Fanfic: O engano aya

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Por que quer saber?
- Para ligá-lo. Vou levá-la para jantar. Precisamos conversar.
- Mas eu não estou vestida.
- Você está ótima assim.

Não havia ninguém no restaurante. Eles estavam
completamente sozinhos em uma mesa de canto.
Poncho encomendou o jantar e uma garrafa de vinho. Quando Anahi estava levando
o copo aos lábios, ele a deteve.
- Você não pode!
- Por que não?
- Você está grávida. Não saudável para o bebê. Não sabia?
- Não.
- Deveria. É mulher!
- Desculpe, mas tenho apenas vinte e um anos e nunca fiquei grávida antes. Como
posso saber o que devo ou não fazer?
- Por que não lê este livro? - Poncho  colocou um livro sobre bebês em
cima da mesa - Nathan me deu de presente.

Any tinha certeza de que Poncho havia lido todos os
capítulos, do primeiro ao último. Ele estava mais preocupado com sua gravidez e
com o bebê do que ela própria. Isso a emocionou. Talvez estivesse enganada
sobre ele.
- Você realmente quer esse filho, não?
- Só se puder ter a mãe dele também - Poncho respondeu.

Ela o fitou com a respiração suspensa.
- O que está querendo dizer?
- Que não sei o que pensar a seu respeito. Você está se comportando como se não
desejasse a criança. E não me quer a seu lado.

Any começou a chorar.
- Não é verdade. Eu quero o bebê. Mas
não quero chorar...

Poncho segurou-lhe a mão por cima da mesa.
- Você esta sensível. É natural. Os
hormônios estão fazendo isso.

Any enrubesceu e
afastou a mão.           
- O que mais seu livro lhe disse?
- Para eu ser paciente e compreensivo - Poncho respondeu com um sorriso que a
derreteu apesar de sua disposição em contrário - Continuo querendo casar com
você. Mas se prefere tê-lo sozinha, terá de dar um jeito de cuidar dele em
casa, não atrás do balcão de uma loja.
- Eu não faria isso.
- Não o deixaria para ir trabalhar?
- Bem...
- Como o sustentará sem trabalhar e sem aceitar meu apoio financeiro?
- Poncho, eu...
- Não. Agora terá de me escutar. Se nós não casarmos, meu filho será um
estranho em minha família. E como não conseguirá mantê-lo trancado em casa o
resto de sua vida, ele se sentirá diferente das outras crianças que têm um pai
e uma mãe. Só resta uma saída. Deixar nosso filho comigo.

Any pensou imediatamente em Helena como madrasta de
seu filho. O apetite abandonou-a.
- Será que você finalmente entendeu? -
Poncho indagou.

Any respirou fundo.
- Talvez eu tenha sido precipitada
quando afirmei que não casaria com você mesmo que fosse o último homem sobre a
face da Terra.
- Exatamente. Então, yineka mou, estamos de acordo?
- E quanto a Helena? - Any e quis saber - Continua acreditando nela?

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