Fanfic: O engano aya

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Não quer descansar para estar bem acordada em nossa noite de núpcias?

Ela decidiu satisfazê-lo. Talvez Poncho estivesse
precisando de uma hora de sono e não queria dizer.
Beijou-o de leve, então, e fechou os olhos.
Quando acordou, com o perfume e com as palavras sussurradas de Poncho, Any
estendeu a mão e acariciou-o no peito, sob a camisa. Em seguida, quando tentou
se espreguiçar, sentiu-se presa.
Abriu os olhos, assustada, e se viu nos braços de Poncho.
- Onde está me levando? - perguntou.
- Você dormiu bem para uma jovem que garantiu que não estava cansada. Nós já
chegamos a Atenas.

Any pestanejou.                                           
- Por favor, coloque-me no chão!
- Não posso. Deixei seus sapatos no avião. Ainda bem que não é alta e
curvilínea como Helena. Eu consegui carregá-la sem dificuldade.

Any emudeceu a referência. Ao se dar conta de sua gafe
Poncho fechou os olhos e praguejou consigo mesmo.
- Ok - Any murmurou a contragosto - Eu
entendo. Ela fez parte de sua vida.
- Mas eu não entendo! - Poncho protestou - Até conhecer você, eu acreditava ser
um diplomata.

Any não respondeu. Não podia brigar com Poncho. Não
podia fazer nada exceto pensar que seu marido não deveria estar se referindo a
outra mulher no dia de seu casamento.
Deus, e se ele amasse Helena Teriakos e não soubesse?
Any foi obrigada a voltar à realidade quando Poncho resmungou algo sobre terem
visitas.
Duas senhoras idosas, vestidas de preto, os esperavam no hall. Any tinha quase
certeza de que elas se encontravam no palacete da outra vez.
Poncho beijou-as e abraçou-as. Apresentou-as como as irmãs gêmeas da sua avó:
Mia e Roberta
- Como Poncho não tem mãe para
recebê-lo, resolvemos dar as boas-vindas - disse Mia.
- Ao casal - completou Roberta.

Any sorriu, enternecida.
Um lauto jantar os aguardava. Enquanto comiam, as tias-avós os cobriam de
perguntas.
O que Any achava da ilha? Se gostaria de morar na ilha permanentemente? Se
sabia que Poncho adorava aquele lugar? Se não concordava que Poncho trabalhava
e viajava demais?
Quando finalmente se despediram e partiram em um Rolls-Royce, Poncho virou-se
para Any.                                                                 - Sinto muito sobre isso. Mia e Roberta
moram do outro lado da ilha. Elas raramente saem de casa. As pessoas dizem que
são duas velhinhas excêntricas.
- Eu as achei adoráveis. Espero que nos visitem mais vezes. Quantos anos elas
têm?
- Noventa e dois. Aonde uma vai, a outra vai atrás. São inseparáveis - Poncho
parecia feliz e relaxado ao abraçá-la - Obrigado por gostar delas. Minhas
tias-avós são especiais para mim. Elas me ajudaram muito quando perdi minha
mãe.

Poncho a levou até um quarto tão luxuosamente
decorado quanto o andar térreo. Havia uma profusão de flores nos vasos.
Any olhou para a cama e sentiu o sangue pulsar mais rápido. Parecia incrível
que até poucas semanas antes, ela não soubesse o que era desejo sexual.
- Eu gostaria de tomar um banho - disse
sem jeito.
- Eu também estou louco por um - concordou ao mesmo tempo em que tirava o
paletó e a gravata e depois o resto da roupa.

Any não conseguiu se mover do lugar. Seus olhos
acompanharam cada gesto. Sua garganta estava seca. Seu coração batia
descompassado.
- Vou deixá-la tão fascinada por mim
quanto estou por você - Poncho prometeu.
- Eu já estou - Any confidenciou.

Ele desabotoou-lhe lentamente a blusa e tirou o
sutiã. Sorriu ao notar que os seios estavam maiores e mais arredondados. Beijou
os mamilos e tornou a sorrir ao vê-los aumentarem de tamanho.
Any gemeu alto de excitação e Poncho ergueu a cabeça para fitá-la. Em seguida,
tirou a saia e a calcinha.
- Você tem um corpo perfeito, sabia? Se
não formos logo para o banho, eu não responderei por mim - disse rouco.

Sob a ducha, Any pensou que seu corpo em breve não
estaria perfeito. O ventre liso logo estaria volumoso e a cintura engrossaria.
Poncho continuaria achando-a atraente?
- Em poucos meses, estarei parecendo uma
bola - Any murmurou.
- E eu não vejo à hora de exibi-la assim - Poncho declarou ao mesmo tempo em
que se sentava em um banco de alvenaria que havia no Box e a fazia sentar em
seu colo.
- De me exibir? - Any estranhou.
- Deve ser próprio dos homens - Poncho explicou - Acho que explodirei de
orgulho quando todos puderem ver que você está carregando meu filho em sua
barriga.

A excitação de Poncho
tornou-se visível. Ambos riram.
- O que faremos para resolver este
problema? - Poncho indagou malicioso.
- O que você quiser - Any respondeu, trêmula.

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