Fanfic: Enséñame - Vondy | Tema: Rebelde

Mais um capitulo para vocês que estão

curtindo a minha nova web!

- Porque você quer ir pra capital Dul? – a fitando, ambas estavam sentadas em um banquinho em frente à casa.

- Quero ter uma vida melhor... – dando de ombros

- Não gosta da nossa vida? – relutante

- Não é que não goste Luci, é que eu não quero passar a minha vida toda aqui... Quero conhecer mais do que este lugarejo minúsculo.

- Eu gosto de morar aqui – sorri – somos tão diferentes não é? – a abraça de lado – enquanto você quer ir embora, estudar e trabalhar eu só quero encontrar um bom marido e ter um terço da felicidade que a mamãe e o papai tem! – sonhadora

- Você os vê felizes? – dispara – a mamãe vive para obedece-lo! – brava

- Ela o ama Dulce – fala com certeza – ela já me disse varias vezes que ele é tudo o que ela sempre quis!

- Ela sempre quis pouco – ri com o pensamento

- Desde quando querer a felicidade é pouco? – confusa

- Desde que sua felicidade seja viver em um vilarejo com um marido autoritário, quatro filhos e uma casa que mais parece uma cabana de tão pequena!

- Não reclame Dul, o papai não recebe muito – compreensiva – ela faz tudo o que pode pela gente!

- Eu sei, mas se ele continuar neste ritmo de trabalho vai adoecer!

- Os meninos o está ajudando agora, o serviço não está mais tão pesado.

- Fernando está planejando se casar com a Susana, a ajuda dele será por pouco tempo, logo ele terá sua própria família para se preocupar.

- O Felipe não tem planos para agora, então com a ajuda dele o papai pode contar por mais um tempo.

- Mais uma hora ele também irá se casar, e eu te pergunto Luci – séria – como o papai vai sustentar a nós duas e a mamãe?

- Eu não sei... – pensando – ele vai dar um jeito!

- Eu vou dar um jeito! – respondeu – vou para capital trabalhar e assim mandarei dinheiro para ajudar a vocês todos.

- Você está realmente certa sobre isso?

- Sim irmã, assim que puder vou para capital trabalhar...

- Quando for não se esqueça de mim ok? – a abraçando mais forte

- Eu nunca vou me esquecer de você – sorri

- Dulce? – Raquel a chama com calma

- O que? – levanta a cabeça confusa – já está em casa? – olha para o seu relógio de pulso – já são quatro e meia? – quase grita – devo ter cochilado enquanto lia as cartas – suspira colocando a que tinha em mãos dentro da caixa que estava em cima da mesa de centro

- Você comeu alguma coisa? – indo para a cozinha. Agora que Dulce havia sido promovida, ela e Raquel se mudaram para um apartamento mais aconchegante. Antes elas moravam em uma pequena casa afastada do centro comercial, e isso as prejudicava na hora de se locomover para o trabalho.

- Estou sem fome – sentou-se no sofá – dormir em um sofá não é nada bom! – sente seu corpo enrijecido – preciso arrumar as minhas malas...

- Você está ai neste sofá desde a hora que chegou? – em tom desaprovador

- Acho que sim – deu de ombros – isso poderia ser apenas um pesadelo – se referindo a morte da irmã

- Sinto muito Dul! – triste – vou preparar um lanche para nós duas, e depois te ajudo com as malas tudo bem?

- Pode ser – pega a caixa de cartas e a coloca em seu colo – nesta carta ela me conta do seu primeiro beijo no Paulo – pega o envelope e joga em cima da mesa – nesta ela me conta como sentiu a minha falta em seu tão sonhado casamento – joga em cima da outra – nesta ela me detalha a vida de todos eles, o nascimentos dos meus sobrinho, as molecagens das minhas irmãs gêmeas que aos olhos de todos puxaram o meu gênio – soluça se desfazendo dela também – nesta aqui ela me conta de sua suspeita sobre a gravidez que ainda não era certa! – pisca varias vezes tentando afastar as lagrimas

- Pare de se torturar Dulce – Raquel aparece e tira as cartas de suas mãos – ficar lendo e relendo estas cartas agora não vai ajudar! – recolhe todas e as coloca dentro da caixa novamente

- É muito difícil aceitar que depois de todos esses anos, vou voltar para vê-la dentro de um caixão! – iniciando um choro histérico

- Dulce – sentou-se ao lado dela – olhe para mim! – segura o rosto dela entre suas mãos – eu sei que você está em pedaços, mas ficar aqui neste sofá se debulhando em lagrimas não vai adiantar em nada...

- Eu sei – respira fundo – é que ... é que mesmo estando longe da Luci, eu a sentia aqui comigo. Toda vez que recebia sua carta em pensamentos eu me via lá com eles, participando das coisas que eu sempre odiei, mas que com o tempo eu fui meio que... meio que me afeiçoando, sentia falta até mesmo das fofoqueiras da rua – cobre o rosto com as mãos – a partir do momento que cheguei aqui na capital, passei a valorizar o que tinha lá, a forma calma com que a vida passava, a simplicidade das pessoas.

- Dulce, eu não sabia – Raquel cobre a boca tomada pelo espanto – eu nunca soube que você sentia tanta falta deles, você sempre agiu de modo indiferente sempre que eu perguntava sobre o assunto!

- Eu nunca quis dar o braço a torcer amiga! – sorri amargurada – só agora vejo o quanto fui idiota! – funga – todo este tempo eu relutei em voltar por orgulho, não tinha coragem de enfrenta-los.

- Nunca é tarde para mudar de ideia...

- Na verdade agora é muito tarde Raquel, minha irmã está morta! – nervosa – eu me sinto como se de alguma forma eu a tenha matado...

- Não seja tão dura consigo mesma Dul, está se martirizando desde o momento que recebeu esta carta – tenta a confortar – você nem sabe como tudo aconteceu...

- Na carta diz que foi num acidente de carro! – a lembra

- Mas o acidente pode ter ocorrido por diversos fatores...

- Isto é irrelevante – da de ombros – saber o porque do acidente não vai traze-la de volta.

- Mas pode te tranquilizar amiga. Quem é o tal Christopher Uckermann?

- Eu não sei, não me lembro de já ter ouvido o nome dele...

- Ele não parece te conhecer mesmo, pela forma seca e fria com que ele te deu a noticia – brava – ele poderia ter escrito de outra maneira, você quase enfartou no momento que terminou de ler.

- Raquel a forma como ele escreveu o bilhete também não é importante, na verdade eu tenho que arrumar as minhas malas – se levanta enxugando o rosto – já são quase cinco.

- Tudo bem, vou terminar de fazer o nosso lanche e já me junto a você... – segue para a cozinha

continua! e por favor

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