Fanfic: O engano aya

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Incrível...

Virou-se, assustada. Poncho estava parado à porta
como uma estátua de bronze. O paletó e a gravata pendiam de uma de suas mãos.
- Sua dança e extraordinária - ele
elogiou, com voz grave e intensa.

Corada de embaraço, Any murmurou:
- Deveria ter anunciado sua presença.
Não tinha o direito de ficar me olhando!
- Não quis interrompê-la - ele disse em tom de desculpa.
- Isso não justifica - Any protestou em uma reação instintiva para dispersar a
tensão que invadira o ambiente.

Poncho balançou a cabeça.
- Nenhum homem seria capaz de
interrompê-la em sua dança.

 Any não
conseguiu responder. Estava tremendo. Seu coração batia com tanta força que ela
chegou a sentir tontura. E Poncho não conseguia afastar os olhos do corpo
pequeno, mas escultural, coberto suavemente pela camisola fina.
- Vê-la dançar foi à experiência mais
erótica que já vivi fora de um quarto - Poncho confessou - Nunca senti um
desejo tão intenso de possuir uma mulher. Pareço ter voltado à adolescência.

Ao sentir-se despida por aquele olhar, Any deu-se
conta de que estava usando apenas uma camisola. No mesmo instante, puxou um xale,
colocado no encosto de um sofá jogou-o sobre os ombros.
Não era de admirar que Poncho estivesse se comportando daquele jeito! Homens
não costumavam se controlar quando viam uma mulher em trajes íntimos. Ela
deveria ter se lembrado antes que não estava usando uma roupa decente.
Ele riu, contudo, de seu gesto.
- Metade menina, metade mulher. Uma
combinação explosiva!
- Pare de falar assim comigo! - Any protestou. - Não sabe o que está dizendo.
Fingirei que não ouvi. Como você mesmo disse, não está hoje em seus melhores
dias.
- Talvez não seja a momento certo para dizer isso - Poncho retrucou - mas você
foi à única luz neste meu dia de sombras.
- Porque sou uma estranha - Any respondeu, de repente ansiosa por encontrar uma
desculpa para o que acreditava ser uma fraqueza temporária de Poncho Herrera.
Não podia ter esperanças. Sabia que
ela e aquele homem viviam em mundos separados - Não espero nada de você não sei
nada sobre sua vida, não o julgo.
- Ao contrário, desde que falou comigo pela primeira vez não parou de me
julgar.

Abalada com a tempestade emocional que estava
querendo se desencadear em seu íntimo, Any foi até a porta e abriu-a.
- Vou dar um passeio pela praia.

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