Fanfics Brasil - Capitulo seis - parte dois O Beijo da meia-noite

Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo seis - parte dois

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—Quanto tempo tem esta imagem?


—Uns seis meses —respondeu Gabriel, abrindo a data da imagem—  Sai de uma das operações na Costa Oeste.


—Los Angeles?


—Seattle. Mas segundo o relatório, em Los Angeles tem uma ordem de a­rresto também.


—Ordens de arresto —disse Alfonso em tom zombador.


— Uma fodida perda de tempo.


   Christopher não podia não estar de acordo com ele. Para quase toda a nação de vampiros nos Estados Unidos e no estrangeiro, o cumprimento da lei e a detenção dos indivíduos que se converteram em renegados se governavam por umas regras e procedimentos específicos. Redigiam-se ordens de arresto, realizavam-se as detenções, realizavam-se os enterro­gatorios e se transmitiam as  condenações. Tudo era muito civilizado e estranha­mente resultava efetivo.


   Enquanto que a raça e a população dos Refúgios Escuros estavam organizados, motivados e envoltos por capas de burocracia,  seus ini­migos eram imprevisíveis e impetuosos. E, a não ser que a intuição de Christopher fora errônea, os renegados, depois de séculos de anarquia e de caos geral, estavam começando a organizar-se.


   Se é que não levavam já meses nesse processo.


  Christopher observou a imagem  que tinha aparecido em tela. Na ima­gen de vídeo, o renegado a quem tinham capturado se encontrava preso  em uma prancha de metal colocada em vertical, nu e com  a cabeça barbeada por completo, provavelmente para que as descargas elétricas que lhe enviavam lhe chegassem com maior facilidade enquanto lhe interrogavam. Christopher não sentia nenhuma compaixão pela tortura que o renegado tinha suportado. Freqüentemente era  necessário realizar interrogatórios desse tipo, e  igual que acontece com um ser humano enganchado a heroína, um vampiro que sofria de sede de sangue podia suportar dez vezes mais e sem fraquejar a dor que outro de seus irmãos de raça podia agüentar.


 


   Esse renegado era grande, com umas sobrancelhas densas e uns rasgos fortes e primitivos. Nessa imagem lhe via rir com ironia. Os largos dentes brilhavam e tinha uma expressão selvagem nos olhos da cor do ám­bar e de pupilas alargadas e verticais. Encontrava-se envolto por cabos da cabeça enorme até o musculoso peito e os braços firmes como martelos.


   —Dando por entendido que ser  feio não é um crime, por que motivo lhe pilharam em Seattle?


   —Vamos ver o que temos. —Gabriel voltou a colocar-se ante os computadores e abriu um registro em outra das telas.


   —Lhe hão arres­tado por tráfico: armas, explosivos, substâncias químicas. Vá, este tipo é um encanto. Colocou-se em uma merda verdadeiramente feia.


   —Alguma idéia sobre de quem eram as armas que levava?


   —Aqui não diz nada. Não conseguiram grande coisa com ele, é evidente. O registro informa que escapou justo depois de que tomassem estas ima­gens. Matou a dois dos guardas durante a fuga.


   E agora havia tornado a escapar, pensou Christopher, desalentado e desejando ferventemente ter decapitado ao filho de puta quando o tinha diante. Não suportava o fracasso com  facilidade, e muito menos quando se tratava do seu próprio.


 Christopher olhou para Diego.


   —Cruzaste-te alguma vez com este tipo?


   —Não —repôs o russo—, mas consultarei com meus contatos, a ver o que posso averiguar.


   —Ponha nisso.


Diego assentiu com a cabeça com gesto rápido e se dirigiu para a saida do laboratório técnico enquanto já marcava o número de telefone de alguém no celular.


   —Estas fotos são uma merda —disse Christian, olhando por cima do ombro do Gabriel em direção as fotos que Dulce tinha tomado durante o assassinato, fora da discoteca. O guerreiro pronunciou uma maldição.


   — Já é bastante  mau que os humanos tenham presenciado alguns dos assassinatos dos renegados durante os últimos anos, mas agora se dedicam a deter-se e a tomar fotos?


    Alfonso deixou cair os pés ao chão com um ruído surdo, ficou em pé e começou a caminhar pela habitação, como se começasse a sentir-se cada vez mais inquieto pela falta de atividade nessa reunião.


   —Todo mundo acredita que são uns fodidos paparazzi.


   —O tipo que fez essas fotos deveu cagar-se de medo ao encontrar-se com noventa quilogramas de guerreiro salivando por ele —acrescentou Derick. E, olhou a Christopher—. Lhe apagou primeiro a memória, ou simplesmente o eli­minou ali mesmo?


          —O humano que  presenciou o ataque essa noite era uma mulher. —Christopher olhou fixamente os rostos de seus irmãos sem mostrar o que sentia em relação a informação que estava a ponto de lhes dar.


          — Resulta que é uma companheira de raça.


         —Mãe de Deus —exclamou Derick , passando a mão pelo cabelo—. Uma companheira de raça. Está seguro?


         —Leva o sinal. Vi-a com meus próprios olhos.


         —O que fez com ela? Transou, não...?


        —Não —repôs com secura Christopher, inquieto pelo que o espanhol havia insinuado com o tom de voz.


         —Não fiz nenhum mal a essa mulher. E­xiste uma linha que nunca vou cruzar.


   Tampouco tinha reclamado Dulce para si, embora tinha estado muito  perto de fazê-lo essa noite no apartamento dela. Christopher apertou a mandíbula: uma onda de escuro desejo lhe invadiu ao pensar em quão tentadora Dulce estava, enroscada e dormida na cama. No malditamen­te doce que era seu sabor em sua língua...


   —O que vais fazer com ela, christopher? —Esta vez, a expressão de preo­cupação proveio de onde se encontrava gabriel.


  — Não podemos deixar que os renegados a encontrem. Seguro que ela chamou a atenção deles quando realizou essas fotos.


   —E se os renegados se dão conta de que é uma companheira de raça...  —acrescentou Alfonso, interrompendo-se a metade da frase. Outros assentiram com a cabeça.


   —Ela estará mais segura aqui —disse Gabriel—, sob o amparo da raça. Melhor ainda: deveria ser oficialmente admitida em um dos Refúgios Escuros.


   —Conheço o protocolo —repôs Christopher, pronunciando cada palavra com lentidão. Sentia muita raiva ao pensar em que Dulce pudesse aca­bar nas mãos dos renegados, ou nas de outro membro da raça se fazia o que era devido e a mandava a um dos Refúgios Escuros da nação. Nenhuma das duas opções lhe parecia aceitável nesse momen­to a causa do sentimento possessivo que lhe bulia nas veias, irreprimivel embora não desejado.


    Olhou a seus irmãos guerreiros com frieza.


—Essa mulher é responsabilidade minha a partir de agora mesmo. Decidirei qual é a melhor atuação neste tema.


    Nenhum dos guerreiros lhe contradisse. Christopher não esperava que o fizessem. Em qualidade de membro de primeira geração, ele era mais antigo; em qualidade de guerreiro fundador dos de sua classe na raça, era quem mais coisas tinha demonstrado, com sangue e também com o aço. Sua p­alavra era lei, e todos os que se encontravam nessa habitação o respe­itavam.


          Alfonso ficou  em pé, brincou com a Malebranche entre seus compridos e hábeis dedos e a embainhou com um ágil gesto.


—Faltam quatro horas para que caia o sol. Vou. —Olhou de soslaio a Derick e a Christian.


— Alguém tem vontades de treinar antes de que as coisas fiquem interessantes?


    Os dois machos se levantaram rapidamente, animados pela idéia, e detrás dirigir uma respeitosa saudação a Christopher, os três grandes guerreiros sairam do laboratório técnico e percorreram o corredor em direção a zona de treinamento do edifício.


—Tem algo mais sobre esse renegado de Seattle? —perguntou Christopher a Gabriel enquanto as portas de cristal se fechavam, quando ambos ficaram sozinhos no laboratório.


— Agora mesmo estou realizando uma comparação cruzada de todas as bases de registros. Só  demorará um minuto em dar algum resultado. — Teclou umas ordens no computador.


— Bingo. Tenho uma coincidência procedente de uma informação GPS da Costa Oeste. Parece infor­mação reunida anteriormente ao arresto. Joga uma olhada.


    A tela do monitor se encheu com uma série de imagens noturnas por satélite de uma embarcação de pesca comercial aos subúrbios de Puget Sound. A imagem se centrava em um Sedan comprido e negro que se en­contrava detrás de um maltratado edifício situado ao final do dique. Apo­iado contra a porta posterior se encontrava o renegado que tinha conseguido escapar de Christpher fazia uns dias. Gabriel passou rapidamente uma série de imagens que lhe mostravam conversando longamente, ou isso parecia, com alguém que se encontrava oculto detrás dos cristais negros dos guichês. À medida que as imagens avançavam, viram que a porta traseira do carro se abria e o renegado entrava no carro.


   —Detenha —disse Christopher, fixando o olhar na mão do passageiro ocul­to.


   — Pode deter todo este fotograma? Aumenta a zona da porta aberta do carro.


  —Vou tentar .


   A imagem aumentou de tamanho, mas Christopher quase não necessitava um au­mento da imagem para confirmar o que via. Quase não se distinguia, mas aí estava. Na parte de pele exposta entre a grande mão do p­assageiro e o punho francês da camisa de manga larga se viam uns im­pressionantes dermoglifos que lhe delatavam como um membro de primeira geração.


   Gabriel também os tinha visto nesse momento.


   —Maldição, olhe isso —disse, cravando a vista no monitor—. Nosso im­bécil de Seattle desfrutava de uma companhia interessante.


   —Possivelmente ainda o está fazendo —repôs Christopher.


   Não havia nada pior que um renegado que tivesse sangue de primeira geração nas veias. Os membros de primeira geração caíam vitima  da sede de sangue com maior rapidez que as últimas geração da raça, e eram uns temíveis inimigos. Se algum deles tinha intenção de liderar aos renegados e lhes conduzir a um  levantamento, isso significaria o princípio de uma guerra infernal. Christopher já havia luta­do em uma batalha assim uma vez, fazia muito tempo. Não desejava voltar a fazê-lo.


   —Imprime tudo o que conseguiste, incluídos as ampliações de e­roglifos.


   —Já estão.


   —Qualquer outra coisa que encontre sobre esses dois indivíduos, passa-me diretamente. Encarregarei-me disto pessoalmente.


   Gabriel assentiu com a cabeça, mas o olhar que lhe dirigiu por cima da arreios dos óculos expressava dúvida.


    —Não pode pretender te encarregar de tudo isto você sozinho, já sabe.


Christopher lhe cravou um olhar escuro.


   —Quem o diz?


   Sem dúvida, o vampiro tinha em sua cabeça de gênio todo um discurso a­berto da probabilidade e da lei da estatística, mas Christopher não se sentia de humor para lhe escutar. A noite se aproximava, e com ela se aproximava outra oportunidade de caçar a seus inimigos. Precisava empregar as horas que ficavam para esclarecer a cabeça, preparar as armas e decidir onde era melhor atacar. O depredador que havia nele se sentia impaciente e faminto, mas não por causa da batalha contra os Rene­gados.


   Em lugar disso, Christopher se deu conta de que seus pensamentos se desviavam para um tranqüilo apartamento do Beacon Hill, para uma visita que nunca deveria ter realizado. Ao igual que o aroma de jasmim, o recordava da suavidade e a calidez da pele de Dulce, enredava-se com seus sentidos. Ficou tenso e seu sexo ficou em ereção somente pensando nela.


Foder.


   Essa era a razão pela qual não a tinha posto sob o amparo da raça, aqui, no edifício. A certa distancia, ela era uma distração. Mas se  encontrava em uma habitação próxima, seria um maldito desastre.


   —Está bem? —perguntou-lhe Gabriel, dando-a volta com a cadeira e ficando de cara a Christopher.


  — É uma fúria muito grande a que tem em ­topo, amigo.


   Christopher se arrancou da cabeça esses escuros pensamentos e se deu conta de que as presas lhe tinham alargado e que a visão lhe havia agudizado com o fechamento das pupilas. Mas não era a fúria o que lhe transformava. Era a luxúria, e tinha que saciá-la, antes ou depois. Com essa idéia lhe pulsando nas têmporas, Christopher tomou o telefone celular de Duçce, que se encontrava em cima de uma das mesas, e saiu do laboratório.


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Prontinho gente mais um capitulo pra vocês !


Proximo capitulo : primeira cena hot o/, muy hot .


Comentem bastante que eu posto ta ?



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Autor(a): Luh

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Dedicado á :  paulinhavondy , que se mostrou uma leitora bem safadinha rsrs` . Um conselho , para T-O-D-A-S , não sem empolgue muito com o Christopher ele é um idiota , literalmente ! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk  Alias cada um sabe o que lê então ... Boa leitura! ----------------------------------------------------------------------- ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21

    Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17

    Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33

    ADORANDOOOO!!!posta maisssss

  • paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58

    Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs

  • claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33

    obrigada. posta +++++++++ please s2

  • claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30

    Posta mais +++++ flor s2

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58

    posta maissssssssssss

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06

    CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09

    ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u

  • claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39

    oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....


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