Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada
Os lamentos do luto das fêmeas chegaram até os ouvidos de Christopher assim que este saiu do elevador que lhe tinha conduzido até as próofundidades subterrâneas do complexo. Eram uns prantos de angústia que rompiam o coração. Os gemidos de uma das companheiras de raça expressavam uma dor crua e evidente. Era o único que se ouvia no silêncio que invadia o comprido corredor.
O contundente peso da perda lhe cravou no coração.
Ainda não sabia qual dos guerreiros da raça era o que havia falecido essa noite. Não tinha intenção de esforçar-se em adivinhá-lo. Caminhava a passo rápido, quase corria para as habitações da enfermaria de onde Gabriel lhe tinha chamado fazia uns minutos. Girou pela esquina do corredor bem a tempo de encontrar-se com Anahí que conduzia a Maite, destroçada pela dor e soluçando, fora de uma das habitações.
Uma nova comoção lhe golpeou.
Assim era Christian quem se partiu. O grandalhão escocês de risada fácil e com esse profundo e inquebrável sentido de honra... estava morto agora. Logo se teria convertido em cinzas.
Jesus, quase não podia compreender o alcance dessa dura verdade.
Christopher se deteve e saudou com uma respeitosa inclinação de cabeça a viúva quando esta passava por seu lado. Maite se apoiava pesadamente em Eva. Os fortes braços de cor café desta última pareciam ser quão único impedia que a alta e loira companheira de raça de Christian se derrubasse pela dor.
Eva saudou Christopher, dado que a chorosa mulher a quem acompanhava era incapaz de fazê-lo.
—Estão-lhe esperando dentro —lhe disse em tom amável. Seus profundos olhos marrons estavam úmidos pelas lágrimas.
— Vão necessitar sua força e seu guia.
Christopher respondeu a mulher do Gabriel com um sério assentimento de cabeça e logo deu os poucos passos que lhe faltavam para entrar na enfermaria.
Entrou em silêncio, pois não queria perturbar a solenidade desse fugaz tempo de que dispunham, ele e seus irmãos, para estar com o Christian. O guerreiro tinha suportado de uma forma surpreendente várias feridas; incluso do outro extremo da habitação Christopher percebia o aroma de uma terrível perda de sangue. As fossas nasais lhe encheram com a nauseabunda mescla do aroma da pólvora, a eletricidade, e a carne queimada.
Tinha havido uma explosão, e Christian ficou apanhado em meio dela.
Os restos de Christian se encontravam em uma maca de exame aberta de retalhos de tecido. Seu corpo estava nu exceto pela larga parte de seda bordada que cobria sua entreperna. Durante o pouco tempo desde que tinha voltado para o complexo, a pele de Christian tinha sido limpa e lubrificada com um fragrante azeite, em preparação dos ritos funerários que foram ter lugar a próxima saída do sol, para a qual faltavam poucas horas.
Outros se reuniram ao redor da maca onde se encontrava Christian: Alfonso, rígido e observando estoicamente a morte; Derick, com a cabeça encurvada, sujeitava entre os dedos um rosário enquanto movia os lábios pronunciando em silêncio as palavras da religião de sua mãe humana; Gabriel, com um tecido na mão, limpava com cuidado uma das selvagens feridas que tinham esmigalhado quase por completo a pele de Christian; Diego, que tinha estado patrulhando com o Chriatian essa noite, tinha o rosto mais pálido do que Chriaopher tinha visto nunca: seus olhos frios tinham uma expressão austera e sua pele estava coberta de fuligem, cinzas e pequenas feridas que ainda sangravam.
Inclusive Pablo se encontrava ali para mostrar seu respeito, embora o vampiro se encontrava em pé justo fora do círculo que formavam outros e mantinha os olhos ocultos, fundo em sua solidão.
Christopher caminhou até a maca para ocupar seu lugar entre seus irmãos. Fechou os olhos e rezou pelo Christian em um comprido silencio. Ao cabo de um momento, Diego rompeu o silêncio da habitação.
—Salvou-me a vida aí fora esta noite. Acabávamos de terminar com um par de idiotas fora da estação Green Line e nos dirigíamos de volta para aqui no momento em que vimos esse tipo subir ao trem. Não sei o que me incitou a lhe olhar, mas ele nos dirigiu um amplo e provocador sorriso que nos fez lhe seguir. Estava-se colocando um pouco parecido a pólvora ao redor do corpo. Fedia isso a alguma outra merda que não tive tempo de identificar.
—TATP —disse Christopher, que cheirava a acidez do explosivo nas roupas do Niko incluso nesse momento.
—Resultou que o bastardo levava um cinturão de explosivos ao redor de seu corpo. Saltou do trem justo antes de que nós começássemos a nos pôr em marcha e começou a correr ao longo de uma das velhas vias. Perseguimo-lhe e Christian lhe abandonou. Então foi quando vimos as bombas. Estavam conectadas a um temporizador de sessenta segundos, e a conta já era menor de dez. Ouvi que Christian me gritava que voltasse atrás, e então se atirou em cima do tipo.
—Merda —exclamou Dê , passando uma mão pelo cabelo escuro.
—Um servente tem feito isto? —perguntou christopher, pensando que era uma hipótese acertada. Os renegados não tinham escrúpulos em utilizar vidas humanas para levar a cabo suas mesquinhas guerras internas ou para resolver assuntos de vinganças pessoais. Durante muito tempo, os fanáticos religiosos não tinham sido os únicos em utilizar aos fracos de mente como trocas e descartáveis, embora altamente efetivas, ferramentas de terror.
Mas isso não fazia que a horrível verdade do que lhe tinha acontecido a Christian fosse mais fácil de aceitar.
—Não era um servente —respondeu Diego, negando com a cabeça.
—Era um renegado, e estava conectado a uma quantidade do TATP suficiente para voar meia quadra da cidade, a julgar pelo aspecto e o aroma que despedia.
Christopher não foi o único nessa habitação que pronunciou um selvagem juramento para ouvir essas preocupantes notícias.
—Assim,que já não estão satisfeitos sacrificando somente seus escravizados súditos? —comentou Derick—. Agora os renegados estão movendo peças mais importantes no tabuleiro?
—Continuam sendo peões —disse Gabriel.
Christopher olhou ao inteligente vampiro e compreendeu a que se referia.
—As peças não trocaram. Mas as regras sim o têm feito. Este é um tipo de guerra nova, já não se trata do pequeno fogo cruzado com que nos enfrentamos no passado. Alguém de entre as filas dos renegados está gerando um grau novo de ordem nessa anarquia. Estamos sendo assediados.
Ele voltou a dirigir a atenção a Christian, a primeira vítima do que começava a temer que ia ser uma nova era escura. Sentia, em seus velhos ossos, a violência de um tempo muito longínquo que voltava a aparecer para repetir-se. A guerra se estava gerando de novo, e se os Renegados se estavam movendo para organizar-se, para iniciar uma ofensiva, então a nação inteira dos vampiros se encontraria no fronte. E os humanos também.
—Podemos discutir isto mais longamente, mas não agora. Este momento é do Christian. Vamos honrar lhe.
—Eu já me despedi —murmurou Pablo—. Christian sabe que eu lhe respeitei em vida, igual a na morte. Nada vai trocar para nesse aspecto.
Uma densa ansiedade alagou a habitação, dado que todo mundo esperava a que Christopher reagisse ante a abrupta partida de Pablo. Mas Christopher não pensava lhe dar a satisfação ao vampiro de pensar que lhe tinha zangado, embora sim que o tinha feito. Esperou a que o som das botas de Pablo se apagasse ao fundo do corredor e dirigiu um assentimento de cabeça aos outros para que continuassem com o ritual.
Um por um, Chritopher e cada um dos quatro guerreiros ficaram de joelhos no chão para oferecer seus respeitos. Recitaram uma única oração e logo se levantaram juntos para retirar-se e esperar a cerimônia final com a que deixariam descansar a seu companheiro defunto.
- —Eu serei quem o leve —anunciou Christopher aos vampiros, quando estes partiam.
Ele percebeu o intercâmbio de olhares que se deu entre eles e soube o que significavam. Aos Antigos da estirpe dos vampiros —e especialmente aos da primeira geração— nunca lhes pedia que translevassem o peso dos mortos. Essa obrigação recaía na última generação da raça, que estava mais afastada dos Antigos e que, por tanto, podiam suportar melhor os perigosos raios do sol quando começava a amanhecer durante o tempo necessário para oferecer o descanso adequado ao corpo de um vampiro.
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paulinhavondy : Não se preocupe , pretendo postar essa web to-di-nha rs` ... Enfim o que você ta achando da estória ?
Autor(a): Luh
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Para um membro da primeira geração como Christopher, o rito funerário representava uma tortuosa exposição ao sol de oito minutos. Christopher observou o corpo sem vida que se encontrava em cima da maca, sem poder apartar a vista do dano que lhe tinham causado. Um dano que lhe tinham infligido em lugar dele, pensou Christopher, que se sent ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 33
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dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21
Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:
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paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17
Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!
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paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33
ADORANDOOOO!!!posta maisssss
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paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58
Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs
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claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33
obrigada. posta +++++++++ please s2
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claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30
Posta mais +++++ flor s2
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paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58
posta maissssssssssss
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paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06
CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss
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larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09
ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u
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claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39
oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....