Fanfics Brasil - Capitulo onze - parte um O Beijo da meia-noite

Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo onze - parte um

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         Oh ! Alegra-me a dizer que neste cap. Christopher está mais "fofo" !                                                      


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Christopher bateu na porta do apartamento de Dulce outra vez.


   Ainda, nenhuma resposta.


   Fazia cinco minutos que se encontrava em pé na entrada, na escuridaão, esperando a que ou ela abrisse a porta e convidasse  a entrar, ou lhe amaldiçoar e lhe chamasse bastardo do outro  lado dos numerosos ferrolhos de segurança e lhe dissesse que se perdesse.


   Depois do comportamento pornográfico que tinha tido com ela a noite anterior, não estava seguro de qual era a reação que se merecia encontrar. Provavelmente, uma irada despedida.


   Golpeou  a porta com os nódulos outra vez com tanta força que era provável que os vizinhos lhe tivessem ouvido, mas não se ouviu nenhum movi­mento dentro do apartamento de Dulce. Somente  silencio. Havia muita quietude ao outro lado da porta.


   Mas ela estava ali dentro. Notava-a ao outro lado das capas de madeira e tijolo que lhes separavam. E cheirava a sangue, também. Não muito sangue, mas certa quantidade em algum ponto próximo a porta.


Filho da puta.


Ela estava dentro, e estava ferida.


—DULCE!


 A preocupação lhe corria pelas veias como se  fosse um ácido. Tentou se tranquiliza o suficiente para poder concentrar seus poderes mentais no ferrolho de correia e nas duas fechaduras que estavam colocadas ao outro lado da porta. Com um esforço, abriu um ferrolho e logo o outro. A correia se soltou e caiu contra o gonzo da porta com um som metálico.


 


   Christopher abriu a porta com um empurrão e suas botas soaram com força sobre o chão de ladrilhos do vestíbulo. A bolsa das câmeras de Dulce se encontrava justo em seu caminho, provavelmente onde ela a tinha deixado cair com a pressa. O doce aroma ajazminado de seu sangue lhe encheu as fossas nasais justo um instante antes de que sua vista tropeçasse com um caminho de pequenas manchas de cor carmesim.


   O ambiente do apartamento tinha certo ar amargo de medo cujo aroma, que já tinha umas horas, apagou-se mas permanecia como uma neblina.


   Atravessou a sala de estar com intenção de entrar na cozinha, para onde se dirigiam as gotas de sangue. Enquanto cruzava a sala, tropeçou com um montão de fotografias que havia na mesa do sofá.


   Eram umas tomadas rápidas, uma estranha variedade de imagens. Reconheceu algumas delas, que formavam parte do trabalho que Dulce estava levando a cabo e que titulava Renovação urbana. Mas havia umas quão­ imagens que não tinha visto antes. Ou possivelmente não tinha emprestado a atenção suficiente para dar-se conta.


   Agora sim que se deu conta.


   Merda, vá que sim.


   Um velho armazém perto do dique. Um velho moinho papeleiro abando­nado justo aos subúrbios da cidade. Várias estruturas diferentes que proibiam a entrada onde nenhum humano —por não falar de uma mulher confiada como Dulce— devia aproximar-se de nenhuma forma.


Guaridas de renegados.


Algumas delas já tinham sido erradicadas, estavam-no graças a Christopher  e a seus guerreiros, mas umas quantas mais ainda eram células a­tivas. Viu umas quantas que se encontravam nesses momentos vigiadas pelo Gabriel. Enquanto passava rapidamente as fotos, perguntou-se quantas localizações de guaridas de renegados teria Dulce fotografadas e o que ainda não se encontravam no radar da raça.


 


   —Merda —sussurrou, tenso, olhando um par de imagens mais.


   Inclusive tinha algumas fotos exteriores de uns Refúgios Escuros da cidade, umas entradas escuras e umas sinalizações dissimuladas cuja função era evitar que esses santuários dos vampiros fossem facilmente localizados tanto pelos curiosos seres humanos como por seus inimi­gos os renegados.


   E Apesar de tudo, Dulce tinha encontrado esses lugares. Como?


   É obvio, não podia ter sido por acaso. O extraordinário sentido visual de Dulce devia havê-la conduzido até esses lugar de gado. Ela já tinha demonstrado que era completamente imune aos truques habituais dos vampiros: ilusões hipnóticas, controle mental... E agora isto.


   Christopher soltou uma maldição e se meteu umas quantas fotografias no bolso da jaqueta de couro. Deixou o resto das imagens em cima da mesa.


—Dulce?


   Dirigiu-se até a cozinha, onde algo ainda mais inquietante lhe estava esperando.


   O aroma de Dulce era mais forte ali, e lhe conduziu até a pia. Ficou imovel diante dele e sentiu uma sensação gelada no teto assim que fixou o olhar no mesmo.


   Parecia que alguém tivesse tentado limpar uma cena do crime, e que o tivesse feito muito mal. Na pia havia um montão de toa­lhas de papel empapadas de água e manchadas de sangue, ao lado de uma faca que tinham tirado do estojo de madeira que se encontrava no mármore da cozinha.


   Tomou a afiada faca e o inspecionou rapidamente. Não tinha sido u­tilizada, mas todo o sangue que havia na pia e que tinha caído ao chão do vestíbulo até a cozinha pertencia unicamente a Dulce.


   E a parte de roupa que se encontrava atirado no chão ao lado de seus pés também tinha seu aroma.


   Deus, se alguém lhe tinha posto a mão em cima...


Se lhe tivesse acontecido algo...


—Dulce!


 Christpher seguiu seus instintos, que lhe levaram até o porão do aparta­mento. Não se incomodou em acender as luzes: sua visão era mais aguda na escuridão. Baixou as escadas e gritou seu nome em meio desse silen­cio .


   Em um rincão, ao outro extremo do porão, o aroma de Dulce se fazia mais forte. Christopher se encontrou em pé diante de outra porta fechada, uma porta rodeada de uns vedadores para que não penetrasse a luz exterior. Tentou abri-la pelo pomo, mas estava fechada e sacudiu a porta com força.


   —Dulce. Ouve-me? Menina, abre a porta.


   Não esperou a receber resposta. Não tinha a paciência para isso, nem a concentração mental para abrir o ferrolho que fechava a porta do outro lado. Soltou um grunhido de fúria, golpeou a porta com o ombro e entrou.


   Imediatamente, seus olhos, na escuridão dessa sala, deram com ela. Seu corpo se encontrava enroscado no chão da desordenada habitação  escura e estava nua exceto por um sutiens e umas calcinhas de traje de banho. Ela despertou imediatamente  com o repentino estrondo da porta.


   Levantou a cabeça rapidamente. Tinha as pálpebras pesadas e inchadas por ter chorado fazia pouco. Tinha estado ali soluçando, e Christopher houvesse dito que o tinha feito durante bastante momento. Seu corpo parecía exalar quebras de onda de cansaço: a via tão pequena, tão vulnerável.


 


   —OH, não, Dulce—sussurrou ele, deixando cair no chão ao lado dela.


— Que demônios está fazendo aqui dentro? Alguém te tem feito mal?


 Ela negou com a cabeça, mas não respondeu imediatamente. Com um gesto hesitante, levou-se as mãos até o rosto e se apartou o cabelo do rosto, tentando lhe ver em meio dessa escuridão.


   —Só... cansada. Necessitava silêncio... paz.


   —E por isso te encerraste aqui embaixo? —Ele deixou escapar um forte suspiro de alívio, mas no corpo dela viu umas feridas que tinham deixado de sangrar fazia muito pouco tempo.


— De verdade que está bem?


   Ela assentiu com a cabeça e se aproximou para ele na escuridão.


   Christopher franziu o cenho e alargou a mão até ela. Acariciou-lhe a cabeça e ela pareceu entender esse contato como um convite. Colocou-se en­tre seus braços como uma menina que necessitasse consolo e calor. Não era bom o natural que lhe pareceu abraçá-la, quão forte sentiu a necessidade de tranqüilizá-la para que se sentisse segura com ele. Para que sentisse que ele a protegeria como se fosse dele.


Dele.


   «Impossível», disse a si mesmo. Mais que impossível: era ridículo.


   Baixou a vista e em silêncio observou a suavidade e o calor do corpo dessa mulher que se enredava com o seu em sua deliciosa e quase completa  nudez. Ela não tinha nem idéia do perigoso mundo no qual se colocou, e muito menos de que era um mortífero macho vampiro quem a estava abraçando nesses momentos.


   Ele era o último que podia oferecer amparo contra o perigo a uma companheira de raça. No caso de Dulce, somente notar a mais ligeira fragrância dela elevava sua sede de sangue até a zona de perigo. Acariciou-lhe o pescoço e o ombro e tentou ignorar o constante ritmo do pulso de suas veias sob as pontas dos dedos. Tinha que lutar de maneira infernal para não fazer caso da lembrança da última vez que tinha estado com ela, tanto que precisava  tê-la outra vez.


 


   —Mmmm, seu  tato é muito agradável —murmurou ela, sonolenta, contra seu peito. Sua voz foi como um ronrono escuro e dormitado que lhe provocou uma descarga de calor na coluna vertebral é outro sonho?


    Christopher gemeu, incapaz  de responder.  Não era um sonho, e ele, pessoalmente, não se sentia bem absolutamente. A maneira em que ela se enredava entre seus braços, com uma tenra confiança e inocência, o fazia  sentir dentro dele a besta, antiga e gasta.


   Procurando uma distração, encontrou-a muito logo. Jogou um vis­ta para cima, por cima das cabeças de ambos, e todos os mús­culos de seu corpo se endureceram por causa de outro tipo de tensão.


   Fixou os olhos em umas fotografias que Dulce tinha pendurado para que  secassem na habitação escura. Pendurando, sobre outras imagens sem importância, havia umas imagens de umas quantas localizações mais de vampiros.


   Por Deus, inclusive tinha fotografado o complexo de edifícios dos guerreiros. Essa foto de dia tinha sido tomada da estrada, ao outro lado da cerca. Não havia maneira de confundir a enorme porta de ferro cheia de inscrições que fechava o comprido caminho e a mansão de alta segurança que se encontrava ao final do mesmo, oculta perfeitamente dos olhos curiosos.


   Dulce deveu haver ficado justo ao subúrbios da propriedade para ter tomado essa fotografia. Pela folhagem de verão das árvores que rodeavam a cena, a imagem não podia ter mais de três semanas. Ela tinha estado ali, somente a umas centenas de metros de onde ele vivia.


 


   Ele nunca tinha tido tendência a acreditar na idéia do destino, mas p­arecia bastante claro que, de uma ou outra forma, essa mulher estava destinada a cruzar-se em seu caminho.


   OH, sim. A cruzar-se como um gato negro.


   Era muito próprio de sua sorte que,  depois de séculos de esquivar balas cósmicas e confusões emocionais, retorcidas irmãs do destino e a realidade tivessem decidido lhe incluir em suas listas de merda ao mesmo tempo.


   —Está bem —disse a Dulce, embora as coisas estavam tomando uma má direção rapidamente.


 — Vou subir te à habitação para que se vista e logo falaremos. —antes de que a visão continuada de seu corpo envolto nessas finas capas de roupa interior acabassem com ele.


    Christopher a tomou nos braços, tirou-a da habitação escura e a subiu pelas escadas até o piso principal. Agora que a sujeitava perto dele, seus agudos sentidos perceberam os  detalhes das diversas feridas que tinha: uns grandes arranhões nas mãos e nos joelhos, prova de uma queda bastante má.


   Ela tinha tentado escapar de algo —ou de alguém— presa do terror e caido. A Christopher lhe bulia o sangue de desejos de saber quem lhe tinha provocado esse dano, mas já haveria tempo para isso logo. A acomodação e o bem-estar de Dulce eram sua preocupação principal nesse momento.


Christopher atravessou com ela em braços a sala de estar e subiu as escadas até o piso de acima, onde se encontrava a habitação. Sua intenção era ajudá-la a colocar um pouco de roupa, mas quando passou por diante do banho que se encontrava ao lado do dormitório, pensou na água. Os dois precisavam falar, verdadeiramente, mas tendo em conta a situação provavelmente se relaxassem com maior facilidade depois de que ela houvesse  tomado um banho quente.


   Com Dulce lhe abraçando por cima dos ombros, Christopher entrou no banheiro. Um pequeno abajur de noite oferecia uma tênue iluminação de ambiente, o justo para que se sentisse a gosto. Levou a sua lânguida carga até a banheira e se sentou no bordo da mesma, com Dulce no regaço.


 


   Desabotoou o fechamento da parte da frente da pequena peça de cetim  e despiu seus peitos ante seus olhos, repentinamente enfebrecidos. Doíam-lhe as mãos de desejo de tocá-la, assim que o fez, e acariciou as g­enerosas curva com as pontas dos dedos  enquanto passava o polegar pelos mamilos rosados.


   Que Deus lhe ajudasse. O suave ronrono que ouviu na garganta dela endureceu o pênis até que lhe doeu.


   Passou-lhe a mão pelo torso, até a parte de tecido que lhe cobria o sexo. Suas mãos eram muito grandes e torpes para o suave e fino cetim, mas de algum jeito conseguiu lhe tirar as  calcinhas e acariciar a parte interna das largas pernas de Dulce.


   Ante a visão dessa bela mulher, nua outra vez diante dele, o sangue lhe corria pelas veias como a lava.


   Possivelmente deveria sentir-se culpado por encontrá-la tão incrivelmente  de­sejavel incluso em seu atual estado de vulnerabilidade, mas ele não tinha mais tendência a aceitar a culpa da que tinha a fazer a cuidar. E já se demonstrou a si mesmo que tentar ter o mínimo controle ao lado dessa mulher em particular era uma batalha que nunca ia ganhar.


   Ao lado da banheira havia uma garrafa de sabão líquido. Christopher jogou uma generosa quantidade sob o jorro de água que caía na banheira. Enquanto a espuma se formava, depositou a Gabrielle com cuidado na água quente. Ela gemeu, claramente de gosto, ao entrar na  água espumosa. Suas pernas se relaxaram de forma evidente e apoiou os ombros na toalha que  Christopher tinha colocado rapidamente para lhe oferecer uma almofada e para que não tivesse que apoiar as costas contra a frieza dos ladrilhos e a porcelana.


   O pequeno lavabo estava alagado pelo vapor e pelo ligeiro aroma de jasmim de Dulce.


 


   —Cômoda? —perguntou-lhe ele, enquanto se tirava a jaqueta e a tira­va ao chão.


   —Sim —murmurou ela.


   Ele não pôde evitar lhe pôr as mãos em cima. Acariciou-lhe o ombro com suavidade e lhe disse:


   —Te deslize para diante e te molhe o cabelo. Eu lhe lavarei isso.


   Ela obedeceu, permitindo que lhe conduzisse a cabeça sob a água e logo para fora outra vez. As largas mechas se obscureceram e ad­quiriram  um tom escuro e brilhante. Ela ficou em silencio durante um comprido momento. Logo, levantou lentamente as pálpebras e lhe sorriu como se acabasse de recuperar a consciência e se surpreendesse de lhe encontrar ali.


—Olá.


—Olá.


   —Que horas são? —perguntou-lhe ela com um comprido e amplo bocejo.


   Christopher se encolheu de ombros.


   —As oito, mais ou menos, suponho.


   Dulce se afundou na banheira e fechou os olhos com um gemido.


  —Um mau dia?


   —Não um dos melhores.


   —Isso imaginei. Suas mãos e seus joelhos se vêem um pouco maltratadas.


— Christopher alargou uma mão e fechou a água. Tomou uma garrafa de xampu do lado e colocou um pouco nas mãos.


—Quer me contar o que te passou?


           —Prefiro não  fazê-lo. —Entre suas finas sobrancelhas se formou uma ruga.


   — Esta tarde fiz uma coisa muito tola. Já se inteirará bastante logo, estou segura.


   —Mas como?  —perguntou Christopher, esfregando-as mãos  com o xampu.


   Enquanto lhe massageava a cabeça com a densa nata do xampu, Dulce abriu um olho e lhe dirigiu um olhar de receio.


   —O menino de delegacia de polícia não lhe há dito nada a ninguém?


   —Que menino?


  —que se encarrega dos arquivos na delegacia de polícia. Alto, desajeitado, de um aspecto normal. Não sei como se chama, mas estou bastante segura de que se encontrava ali a noite em que fiz minha declaração sobre o assassinato. Hoje lhe vi no parque. Acreditei que me estava espiando, a verdade, e eu... —interrompeu-se e meneou a cabeça.


— Corri detrás dele como uma louca, lhe acusando de estar me espiando.


   As mãos de Christopher ficaram imóveis sobre sua cabeça. Seu instin­to de guerreiro se alertou completamente.


   —Que fez o que?


   —Já sei —disse ela, evidentemente interpretando mal sua reação. A­partou um montão de borbulhas com uma mão.


  — Já te disse que tinha sido idiota. Bom, pois persegui o pobre menino até  Chinatown.


   Embora não o disse, Christopher sabia que o instinto inicial de Dulce tinha sido acertado sobre o desconhecido que a observava no parque. Dado que o incidente tinha acontecido a plena luz do dia, não podia  tratar-se dos renegados —uma pequena sorte—, mas os humanos que lhes ser­viam podiam ser igual de perigosos. Os renegados utilizavam subordi­nados em todos os lugares  do mundo, humanos escravizados por uma potente dentada infligida por um vampiro poderoso que lhes desprovia de consciência e livre-arbítrio, e lhes deixava em um estado de obediência completa quando despertavam.


   Christopher não tinha nenhuma dúvida de que o homem que havia estado observando a Dulce o fazia como serviço ao renegado que o tinha ordenado.


   —Essa pessoa te fez mal? Foi assim como te fez estas feridas?


   —Não, não. Isso foi minha coisa. Pus-me nervosa por nada. Depois de ter perdido a pista do menino no Chinatown, perdi-me. Acreditei que um carro vinha  por mim, mas não era assim.


   —Como sabe?


   Lhe olhou com exasperação para si mesmo.


   —Porque se tratava do prefeito, Christopher. Acreditei que seu carro, conduzido por sua chofer, estava-me perseguindo e comecei a correr. Para culminar um dia perfeitamente horroroso, caí-me de focinhos em meio de uma calçada repleta de gente e logo tive que ir coxeando até casa com os joelhos e as mãos cheias de sangue.


Christopher soltou uma maldição  em voz  baixa ao dar-se conta de até que ponto ela tinha estado perto do perigo. Pelo amor de Deus, ela mesma em pessoa tinha açoitado a um servente dos renegados. Essa idéia deixou Christopher gelado , mais assustado do que queria admitir.


   —Tem que me prometer que terá mais cuidado —lhe disse ele, dando-se conta de que a estava arreganhando, mas sem ânimo de incomodar-se a comportar-se com educação ao saber que esse mesmo dia a houvessem podi­do matar.


— Se voltar a acontecer algo assim, tem que me dizer isso imedia­tamente.


   —Isso não vai acontecer outra vez, porque foi meu equívoco. E não ia chamar te, nem a ti nem a ninguém da delegacia de polícia, para isto. Não se divertiríam muito se eu chamasse para lhes dizer que um  de seus administrativos me estava perseguindo sem nenhuma razão aparente?


 


   Merda. A mentira que lhe tinha contado de que era um policial lhe estava resultando um maldito estorvo agora. Inclusive pior, isso a tivesse posto em perigo em caso de que ela tivesse chamado a delegacia de polícia perguntando pelo detetive Uckermann, porque, ao fazê-lo, tivesse chamado a atenção de um subordinado infiltrado.


   —Vou te dar o número de meu celular. Encontrará-me aí sempre. Quero que o utilize a qualquer hora, compreendido?


   Ela assentiu com a cabeça enquanto ele voltava a abrir o grifo da água, lavava-se as mãos e lhe enxaguava o cabelo sedoso e ondulado.


   Frustrado consigo mesmo, Christopher alcançou uma esponja que se encontra­va em uma prateleira superior e a lançou à água.


   —Agora, me deixe que lhe jogue uma olhada ao joelho.


   Ela levantou a perna desde debaixo da capa de borbulhas. Christopher lhe sujeitou o pé com a palma da mão e lhe lavou com cuidado o feio ras­go. Era somente um arranhão, mas estava sangrando outra vez por causa de que a água quente tinha abrandado a ferida. Christopher apertou a mandíbula com força: os fragrantes fios de sangue escarlate tinham um delicado caminho por sua pele e se introduziam na antiga espuma do banho.


    Terminou de lhe limpar os dois joelhos feridos e logo lhe fez um sinal para que lhe permitisse limpar as palmas das mãos. Não se atrevia a falar agora que o corpo nu de Dulce se combinava com o odor de seu sangue fresco. A sensação era como se acabassem de lhe dar um golpe no crânio com um martelo.


   Concentrando-se em não desviar sua atenção, dedicou-se a lhe limpar as feridas das palmas das mãos, sabendo perfeitamente que seus profundos e escuros olhos seguiam cada um de seus movimentos e notando dolorosamente o pulso nas veias das mãos, rápido, sob a pressão das pontas de seus dedos.


 


 



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Autor(a): Luh

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21

    Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17

    Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33

    ADORANDOOOO!!!posta maisssss

  • paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58

    Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs

  • claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33

    obrigada. posta +++++++++ please s2

  • claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30

    Posta mais +++++ flor s2

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58

    posta maissssssssssss

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06

    CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09

    ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u

  • claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39

    oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....


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