Fanfic: O engano aya

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A porta está travada. Eu ainda não terminei - declarou Helena - Eu não quero
que você tenha esse filho...
- Meu filho é assunto meu! - Any esbravejou - Abra esta porta e pare de me
ameaçar!

Helena fez um sinal para que o motorista destravasse
porta.
- Pense no que eu disse. Posso ser uma
inimiga feroz se me derem motivos.

Any quase caiu na calçada em sua pressa de descer da
limusine. Depois correu a entrar na livraria e subir para seu quarto.
Queria chorar para desabafar. Seu peito doía. Não se sentia assim desde a morte
de sua mãe.
Poncho  não fora honesto com ela. Admitia que fosse a maior culpada pela
situação em que se encontrava. Admitia seu erro e sua ignorância. Agora estava
grávida de um homem que estava comprometido com outra mulher. Ou melhor, com
uma megera. Mas eles se mereciam! Assim que tornasse a encontrá-lo e lhe diria
que não precisava de seu senso de honra!                                      Any ouviu
quando Poncho chegou. Ouviu quando o mordomo lhe abriu a porta e informou sobre
sua presença na sala. Ela estava aguardando-o havia duas horas. Fora ao
apartamento dele direto do trabalho.
Notou de imediato o quanto e estava tenso e cansado.
- Soube que Helena lhe fez uma visita -
Poncho a surpreendeu admitindo seu conhecimento do fato - Foi um gesto generoso
de sua parte. Aliás, eu não poderia esperar outra atitude dela, conhecendo-a
como conheço.
- Um gesto generoso? - Any pestanejou.

O olhar de Poncho não poderia ser mais frio.
- Ela lhe ofereceu apoio e assistência.
Em troca, você foi rude e ofendeu-a. Não gostei de ter de pedir desculpas em
seu nome.
- De pedir desculpa em meu nome? - Any estava cada vez mais perplexa. A que
Poncho estava se referindo? Ao dinheiro que aquela mulher lhe oferecera para fazer
um aborto? - Você preferia ter agradecido pela oferta que ela me fez de
depositar um milhão de libras em minha conta em troca do aborto de nosso filho?

Poncho encarou-a, estarrecido.
- Se sente necessidade de mentir, ao
menos invente algo menos melodramático. Helena jamais se rebaixaria esse nível.

 A veemência com que
Poncho defendeu a outra, sem leva em consideração sua sinceridade fez Any
perder o controle.
- Se ela é tão especial, por que você se
deitou comigo?

Poncho enrijeceu.
- Não quero discutir sobre Helena com
você.
- Mas contou a ela sobre mim! - Any exclamou, zangada - Por que não me
respeitou como a ela?

Poncho corou.
- Eu devia uma explicação a Helena!
- No entanto, não disse nada a mim sobre seu compromisso. Quando a vi em sua
casa, na Grécia pensei que fosse uma parenta.
- Nós somos - Poncho admitiu.
- Não apenas parentes, pelo que aquela mulher me contou. Pena que seja uma
pessoa tão má e desagradável. Eu poderia lamentá-la por seu desespero em querer
agarrá-lo.

 Poncho estreitou os
olhos.
- Recuso-me a ficar ouvindo suas ofensas
a Helena. Você não sabe o que está falando.
- Sim eu sei, mas isso não importa. Confiei em sua palavra. Pensei que fosse um
homem livre. Não teria me envolvido com você se soubesse que havia Helena
Teriakos.
- Helena e eu não somos amantes. Até ontem à noite jamais tocamos no assunto de
casamento, embora nossas famílias tenham combinado de nos unirem desde que
nascemos.
- Por que não casou com ela de uma vez conforme seu pai queria?
- Porque não gosto de ser pressionado. E quero que saiba que a pressão nunca
partiu de Helena.

Any fechou os olhos.
Como poderia competir com uma mulher que Poncho colocara sobre um pedestal? A
verdade era que não passara de uma aventura para ele. Ou de um consolo em uma
noite triste.
- Você me levou para a cama aquela noite
embora soubesse que iria casar com ela mais cedo ou mais tarde.
- Eu cresci sabendo que teria de casar com ela. Não posso mudar as tradições de
minha terra!
- Você não foi honesto comigo! - Any protestou - Você não me deu escolha.
Jamais o perdoarei por isso. Como pôde ser tão baixo? Antes mesmo de casar com
ela, queria que eu me tomasse sua amante! Como pode concordar com um casamento
ciente de que jamais seria fiel a ele? 

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