Fanfics Brasil - Capítulo dezoito - parte dois O Beijo da meia-noite

Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada


Capítulo: Capítulo dezoito - parte dois

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—Porra, Dulce —pronunciou com voz rouca—. Não é isso o que...


—Ou é que vais converter-me em seu vampira esposa pessoal, como o que matou a outra noite?


 —Dulce. — Christopher apertou a mandíbula, com tanta força como se se fosse partir o aço—. Vim para te proteger,porra! Porque preciso saber que está bem. Possivelmente estou  aqui porque cometi e­rros contigo, e quero arrumá-lo de algum jeito.


 Ela permaneceu imovel, absorvendo essa inesperada sinceridade e ob­servando como suas emoções brigavam na expressão de seu rosto. Raiva, frustração, desejo, incerteza... viu tudo isso em seu olhar p­enetrante. Que  Deus a ajudasse, mas ela também sentia tudo isso como uma tempestade em seu interior.


 —Quero que  parta, Christopher.


 —Não, não quer.


 —Não quero voltar a ver-te nunca mais! —gritou ela, desesperada para que ele acreditasse. Levantou uma mão para lhe esbofetear, mas ele  a im­pediu com facilidade antes de que pudesse fazê-lo.


 — Por favor. Vai daqui agora mesmo!


 Ignorando-a por completo, Christopher se levou a mão com que ela tinha querido lhe esbofetear até os lábios. Entreabriu-os e apertou a palma de sua mão contra eles para beijar-lhe com sensualidade. Ela não sentiu o ro­ce das presas, somente o fôlego quente de sua boca e a úmida carícia da língua dele que brincava, provocadora, entre seus dedos.


 A cabeça lhe dava voltas ao sentir o delicioso contato dos lábios dele sobre sua pele.


 Sentiu que  lhe falhavam as pernas, que sua resistência cedia e que cimeçava a desfazer-se do mesmo centro de seu ser.


 —Não  — exclamou ela contra ele, apartando a mão e lhe empurrando.


 —  Não, não posso deixar que me faça isto, não  agora.


 — Entre nós tudo trocou! Agora tudo é distinto.


 —O único distinto, Dulce, é que agora me vê com os olhos aber­tos.


 —Sim. —obrigou-se a si mesmo a lhe olhar.


 — E o que vejo eu não gosto.


  Lhe sorriu sem nenhuma piedade.


 —Mas desejaria poder dizer o mesmo a respeito de como te  faço sentir.


 Ela não estava segura de como o fez, de como era possível que ele se movesse com tanta rapidez, mas nesse mesmo instante sentiu o fôlego de Christopher detrás da orelha e sua profunda voz vibrou contra a pele de seu cabelo enquanto ele apertava seu corpo contra o dela.


 Era muito para assumi-lo de repente: essa apavorante e nova realidade, as perguntas que nem sequer sabia  como formular. E logo estava a desorientação que lhe provocava o delicioso tato de Christopher, sua voz, seus lábios lhe roçando com suavidade a pele.


 —Detenha! —Tentou lhe empurrar, mas ele era como um muro de músculo e de determinação escura e decidida. Ele resistiu sua raiva, e os inúteis golpes que lhe deu contra o enorme peito não pareceram lhe fazer  absolutamente nada. Sua expressão tranqüila não trocou, igual a seu corpo permaneceu imovel.


 Ela se separou dele com expressão frustrada e angustiada.


 —Deus, o que está tentando demonstrar, Christopher?


 —Só que não sou o monstro que você quer acreditar que sou. Seu corpo me conhece. Seus sentidos lhe dizem que  está a salvo comigo. Somente tem que escutá-los, Dulce. E  escutar a mim quando digo que não vim para te assustar.


 Nunca te vou fazer mal, tampouco vou beber seu sangue. Por minha ho­nra, nunca te farei mal.


 Ela soltou uma gargalhada afogada ante a idéia de que um vampiro pudesse ter nada parecido à honra, por não dizer que o estava prome­tendo a ela nesses momentos. Mas Christopher não duvidava, permanecia em atitude solene. Possivelmente estivesse louca, porque quanto mais olhava esses olhos chapeados, mais fraca era a dúvida sobre ele a que se queria aga­rrar.


 —Não sou seu inimigo, Dulce. Durante séculos,os meus e os teus se necessitaram mutuamente para sobreviver.


 —Se alimentam de nós —sussurrou ela com voz rota—, como parasitas.


 O rosto lhe escureceu um momento, mas não reagiu ante o desprezo que havia nessa acusação.


 —Também temos  que lhes proteger. Alguns  de meus inclusive cuidaram  os seus, levaram uma vida juntos como casais com vínculos de sangue. É a única forma em que a estirpe de vampiros po­de continuar. Sem as fêmeas humanas que dão a luz aos jovens, ao fi­nal nos extinguiríamos. Assim é como eu nasci, e como todos os que são como eu nasceram também.


 —Não o compreendo. Por que não podem... lhes mesclar com fêmeas de sua própria espécie?


 —Porque não existem. Por causa de um engano genético, a prole da raça somente pode ser masculina, desde o primeiro da estirpe, disso faz centenas de gerações.


 Esta última revelação, somada a todo o resto que acabava de ouvir, obrigou-a a fazer uma pausa.


 —Então, isso significa que sua mãe é humana?


 Christopher assentiu levemente com a cabeça.


 —Era-o.


 —E seu pai? Ele era...


Antes de que pudesse pronunciar a palavra «vampiro», Christopher respon­deu.


 —Meu pai, e os sete outros Antigos como ele, não eram deste mundo. Foram os primeiros de minha estirpe, seres de outro lugar, muito distinto a este planeta.


Ela demorou um segundo em assimilar o que acabava de ouvir, acrescentado  a todo o resto que estava começando a compreender nesse momento.


 —O que está dizendo... que eram extraterrestres?


 —Eram exploradores. Uns conquistadores,guerreiros e selvagens de fato, que caíram aqui faz muitíssimo tempo.


 Dulce ficou olhando um momento.


 —Seu pai não era somente um vampiro a não ser um extraterrestre, ademais? Tem idéia do louco que isto sonha?


 


—É a verdade. Os que eram como meu pai não se chamavam a sim mes­mos vampiros mas, segundo a definição dos humanos, isso é o que eram. Seu sistema digestivo estava muito avançado para a proteína crua da Terra. Não podiam processar nem as plantas nem animais como faziam os seres humanos, assim aprenderam a tirar o alimento do sangue. Alimentaram-se sem freio e acabaram com populações inteiras nesse processo. Sem dúvida ouviste falar de alguns deles: a Atlántida. O reino dos maias. E outras incontáveis civilizações desconhecidas que  se desvaneceram na noite dos tempos. Muitas das mortes maciças que historicamente se atribuíram as infestações e a fome não foram isso absolutamente.


 Deus santo.


 —Aceitando que tudo  isto se possa tomar a sério,  está falando de milhares de anos de açougue. —Ao ver que ele não o negava, um ca­lafrío lhe percorreu as pernas.


 — Eles...  você... Deus, não me posso acreditar que esteja dizendo isto. Os vampiros se alimentam de algo vivo, como  uns dos outros possivelmente, ou são os humanos a única fonte de alimento?


 A expressão de Christopher era séria.


 —Somente o sangue humano contém a combinação de nutrientes específica que necessitamos para sobreviver.


 —Com que freqüência?


 —Temos que nos alimentar uma vez cada três ou quatro dias, algumas se­manas às vezes. Necessitamos mais se estamos feridos e necessitamos mais força para sanar as feridas.


 —E vocês... matam quando lhes alimentam?


 —Não sempre. De fato, poucas vezes. A maioria da raça se alimen­ta de humanos voluntários, anfitriões.


 —De verdade que a gente se oferece voluntária para que lhes torturem? —perguntou ela, incrédula.


 —Não há nenhuma tortura nisso, a não ser que o desejemos. Quando um ser humano está depravado, a dentada de um vampiro pode ser muito prazeirosa. Quando  terminou, o anfitrião não recorda nada porque não lhe deixamos nenhum lembrança.


 —Mas as vezes matam —disse ela, e lhe fez difícil não fazê-lo em um tom acusatório.


 —Às vezes é necessário levar uma vida. A raça fez o juramento de não depredar nunca aos inocentes ou aos fracos.


 Ela se burlou:


 —Que nobres são.


 —É nobre, Dulce. Se quiséssemos, se cedêssemos a essa parte que há em nós que continua sendo como esses conquistadores guerre­iros que eram nossos antepassados, poderíamos escravizar a toda a raça humana. Seríamos reis e todos os seres humanos existiriam somente para nos servir de alimento e de diversão. Essa idéia é o motivo de uma antiga guerra de morte entre meus e nossos irmãos inimigos, os renegados. Você lhes viu com seus próprios olhos, essa noite fora da discoteca.


 —Você estava ali?


 Assim que o houve dito, deu-se conta de que ele estava ali. Recordou esse rosto lhe impactante e os  olhos ocultos atrás dos óculos escuros  que a tinham estado observando entre a multidão. Inclusive então ela  havia sentido uma conexão com ele, nesse breve olhar que pareceu tocá-la A pesar da fumaça e da escuridão da sala.


 —Eu tinha estado perseguindo a esse grupo de renegados durante uma hora —disse Christopher —, esperando a oportunidade de saltar e acabar com e­les.


 —Eram seis —recordou ela vividamente, que ainda via mentalmente essas seis caras terríveis, esses olhos ferozes e brilhantes e essas presas.


 — Foste enfrentar a eles você sozinho?


 Ele se encolheu de ombros como indicando que não era algo pouco fre­quente que ele se enfrentasse sozinho com muitos.


 —Essa noite tive um pouco de ajuda: você e a câmera de seu telefone mó­vel. O flash lhes surpreendeu e me deu a oportunidade de atacar.


 —Matou-lhes?


 —A todos menos a um. Mas lhe apanharei, também.


 Ao ver a ferocidade de sua expressão,  Dulce não ficou nenhuma dúvida de que o faria.


 —A polícia mandou um carro patrulha Aos subúrbios da sala de festas quando lhes informei do assassinato. Não encontraram nada. Nenhuma prova.


 —Assegurei-me de que não o fizessem.


 —Fez-me ficar como uma idiota. A polícia insistia em que eu  estava inventando isso tudo.


 —Melhor assim, lhes dar pistas sobre as batalhas reais que tiveram lugar nas ruas dos seres humanos durante séculos. Pode imagi­nar o pânico a grande escala que haveria  pelo mundo se começassem a haver notícias de ataques de vampiros?


 —É isso o que está acontecendo? Este tipo de assassinatos estão suce­dendo todo o momento em todas partes?


 —Ultimamente cada vez mais. Os renegados são um grupo de viciados que somente se preocupam da próxima dose. Pelo menos, essa foi sua maneira de atuar até recentemente. Mas agora está acontecendo algo. Estão-se preparando. Estão-se organizando. Nunca foram tão p­erigosos como agora.


 —E graças as fotos que fiz fora da discoteca,  esses vampiros renegados me estão perseguindo.


 —O incidente que presenciou atraiu sua atenção para ti, sem dúvida, e qualquer ser humano significa uma boa diversão para eles. Mas o mais provável é que sejam as outras fotos que tem feito as que lhe puseram em maior perigo.


 — Que outras fotos?


 —Essa, por exemplo.


 Assinalou uma fotografia emoldurada que estava pendurada na parede da sala de estar. Era uma tomada exterior de um velho armazém de uma das zonas mais desoladas da cidade.


 —O que te levou a fazer a fotografia desse edifício?


 —Não sei, exatamente —disse ela, que nem sequer estava segura de por que tinha emoldurado essa foto.  Somente olhando-a nesses mo­mentos o fazia sentir um calafrio nas costas.


 — Nunca tinha ido a essa parte da cidade, mas me lembro que essa noite fui por um lugar equivocado e acabei me perdendo. Algo atraiu minha atenção para esse armazem,  mas não posso explicá-lo realmente. Estava terrivelmente ner­vosa de estar ali, mas não podia ir sem fazer umas quantas fotos desse lugar.


 O tom de voz de Christopher  foi de uma extrema gravidade.


 —Eu, junto com vários  guerreiros  da raça que trabalham comigo, es­tivemos nesse lugar faz um mês e meio. Era uma guarida dos Rene­gados que albergava a quinze de nossos inimigos.


 Dulce ficou olhando boquiaberta.


 —Há vampiros vivendo nesse edifício?


 —Agora já não. —Ele passou por seu lado e foi até a mesa da cozinha, onde havia umas quantas fotos mais e entre as quais se encontravam  algumas das que tinha feito no psiquiátrico abandonado, fazia tão somente um par de dias. Levantou uma das fotos e a mostrou.


 — Estivemos vigiando esta localização durante  semanas. Temos motivos para acreditar que se trata de uma das colônias de renegados maiores de Nova a Inglaterra.


 —OH, Meu Deus. —Dulce  olhou a foto do psiquiátrico e quando a voltou a deixar em cima da mesa, os dedos lhe tremiam um pouco.


 — Quando fiz essas fotografias, a outra manhã, um homem me encontrou alí. Perseguiu-me até que saí da propriedade. Não acreditará que era...?


 Christopher negou com a cabeça.


 —Um servente, não um vampiro, se lhe viu depois da saída de sol. A luz do sol é um veneno para nós. Essa parte da superstição é verdade. A pele nos queima rapidamente, como a tua se a expuser debaixo de um poderoso cristal de aumento ao meio-dia.


 —E por isso sempre te vi de noite —murmurou ela, pensando nas visitas que lhe tinha feito Christopher desde a primeira, quando ele tinha começado a lhe mentir.


 — Como pude estar tão cega quando tinha todas as pistas diante de mim?


 —Possivelmente não queria as ver, mas sabia, Dulce. Suspeitava que a matança que tinha presenciado era algo que estava além do que podia explicar a partir de sua experiência como ser humano. Esteve a ponto de me dizer isso a primeira vez que nos encontramos. Em algum nível de sua consciência, sabia que se tratava de um ataque de vampiros.


 Ela sabia, inclusive então. Mas não tinha suspeitado que Christopher formava parte disso. Uma parte dela ainda queria negar essa idéia.


 —Como é possível que isto seja real? —gemeu ela, deixando cair na cadeira que tinha mais perto. Olhou as fotos que estavam espalhadas na mesa que tinha diante e logo olhou o rosto sério de Christopher. Estava a ponto de começar a chorar, sentia que  os olhos lhe ardiam e que  no pescoço lhe formava um nó, como se queria negar desesperadamente tudo isso.


 — Isto não pode ser real. Deus, por favor, me diga que isto não está acontecendo de verdade.


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      Essa Dulce é muito irrenua né !por favor , Agua benta ? Tive que ri kkkkkkkk


Se eu fosse a Dulce não estaria rejeitado o Christopher U.U ... ficaria assutada no começo , mas mandar ele ir embora ? N-U-Q-U-I-N-H-A .Mas enfim , pessoas assim tem uma sorte danada 


 


Até o proximo capítulo amorecos *--* 



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Autor(a): Luh

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Ele tinha dado muita informação essa noite para que a digerisse. Não toda, mas mais que suficiente para uma noite. Christopher tinha que confiar em Dulce. A parte dessa pequena amostra de irracionalidade com o alho e a água benta, ela tinha mantido uma incrível serenidade durante uma conversação que era, sem lugar a duvida, b ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21

    Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17

    Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33

    ADORANDOOOO!!!posta maisssss

  • paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58

    Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs

  • claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33

    obrigada. posta +++++++++ please s2

  • claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30

    Posta mais +++++ flor s2

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58

    posta maissssssssssss

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06

    CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09

    ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u

  • claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39

    oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....


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