Fanfics Brasil - Capitulo Um - parte 2 O Beijo da meia-noite

Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo Um - parte 2

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 Dulce iniciou imediatamente o caminho para a porta de saída, an­siosa por sair dali. Quanto mais tempo passava ali dentro, mais parecia subir o volume da música. Sentia-a retumbar na cabeça e o fazia difícil pensar com claridade. Custava-lhe fixar-se no que havia ao seu re­dor. As pessoas a empurravam desde todos os lados enquanto ela ten­tava abrir-se passo, apertando-se contra a parede de corpos que se expremia e giravam sem deixar de dançar. Empurraram-na e a apertaram, tocaram-na e a manusearam mãos invisíveis na escuridão, até que, fi­nalmente, chegou ao vestíbulo, diante da entrada da sala e conseguiu sair atravessando a pesada porta dupla.


    A noite era fria e escura. Inalou com força, tentando limpar a cabeça de todo o ruído e  a fumaça e o inquietante ambiente de La Notte. A música ainda se ouvia aí fora, e as luzes estroboscópicas ainda cintilavam do outro lado das vidraças de cores, mas Dulce se relaxou um pouco agora, ao sentir-se livre.


    Ninguém lhe prestou atenção enquanto se apressava  para a esquina e esperava encontrar um táxi. Só havia umas quantas pessoas fora, algumas delas caminhavam pela outra calçada e outras subiam em fila pelos degraus de cimento que conduziam ao salão de baile. Detectou um táxi amarelo que se dirigia para ali e levantou a mão para chamá-lo.


—Táxi!


Enquanto o táxi vazio atravessava o tráfico noturno e  se aproximava para ela, as portas da discoteca se abriram com a força de um furacão.


    —Né, cara! Que merda faz! —Nas escadas, detrás de Dulce, a voz de um homem soava atemorizada.


   — Se voltar a me tocar, vou a...


    —Vai a que? —repreendeu outra voz em tom provocador, grave e a­meaçadora, acompanhada de um coro de risadas.


    —Sim, venha, punki  de merda. O que vais fazer?


 Dulce, que já tinha a mão no atirador da porta do táxi,  girou a cabeça meio alarmada e  atemorizada pelo que ia ver.  Tratava-se da turma do clube, os motoristas ou o que fossem, vestidos com couro negro e óculos de sol. Os seis rodeavam ao namorado punki como se fossem uma manada de lobos e lhe davam empurrões por turnos, jogando com ele como se fosse sua presa.


    O menino tentou lhe dar um murro a um deles e falhou, e a situação piorou em um abrir e fechar de olhos.


    De repente, a briga se aproximou aonde estava Dulce. A turma de idiotas empurrou ao punki contra o capô do táxi e começaram a dar lhe murros no rosto. Do nariz e a boca  do menino saíram disparadas gotas de sangue e algumas delas mancharam a Dulce. E­la deu um passo para trás, aniquilada e horrorizada. O menino se debatia para escapar, mas seus atacantes lhe sujeitavam e lhe golpeavam com uma furia que a Dulce resultava difícil de compreender.


   —Fora do fodido carro! —gritou o taxista pelo guichê aberto.


— Deus santo! Vai a outra parte! Ouvem-me?


   Um dos assaltantes girou a cabeça para o taxista, dirigiu-lhe  uma horrivel sorriso e propinó um forte murro no pára-brisa, que se rompeu  em mil pedaços. Dulce viu que o taxista se benzia e que mur­murava umas palavras inaudíveis, dentro  do carro. Ouviu-se a mudança de marchas e logo o chiado agudo das rodas  no mesmo momento em que o táxi fez marcha atrás para tirar-se de cima a carga do ca­pó.


   —Espere! —gritou Dulce, mas era muito tarde.


   O transporte a casa e a  possibilidade  de fugir dessa cena brutal hávia desaparecido. Com o medo lhe apertando a garganta, observou ao taxi que se afastava a toda velocidade pela rua e cujas luzes desapare­ceram  na noite.


   Na esquina, os seis motoristas não mostravam nenhuma compaixão por sua vítima: estavam tão concentrados em deixar inconsciente ao punki  a ba­se de golpes que não prestaram atenção a Dulce.


 


   Ela se deu a volta e subiu correndo as escadas até a entrada de La Notte enquanto rebuscava o celular no bolso. Encontrou o magro aparelho e o abriu. Enquanto abria as portas da sala e entrava correndo no vestíbulo, marcou o 911, atendida pelo pânico. Por cima do estrondo da música, das vozes, além do zumbido som de seu próprio coração, Dulce  somente ouviu o som de espera do  outro lado do fio telefônico. Apartou-se o telefone do ouvido...


«Não há sinal.»


   —Merda!


   Voltou a marcar o 911, sem sorte.


    Correu para a zona principal da sala, gritando, desesperada-se, no meio do ruído.


   —Por favor, que alguém me ajude!  Necessito ajuda!


    Ninguém parecia ouvi-la. Golpeou às pessoas nos ombros, atirou das mangás e esteve a ponto de lhe sacudir o braço a um tipo tatuado com pinta de militar, mas ninguém lhe prestou atenção. Nem sequer a olharam. Simplesmente continuaram dançando e conversando como se ela nem sequer se encontrasse ali.


Era um sonho? tratava-se de alguma perverso pesadelo na qual ela era quão única tinha visto os atos de violência que aconteciam ali fora?


    Dulce desistiu de tentar chamar a atenção dos desconhecidos e decidiu procurar a seus amigos. Enquanto se abria passo através da escura sala, continuava marcando a tecla de rechamada, rezando para conseguir cobertura. Não conseguiu chamar e logo se deu conta de que tampouco ia encontrar a Jamie e aos outros em meio dessa massa de gente.


    Frustrada e confundida, correu de volta à entrada do clube.Possivelmente pudesse deter um motorista, encontrar a um policial, algo!


    O ar gelado da noite a golpeou assim que abriu as pesadas portas e saiu fora de novo. Baixou correndo o primeiro lance de escadas, resfolegando, insegura de com o que ia se encontrar: uma mulher só contra seis membros de uma turma que possivelmente estivessem drogados. Mas não lhes viu.


     Foram-se.


     Um grupo de clientes da sala subiam as escadas animadamente. Um deles fazia como que tocava um violão e seus amigos falavam de ir a alguma outra festa rave mais tarde.


     —Hey —chamou Dulce, quase esperando que aconteceriam comprido. Mas se detiveram e lhe sorriram .Apesar de que, seus  vinte e oito anos, era quase uma década mais velha que eles.


     O menino que partia à frente do grupo a saudou com um gesto de cabeça.


-Sim?


—Algum de vocês...? —duvidou um momento, sem saber se deveria sentir-se aliviada ao dar-se conta de que, depois de tudo, não se tratava de um sonho.


— Algum de vocês viu a briga que havia aqui faz uns minutos?


—Havia uma briga? Impressionante! —disse o líder do grupo.


—Não, tia —repôs outro—. Acabamos de chegar. Não vimos nada.


    Passaram por seu lado e subiram o resto de escadas enquanto Dulce se perguntava se estava começando a perder a cabeça. Caminhou até a esquina. Havia sangue no chão, mas o punki e seus agressores há­víam desaparecido.


 


    Dulce ficou em pé debaixo de uma luz e se esfregou os braços para tirar o frio do corpo. Deu-se a volta e olhou a ambos os lados da rua, procurando alguma sinal da violência da que tinha sido testemunha uns minutos antes.


Nada.


   Mas então... ouviu-o.


   O som provinha de um estreito beco A sua direita. Flanqueado por um muro de cimento que chegava à altura do ombro de uma pessoa e que atuava como tela acústica, uns grunhidos quase imper­ceptiveis chegavam até a rua do beco quase completamente escuro. Dulce não pôde identificar esses  sons desagradáveis que lhe gelaram o sangue nas veias, despertaram seu alarme mais instintivo e profundo e lhe puseram em tensão todos os nervos do corpo.


   Suas pernas continuaram movendo-se. Não o faziam em direção con­traria à fonte desses inquietantes sons, a não ser em direção a eles. O telefone na mão lhe pesava como se fosse um tijolo. Caminhava prendendo a respiração. Não se deu conta de que não estava respirando até que tinha penetrado um par de passos no beco e seu olhar se posou em um grupo de figuras que se encontrava mais adiante.


   Os valentões vestidos de couro negro e com óculos de sol.


   Estavam agachados, sobre os joelhos e as mãos, manuseando algo, atirando de algo. A tênue luz que chegava da rua, Dulce dis­tinguiu um farrapo de tecido no chão, ao lado do açougue. Era a cami­seta  do punki, destroçada e manchada.


O dedo que Dulce ainda tinha sobre o teclado do celular se moveu sigilosamente para a tecla de rechamada. Ouviu-se um calado zumbido ao outro extremo da linha e logo a voz do telefonista da polícia ré­tumbou na noite como a salva de canhão.


   —Novecentos e onze. Qual é sua emergência?


Um dos motoristas girou a cabeça ao notar a repentina interrupção. Uns olhos ferozes e cheios de ódio se cravaram em Dulce como  adagas. Tinha o rosto completamente ensangüentado. E seus dentes! Eram afiados como os de um animal: não eram dentes, a não ser presas que apontaram para ela no momento no qual ele abriu a boca e vaiou uma palavra de som terrível em um idioma estranho.


 —Novecentos e onze —voltou a dizer o telefonista.


 — Por favor, relatório de sua emergência.


Dulce não era capaz de falar. Estava tão aturdida que quase não conseguiu nem respirar. Aproximou-se o celular ao lábios, mas não conseguiu pró­nunciar nenhuma palavra.


   A chamada de socorro tinha sido inútil.


   Dando-se conta disso, e aterrorizada até os ossos, Dulce fez a única coisa lógica que lhe ocorreu. Com a mão tremente, dirigiu o aparelho para a turma de motoristas sádicos e apertou o botão de «cap­turar imagem». Um pequeno brilho de luz iluminou o beco.


   OH, Deus. Possivelmente ainda  tivesse a oportunidade de escapar dessa noite infernal. Dulce apertou o botão outra vez, e outra, e outra, enquanto se retirava para trás pelo beco em direção À rua. Ouviu o mur­murio de umas vozes, ouviu uns insultos, o som de pés no beco, mas não se atreveu a olhar para trás. Nem sequer o fez para ouvir um agudo chiado de aço a suas costas, seguido por uns chiados de agonia e de raiva que não eram deste mundo.


   Dulce correu na noite impulsionada pela adrenalina e o medo e não se deteve até que encontrou um táxi na Commercial Street. Subiu a ele e fechou a porta com um forte golpe. Resfolegava, deslocada de medo.


—Me leve a delegacia de polícia mais próxima!


   O taxista apoiou um braço no respaldo do assento  do co-piloto e se voltou para ela. Olhou-a com o cenho franzido.


 


   —Está bem, senhorita?


   —Sim —repôs ela automaticamente. Depois acrescentou:


   — Não. Preciso informar de...


   Jesus. Do que tinha intenção de informar? Do frenesi canibal de uma turma de motoristas raivosos? Ou da outra explicação possível, a qual nem sequer era muito mais acreditável?


 Dulce olhou ao taxista espectador aos olhos.


   —Por favor, depressa. Acabo de presenciar um assassinato.


 


 


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Primeiro capitulo dedicado á : gsdomi 


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Autor(a): Luh

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Vampiros. A noite estava infestada deles. Tinha contado mais de uma dúzia na discoteca, a maioria deles rondavam às mulheres meio desnuda que rebolavam dançando na pista de baile, e selecionavam entre elas,  seduzindo as mulheres que apagariam sua sede essa noite. Essa era uma relação simbiótica que tinha sido de utilidade a su ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21

    Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17

    Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33

    ADORANDOOOO!!!posta maisssss

  • paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58

    Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs

  • claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33

    obrigada. posta +++++++++ please s2

  • claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30

    Posta mais +++++ flor s2

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58

    posta maissssssssssss

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06

    CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09

    ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u

  • claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39

    oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....


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