Fanfics Brasil - Capitulo Cinco - Parte um O Beijo da meia-noite

Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo Cinco - Parte um

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Ele nem sequer se preocupou de chamá-la e lhe deixar uma mensagem a ou­tra noite.


Típico.


    Provavelmente tinha um encontro muito importante com seu mando à distancia e seu programa de poderes paranormais. Ou possivelmente, quando se houve mar­chado de seu apartamento a outra tarde, tinha conhecido a alguém mais e tinha recebido uma oferta mais interessante que devolver o telefone celular a Dulce no Beacon Hill.


Diabos, inclusive era possível que estivesse casado, ou que tivesse alguma relação com alguém. Não o tinha perguntado, e se o houvesse pre­guntado, isso não tivesse garantido que lhe houvesse dito a verdade. Christopher Uckermann, certamente, não era distinto a nenhum homem. Exceto pelo fato de que era... diferente.


    Pareceu-lhe  que era muito diferente a qualquer a quem houvesse conhecido até esse momento. Um homem muito reservado, quase fechado, que dava uma sensação extranhamente perigosa. Ela não podia imaginar sentado em uma poltrona diante do televisor,  igual que tampouco lhe podia imaginar junto em uma relação séria de namoro, por não falar de uma esposa e uma família. O qual voltava a recordar a idéia de que se­guramente ele teria recebido uma oferta mais interessante e tinha decidido desprezar a ela. E essa idéia lhe doía muito mais do que deveria.


    «te esqueça dele», repreendeu-se Dulce ,quase sem fôlego enquanto aproximava o Cooper Mini negro à uma lateral da tranqüila rua  local e  desligava o motor. A bolsa com sua câmara e seu equipamento  fo­tográfico se encontrava no assento do co-piloto. Agarrou-a, e tomou tam­bem uma pequena lanterna do porta-luvas, guardou as chaves na ja­queta e saiu do carro.


 Fechou a porta sem fazer ruído e jogou uma rápida olhada ao seu redor. Não havia nem uma alma a vista, o qual não era surpreendente dado que eram quase as seis da manhã e que o edifício, no qual estava a ponto de entrar de forma ilegal e de fotografar, fazia vinte anos que estava fechado. Andou seguindo o caminho de pavimento gretado e girou a direita, cruzou uma sarjeta e subiu até um terreno cheio de carvalhos que for­mavam como uma densa cortina ao redor do velho hospital psiquiátrico.


   O amanhecer começava a elevar-se pelo horizonte. A luz era fantas­magórica e etérea, como uma neblina úmida rosada e azulada que amor­talhava essa estrutura gótica com um brilho  de outro mundo. Apesar de estar pintado em tons claros, esse lugar tinha um ar ameaçador.


    O contraste era o que a tinha atraído até essa localização essa manhã. Tomar as imagens ao anoitecer tivesse sido a eleição mais na­tural para concentrar-se na qualidade ameaçadora dessa estrutura a­bandonada. Mas era a justaposição da cálida luz do amanhecer com o tema frio e sinistro o que atraía a Gabrielle enquanto se detinha para tirar a câmara da bolsa que tinha pendurada do ombro. Tirou umas seis fotos e logo voltou a pôr a tampa a lente para continuar a caminhada em direção ao fantasmagórico edifício.


    Uma alta cerca de arame apareceu diante dela, impedindo que os exploradores curiosos como ela entrassem na propriedade. Mas Dulce  sabia que tinha um ponto débil escondido. Tinha-o descoberto a primeira vez que tinha vindo ao lugar para tirar umas fotos de exterior. Se apre­ssou seguindo a linha da cerca até que chegou ao extremo sudoeste da mesma, onde se agachou até o chão. Ali, alguém tinha talhado dis­cretamente o arame e tinha formado uma abertura o bastante grande para que um adolescente curioso pudesse abrir-se passo, ou para que uma fo­tógrafa decidida, e que tinha tendência a interpretar os sinais de «Não passar» e «Só pessoal autorizado» como sugestões amistosas em lugar de leis inquebráveis, penetrasse por ela.


     Dulce abriu a parte de arame talhado, lançou o equipamento para o outro lado e se arrastou como uma aranha, sobre o ventre, Através da baixa abertura. Quando ficou em pé, ao outro lado da cerca, sentiu que as pernas lhe tremiam por causa de uma repentina apreensão. Deveria estar acostumada a este tipo de operações encobertas, de explora­ções em solitário: muito freqüentemente, sua arte dependia de sua coragem para encontrar lugares desolados, que alguns qualificariam de perigosos. Esse arrepiante psiquiátrico podia, certamente, qualificar-se como perigoso, pensou enquanto deixava vagar o olhar por um grafite pintado com ae­rosol ao lado da porta de entrada que dizia más vibrações.


    —Já pode dizê-lo —sussurrou em voz muito baixa. Enquanto se sacudia as agulhas de pinheiro e a terra da roupa, com gesto automático levou uma mão até o bolso dianteiro de seu jeans em busca do celular. Não estava ali, é obvio, já que ainda estava em poder do detetive Uckermann. Outra razão para sentir-se aborrecida com ele por havê-la feito esperar a outra noite.


    Possivelmente não deveria ser tão dura com o menino, pensou, repentinamente desejosa de concentrar-se em algo distinto ao mau pressentimento que a atendia agora que se encontrava dentro do terreno do psiquiátrico. Possivelmente Uckermann não se apresentou porque algo lhe tinha acontecido no trabalho.


    E se tinha sido ferido em cumprimento do dever e não acudiu tal e como tinha prometido porque  se encontrava de alguma forma encapacitado de ­chamar ? Possivelmente não tinha chamado para desculpar-se nem para explicar sua ausência porque não podia fazê-lo fisicamente.


   Exato. E possivelmente ela tinha comprovado seu próprio cérebro com as bra-gás do mesmo segundo em que tinha posto os olhos nesse homem.


Burlando-se de si mesmo, Dulce recolheu suas coisas e caminhou em direção a imponente arquitetura do edifício principal. Uma pálida pe­dra calcária se elevava para o céu  em uma levantada torre central, re­mota em uns picos e agulhas dignos da melhor catedral gótica. Ao seu redor havia um extenso recinto  de paredes de tijolo vermelho, cujo teto estava composto por telhas ordenadas em um desenho como de asas de morcego, comunicado entre eles por passarelas e arcos que for­mavam um claustro coberto.


   Mas por impressionante que fosse essa estrutura, não havia forma de tirar-se de cima a sensação de uma ameaça latente, como se mil p­ecados e mil segredos se apertassem detrás dessas descascadas paredes e janelas com parte de cristais quebrados. Dulce caminhou até o ponto onde a luz era melhor e tomou umas quantas fotos. Não havia nenhuma maneira de entrar por aí: a porta principal estava fechada com ferrolho e com travessas de madeira. Se queria entrar para realizar algu­mas fotos do interior —e, definitivamente, sim queria—, tinha que dar a volta até a parte traseira e provar sorte com alguma janela que estivesse a pé de rua ou com alguma porta do porão.


   Baixou deslizando-se por um aterro em pendente para a parte poste­rior do edifício e encontrou o que estava procurando: umas portinhas de madeira ocultavam três janelas que era muito provável que se abrissem a uma zona de serviço ou a um armazém. Os ferrolhos estavam oxidados, mas não estavam fechados e se abriram com facilidade quando se serve de ajuda de uma pedra que encontrou ali ao lado. Atirou da coberta de made­ra das janelas, levantou o pesado painel de cristal e o escorou, a­berto, com os ferrolhos.


   Fez uma varredura geral  iluminando-se com a lanterna para assegurar-se de que o lugar estava vazio e de que não ia desabar  sobre sua cabeça imediatamente, e penetrou através da abertura. Ao saltar do marco da janela, o solado de suas botas pisaram em cristais quebrados  e pó e lixo acumulados durante anos. Esse porão de blocos de  concreto tinha uns três metros e meio de comprimento e desaparecia na escura zona que ficava sem iluminar. Dulce dirigiu o magro feixe de luz de sua lanterna para as sombras do outro  extremo do espaço. Percorreu com ele a parede e o deteve sobre uma velha porta de serviço em cuja superfície se podia ler o seguinte  pôster: acesso restringido.


   —O que te aposta? —sussurrou enquanto se aproximava  da porta. E­fetivamente, não estava fechada com chave.


Abriu-a e projetou a luz para o outro lado da porta, onde se abria um comprido corredor parecido a um túnel. Uns suportes de fluorescente quebrados penduravam do teto; alguns dos painéis que os haviam coberto tinham caido sobre o chão de qualidade industrial, onde jaziam quebrados e cobertos de pó. Gabrielle entrou nesse espaço  escuro, insegura do que estava procurando e com certo temor do que poderia encontrar nas desertas tripas desse psiquiátrico.


    Passou por diante de uma porta aberta do corredor e a luz do  flash iluminóu uma cadeira de dentista de vinil vermelho, um pouco gasta, que se encontrava colocada no centro da habitação, como se esperasse ao próximo paciente. Dulce tirou  a câmara de sua capa e tomou um par de rápidas fotos. Logo continuou para diante e passou ante uma série de habitações de revisão e de tratamento. Devia encontrar-se na ala médica do edifício. Encontrou uma escada e subiu dois lances até que chegou, para  sua com­placencia, a torre central onde umas grandes janelas deixavam entrar a luz da manhã em generosas quantidades.


   Através da lente da câmara olhou por cima de amplos terrenos e pátios flanqueados por elegantes edifícios de tijolo e de pedra calcária.  Realizou umas quantas fotos  do lugar, apreciando tanto sua arquitetura como o quente jogo que a luz do sol fazia contra tantas sombras fan­tasmagóricas. Resultava estranho olhar para fora do confinamento de um edifício que antigamente tinha albergado a tantas  almas pertur­badas. Nesse inquietante silêncio, Dulce quase podia ouvir as vozes dos pacientes, de gente que, simplesmente, não tinha a possibilidade de mar­char-se caminhando dali como ela faria então.



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Autor(a): Luh

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21

    Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17

    Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33

    ADORANDOOOO!!!posta maisssss

  • paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58

    Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs

  • claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33

    obrigada. posta +++++++++ please s2

  • claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30

    Posta mais +++++ flor s2

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58

    posta maissssssssssss

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06

    CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09

    ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u

  • claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39

    oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....


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