Fanfics Brasil - Capitulo Dois - parte dois O Beijo da meia-noite

Fanfic: O Beijo da meia-noite | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo Dois - parte dois

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   —Se me escutassem... se queriam olhar as  fotos que tenho feito...


   —Vimo-las, senhorita Saviñón. Várias vezes, já. Francamente, tudo do que nos contou esta noite se comprovou... sua decla­ração, essas fotos imprecisas e escuras de seu  telefone celular.


   —Sinto muito que lhes falte qualidade —replicou Dulce em tom ácido.


— A próxima vez que me encontre com uma turma de psicopatas que le­vão a cabo uma matança sangrenta, tentarei recordar que devo ir buscar minha Leica e um par de lentes extra.


   —Possivelmente você queira refazer sua declaração —sugeriu o mais velho dos dois oficiais cujo acento bostoniano estava tingido  com o deixe ir­landés que lhe tinha dado a juventude no Southie. Levou-se uma mão gorda as sobrancelhas e as esfregou , ato seguido, passou- o celular a Dulce por cima da mesa.


  — Você deve  saber que assinar uma decla­ração falsa é um delito, senhorita Saviñón.


    —Esta não é uma declaração falsa —insistiu ela, frustrada  e não pouco zangada de que a tratassem como a uma criminosa.


   —  Mantenho tudo o que hei dito esta noite. Por que teria que haver inventado isso?


    —Isso somente o pode saber você, senhorita Saviñón.


 


    —Isto é incrível. Têm minha chamada ao 911.


    —Sim—assentiu o agente.


    — Você realizou, efetivamente, uma chamada a Emergências. Desgraçadamente, quão único temos gravado é o so­ninho de interferências. Você não disse nada, e não respondeu a petição que a telefonista lhe fez de que informasse do que aconteceu.


    —Sim, bom, é difícil encontrar as palavras para descrever como lhe estão cortando o pescoço de alguém.


    Ele a olhou outra vez com expressão dúbia.


    —Essa discoteca... A Notte, é um lugar desenfreado, pelo que sei. Muito popular entre os góticos, os raveros...


—O que quer dizer?


O policial se encolheu de ombros.


    —Muitos meninos se metem em confusões estranhas hoje  em dia. Possivelmente o único que você viu foi como uma festa ia um pouco das mãos.


Dulce soltou uma maldição e alargou a mão até o telefone celular.


    —Parece-lhe com você que isto é uma festa que vai um pouco das mãos ?


    Apertou a tecla de «mostrar imagem» e voltou a observar as imagens que tinha capturado. Apesar de que as fotos instantâneas eram imprecisas e de que o brilho de luz tinha esfumado a cena, ainda se via clara­mente a um grupo de homens que rodeava a outro no chão. Apertou o botão para passar a outra imagem e viu o brilho de vários olhos que olhavam a câmara, e uns rostos cujos vagos rasgos faciais se deformavam e adotavam uma expressão de fúria selvagem.


    Por que os agentes não viam o que via ela?


 


    —Senhorita Saviñón —interrompeu o agente de polícia mais jovem. Caminhou até o outro lado do escritório e se sentou na esquina do mesmo, diante dela. Tinha sido o que, dos dois, tinha permanecido mais tempo em silêncio, que tinha estado escutando com atenção enquanto seu companheiro comunicava dúvidas e suspeitas.


  — É evidente que você crê ter presenciado algo terrível esta noite, nessa discoteca. O agente Carrigan e eu queremos ajudá-la, mas para que possamos fazer-lo, temos que nos assegurar de que estamos falando do mesmo.


Ela assentiu com a cabeça.


   —De acordo.


   —Agora temos sua declaração e vimos suas fotos. Você me dá a sensação de ser uma pessoa sensata. Antes de que aprofundemos mais nisto, preciso saber se estaria você disposta a submeter-se a uma análise de controle de drogas.


   —Uma análise de drogas. —Dulce  se levantou. repentinamente da cadeira. Agora estava mais que zangada


— Isto é ridículo. Eu não sou uma cabeça oca colocada, e me desgosta  que me tratem como se o fosse. Estou tentando informar de  um assassinato!


—Dul? Dulce!


   Desde algum ponto, a suas  costas, na delegacia de polícia, Dul ouviu  a voz de Jamie. Tinha chamado a seu amigo ao cabo de muito pouco tempo de ter chegado ali porque necessitava o apoio de ter um rosto familiar por perto depois de tudo o que tinha presenciado.


—Dulce! —Jamie correu para ela e lhe deu um quente abraço.


  — Sinto não ter podido chegar antes, mas já estava em casa quando recebi sua mensagem no celular. Que horror, carinho! Está bem?


Dulce assentiu com a cabeça.


   —Acredito que sim. Obrigado por vir.


  —Senhorita Saviñón, por que não deixa que seu amigo a leve a casa? —disse-lhe o agente—. Podemos continuar com isto em algum outro momento. Possivelmente poderá pensar com maior claridade depois de ter dormido um pouco.


   Os dois policiais se levantaram e fizeram um gesto à Dulce para que fizesse o mesmo. Ela não discutiu. Estava cansada, esgotada por com­pleto, e não acreditava que embora ficasse na delegacia de polícia toda a noite conseguisse convencer aos polis do que tinha presenciado fora de La Notte. Um pouco atordoada, deixou que Jamie e que os dois agentes a acompanhasse  fora da delegacia de polícia. Já se encontrava a metade das escadas em direção ao estacionamento quando o mais jovem dos dois a chamoupor seu nome.


   —Senhorita Saviñón.


   Ela se deteve e olhou para trás por cima do ombro, em direção aonde se encontravam os dois policiais em pé, sob a luz que saía da delegacia de polícia.


   —Se isso a ajuda a descansar com maior tranqüilidade, enviaremos a alguém para que vigie sua casa, e que possivelmente possa falar com você um pouco mais quando tiver tido  tempo de pensar um pouco em sua de­claração.


    Dulce não gostou do tom de mímico com que o  disse, mas tampouco encontrou as forças necessárias para rechaçar essa oferta. Depois do que tinha presenciado essa noite, Dulce aceitaria a segurança que lhe oferecia o ter a um policial perto, inclusive embora fosse um policial prepotente. Assentiu com a cabeça e seguiu a Jamie até o carro.


Em um escritório de um tranqüilo rincão da delegacia de polícia, um arquivista apertou o botão de impressão do computador. Uma impressora laser zumbiu e ficou em funcionamento a suas costas, e tirou um relatório de uma só página. O arquivista se tragou o último sorvo de café frio que ficava em sua xícara  descascada do Rede Sox e se levantou da desvencilhada cadeira para recolher, com gesto indiferente, o documento que acabava de  sair da impressora.


 


   A Central se encontrava em silêncio, vazia, depois da mudança de volta de meia-noite. Mas inclusive embora tivesse estado bulindo de atividade, ninguém tivesse emprestado nenhuma atenção ao reservado e extra­nho interno em práticas que se mostrava tão fechado em si mesmo.Essa era a beleza de seu papel.


   Por isso o tinham eleito.


   Ele não era o único membro do corpo  a quem podiam recrutar. Sabia que havia outros, embora suas identidades se mantinham em segredo. Dessa forma era mais seguro, mais limpo. Por sua parte, não recordava quanto tempo fazia que tinha conhecido a seu Professor. Somente sabia que ago­ra vivia para servir.


   Com o relatório firmemente sujeito em uma mão, o arquivista caminhou devagar pelo corredor procurando um lugar tranqüilo e privado. A habi­tação de descanso, que nunca se encontrava vazia fosse a hora do dia que fosse, encontrava-se ocupada nesses momentos por um casal de secretárias e pelo Carrigan, um policial gordo e bocudo que se retirava a final de semana. Estava fanfarroneando a respeito de um fantástico negócio que tinha feito com algum apartamento de Flórida enquanto as mulheres, basicamente, ignoravam-lhe e se dedicavam a desfrutar de um bolo amarelo feito no dia anterior e acompanha-lo com uma Coca-cola de baixa calorias.


   O arquivista se passou os dedos por entre o  cabelo de uma cor  casta­nho claro e atravessou as portas abertas em direção aos serviços, que se encontravam ao final  do corredor. Deteve-se fora  do serviço de cavalheiro com a mão em cima do pomo de metal e jogou uma olhada a suas costas. Ao dar-se conta de que ninguém lhe via, dirigiu-se a habitação do lado, ao quarto de fornecimentos de zeladoria. Supunha-se que devia manter-se sempre fechado, mas poucas vezes o estava. De todas formas, não havia grande coisa que valesse a pena roubar ali dentro, a não ser que a gente tivesse debilidade pelo papel higiênico industrial, a amônia ou as toalhas de papel marrom.


   Girou o bracelete da porta e empurrou o velho  painel de aço para dentro. Quando se encontrou no interior do escuro quarto, pressionou o fechamento de dentro e tirou o telefone celular do bolso da calça. A­pertou o botão de marcação  rápida e chamou o único número que tinha ar­mazenado nessa unidade indetectavel e descartável. O tom de chamada soou duas vezes e logo se impôs um silêncio ameaçador, a inconfun­divel presença  de seu Professor espreitava do outro extremo da linha.


—Senhor —disse o arquivista em um sussurro reverente.


  — Tenho infor­mações para você.


   Falou depressa e em voz baixa, lhe contando todos os detalhes a respeito da mulher chamada Saviñón que tinha ido a delegacia de polícia e da decla­ração que tinha realizado a respeito de um assassinato por parte de um grupo no centro da cidade. O arquivista ouviu um grunhido e o suave vaio da respiração do outro extremo da linha.  Seu professor escutava a informação em silêncio. Notou a fúria contida nessas lentas e compassadas respirações, e lhe gelou todo o sangue.


   —Reuni toda a informação pessoal para você, senhor, toda —lhe disse, e, servindo do suave resplendor da janela do celular, leu a direção de Dulce, seu telefone privado e demais detalhe. O servil subordinado estava ansioso por agradar a seu temível e poderoso senhor.


 



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Autor(a): Luh

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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     Tinham passado dois dias inteiros.    Dulce tentou tirar-se da cabeça todo o horror do que tinha visto no beco de La Notte. Que importância tinha, de todas  as manei­ras? Ninguém a tinha acreditado. Não a tinha acreditado a polícia, que ainda não tinha mandado a ninguém para vê-la ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 33



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  • dulcedeleche Postado em 22/11/2013 - 22:58:21

    Tava lendo a web, mas tinha perdido, daí achei q tivesse abandonado e depois quando achei não tive tempo de ler )): E agora que arrumei um tempinho não tem caps novo. POSTA MAIS ((((:

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:25:17

    Quem não ia querer um vampiro lindo como o Chris???kkkk Eu querooooo!!!

  • paulinhavondy Postado em 28/08/2013 - 00:23:33

    ADORANDOOOO!!!posta maisssss

  • paulinhavondy Postado em 25/08/2013 - 11:13:58

    Oieee, desculpa não ter comentado antes, estou muito feliz que você voltou a postar.. Adoreei !! Continue postando rsrs

  • claudiarafa.s2 Postado em 22/08/2013 - 23:37:33

    obrigada. posta +++++++++ please s2

  • claudiarafa.s2 Postado em 20/08/2013 - 15:57:30

    Posta mais +++++ flor s2

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:58

    posta maissssssssssss

  • paulinhavondy Postado em 02/07/2013 - 19:22:06

    CADA dia melhor essa web...ansiosíssima por maisss postssssssssss

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 22:28:09

    ooi, posta mais, to amando! leitora nova u.u

  • claudiarafa.s2 Postado em 23/06/2013 - 18:06:39

    oie estou amando sua web!!!!! que dó do fercho e da mai ....


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