Fanfic: O engano aya

-
Um apartamento? - Any pestanejou.

Poncho acariciou-lhe suavemente o rosto e a segurou
pelo queixo. Ao fitá-lo, Any sentiu que queimava de desejo.
- Sou grego. Quero cuidar de você em
todos os sentidos - Any se encolheu a essa menção. - Você parece surpresa. Por
quê? Eu lhe disse em Chindos que tinha planos para você.

O choque foi tão grande que Any tentou falar, mas a
voz não saiu. Ela respirou fundo e tentou outra vez.
- Deixe-me ver se entendi direito. Você
está me pedindo para ser sua amante?
- Estou pedindo que seja minha mulher- Poncho retrucou.
- Seu brinquedo, você quer dizer - Any corrigiu-o.

Estava tão perplexa que não sabia se ria se chorava
ou se gritava.
- Você jamais seria um brinquedo para
mim.
-Por acaso pediria a uma garota de seu nível social ser sua amante? - Any
indagou.
- Você foi à única mulher a quem fiz esse pedido - Poncho respondeu.
- Sinto muito, mas não estou disponível.

Poncho mergulhou os dedos em seus cabelos e a puxou
gentilmente pela nuca, mas com firmeza para que não escapasse.
- Você foi fisgada. Não quer admitir
ainda, mas me quer tanto quanto eu te quero.

Any tentou escapar. Antes não o tivesse feito. Além
de impedir sua fuga, Poncho a atraiu de encontro ao peito e beijou-a com
paixão. Sua língua imitava os movimentos que ele fizera ao penetrar seu corpo à
outra noite. Any sentiu se fraca de excitação. Suas pernas começaram a tremer.
Poncho segurou seu rosto com as mãos e a fez encará-lo.
- Por que eu não deveria sustentá-la?
Seria tão conveniente para mim quanto para você. Quero-a meu lado sempre. Quero
levá-la em minhas viagens...

O desejo abandonou o corpo de Any como o sangue
abandonou suas faces.
- O que você quer é uma escrava sexual!
- Eu nunca a consideraria uma escrava...

Any empurrou-o.                    
- Não adianta Poncho. Você está perdendo
seu tempo com essa conversa ridícula.

Poncho cerrou os punhos.
- Você me pertence!
- Eu não pertenço a ninguém. Sou dona de meu nariz e não tenho a menor vontade
de perder minha independência. Além disso, não há espaço em minha vida para um
homem. Meu trabalho consome todo o meu tempo. Deveria estar furiosa com você
pela proposta que me fez. Mas em consideração as nossas diferenças culturais,
uma vez que é grego, decidi relevar.
- Já entendi seu plano - Poncho esbravejou. - Você quer que eu me ajoelhe a
seus pés.
- Engano seu. O que quero é esquecer que um dia nos conhecemos. Por favor,
acredite em mim desta vez. O fato de estar acostumado a ter todas as mulheres a
um estalar de dedos não significa que eu esteja incluída nessa lista.

Havia desafio no olhar de Poncho ao dizer:
- Se eu sair daqui agora, estará tudo
acabado.

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