P.O.V Peter

Sai da sala e fui ate a sala de café. Preparei um café forte para mim e fui bebendo de pouco em pouco pensando em quem seria essa pessoa de quem Pablo tinha medo. Tanto medo a preferir ficar na cadeia a revelar o nome. Fui até a minha mesa, e segui pensando.  Decidi ir até o necrotério  para Fernando para ver se ele tinha alguma coisa mais relevante a falar sobre o corpo.

Eu: Hey – disse entrando. Ele preenchia uns papeis e quando me olhou sorriu.

Fernando: Em que posso te ajudar? – disse me olhando.

Eu: Tem alguma coisa no corpo do Mariano que me ajude a identificar o assassino? – disse cruzando os braços. – Fibras de tecido, unha quebrada, fios de cabelos desconhecidos, qualquer coisa.

Fernando: Para a sua sorte, eu estava quase te ligando – disse com um pequeno sorriso.

Eu: Por quê? – disse acompanhando ele até uma mesa.

Fernando: Eu achei poucos resíduos de pele embaixo das unhas do nossa vitima – disse me olhando.

Eu: Então houve luta? –disse me olhando.

Fernando: Com certeza –disse tirando uma foto do arquivo. – Foram 6 tiros no corpo – disse me mostrando na foto. – Mas o que matou ele foi esse tiro, que atingiu no pulmão. Mas uma coisa me chamou a atenção.

Eu: O que? – disse o olhando.

Fernando: Pelo que eu vi do corpo – disse pegando outra foto. – Primeiro pegaram ele de surpresa – disse me olhando – Uma faca atingiu as costas. Não é uma faca qualquer, uma faca de dois gumes, especial. Fiz uma pesquisa – disse me entregando um papel – Apenas 10 foram vendidas e fabricadas.

Eu: Isso pode ajudar – disse olhando o papel, que continha informações sobre a faca.

Fernado: Espero poder ter ajudado. – disse sorrindo – Agora, entre amigos  - disse chegando mais perto de mim – Impressão minha ou você ficou interessado na filha da nossa vitima?

Eu: Vou indo – disse balançando a cabeça.

Fernando: Não, para ai, amigo, a gente é jovem cara – disse segurando meu braço – Se você se sentiu atraído por ela – disse me olhando – Pode me contar – disse dando os ombros.

Eu: Porque você fala isso? – disse o olhando. – Você nem me viu perto da garota.

Fernando: Boatos correm – disse cruzando os braços.

Eu: Quem? – disse já entendendo. Alguém havia falado para ele sobre eu ter ido falar com a Lali, para ajudar ela. Também não era mentira que achei ela bonita. Muito bonita.

Fernando: Não importa. – disse sorrindo – Agora fala, ta ou não ta?

Eu: Amigo, vou te falar – disse com um sorriso sem dentes chegando perto dele – Não importa. – Sorri para ele e sai do necrotério. Logo ouvi ele gritando.

Fernando: Continue renegando isso cara – disse gritando – Você pode ter uma ulcera sabia?

Eu: Cala a boca – disse virando o corredor com o papel na mão.