Fanfic: O engano aya

-
Não quer que eu entre com você?
- Claro que não! Falar com um ginecologista é algo que posso fazer
perfeitamente sozinha!

Vinte minutos depois, a suspeita foi confirmada.
- Você está grávida.
- Não existe nenhuma possibilidade de dúvida? - Any indagou, angustiada. Ao
contrário do que pensava, ela não estava preparada para receber aquela notícia.
O medo do futuro manifestou-se em forma de suor frio.
-No início, as náuseas costumam ser freqüentes - continuou o médico - mas não
estou gostando de seu peso.
- Eu não tenho me alimentado bem - Any confessou.
- A perda do apetite é normal com os enjôos. Procure comer pouca quantidade em
intervalos menores. Isso geralmente funciona. - O médico encarou-a. - Pretende
ter o bebê?

Any baixou os olhos, mas se apressou a concordar
com, um gesto de cabeça.
- Ótimo - Nathan Parker murmurou.

Dez minutos depois, Any estava na sala de espera,
respirando fundo para tentar se preparar para o confronto com Poncho.
Assim que a viu, Poncho desceu da Ferrari. Havia um sorriso em seus lábios. A
verdade deveria estar escrita em seu rosto, Any pensou.
- Vamos comemorar então?

Any entrou no carro e olhou para Poncho com o cenho
franzido.
- Por que não é sincero ao menos uma
vez?
- Eu estou sendo sincero. Não acha que tenho motivos para querer uma
comemoração? Acabo de saber que serei pai pela primeira vez! Se você não acha
que isso é motivo de alegria, não diga nada.

Any mordeu o lábio enquanto Poncho dava a volta e se
colocava atrás do volante.
- Como está realmente se sentindo? - Any
quis saber
- Emocionado - Poncho confessou.
- Eu estou chocada - Any disse à beira das lágrimas
- Você está cansada. Vou levá-la de volta para o apartamento para que possa
dormir.
- Não, por favor. Eu prometi ao Sr. Barry que estaria na loja o mais depressa
que pudesse.
- Eu gostaria que você aceitasse meu convite e ficasse no apartamento. Depois que
sair do trabalho, é claro - ele explicou - Preciso viajar para Paris esta tarde
e dificilmente conseguirei retornar antes de amanhã à noite.

O comunicado não poderia ter sido feito em pior
hora. Ela havia acabado de ter seu pior receio confirmado e Poncho não poderia
ficar ao seu lado
- Sinto-me mais à vontade em minha
própria casa - Any respondeu.
- Você nunca aceita minhas sugestões. Quando for minha esposa, isso irá mudar.

Um longo silêncio caiu sobre eles. Any não podia
acreditar em seus ouvidos.
- Você está me pedindo em casamento?
- Estou.
- Mas nós mal nos conhecemos...
- Nós nos conhecemos o suficiente. Sinto afeição por você e a respeito.
Desejo-a cada dia mais. Não é o bastante?
- E quanto ao amor? - Any murmurou.
- E quanto a nosso filho?

 Any perdeu a
cor.
- Quero me casar com você - Poncho
tornou a dizer.
- Você não quer isso realmente - Any protestou. - ninguém mais casa, hoje em
dia, por causa de uma gravidez indesejada.
- As pessoas decentes como eu casam.
- Sim, mas...
- Eu costumo usar o bom senso.
- Sim, mas...
- Marcaremos o casamento o quanto antes.

 Any hesitou.
- Pensarei a respeito.

Poncho parou o carro diante da livraria e se
inclinou para ajudar Any a tirar o cinto.
- Como pode dizer isso? Esqueceu-se de
ontem à noite?

Um intenso rubor cobriu o rosto de Any. E talvez,
por esse motivo, Poncho  resolveu deixar a seriedade de lado e brincar:
- Das duas, uma. Ou você me usou
escandalosamente para o sexo ou é uma mulher decente, mas incapaz de resistir a
mim.

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