Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada
O agente Carrigan, recordou Dulce, desolada. O velho poli que lhe tinha feito passar um momento tão desagradável a semana passada, chamando-a mentirosa e cabeça oca sem querer acreditar a declaração de Dulce acerca do assassinato da discoteca. Pelo menos, agora que Christopher tinha contrastado as fotos de seu celular no laboratório da polícia, sentia o consolo de saber que, fosse qual fosse a opinião desse homem, o caso seguia adiante de algum jeito.
Dulce teve que reprimir um grunhido de fúria ao ver que o homem se tomava um tempo antes de aproximar-se dela. Quando ele a viu ali em pé, a expressão de arrogância que parecia tão natural nesse rosto carnudo adotou um gesto decididamente depreciativo.
—OH, Por Deus. Outra vez você? Justo o que necessito em meu último dia de trabalho. Retiro-me dentro de umas quantas horas, querida. Esta vez vai ter que contar-lhe a outra pessoa.
Dulce franziu o cenho.
—Perdão?
—Esta jovem está procurando um de nossos detetives—disse a recepcionista enquanto intercambiava um olhar de cumplicidade com Dulce, como resposta ao comportamento displicente do agente. Não lhe encontro no diretório, mas ela acredita que é um dos nossos. Conhece você ao detetive Uckermann?
—Nunca ouvi falar dele. —O agente Carrigan começou a afastar-se.
—Christopher Uckermann —disse Dulce com decisão enquanto deixava o café de Christopher e a bolsa com a massa em cima da mesa de recepção. Automaticamente deu um passo em direção ao policial e esteve a ponto de sujeitalo pelo braço ao ver que ele ia deixa-la ali plantada.
— O detetive Christopher Uckermann, você deve conhecer. Vocês enviaram ao meu apartamento no início desta semana para ver se conseguia alguma informação adicional a minha declaração. Levou meu telefone celular ao laboratório para que analisassem...
Carrigan começou a rir agora; deteve-se e a olhava enquanto lhe oferecia os detalhes a respeito da chegada de Christopher a sua casa. Dulce não tinha paciência para dirigir a agressividade desse agente. E menos agora que o pêlo da nuca começava a arrepiar-se o a causa do repentino pressentimento de que as coisas começavam a ser estranhas.
—Está-me dizendo que o detetive Uckermann não lhe contou nada disto?
—Senhorita. Estou-lhe dizendo que não tenho nem remota idéia do que está você falando. Trabalhei nesta delegacia de polícia durante trinta e cinco anos, e nunca ouvi falar de nenhum detetive Christopher Uckermann, por não falar de que não mandei a sua casa.
Dulce sentiu que lhe formava um nó no estômago, frio e apertado, mas se negou a aceitar o medo que começava a cobrar forma detrás de toda essa confusão.
—Isso não é possível. Ele sabia do assassinato que eu havia presenciado. Sabia que eu tinha estado aqui, na delegacia de polícia, fazendo uma declaração a respeito disso. Vi sua placa de identificação quando chegou à casa. Acabo de falar com ele hoje, e me disse que esta noite trabalhava. Tenho seu número de celular...
—Bom, vou dizer- lhe uma coisa. Se isso for fazer que me deixe em paz , vamos fazer uma chamada a seu detetive Uckermann —disse Carrigan.Isso esclarecerá as coisas, verdade?
—Sim. Vou chamar- lhe agora.
A Dulce tremiam um pouco os dedos enquanto tirava o teléefone celular do bolso e marcava o número de Christopher. O telefone chamou, mas ninguém respondeu. Dulce voltou a tentá-lo e esperou durante a agonia de uma eternidade enquanto o timbre soava e soava e soava e enquanto a expressão do agente Carrigan se mudava de uma impaciência questionável a uma compaixão que ela tinha percebido nos rostros dos trabalhadores sociais quando era uma menina.
—Não responde —murmurou ela, apartando o telefone do ouvido. Sentia-se torpe e confusa, e a expressão atenta no rosto do Carrigan o piorava tudo—. Estou convencida de que está ocupado com algo. Vou voltar a tentá-lo dentro de um minuto.
—Senhorita Saviñón. Podemos chamar a alguém mais? A algum familiar, possivelmente? A alguém que possa nos ajudar a encontrar sentido a tudo o que lhe está passando?
—Não me está acontecendo nada.
—Me parece que sim. Acredito que você está confusa. Sabe? Às vezes a gente inventa coisas para que lhes ajudem a suportar outros problemas.
Dulce se burlou.
—Eu não estou confundida. Christopher Uckermann não é um produto de minha imaginação. É real. Essas coisas que me aconteceram são reais. O assassinato que presenciei o fim de semana passado, esses... homens... com seus rostos ensangüentados e seus afiados dentes, inclusive esse menino que me esteve vigiando o outro dia no parque... ele trabalha aqui na Central. O que é o que têm feito vocês? Enviaram-lhe para que me olha-se?
—De acordo, senhorita Saviñón. Vamos ver se conseguimos resolver isto juntos. —Era óbvio que o agente Carrigan tinha encontrado finalmente um resto de diplomacia sob a armadura de seu caráter grosseiro. Apesar de tudo, a forma em que pegou pelo braço para tentar conduzi-la até um dos bancos do vestíbulo para que se sentasse mostrava uma grande condescendência—. Vamos ver se respirarmos profundamente. Podemos procurar a alguém para que a ajude.
Deu uma sacudida no braço para soltar-se.
—Você acredita que estou louca. Eu sei o que vi... tudo! Não me estou inventando isto, e não necessito ajuda. Somente preciso saber a verdade.
—Sheryl, querida — disse Carrigan a recepcionista, que olhava ambos com apreensão—. Pode me fazer o favor de chamar em um momemoro à Rudy Duncan? Diga que lhe necessito aqui embaixo.
—Um médico? —perguntou Dulce, que já havia tornado a colocar o telefone entre a orelha e o ombro.
—Não —repôs Carrigan, devolvendo o olhar a Dulce—. Não terá que alarmar-se ainda. Peça que baixe ao vestíbulo, tranqüilamente, e que converse um momento com a senhorita Saviñón e comigo.
—Esqueça-o —respondeu Dulce, levantando do banco.
—Olhe, seja o que seja o que lhe esteja passando, há pessoas que podem ajudá-la.
Ela não esperou que terminasse de falar, limitou-se a recompor-se com dignidade, a caminhar até a mesa de recepção para recuperar a taça e a bolsa, a atirá-los ao lixo e dirigir-se a porta de saída.
Sentiu o ar da noite fresco nas bochechas, acesas, o qual a tranqüilizou de algum jeito. Mas a cabeça ainda lhe estava dando voltas. O coração lhe pulsava com força por causa da confusão e de que não podia acreditar o que lhe tinha acontecido.
É que todo mundo ao seu redor se estava voltando louco? Que diabos estava acontecendo? Christopher lhe tinha mentido a respeito de que era um policial, isso era bastante evidente. Mas que parte do que lhe tinha contado, que parte do que tinham feito juntos, formava parte desse engano?
E por que?
Dulce se deteve no final dos degraus de cimento que se afastavam da delegacia de polícia e respirou profundamente várias vezes. Deixou sair o ar devagar. Logo baixou a vista e viu que ainda tinha o telefone celular na mão.
—Merda.
Tinha que averiguá-lo.
Essa estranha história em que se colocou tinha que acabar nesse momento.
O botão de rechamada voltou a marcar o número de Christopher. Ela esperou,
Insegura do que ia dizer lhe.
O telefone soou seis vezes.
Sete.
Oito...
Autor(a): Luh
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Christopher tirou o celular do bolso de sua jaqueta de couro enquanto pronunciava uma forte maldição. Dulce... outra vez. Tinha-lhe chamado antes também, mas ele não tinha querido responder a chamada. Estava perseguindo um traficante de drogas ao que tinha visto vender crack a um adolescente que passava pela rua, fora de um só ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 33
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dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21
Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:
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paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17
Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!
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paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33
ADORANDOOOO!!!posta maisssss
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paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58
Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs
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claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33
obrigada. posta +++++++++ please s2
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claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30
Posta mais +++++ flor s2
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paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58
posta maissssssssssss
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paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06
CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss
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larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09
ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u
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claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39
oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....