Fanfic: O Pecado Mora ao Lado aya | Tema: aya
E eu adorava mesmo. Mas, é óbvio, aquele não fora de longe o motivo de eu ter aceitado aquela quase imposta dança. Precisava começar a mostrar a ele quem estava no comando. Provocá-lo, deixá-lo louco, tirá-lo do eixo e fazê-lo ver que aquela garotinha idiota com quem ele brincara no passado não existia mais, em grande parte por sua única e total responsabilidade. Fazê-lo ver que aquela garotinha havia aprendido a ser má. Bem má.
Mas então ele enlaçou minha cintura e me puxou para um lugar mais afastado da porta. Não que aquilo fosse fazer diferença, pois fiquei totalmente alheia a tudo no momento em que ele juntou nossos corpos e deixou-se embalar pelo ritmo jocoso da música. No que eu estava pensando? Já não fazia ideia. Todas as intenções de mostrar o quanto eu havia mudado se confundiram no mar de sensações tão bem conhecidas.
Eu era novamente a Anahí, presa nos braços do tão mudado Alfonso Herrera, que me fazia sentir borbulhar por dentro e flutuar pela pista de dança daquele baile de formatura que poucos meses antes eu jamais pensara em ir. Era novamente a menina encantada pelo garoto especial, aquele que mudara minha forma de vê-lo com pequenos gestos e atitudes corriqueiras. E me sentia uma princesa, embora estivesse longe daquilo.
Andávamos pelo salão, dançávamos agarrados, escondíamo-nos dos olhares alheios só para trocar algum beijo proibido. Podia sentir cada pequena sensação de volta, cada ínfimo instante de plenitude por me sentir tão tolamente apaixonada. Ele me guiava como o fazia agora, atencioso e preciso. Vez ou outra balbuciava alguma besteira em meu ouvido e me fazia rir. E eu adorava aquele poder idiota que ele tinha de fazer aquilo. Me divertir e me fazer bem. Podia estar com o pior humor do mundo, mas era só olhar para aquele mesmo rosto que via agora, divertido e brincalhão, que tudo melhorava. Era mágico.
E era mentira.
No fim eu tinha razão. Por dentro daquela casca de prepotência e inacessibilidade, Ana Nichols, minha radialista feminista única e preferida – é, aquela que eu adorava irritar –, era completamente maleável em meus braços.
Ainda assim foi um tanto surpreendente vê-la enroscar seu corpo ao meu e se entregar àquela dança. Chegava a ser um tanto provocante, mesmo que aquilo fosse uma contradição com seus movimentos quase que ingênuos e involuntários. Ela parecia distraída, perdida num mundo a parte. Acompanhava a música aninhada em meu corpo e deixando-se ser guiada. Vez ou outra relanceava o olhar por meu rosto e sua expressão se tornava ainda mais alheia. Em contrapartida, eu podia sentir cada parte de meu corpo em contato com o dela, aquela percepção totalmente avivada pela proximidade e pela atração que, era inegável, eu já sentia. A respiração quente batendo em meu pescoçoe as unhas bem feitas deslizando-se distraídas por minha nuca tinham o poder de um verdadeiro catalisador químico. A música parecia ir se moldando ao constante rebolar de seus quadris, ao invés do contrário. Eu já a sentia em cada poro de meu corpo. E já a desejava além daquilo.
Até que, com um dar de ombros, tudo aquilo se perdeu. Perdendo um compasso, ela pareceu sair de seu mundo particular e voltar à nossa realidade, àquela pista de dança improvisada em meio a velas já quase totalmente queimadas. Pude senti-la reerguer a barreira de inacessibilidade que tão bem impunha cotidianamente e retomar a postura esnobe de dona da situação.
Contive um sorriso.
Alfonso: não pensei que fosse ter tanta gente assim aqui.
Anahi: nem eu – ela revirou os olhos, parecendo desconfortável. – Coisas de Dulce Maria.
Alfonso: ah – ri baixo, inclinando a cabeça um pouco para trás. – Ela é bem... – pausei, buscando a palavra certa.
Anahi: descontrolada? É.
Alfonso: não, não! – ri. - Quer dizer, não foi bem isso que eu quis dizer.
Anahi: tudo bem, isso não a ofende – ela deu de ombros.
Alfonso: ela parece ser uma boa pessoa. Gosto dela.
Anahi: gosta? – afastou um pouco o rosto e me encarou especulativa.
Alfonso: é, gosto. Apesar do gosto dúbio para as amizades, ela...
Anahi: ah, cala a boca! – cortou, revirando os olhos. – Fica quieto e dança. Eu ainda não gosto de você, então, tecnicamente, essa conversa nem deveria estar acontecendo.
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Autor(a): sophiavondy
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Eu gargalhei. Era simplesmente inevitável não provocá-la, mesmo quando ela parecia estar se esforçando o máximo para ser o mínimo sociável. Alfonso: foi só uma brincadeira, você sabe.Anahí: pelo visto você é muito adepto à elas.Alfonso: um pouco – sorri, observando seu perf ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 512
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raya_ponchito Postado em 24/09/2015 - 00:03:51
Cadê você ??
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al.andrade Postado em 11/01/2015 - 13:25:12
n vai terminar??
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raya_ponchito Postado em 16/12/2014 - 19:51:42
O Poncho não devia ter dito amooor bobo, estragou :(
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raya_ponchito Postado em 16/12/2014 - 19:50:53
você precisa vooooltar
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raya_ponchito Postado em 16/12/2014 - 19:50:24
mdssss a web ta maravilhosa
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al.andrade Postado em 20/11/2014 - 11:01:37
posta mais!! essa fic é mto boa, n pode ficar incompleta.
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brunaponny Postado em 20/05/2014 - 13:26:20
oq aconteceu? posta mais, ta sumidA :(
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tatahabsurda Postado em 19/05/2014 - 04:24:18
Na boa.. a FIC é muito boa pra ficar incompleta, então.. pleases!!! volte a postar.. Alguém aqui sabe e pode me mandar o twitter da autora??
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amandaqueiroz24 Postado em 10/05/2014 - 04:16:47
sua fic e otima o problema é que vc demora para postar
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brunaponny Postado em 27/04/2014 - 14:25:55
Hey nova leitura comecei a ler sua fic ontem!! E ameiiiiiiiiii! To ansiosa p ver a ana falar q ela eh a anahi hehe <3 continuaaaaa pfpfpfpf