Fanfics Brasil - Capitulo quinze - parte dois O Beijo da meia-noite

Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo quinze - parte dois

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Quando ela deu o primeiro passo para afastar-se dele, a pouca capacidade de controle que ficava a Christopher se quebrou. Cravou-lhe os olhos nos dela com dureza e lhe enviou uma feroz ordem mental  para que deixasse de re­sistir a ele.


«Me dê a mão.»


«Agora.»


Por  um segundo,  as pernas ficaram imóveis, pa­ralizadas. Os dedos das mãos se moveram, como intranqüilos, a um doslados do corpo. Logo, devagar, seu braço começou  a levantar-se para ele.


E, de repente, o controle que ele tinha sobre ela se rompeu.


Ele sentiu que lhe expulsava de sua mente, desconectava dele. O corredor de sua vontade era como uma porta de ferro que se fechava entre ambos, uma porta que lhe houvesse custado muito penetrar embora se encontrasse em condições ótimas.


—Que diabos? —exclamou ela em voz baixa, reconhecendo perfeita­mente qual era o truque—. Te ouvi, agora, em minha cabeça. Meu Deus. Tem-me feito isto antes, verdade?


—Não me está deixando muitas escolhas, Dulce.


Ele tentou outra vez. E sentiu que lhe empurrava fora, esta vez com maior desespero. Com mais medo.


Ela se levou o dorso da mão até a boca, mas não pôde  afogar de todo o grito quebrado que lhe  saía pela garganta.


Retrocedeu cambaleando-se pela esquina.


E logo se deu a volta  na escuridão da rua para escapar dele.


—Você, menino. Agarra a porta em meu lugar, de acordo?


O servente demorou um segundo em dar-se conta de que lhe estavam falando a ele, de tão distraído como estava olhando a mulher Saviñón em meio da rua, diante da delegacia de polícia.  Inclusive agora, enquanto sujeitava a porta aberta para que um  mensageiro entrasse com quatro caixas de pizza fumegantes, sua atenção permanecia cravada na mulher  enquanto esta se afastava da esquina e corria rua abaixo.


Como se tentasse deixar a alguém detrás.


O servente olhou a uma enorme figura  vestida de negro que estava em pé e que observava como ela escapava. Esse macho era imenso, facil­mente media dois metros de altura, os ombros, sob a jaqueta de pele, eram largos como os de um defesa. Dele emanava um ar de ameaça que se percebia do outro lado da rua onde agora se encontrava o servente, em pé, estupefato, sujeitando ainda a porta da delegacia apesar de que as pizzas se encontravam amontoadas já em cima do balcão de recepção.


Embora ele nunca tinha visto nenhum dos vampiros a quem seu senhor desprezava tão abertamente, o servente soube sem dúvida nenhuma que nesse momento estava vendo um deles.


Seguro que essa era uma oportunidade de ganhar a apreciação se avisasse a seu senhor da presença tanto da mulher como do vampiro a quem ela parecia conhecer, além de temer.


O servente  voltou a entrar na delegacia de polícia. Tinha as mãos úmidas de suor por causa da excitação ante a glória que lhe esperava. Com a cabeça abaixada, seguro de sua habilidade de mover-se por toda parte e de passar desapercebido, começou a cruzar o vestíbulo a um passo apressado.


Nem sequer viu que o menino da pizza se cruzava em seu caminho até que se chocou com ele, com a cabeça. Uma caixa de cartão foi  cho­car-se contra o peito, da qual emanou um aroma de queijo quente, e a caixa caiu no sujo linóleo do chão  pulverizando o conteúdo aos pés do servente.


—Né, cara. Está pisando em minha seguinte entrega. É que não olha por onde vai?


Ele não se desculpou, nem se  deteve para tirar o gordurento queijo e o pepperoni do sapato. Introduziu  a mão no bolso da calça e foi procurar um lugar tranqüilo de onde fazer sua importante chamada.


—Espera um segundo, amigo.


Era o velho e calvo agente, em pé no vestíbulo, quem gritava agora. Embutido em sua uniforme durante suas últimas horas de trabalho, Ca­rrigan tinha estado perdendo o tempo incomodando a recepcionista do vestíbulo.


O servente não fez caso da voz ensurdecedora do policial que lhe chama­va a suas costas e continuou caminhando, com a cabeça agachada, em linha reta em direção a porta da escada que estava perto do lava­bo, justo fora do vestíbulo.


Carrigan soltou um bufido com todas suas forças e ficou boquiabier­to, com expressão de evidente incredulidade ao ver que sua autoridade era completamente ignorada.


—Né, chupatintas! Estou falando contigo. Hei-te dito que volte e que limpe esta porcaria. E quero dizer que o faça agora, cabeça oca!


—Limpa-o você mesmo, porco arrogante —disse em voz  baixa e quase sem a­lento. Logo abriu a porta de metal que dava as escadas e começou a baixar a passo rápido.


Nesse momento e por cima  dele, ouviu que a porta se abria com um estrondo ao golpear o outro lado da parede e que os degraus vi­bravam como sob o efeito de uma explosão sônica.


—O que é o que acaba de dizer? Que merda acaba de me chamar,idiota?


—Já me ouviste. E agora me deixe em paz, Carrigan. Tenho coisas mais importantes que fazer.


O servente tirou o telefone celular para tentar contatar o único que de verdade lhe podia dar ordens. Mas antes de que tivesse tempo de apertar o botão de marcação rápida para ficar em comunicação com seu senhor, o corpulento polícia já se lançou escada abaixo. Uma mão enorme  deu um golpe ao servente na cabeça. Os ouvidos apitaram, a vista lhe nublou a causa do impacto, o celular  saiu despedido da mão e caiu ao chão com um som seco, vários degraus mais a­baixo.


—Obrigado por me oferecer uma anedota  de risada para meu último dia  de trabalho —lhe disse em tom provocador. Passou-se um gordinho dedo pelo pescoço da camisa, muito apertada, e logo, com gesto despreocupado, levantou uma mão para voltar a colocar a  última me­cha de cabelo que tinha em seu lugar.


— E agora, te leve esse rabo esquelé­tico escada acima antes de que lhe dê uma boa patada. Ouviste-me?


Houve um tempo, antes de que conhecesse quem chamava seu Professor, em que um desafio como esse, e em especial por parte de um fanfarrão co­mo Carrigan, não tivesse passado como  nada.


Mas esse policial suarento e salivoso que agora lhe olhava de acima das escadas lhe resultava insignificante à luz dos deveres que lhes eram confiados aos escolhidos como ele. O servente se limitou a piscar umas quantas vezes e logo se deu a volta para recolher o telefone mó­vel e continuar a tarefa que tinha entre mãos.


Somente conseguiu baixar dois degraus antes de que Carrigan caísse sobre ele outra vez. Notou que uns dedos fortes lhe sujeitavam pelos om­bros e lhe obrigavam a dar a volta. Os olhos do servente caíram  sou­bre uma elegante caneta que Carrigan levava no bolso do uniforme. Reconheceu o emblema comemorativo dos serviços emprestados mas imediatamente recebeu outro golpe seco no crânio.


—O que te passa, é que está surdo e mudo? Te aparte de minha vista ou vou a...


Nesse momento, o policial se engasgou e soltou o ar de repente e o servente recuperou a consciência. Viu a si mesmo com a caneta do agente na mão cravando-lhe profundamente pela segunda vez, com uma investida brutal, na carne do pescoço do Carrigan.


O servente lhe cravou uma e outra vez a arma improvisada até que o policial se desabou no chão e ficou ali tendido como um vulto destroçado e sem vida.


Ele abriu a mão e a caneta caiu no atoleiro de sangue que se havia formado nas escadas. Imediatamente e esquecendo-o tudo, se aga­chou e voltou a tomar o telefone celular. Tinha intenção de fazer essa cru­cial chamada imediatamente, mas não podia deixar de olhar o desastre que acabava de provocar, um desastre que não ia ser tão fácil de limpar como os restos de pizza no vestíbulo.


Isso tinha sido um engano, e qualquer aprovação que pudesse receber ao informar ao seu senhor sobre o paradeiro da mulher Saviñón lhe seria re­tirada quando contasse que se comportou de maneira tão impulsiva na delegacia de polícia. Matar sem autorização invalidava  qualquer outra coisa.


Mas possivelmente houvesse um caminho ainda mais seguro para conseguir o favor de seu senhor, e esse caminho consistia em capturar e entregar essa mu­lher a seu senhor em pessoa.


«Sim —pensou o servente. — Esse era um prêmio para impressionar.»


Colocou o telefone celular no bolso e voltou até o corpo de Carrigan para lhe tirar a arma do arnês. Logo passou por cima do corpo e se apressou para uma entrada traseira que comunicava com o estaciona­minto.



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Autor(a): Luh

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Poxa meninas , sei que fiquei um tempo sem postar mais eu me expliquei .Postei um capitulo e vocês nem comentarm : (      Obs. : Proximo poste so com comentarios 


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21

    Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17

    Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33

    ADORANDOOOO!!!posta maisssss

  • paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58

    Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs

  • claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33

    obrigada. posta +++++++++ please s2

  • claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30

    Posta mais +++++ flor s2

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58

    posta maissssssssssss

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06

    CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09

    ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u

  • claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39

    oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....


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