Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada
Christopher tirou o celular do bolso de sua jaqueta de couro enquanto pronunciava uma forte maldição.
Dulce... outra vez.
Tinha-lhe chamado antes também, mas ele não tinha querido responder a chamada. Estava perseguindo um traficante de drogas ao que tinha visto vender crack a um adolescente que passava pela rua, fora de um sórdido botequim. Tinha estado conduzindo mentalmente a sua presa para um beco escuro e estava justo a ponto de lançar-se ao ataque quando a primeira chamada de Dulce tinha divulgado como um alarme de carro desde seu bolso. Tinha posto o aparelho no modo de silêncio, amaldiçoando-se a si mesmo pelo estúpido costume de levar o maldito traste quando saía a caçar.
A sede e as feridas lhe tinham feito comportar-se descuidadamente. Mas esse repentino estrondo na rua escura tinha resultado a seu favor ao final.
Ele tinha as forças debilitadas, e o cauteloso traficante tinha cheirado o perigo no ambiente, inclusive apesar de que Christopher se manteve escondido entre as sombras enquanto lhe perseguia. Tinha tirado uma arma a metade do beco e apesar de que raramente as feridas de bala resultavam fatais para a estirpe de Christopher —a não ser que se tratasse de um tiro na cabeça a queima roupa—, não estava seguro de que seu corpo convalescente pudesse resistir um impacto como esse nesses momentos.
Por não mencionar o fato de que isso lhe tiraria de gonzo, e já estava com um humor de cão.
Assim, quando a segunda chamada do celular fez que o traficante se voltasse freneticamente para um lado e a outro em busca da origem do ruído que ouvia detrás dele, Christopher lhe saltou em cima. Derrubou ao tipo rápidamente, e lhe cravou as presas na veia do pescoço, torcida pelo terror um momento antes de que o homem reunisse a força suficiente para arrancar um grito dos pulmões.
O sangue lhe alagou a boca, desagradável pelo sabor a droga e a enfermidade. Christopher a tragou com dificuldade, uma vez atrás de outra, enquanto agarrava sem piedade a sua convulsa presa. Ia matar- lhe, e não podia importar menos. Isso apagava a dor de seu corpo dolorido.
Christopher se alimentou depressa, bebeu tudo o que pôde.
Mais do que pôde.
Quase lhe tirou todo o sangue ao traficante e ainda se sentia faminto. Mas tivesse sido abusar muito se alimentava mais essa noite. Era melhor esperar a que o sangue lhe nutrisse e lhe tranquilizasse em lugar de arriscar-se a ser ansioso e a tomar um caminho rápido para a sede insaciavel de sangue.
Christopher olhou com ironia o telefone que soava na palma de sua mão e sabia que quão único tinha que fazer era não responder.
Mas continuou soando, com insistência, e justo no último instante, respondeu. Não disse nada ao princípio, simplesmente escutou o som do suspiro de Dulce ao outro lado. Notou que tinha a respiração tremente, mas sua voz soou forte, apesar de que era evidente que estava bastante desgostada.
—Mentiste-me — disse, a modo de saudação—. Durante quanto tempo, Christopher? Quantas mentiras? Tudo foi uma mentira?
Christopher observou o corpo sem vida de sua presa com expressão satisfeita. Agachou-se e realizou um rápido registro desse miserável e gordurento tipo. Encontrou um maço de bilhetes sujeitos por uma borracha, que ia deixar ali para que os abutres guias de ruas o disputassem. A mercadoria do traficante —crack e heroína por valor de um par de bilhetes grandes— Iriam parar em um dos esgotos da cidade.
—Onde está? —perguntou-lhe quase em um latido, sem pensar em outra coisa que não fosse no depredador que acabava de eliminar.
— Onde está Gabriel?
—Nem sequer vais tentar negá-lo? Por que faz isto?
—Passe-me isso Dulce.
Ela ignorou essa petição.
—Há outra coisa que eu gostaria de saber: como entrou em meu apartamemoro a outra noite? Eu tinha fechado todos os fechos e tinha posto a correia. O que fez? Abriu-os? Roubou-me as chaves enquanto eu não olhava e te fez uma cópia?
—Podemos falar disso mais tarde, quando estiver a salvo no recinto.
—De que recinto fala? —A repentina gargalhada lhe pegou por surpresa.
— E pode abandonar essa pose protetora e benevolente. Não é um policial. Quão único quero é um pouco de sinceridade. É isso te pedir muito, Christopher? Deus. É esse pelo menos seu verdadeiro nome? Algo do que me tenha contado se parece, pelo menos remotamente, a verdade?
De repente Christopher soube que essa raiva, essa dor, não era o resultado de que Dulce tivesse conhecido pelo Gabriel a verdade a respeito da raça e do papel que ela tinha destinado na mesma. Um papel que não ia incluir a Christopher.
Não, ela não sabia nada disso ainda. Tratava-se de outra coisa. Não era medo dos fatos. Era medo ao desconhecido.
—Onde está, Dulce?
—O que te importa?
—Me... importa —admitiu, embora com relutância.
—Porra , não tenho a cabeça para isto agora mesmo. Olhe, sei que não está em seu apartamento, assim que onde está? Dulce, tem que me dizer onde está.
—Estou na delegacia de polícia. Vim para ver-te esta noite e, sabe o que? Ninguém ouviu seu nome aqui.
—OH, Deus. Perguntaste por mim aí?
—É obvio que o tenho feito. Como tivesse podido me inteirar de que tomava por uma idiota, se não? —Outra vez o tom de brincadeira e irritação.
— Incluso havia te trazido café e uma massa.
—Dulce, estarei aí em uns minutos... menos que isso. Não te mova. Fique onde está. Fique em algum ponto onde haja gente, em algum lugar interior. Vou para te buscar.
—Esquece-o. Me deixe em paz.
Essa breve ordem lhe fez levantar-se imediatamente do chão. Ao cabo de um instante suas botas ressonavam na rua a um ritmo acelerado.
—Não vou ficar por aqui te esperando, Christopher .De fato, sabe o que? Não te ocorra te aproximar de mim.
—Muito tarde —lhe respondeu.
Já tinha chegado à penúltima esquina que lhe separava da rua onde se encontrava a delegacia de polícia. Avançou por entre a multidão de pedestres como um fantasma. Notava que o sangue que acabava de ingerir lhe penetrava nas células, lhe aderia nos músculos e nos ossos e lhe fortalecia até que se converteu somente em uma rajada fria nas costas dos que passavam ao seu lado.
Mas Dulce, com sua extraordinária percepção de companheira de raça, viu-lhe em seguida.
Christopher ouviu pelo telefone que Dulce agüentava a respiração. Como em câmera lenta, ela se apartou o aparelho do ouvido e lhe olhou com os olhos muito abertos e com incredulidade enquanto ele lhe aproximava rapidamente.
—Meu Deus —sussurrou, e essas palavras chegaram aos ouvidos de Christopher sozinhas em um segundo antes de que se plantasse diante dela e alargasse a mão para sujeitá-la pelo braço.
—Solte-me!
—Temos que falar,Dulce. Mas não aqui. Levarei-te a um lugar...
—É uma merda! —Deu um puxão, soltou-se da mão dele e se afastou pela calçada.
— Não vou a nenhuma parte contigo.
—Já não está segura aqui fora, Dulce. Viu muitas coisas. Agora forma parte disso, tanto se quiser como se não.
—Parte do quê?
—Desta guerra.
—Guerra —repetiu ela, com um tom de dúvida.
—Exato. É uma guerra. Antes ou depois vais ter que escolher um lado, Dulce. —Pronunciou uma maldição—. Não. A merda. Eu vou escolher seu lado agora mesmo.
—É uma espécie de piada? Quem é você, um desses militares inadaptados que vai por aí representando suas fantasias de autoridade. Possivelmente seja pior que isso.
—Isto não é uma piada. Não é um fodido jogo. Estive em muitos combates e presenciei muitas mortes em minha vida, Dulce. Nem sequer pode imaginar o que vi, nem tudo o que tenho feito. Não vou ficar quieto para ver que fica apanhada em um fogo cruzado. —Ofereceu-lhe uma mão.
— Vais vir comigo. Agora.
Lhe esquivou. Seus olhos escuros revelavam uma mescla de medo e de raiva.
—Se voltar a me tocar, juro-te que chamo a polícia. Já sabe, aos de verdade que estão na delegacia de polícia. Esses levam placas de verdade. E armas de verdade.
O humor de Christopher, que já estava quente, começou a piorar.
—Não me ameace, Dulce. E não creia que a polícia te pode ofecer algum tipo de amparo. E, é obvio, não ante o que te está ameaçando. Pelo que sabemos, a metade da delegacia de polícia poderia estar cheia de servidores.
Ela meneou a cabeça e adotou uma atitude mais tranqüila.
—De acordo. Esta conversação está deixando de ser realmente extranha e começa a ser profundamente inquietante. Terminei com isto, compreendido? —Falava-lhe devagar e em voz baixa, como se estivesse tentando tranqüilizar a um cão raivoso que estivesse ante ela agachado e a ponto de atacar.
— Agora vou, Christopher. Por favor... não me siga.
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Meninas mil desculpas pela demora , estava sem net a três semanas #sofri por isso fiquei sem postar .
Continua
Autor(a): Luh
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Quando ela deu o primeiro passo para afastar-se dele, a pouca capacidade de controle que ficava a Christopher se quebrou. Cravou-lhe os olhos nos dela com dureza e lhe enviou uma feroz ordem mental para que deixasse de resistir a ele. «Me dê a mão.» «Agora.» Por um segundo, as pernas ficaram imóveis, pa&sh ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 33
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dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21
Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:
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paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17
Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!
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paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33
ADORANDOOOO!!!posta maisssss
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paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58
Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs
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claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33
obrigada. posta +++++++++ please s2
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claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30
Posta mais +++++ flor s2
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paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58
posta maissssssssssss
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paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06
CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss
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larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09
ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u
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claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39
oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....