Fanfics Brasil - Capitulo dez - parte um O Beijo da meia-noite

Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo dez - parte um

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               Estou de volta meninas , me desculpe pela demora !


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Dulce pôs outra toalha de papel sob o jorro de água fria na pia da cozinha. Havia várias toalhas mais atiradas já, empapadas de água e manchadas de sangue, além de sujas do pó da rua que se limpou das palmas das mãos e dos joelhos. Em pé, de sutiens e calcinhas, jogou um pouco de sabão líquido na toalha de papel empapada de água e se esfregou com energia as feridas das palmas das mãos.


   —Ai! —exclamou, e franziu o cenho. Encontrou-se uma pequena e afiada lasca cravada na ferida. A tirou e a atirou à pia ao lado de todo o cascalho que se limpou das  feridas.


    Deus, parecia um desastre.


    A saia nova estava rota e destroçada. A prega do suéter se danificou ao cair contra o áspero pavimento. E parecia que as mãos e os joelhos pertencessem a uma menina selvagem e torpe.


E além de tudo isso, mostrou-se como uma  completa estúpida em público.


    Que demônios lhe estava acontecendo para ficar histérica dessa maneira?


    O prefeito, pelo amor de Deus. E ela tinha fugido desse carro como se temesse que se tratasse de...


Do que? De alguma espécie de monstro?


«Vampiro.»


As mãos de Dulce ficaram imóveis.


Ouviu a palavra mentalmente, apesar de que  se negou a pronunciá-la em voz alta. Essa era a palavra que tinha na soleira da consciência do momento em que foi testemunha  desse assassinato. Era uma palavra que não queria reconhecer, nem sequer quando se encontrava sozinha no se­lêncio de seu apartamento vazio.


   Os vampiros eram a obsessão da louca de sua mãe biológica, não a sua.


   Essa adolescente anônima se encontrava em um estado completamente delirante quando a polícia a tirou das ruas, fazia tantos anos. Dizia que a tinham açoitado uns demônios que queriam beber seu sangue, que, de fato, tinham-no tentado, e essa tinha sido a explicação que tinha dado pelas estranhas feridas que tinha na garganta. Os docu­mentos judiciais que lhe tinham dado estavam salpicados de loucas refe­rencias a espectros sedentos de sangue que percorriam a cidade em com­pleta liberdade.


   Impossível.


   Isso era uma loucura, e Dulce sabia.


   Estava permitindo que sua imaginação e que o medo que tinha de converter-se em uma perturbada como sua mãe algum dia acabassem com ela. Mas ela era muito inteligente para permiti-lo. Era mais sã, pelo menos...


   Deus, tinha que sê-lo.


   Ter visto esse menino da delegacia de polícia esse mesmo dia —para somar-se a tudo pelo que tinha passado durante os últimos dias— lhe ha­via disparado seus medos. Apesar de tudo, agora que o pensava, nem se­quer estava segura de que esse tipo a quem tinha visto no parque fora de verdade o administrativo que tinha visto na delegacia de polícia.


   Mas e o que se o era? Possivelmente se encontrava no parque para tomar sua comida e para desfrutar  do tempo igual ao estava fazendo ela. Isso não era nenhum crime. Possivelmente,  a estava olhando era porque também lhe tinha parecido que lhe resultava familiar. Possivelmente ele se aproximou para saudá-la se ela não tivesse carregado contra ele como uma psicopata paranoica, lhe acusando de estar espiando-a.


 OH, e não seria perfeito que ele fosse a delegacia de polícia e contasse a todos que lhe tinha açoitado por várias quadras no Chinatown?


   Se Christopher se inteirava disso, ela ia morrer da humilhação.


   Dulce terminou de limpar as feridas das palmas das mãos e tentou apartar tudo o que tinha ocorrido esse dia de sua cabeça. Ainda tinha a ansiedade no ponto máximo e o coração lhe pulsava com força. Limpou-se os golpes do rosto e observou um magro rastro de sangue que lhe descia pelo pulso.


   Ver seu sangue sempre a tranqüilizava, por alguma estranha razão. Sempre tinha sido assim.


   Quando era mais jovem e as emoções e as pressões internas eram tão fortes que já não sabia o que fazer com elas, quão único tinha que fazer para se acalmar era fazer um pequeno corte.


   O primeiro tinha sido por acidente. Dulce se encontrava cortando uma maçã em um de seus lares de acolhida quando a faca resvalou e lhe fez um corte na base do dedo polegar. Doeu-lhe um pouco, mas Dulce não sentiu nem medo nem pânico ao observar como o sangue saía e desenhava um reluzente redemoinho escarlate.


   Havia-se sentido fascinada.


Havia sentido uma incrível espécie de... paz.


   Ao cabo de uns quantos meses desse surpreendente descobrimento, Dulce voltou a cortar-se. Fê-lo de forma  deliberada e em segredo, sem intenção de fazer-se mal de verdade. À medida que o tempo transcorreu, fê-lo mais freqüentemente, sempre que precisava sentir essa profunda sensação de calma.


  E agora o necessitava porque estava ansiosa e nervosa como um gato atento a qualquer pequeno ruído que ouvisse no apartamento ou fora dele. Doía-lhe a cabeça. Tinha a respiração agitada e apertava as mandíbulas.


Seus pensamentos saltavam do brilho do flash ante a cena da noite fora da discoteca ao inquietante psiquiátrico onde tinha estado fazendo fotos a manhã anterior e ao medo irracional, profundo e perturbador que havia sentido essa tarde.


   Necessitava um pouco de paz depois de tudo isso.


   Só embora fossem uns quantos minutos de calma.


   Dulce dirigiu o olhar para o contêiner de facas de madeira que se encontrava, ali perto, sobre o mármore. Alargou a mão e tomou um deles. Fazia anos que não o fazia. esforçou-se tanto em controlar essa compulsão estranha e vergonhoza.


   Mas a tinha feito desaparecer de verdade?


   Os psicólogos que a administração lhe tinha posto e os trabalhadores sociais, ao final, convenceram-se de que assim era. Também os Saviñón’s.


   Agora, enquanto se aproximava a faca à pele do braço e sentia co­mo uma escura emoção despertava dentro dela, Dulce o duvidou. A­perto a ponta da folha contra a pele do antebraço, embora ainda sem a força suficiente para cortar-se.


   Esse era seu demônio privado, e era uma coisa que nunca havia compartilhado abertamente com ninguém, nem sequer com o Jamie, seu amigo mais querido.


Ninguém o compreenderia.


Quase nem ela mesma o compreendia.


  Dulce jogou a cabeça para trás e respirou profundamente. Enquanto voltava a baixar a cabeça e exalava lentamente, viu seu próprio reflexo no cristal da janela de cima da pia. O rosto que lhe devolveu o olhar tinha uma expressão esgotada e triste, seus olhos estavam  apagados e angustiados.


   —Quem é? —sussurrou a essa imagem fantasmal que via no cristal. Teve que reprimir um soluço.


  — O que é  que vai mal contigo?


   Abatida consigo mesma, atirou a faca na pia e se apartou dali enquanto o som do aço ressonava na cozinha.


   O constante som dos sinais de multiplicação de um helicóptero atravessava o céu da noite no velho psiquiátrico. Da camuflagem de uma nuvem, um Colibri EC120 negro descendeu e se posou com suavidade em uma zona plaina do telhado.


   —Desliga o motor —ordenou o líder dos renegados a seu subordinado piloto quando o aparelho se posou no improvisado heliporto.


  —  Espere-me aqui até que volte.


   Saltou fora da cabine e recebeu a imediata saudação de seu tenente, um indivíduo bastante desagradável a quem tinha recrutado na Costa Oes­te.


   —Tudo está em ordem, senhor.


   As espessas sobrancelhas marrons do renegado se afundaram em cima de seus ferozes olhos amarelos. Na enorme cabeça calva ainda se viam as cicatrizes das queimaduras de eletricidade que lhe tinham infligido os da raça durante um interrogatório pelo que tinha passado fazia meio ano. Mas, entre o resto dos repugnantes rasgos de seu rosto, essas numerosas marcas de queimaduras eram somente um detalhe. O renegado sorriu, deixando ver umas enormes presas.


   —Seus presentes foram muito bem recebidos esta noite, senhor. Todo o mundo espera com ânsia sua chegada.


 


~~ * 



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Autor(a): Luh

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

   O líder dos renegados, com os olhos escondidos detrás de uns óculos de sol, assentiu com a cabeça brevemente e, com passo depravado, deixou-se conduzir até o piso de acima do edifício e logo até um elevador que lhe levaria ao coração das instalações. Afundaram-se por debaixo do ní ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21

    Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17

    Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33

    ADORANDOOOO!!!posta maisssss

  • paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58

    Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs

  • claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33

    obrigada. posta +++++++++ please s2

  • claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30

    Posta mais +++++ flor s2

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58

    posta maissssssssssss

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06

    CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09

    ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u

  • claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39

    oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....


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