Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada
Ele tinha dado muita informação essa noite para que a digerisse. Não toda, mas mais que suficiente para uma noite.
Christopher tinha que confiar em Dulce. A parte dessa pequena amostra de irracionalidade com o alho e a água benta, ela tinha mantido uma incrível serenidade durante uma conversação que era, sem lugar a duvida, bastante difícil de assimilar.
Vampiros, a chegada de extraterrestres, a guerra iminente com os renegados que, por certo, estavam perseguindo a ela também.
Ela tinha escutado tudo com uma fortaleza que muitos homens humanos não tinham.
Christopher a observou enquanto ela se esforçava em processar a informações, sentada na mesa e com a cabeça apoiada nas mãos. Uma lagrimas tinham começado a deslizar-se por suas bochechas. Ele desejou que houvesse uma maneira de lhe fazer esse caminho mais fácil. Mas não havia. E as coisas iam piorar para ela quando conhecesse toda a verdade do que lhe esperava.
Por sua própria segurança, e pela segurança da raça, ela ia ter que abandonar seu apartamento, a seus amigos, sua carreira. Teria que deixar atrás tudo o que tinha sido parte de sua vida até esse momento.
E teria que fazê-lo essa noite.
—Se tiver outras fotografias como estas, Dulce, tenho que as ver.
Ela levantou a cabeça e assentiu.
—Tenho-o tudo no computador —disse, apartando o cabelo do rosto.
—E o que me diz das que tem na habitação escura?
—Estão no computador também, igual a todas as imagens que vendi através da galeria.
—Bem. —O fato de que ela tivesse mencionado essas vendas lhe dêpertou um alarme.
— Quando estive aqui faz umas quantas noites, mencionaste que tinha vendido uma coleção inteira a alguém. Quem era?
—Não sei. Era um comprador anônimo. O comprador contratou uma amostra privada em um apartamento de cobertura alugado do centro da cidade. Viram umas quantas imagens e logo pagaram em dinheiro por todas elas.
Ele soltou um juramento, e a expressão tensa de Dulce se transformou em uma de terror.
—OH, Meu deus. Acredita que foram os renegados quem as compraram?
O que Christopher estava pensando era que se fosse ele quem se encontrasse à frente da direção atual dos renegados, estaria extremamente interesado em adquirir uma arma que pudesse dar com as localizações de seus oponentes. Por não dizer que tentaria frustrar a capacidade de seus inimigos de utilizar essa arma em seu próprio benefício.
Ter a Dulce seria um bem extraordinário para os renegados, por muitas razões. E quando a tivessem em sua posse, não demorariam muito tempo em descobrir sua marca de companheira de raça. Abusariam dela como se fosse uma vulgar égua de cria, obrigariam-na a ingerir seu sangue e a levar sua semente até que seu corpo sucumbisse e morre-se. Isso demoraria anos, décadas, séculos.
— Christopher, meu melhor amigo levou as fotos a mostra essa noite, ele sozinho. Tivesse-me morrido se lhe tivesse passado algo. Jamie se meteu ali sem saber nada sobre o perigo com que se enfrentava.
—Te alegre disso, porque essa é, provavelmente, a razão pela que saiu com vida.
Ela retrocedeu como se lhe tivesse dado um bofetão.
—Não quero que meus amigos sofram nenhum dano por causa do que me está acontecendo .
—Você está em um perigo maior que ninguém, agora mesmo. E temos que nos mover. Vamos tirar essas fotos de seu computador. Quero as levar todas ao laboratório do recinto.
Dulce lhe levou até uma ordenada mesa que tinha em uma esquina da sala de estar. Ligou o computador de mesa e enquanto este se carregava, Gabrielle tirou um par de cartões de cor e colocou uma delas na entrada da USB.
—Sabe? Disseram que estava louca. Chamaram-na delirante, esquizofrénica paranóica. Encerraram-na por acreditar que tinha sido atacada por alguns vampiros.
—Dulce riu em voz baixa, mas foi uma risada triste e vazia.
— Possivelmente não estava louca, depois de tudo.
A suas costas, Christopher se aproximou.
—De quem falas?
—De minha mãe. —depois de iniciar o processo de cópia, Dulce se girou na cadeira para olhar a Christopher
— A encontraram uma noite em Boston, ferida, ensangüentada e desorientada. Não tinha nem o moedeiro nem a bolsa, nem levava nenhum tipo de documentação em cima, e durante os breves períodos de tempo em que estava lúcida, não foi capaz de dizer a ninguém quem era, assim que a ficharam como anônima. Era só uma adolescente.
—Diz que estava sangrando?
—Várias feridas no pescoço: aparentemente se havia autolesionado, conforme os informe oficiais. O tribunal a julgou incapaz de agüentar um julgamento e a encerraram em uma instituição mental quando saiu do hospital.
—Porra, merda.
Ela negou com a cabeça, devagar.
—Mas e se tudo o que disse foi verdade? E se não estava louca em absoluto? OH, Deus, Christopher... todos estes anos a estive culpando. Acredito que inclusive a odiei, e agora não posso evitar pensar...
—Há dito que a polícia e o tribunal a julgaram. Refere-te a que cometeu algum tipo de crime?
O computador apitou indicando que o cartão de cor estava cheio. Dulce se voltou para continuar com a função de copiado, e ficou nessa posição, lhe dando as costas. Christopher lhe pôs as mãos nos ombros com suavidade e lhe fez voltar a dá-la volta com a cadeira.
—Do que acusaram a sua mãe?
Por um comprido momento, Dulce não disse nada. Christopher viu que tragava saliva. Seus olhos expressavam uma grande dor.
—Acusaram-na de abandonar a um bebê.
—Quantos anos tinha você?
Ela se encolheu de ombros e logo negou com a cabeça.
—Nada. Um bebê. Meteu-me em um cesto de papéis, fora do edifício de seu apartamento. Era só a uma quadra de onde a polícia a deteve. Por sorte para mim, um dos policiais decidiu registrar os arredores. Ouviu-me chorar, suponho, e me tirou dali.
Deus Santo.
Enquanto ela falava, na mente de Christopher cintilou uma lembrança. Viu uma rua escura, o pavimento úmido que brilhava sob a luz da lua, uma mulher com os olhos muito abertos e o rosto transfigurado pelo horror, em pé, enquanto um vampiro renegado lhe chupava o pescoço. Ouviu o tênue pranto de um bebê que a mulher levava nos braços.
—E isso quando aconteceu?
—Faz muito tempo. Vinte e sete anos, este verão, para ser exatos.
Para alguém da idade de Christopher, vinte e sete anos era um suspiro. Recordava claramente ter interrompido esse ataque na estação de ônibus . Recordava haver-se interposto entre o renegado e sua presa, havia jogado dali a mulher com uma potente ordem mental. Ela sangrava profusamente, e parte do sangue tinha caido em cima do bebê.
Depois de ter dado morte ao renegado e de ter limpo a estação, tinha ido em busca da mulher com o bebê. Não lhes havia encontrado. Muitas vezes se perguntou o que lhes
Autor(a): Luh
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
teria passado aos dois, e se tinha amaldiçoado a si mesmo por não ter sido capaz de ter apagado essas terríveis lembranças da memória da vítima. —Ela se suicidou na instituição mental não muito tempo depois — disse Dulce. — Já me tinha adotado a administração. Ele n&atild ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 33
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dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21
Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:
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paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17
Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!
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paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33
ADORANDOOOO!!!posta maisssss
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paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58
Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs
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claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33
obrigada. posta +++++++++ please s2
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claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30
Posta mais +++++ flor s2
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paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58
posta maissssssssssss
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paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06
CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss
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larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09
ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u
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claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39
oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....