Fanfic: O engano aya

Poncho
virou-se e não disfarçou uma expressão de incredulidade
- Não lê jornais?
- Não tenho tempo.
- Acabo de perder meu pai.

Ele se afastou e Any sentiu-se a última das
criaturas. Não era de admirar que seu patrão estivesse nervoso e zangado com
ela. Em um momento como aquele, como ele poderia querer uma completa estranha a
seu lado? No entanto, por suspeitar que ela pudesse ser uma espiã, a obrigara a
segui-lo. Que idéia Ela. Uma espia?!
Por outro lado, o mundo que Poncho  Herrera vivia não era simples como o
de Anahi Portillo. Ele circulava pelas mais elevadas camadas da alta-sociedade
e os negócios significavam mais do que qualquer outra coisa.
Eram sete da manha quando Ponchos Herrera e Any chegaram ao aeroporto.
De roupa preta, luvas longas, chapéu e óculos escuros que Any lhe dera ao
desembarcarem, Any sentiu-se como se estivesse sonhando.
Em seguida, sentiu como uma atriz famosa. Flashes pipocaram a sua passagem ao
lado do magnata. Homens que trabalhavam como seguranças de Poncho  Herrera
fizeram uma barreira para conter os jornalistas.
Ao perceber sua hesitação, Poncho colocou o braço ao redor de sua cintura e
impulsionou-a para frente. Perguntas os assaltavam de todos os lados. Any
entendeu uma delas que fora formulada em inglês. Estavam querendo saber quem
ela era.
Poncho continuou em frente, de cabeça erguida, sem responder nenhuma das
perguntas.
 "Seria essa a vida dele?", Any cogitou.
Homens ricos e poderosos não eram respeitados pelos jornalistas nem sequer em
seus momentos de dor?
Por fim chegaram a uma pequena sala privativa.
- É sempre assim com você? - Any quis
saber, ainda tremula de ansiedade.

Poncho deu de ombros.
- Talvez hoje tenha sido um pouco pior.
Sua presença os deixou alvoroçados.
- Espero que ninguém me reconheça naquelas fotos. - E antes que ele pudesse
responder, Any perguntou se alguém viria buscá-los.
- Seguiremos de helicóptero para a ilha onde acontecerá o enterro.

Anahí não conseguiu evitar um lamento. A viagem
estava parecendo interminável.
- Ilha?
- Chindos - Poncho informou. - Você realmente não sabe nada a meu respeito, não
é?

Any percebeu que a observação havia ofendido o ego
masculino. Isso a irritou, O que ele esperava? Que ela se atirasse a seus pés
como deveria fazer a maioria das mulheres?
- Não. E isso certamente o incomoda.
Afinal considera-se o sol ao redor do qual o mundo deve girar.
- Sua falta de tato acabará encrencando-a mais cedo ou mais tarde.

Any fez uma careta.
- E eu já não estou encrencada?

A sombra de um sorriso surgiu nos lábios de Poncho
Herrera.
- Por que está sempre procurando uma
briga? Seu temperamento não combina com sua aparência feminina e delicada.
- Posso ser feminina, mas não sou delicada - Any protestou.
- Por que afirma isso?
- Porque não gosto que os homens se recusem a me levar a sério. Não é fácil ser
loira e baixinha, ainda por cima!
- Mas você não é loira. Seus cabelos são platinados - Poncho declarou com ar de
superioridade. - Por que os tinge dessa cor se não quer provocar os homens?

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