Fanfics Brasil - Capítulo dezessete - parte dois O Beijo da meia-noite

Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada


Capítulo: Capítulo dezessete - parte dois

10 visualizações Denunciar


Christopher percorreu a longitude da zona de práticas para tirar a arma do alvo. Extraiu a adaga e observou com satisfação a profundidade da ferida que teria infligido se o alvo tivesse sido um renegado ou um de seu serventes e não um boneco de práticas.


Ao dá-se a volta para  começar outra ronda, ouviu um suave clique em algum lugar de diante dele da zona de práticas e, imediatamente, uma violenta luz alagou as instalações em toda sua longitude e amplitude.


Christopher retrocedeu e a cabeça lhe explorou a causa do violento ataque. Piscou várias vezes  para tentar dissipar o atordoamento que sentia e entrecerrou os olhos ante o feixe de luz que se refletia nos espelhos de parede que se alinhavam na área de treinamento de defesa  e de ar­mas, adjacente a zona de práticas. Foi ali onde viu a enorme for­ma de outro vampiro que apoiava um largo ombro contra a parede.


Um dos guerreiros lhe tinha estado observando das sombras.


Pablo.


Merda. Quanto tempo levava ali em pé?


—Encontra-te bem? —perguntou-lhe com sua atitude indiferente de sempre, vestido com sua camiseta escura e  seu vaqueiro folgado—. Se a luz é excessiva para ti...


—Está bem —grunhiu Christopher. Umas estrelas lhe cegaram enquanto ten­tava acostumar-se a crua luz. Levantou a cabeça e  obrigou a si mesmo a olhar aos olhos de Pablo, ao outro lado da habitação.


— De to­da forma, estava a ponto de partir.


Os olhos de Pablo permaneceram cravados nele e sua expressão, enquanto Christopher, era de muita cumplicidade. As fossas nasais do Pablo se dilataram levemente e o gesto seco de seus lábios adotou um ar de surpresa.


—Estiveste caçando esta noite. E está sangrando.


 


 


-E?


 


—Porque não é próprio de ti aceitar um golpe. É muito rápido para isso, normalmente.


Christopher pronunciou um juramento.


—Importaria-te não farejar ao meu redor agora mesmo? Não estou de humor para ter companhia.


—Vê-se. Estamos um pouco tensos,  né? —Pablo avançou com passo a­rrogante para examinar umas armas que se encontravam alinhadas para o treinamento. Nesse momento não estava olhando a Christopher, mas viu sua tortura como se este se encontrasse exposto diante dele, em cima da mesa, ao lado da coleção de adagas, facas e outras armas brancas.


— Tem muita agressividade que precisa tirar? Suponho que resulta ­difícil concentrar-se com esse zumbido na cabeça. O sangue corre tão depressa que é quão único pode ouvir. No único em que pode pensar é na sede. A que te dá conta,  dominou-te.


Christopher calculou o peso de outra arma com a mão enquanto tentava calcular o equilíbrio dessa adaga feita a mão. Não podia manter os olhos fixos mais de um segundo. Os dedos lhe doíam pelo desejo de utilizar essa arma para outra coisa que não fosse um alvo de práticas. Com um grunhido, baixou o braço e lançou a adaga voando até o outro extremo da zona de tiro. Esta se cravou com força no boneco, justo no peito, atravessam­do  o coração.


—Te largue daqui, Pablo. Não necessito os comentários. Nem o público.


—Não, não quer que ninguém te veja desde muito perto. Começo a compreender por que.


—Não tem nem idéia.


—Não? —Pablo lhe olhou um comprido momento, logo negou devagar com a cabeça e pronunciou uma maldição em voz baixa—. Tome cuidado, Christopher.


 


—O que acontece? —exclamou Christopher com dureza, voltando-se para o vam­piro com uma raiva negra.


— É que me está dando conselhos, P?


—Dá igual. —O macho se encolheu de ombros com um gesto de indife­rencia—. Possivelmente é uma advertência.


—Uma advertência. —A gargalhada de Christopher ressonou no espaço cavernoso é fodidamente gracioso, vindo de ti.


—Está ao limite, cara. Lhe vejo nos olhos. —Meneou a cabeça e o cabelo avermelhado lhe caiu no rosto.


— O poço é profundo, Christopher. E odeio ver-te cair nele.


—Te economize a preocupação. Você é a última pessoa de quem espero recebê-lo.


—Claro, tem tudo controlado, verdade?


—Exato.


—Pois continua te dizendo isso, Christopher. Possivelmente lhe acreditará isso. Porque eu, que te estou vendo agora, asseguro-te que não acredito.


Essa acusação disparou a fúria de Christopher. Em um ataque de precipitação e de raiva, equilibrou-se sobre o outro vampiro com as presas nuas e soltando um assobio viperino. Nem sequer se deu conta de que tinha a faca na mão até que viu o fio prateado que apertava a gargan­ta do Pablo.


—Te tire de diante de mim. Entende-me com claridade agora?


—Quer me rachar, Christopher? Precisa me fazer sangrar? Faz-o. Faz- o de uma puta vez, cara. Importa-me uma merda.


Christopher atirou a adaga  ao chão e rugiu enquanto sujeitava a Pablo pela camisa. Com as armas era muito fácil. Precisava sentir a carne e os ossos nas mãos, sentir como se rasgava a carne e como rangiam os ossos, para satisfazer a besta que tão perto estava de lhe reger a mente.


—Merda. —Pablo se engasgou; tinha os olhos fixos na desenfreada fúria que brilhava nos de Christopher.


— Já tem um pé no fossa, vê?


—Que lhe fodam—lhe disse Christopher com um grunhido ao vampiro que, muito tempo atrás, tinha sido um amigo de confiança.


— Deveria te matar. De­veria te haver matado então.


Pablo nem se alterou ante essa ameaça.


—Está procurando um inimigo, Christopher? Então te olhe ao espelho. Esse é o único bode que te vai sacudir sempre.


Christopher arrastou a Pablo para um lado e lhe estampou contra a parede do outro lado da habitação de treinamento. O espelho se rompeu a causa do impacto e os fragmentos estalaram ao redor dos ombros e o torso do Pablo como um halo de estrelas.


Apesar de seus esforços para negar a verdade  do que acabava de ouvir, Christopher viu seu próprio reflexo selvagem repetido cem vezes na rede de fragmentos quebrados. Viu suas pupilas esgotadas, sua íris brilhantes —os olhos de um renegado— que lhe devolviam o olhar. Suas enormes presas se desdobraram detrás dos lábios abertos e seu rosto contraído se converteu em uma máscara horrorosa.


Viu todo  aquilo que odiava, tudo o  que tinha sido uma praga de­struidora em sua vida, tal e como Pablo lhe acabava de dizer.


Nesse momento, refletidos na multidão de  espelhos que lhe tinham mostrado sua própria transfiguração, viu que Diego e  Alfonso entravam pelas portas que se encontravam detrás dele com uma expressão cautelosa nos rostos.


 


—Ninguém nos há dito que havia uma  festa —disse Alfonso, arrastando as sílabas, apesar de que o olhar que dirigiu aos dois combatentes não era absolutamente despreocupado.


— O que acontece? Tudo vai bem por aqui?


Um comprido e tenso silêncio encheu a habitação.


Christopher soltou a Pablo e se apartou lentamente dele. Baixou o olhar em um intento por ocultar sua selvageria ante  os outros guerreiros. A vergonha  que sentia era nova para ele. Não gostou do sabor amargo que tinha; não podia nem pensar por causa da bílis que lhe amontoava na garganta.


Finalmente, Pablo rompeu o silêncio.


—Sim —disse, sem apartar o olhar do rosto de Christopher —. Tudo bem.


Christopher se separou do Pablo e de outros. Enquanto se dirigia para a saída deu um murro contra a mesa das armas e esta tremeu com violência.


—Foder, esta noite está de subida —murmurou  Dê—. Cheira a mulher recente, além disso.


Christopher, enquanto atravessava as portas da zona de treinamento e saía ao vestíbulo exterior, ouviu a resposta de Alfonso.


—Não, cara. Cheira a overdose.


---------------------------------------------------------------------------------------------------------------


claudiarafa.s2 : Tai o capítulo amore < 3


 


COMENTEM 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Luh

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

paulinhavondy : Estava sentindo falta dos seus comentarios menina : ) . Prometo não sumir por muito tempo ( a não ser que a minha net fique ruim novamente ) rsrs`.                        ----------------------------------------------------------------------------------------------- —«M ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21

    Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17

    Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33

    ADORANDOOOO!!!posta maisssss

  • paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58

    Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs

  • claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33

    obrigada. posta +++++++++ please s2

  • claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30

    Posta mais +++++ flor s2

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58

    posta maissssssssssss

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06

    CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09

    ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u

  • claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39

    oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais