Fanfic: O Pecado Mora ao Lado aya | Tema: aya

Voltei para casa aquela noite e, mais uma vez, não havia nenhum sinal de Ana pelo prédio. Hall deserto e apartamento silencioso. Após tomar um banho e vestir uma roupa despojada, peguei uma cerveja e segui para a sacada. Não estava com espírito para ver noticiário, por isso passei direto pela TV e abri a porta de vidro. O espaço era pequeno, mas a vista do décimo segundo andar era fantástica. Nova York tinha um brilho todo especial à noite e, honrando o jargão de cidade que nunca dormia, uma sucessão de pequenos pontos luminosos se deslocava lá embaixo, indiferentes ao tardar da hora. O clima era ameno demais até mesmo para início de agosto. Dando uma golada no liquido gelado, apoiei-me na mureta e deixei os olhos correrem pela luminosidade surreal daquela cidade.

Minha mente estava cansada. Isso sempre acontecia quando eu me sentia parte de um grande desafio, na verdade. E acho que ninguém tinha dúvidas de que eu estava firmemente envolvido em um, não é? ‘Desculpa quebrar seu clima, mas, sabe como é, você não me atrai.’ Um leve sorriso se desprendeu de meus lábios e eu tomei mais uma golada de cerveja. Aquela pequena bruxa feminista não sabia com quem havia se metido. Eu não era daqueles de desistir fácil, de me abater por palavras estúpidas ou atitudes esnobes. Na verdade suas atitudes me levavam ao exato oposto e eu só me renderia quando o jogo estivesse ganho. Não me contentaria com menos que aquilo.

Terminando a cerveja, deixei a lata de canto e, com uma última olhada para a noite escura lá fora, voltei para dentro. Passava pouco das dez da noite e a completa falta do que fazer me entediava. Por um momento, pensei em Melanie e em sua massagem única, como ela mesma costumava dizer. Descartei a ideia antes de cair no impulso de pegar o telefone. Como David dissera, eu estava cansado. Pensar em Mel não me excitava mais como antigamente, sua imagem não despertava mais aquele arroubo de paixão do início. Claro, ela era uma mulher espetacular e eu não a desprezaria se viesse até mim, com aquele corpo divinamente esculpido rebolando em minha direção. Mas não seria eu a procurá-la. Não tinha vontade. Minha vontade agora se direcionava especificamente a uma determinada loira daquele andar. A ninguém mais.

Desistindo de tentar arrumar algo para fazer, rumei para o quarto e, em pouco tempo, estava pronto para dormir. Enfiei-me sob os lençóis e, após lutar um pouco contra a falta de sono, adormeci.

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