Fanfic: O Pecado Mora ao Lado aya | Tema: aya

A maior virtude do homem é lutar, mesmo quando tudo parece perdido.

Mentalizando aquela velha máxima, lá estava eu, outra vez, dois dias depois, correndo atrás de meus necessários quinhentos paus. E da esquisita.

Anahi: o que é que você está fazendo aqui?!

Quando vi sua expressão ao entrar na salinha reclusa e me ver ali, em meio a seus dois outros alunos do segundo ano, percebi que aquela história de que nem todos se davam tão bem com surpresa era a mais pura verdade. Ela me fulminava com os olhos – do bem pouco que eu conseguia ver deles na verdade, camuflados pelas lentes grossas do óculos.

Antes de responder, deixei meu olhar correr demoradamente por seu corpo, analisando sua aparência. Uma saia comprida com uma mistura de estampas contrastava com um suéter que, eu podia apostar toda a minha mesada suspensa, era alguma herança dos anos oitenta, setenta, sabe-se lá. O aparelho odontológico era camuflado pelos lábios fechados, assim como sua expressão. O óculos cobria boa parte do rosto, deixando o que sobrava a cargo do estranho e conhecido topete. Suprimi um gemido ao pensar o que me aguardava dali a algumas semanas.

Alfonso: estava esperando minha nova professora chegar. Mas acho que não estou mais. Ela chegou.

Largando a mochila sobre a mesa, ela cruzou os braços e se postou como uma estátua, bem a minha frente.

Anahí: você é uma espécie de carma, castigo de outra vida ou algo assim?

Alfonso: não que eu saiba – sorri, divertido.

Anahi: então por que na última semana eu não consigo passar um maldito dia sem vir à escola e não ser imprensada contra a parede por você? – ela mais resmungou que qualquer outra coisa, ajeitando o óculos num tique nervoso.

Alfonso: eu só precisava de uma professora – dei de ombros, inocente.

Anahi: e por que não pediu ao papai para contratar uma? – inclinou-se mais em minha direção, quando uma risadinha incontida a fez olhar em volta e, talvez só aí, perceber que não estávamos sozinhos. Ela pigarreou, parecendo sem graça, e murmurou entre os dentes: - Lá fora.

Dito isso, marchou até a porta e eu resmunguei, largando a mochila sobre a carteira enquanto levantava para segui-la.

AMANHÃ POSTO, SE TIVER COMENTÁRIOS CLARO.

BEIJOS

SOPHIA