher saiu e foi diretamente pulando no capô do carro, se ele queria briga, sim ele a teria, Christian e Derrick o puxaram para longe, a ultima coisa de que precisavam seria mais uma briga com alguém indo parar no hospital.
Christopher a olhou novamente a dor e a raiva em seus olhos, mas ela o ignorou e somente se aconchegou no peito de Alfonso que seguiu seu caminho serio, sem olhar para o que havia deixado para trás.
O tempo passava não se sabia ao certo como tudo havia sido destruído tão facilmente, e o por quê? Por quê? Dia após dia tudo parecia ter menos sentido.
- “Deveríamos ajudá-lo, como podermos nos considera amigos dele se deixarmos tudo isso continuar?”
- “Não temos que nos meter nisso, é assunto deles.”
- “Mas isso é errado, eu não posso só ficar assistindo isso. Não entende?”
- “Eu entendo, sinto-me da mesma forma mas fizemos uma promessa.”
[Pv.Dulce]
Eu estava fraca, os dias passavam e ficava cada vez mais difícil até respirar, mas ver Alfonso ao meu lado me dava forças, ver Christian e Derrick me dando apoio me fazia querer respirar uma vez mais, eu sorria para os três a minha frente, queria que eles me vissem bem se é que era possível, eles estavam ao meu lado fizeram tudo que os pedi, se comprometeram comigo, e estavam sempre me animando. Eu iria ficar bem um dia, eu iria pode sorrir de verdade, eu poderia visitar meus lugares preferidos sem ter aquele sentimento que me dilacerava sempre que eu o via. Eu poderia sobreviver sem ele não é?
[Pv.Christopher]
Nada mais importava, nem o mundo, nem as pessoas, muito menos eu. Queria que tudo explodisse e com isso eu também. Eu queria sumir ou perder a memória, memórias dolorosas que me faziam acabar com a minha sanidade aos poucos, álcool, remédios, nem dormi mais a afastava da minha mente. Somente por um simples, cruel e masoquista motivo. Eu não me arrependia de amá-la, porque o que eu sentia era verdadeiro demais para simplesmente virar as costas, mesmo com aquela dor, eu a amava, ela seria feliz com ele como era feliz comigo? Ele a faria sorrir daquele mesmo jeito? Ele tinha que fazê-la sorrir, ele tinha que fazê-la feliz ou eu não seria capaz de desistir dela. Pobre patético apaixonado.
[Pv.Dulce]
Era engraçado como Christian insistia que eu ficava melhor sem a minha cabeleira, segundo ele usar perucas dava personalidade e que era melhor que as tinturas que as mulheres tanto usavam. Eu tive que rir, mas estava fraca demais para isso, sentia as pernas dormentes, as pontas dos dedos formigavam, logo minha cabeça passou a pesar demais para mantê-la elevada, a afundei no travesseiro juntamente com a minha consciência.
[Pv.Christopher]
Eu estava na rua novamente, a procurar algo que me fizesse parar de pensar nela quando meu celular tocou.
- “Christian...”
- “É câncer.”
- “Como?”
- “Dulce tem câncer, ela acabou de ser encaminhada para sala de cirurgia, estamos no hospital central.”- desligou.
Como assim? Câncer? Cirurgia?
O desespero se apossou de mim. A única ação que tive foi correr, correr até o ar dos meus pulmões esvaziassem. Ela tinha câncer e estava em cirurgia, mas como? Quando isso havia acontecido?
- “Você disse que cuidaria dela de agora em diante, porque não esta fazendo isso idiota.”- gritei.
Cheguei no hall do hospital e perguntei a recepcionista, eu não tinha ar, mas conseguir pronunciar seu nome, ela me informou o quinto andar, ela estava em uma cirurgia. Por que isso estava acontecendo? Por quê?
Não tive paciência para esperar por elevadores e corri pelas escadas, cada degrau parecia que ela ficava mais distante de mim, não isso não poderia acontecer, cheguei ao andar e corri pelo corredor, tentei me acalmar mas parecia que nada que eu fizesse me acalmaria. Por que ele não estava cuidando dela?
Encontrei Alfonso no corredor, preferi ignorá-lo, era melhor, não queria me distrair só havia um único motivo para eu estar naquele hospital e não era ele. Ia passar diretamente quando ele me puxou pelo pulso eu ia me desvencilhar mais ele segurou mais forte.
- “Olhe para mim.”- ele pediu.
O encarei raivoso, mas aqueles olhos estavam inchados e dolorosamente tristes.
- “Me desculpe! - ele virou meu pulso e abriu minha mão lá depositando o pequeno e delicado anel – meu irmão lamento por haver mentido, mas Dulce sempre o amou verdadeiramente.”
Aquilo me atingiu como uma bala, por algum motivo tudo começava a se encaixar como um jogo de quebra cabeça para crianças. Eu corri até a porta da sala de cirurgia estavam todos lá, suas caras não eram das melhores, e aquilo estava me deixando apavorado a cada segundo que passava.
- “Onde ela está?”
Eles apenas me olhavam triste. Eu gritei seu nome ela tinha que me ouvir.
[Pv.Dulce]
Por algum motivo eu estava bem, meus sentidos estavam tranquilos e relaxados, toda a angustia, dor e sofrimento me foram tirados, eu estava em paz, uma paz tão acolhedora que eu não poderia deixar de querer ficar ali na eternidade, mas algo faltava, alguma coisa. Foi então que eu o ouvi, aquele meu chamado, aquela voz que sussurrava no meu ouvido que me amava a voz que me fazia sentir a garota mais feliz do mundo a voz que eu amava, eu amava o dono daquela voz o amava tanto que preferi perde-lo ao permitir que ele sofresse o que eu estava sofrendo antes, ele me chamava, ele gritava meu nome, ele dizia que me amava novamente. Eu ao poucos abri meus olhos, a luz os machucou.
- “Ela está acordando?”
- “Deu certo então?”
Minha voz não saia, meus olhos queria fechar novamente, meu corpo queria aquela sensação de paz novamente, mas aquela voz era mais poderosa.
- “Não diga nada.”
- “eu...”
- “não se esforce querida, por favor.”
- “o ….”
- “fique quieta... seus batimentos ainda estão muito fracos”
- “diga ….”
Não achei que minhas energias iriam mais adiante ou se meu recado seria dado.
- “Por favor a deixem falar.”
Olhei fraca para voz serena ao meu lado e tentei sorrir.
- “o amo!”
A paz voltou ao meu coração.
[Pv.Christopher]
Eu não podia segurar mais, ela não poderia parti, eu estava abraçado fortemente a Christian, eu chorava como uma criança. Os outros não estavam diferentes, Alfonso estava com a cabeça na parede, parecia quere quebrá-la, Derrick estava sentado junto à porta segurava seu rosto com as mãos, suas lagrimas haviam cessado, mas seu semblante angustiado se refletia ao meu.
Todos nos viramos quando ouvimos a porta da sala abrir-se e o medico sair de cabeça baixa, logo acompanhado de duas enfermeiras e logo atrás delas uma maca.
Esperamos com expectativa, mas o seu rosto acabou com todas as nossas esperanças.
- “Ela não sobreviveu, eu lamento.”
Me soltei do abraço de Christian e me joguei na maca, lá estava minha Dulce, o rosto sereno parecia apenas dormi.
- “Por que você fez isso comigo? Por que mentiu? Por que chorou sozinha? Por que nem ao menos me disse adeus?” - chorava angustiado.
Pude ver as lagrimas que não haviam secado em seu rosto e todas as minhas perguntas foram respondidas.
-“Porque era tão doloroso dizer que me amava uma ultima vez.”
Autor(a): toiazinha
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