Fanfics Brasil - 19 A Lenda De Um Amor LALITER (Adp)

Fanfic: A Lenda De Um Amor LALITER (Adp) | Tema: Laliter


Capítulo: 19

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Lindas desculpa a demora, começo de ano é um fusue na escola para ver horario nivel tecnico de cada aluna, então to ficando lah praticamente o dia inteiro!(e vcs não tem nada a ver com isso neah eu axi desabafando kk)Gente eu não vou escluir tah!


 


 


 


lary_laliter:KKKKK flor,bora lah para o inferno intão rs,MT obrigada por sempre estar aki nas minhas webs ;)


 


 


yumitaniyama:OH querida mt obrigada por comentar a web,e fico mt contente que goste!


 


 


laliters23:Tudo bem flor,obrigada por comentar!


 


 


sofiasouza:AI flor até chorei com seu comentario rs,MT obrigada por acompanhar e AMAR a web do fundo do coração!


 


 


thaynaoll:POSTADO!


 


 


 


 




 


 


 


 


 


 


-Nosso lorde! Desmaiou no pátio.


 


Um medo terrível apossou-se de Lali.


 


—    Onde está? Quero vê-lo.


 


—    Não é conveniente, senhora...


 


—    Exijo ver Peter já! 


 


A outra suspirou, resignada.


 


—Como quiser... 


 


No terceiro andar, Lali deparou com um homem que já lhe era familiar, e que lhe fora apresentado como o segundo no comando do clã.


 


—    Milady — saudou, inclinando a cabeça.


 


—    Bom dia. Gostaria de ver meu marido.


 


O homem cruzou os braços, em um gesto definitivo. 


 


—    Não, milady. 


 


Continuou a falar, mas tudo que Lali compreendeu foi que se negava a atendê-la.


 


 


Em seu mundo, lembrou-se, já lidara com muita gente teimosa em seu trabalho no Hotel St. Regis. e tratou deerguer a cabeça em um gesto de desafio.


 


—    Como se chama?


 


Parando de falar, o homem corou. Era evidente que não estava habituado a ser questionado e interrompido, muito menos por uma mulher.


 


—    Gaston Lanzani, milady. Sou primo de Peter.


 


 


—   Dê-me passagem, sr. Lanzani. Verei meu marido agora mesmo.


 


 


—    Não será bem-vinda nem por ele nem pelo médico.


 


 


Médico? O coração de Lali deu um pulo no peito. Lera o suficiente para saber que homens da época e do estofode Peter só procuravam a medicina quando estavam muito mal. Encarou Gaston e estendeu o braço para a maçaneta da porta.


 


—    Não, milady — Gaston se interpôs em seu caminho. — Peco-lhe que vá embora com Eugenia Nosso líder falará com a senhora quando se sentir melhor.


 


Lali olhou para Gaston e para Eugenia, que a puxava pelo braço. Bem, pensou, tinha novidades paca os dois. Iria entrar e ver o homem do outro lado da porta. Afinal, era seu marido!


 


Voltou a fitar o beligerante escocês parado como uma torre à sua frente. Se o desafio não dera certo, refletiu, precisava mudar de tática. Aproximou-se mais e bateu de leve no peito de Gaston.


 


 


—    Ambos queremos o melhor para Peter, concorda? — perguntou com calma, espaçando bem as palavras para ser compreendida. Gaston aquiesceu com umgesto de cabeça. — Certo. Sou sua esposa e estou preocupada. Para ajudá-lo, preciso saber o que tem. E não posso fazer isso deste lado da porta. Entende... milorde? —


 


 


Gaston voltou a acenar de modo ríspido.


 


—    Ótimo! Então, por favor, dê um passo para o lado — o primo de Peter sorriu, revelando dentes perfeitos sob o bigode, e quando ia de novo balançar acabeça em negativa, ouviu-se um lamento de cortar o coração do outro lado da porta.


 


Sem pensar duas vezes, Lali deu uma joelhada na região mais sensível do corpo de Gaston. Empalidecendo de dor, o rapaz caiu de joelhos e, rápida como um raio, Lali arregaçou as saias e passou por cima dele.


 


 


—   Desculpe, milorde, mas não tive alternativa. Eugenia, por favor, tome conta do cavalheiro, porque vou entrar e ver meu marido,


 


Encontrou Peter branco como um lençol, deitado em uma enxerga, umbraço pendendo para o chão. O velho que se encontrava ao lado franziu a testa, ante a entrada intempestiva de Lali, e voltou a atenção de novo para o braço do líder.


 


Lali sufocou um gemido ao ver o sangue que escorria de um talho enorme.


 


Lançou-se sobre o homem como uma fúria.


 


—   O que pensa que está fazendo?!


 


O velho a ignorou e continuou a recolher o sangue em uma vasilha.


 


Lali arrancou o objeto das mãos sujas do pseudo-médico, e empurrou-o para umcanto, apressando-se a estancar o sangue com um aperto sobre o corte.


 


—   Deus! Está ardendo em febre — murmurou.


 


—   Pare, milady! — gritou o médico. — É necessário deixar o sangue ruim escoar de seu corpo! 
Sem dar ouvidos, Lali continuou a fazer força para estancar a ferida, e gritou a plenos pulmões: 


 


—   Eugenia! 


 


Quando a moça enfiou a cabeça pela porta, pediu: 


 


—   Tire este velho idiota daqui e ache panos limpos para fazer uma atadura!


 


—   Pardon. madame? — murmurou Eugenia, sem entender.


 


Lali respirou fundo, armando-se de paciência, e falou bem devagar:


 


—   Por favor, faça o médico sair e arrume um curativo.


 


Assim dizendo, afastou-se um pouco, para que Eugenia visse a ferida que o imbecil provocara no braço de Duncan.


 


—   Oh, oui, madame! — exclamou Eugenia. — Doutor, saia, por favor.


 


—   Mulher estúpida! —vociferou o médico, recolhendo seus utensílios.


 


—   O que ele disse? — perguntou Lali. que não entendera bem a frase. 


 


Eugenia mordeu o lábio.


 


—   Acha que a senhora é rude, madame.


 


—   Pouco me importa, contanto que saia logo — replicou Lali, fitando Peter com apreensão.


 


Colocou a mão em sua testa, e sentiu a temperatura alta. Haveria aspirina no século XV? Claro que não! E o que teria causado tanta febre?.


 


Inclinou-se sobre o corpo exangue do marido.


 


—   Peter? Pode me ouvir?


 


 


O lorde não abrira os olhos desde a briga com o médico, e continuou quieto.


 


Lali sabia que precisava despi-lo, e não poderia fazer isso sozinha. Olhou em volta do quarto austero, em busca de algo para estancar o sangue. Nada encontrando, rasgou com os dentes a manga do vestido. Estava relativamente limpa, ao contrário da saia, que fora arrastada na lama e na poeira.


 


Enrolou o tecido em tomo do antebraço musculoso e, tendo detido ahemorragia, concentrou-se na tarefa de despi-lo.


 


Nesse momento. Gaston entrou, o rosto congestionado.


 


—   Milady, aconselho-a...


 


—   Pare de me ameaçar, milorde, e venha até aqui. Peter está ardendo em febre! Ajude-me a despi-lo.


 


—   Afaste-se — rosnou o outro Lanzani, empurrando-a.


 


Sem confiar em suas intenções, Lali postou-se do outro da enxerga, sufocando uma exclamação aflita, quando Gaston virou Peter de lado, e uma ferida irregular surgiu no ombro esquerdo do marido.


 


Enorme, parecia uma bocarra aberta e purulenta. A infecção era galopante, e os poucos pontos que haviam sido dados, estavam retesados. Era uma visão horrível.


 


Gaston também parecia horrorizado.


 


—   Homem! — murmurou mais para si mesmo. — Por que não me disse?


 


Lali tratou de enxugar as lágrimas que teimavam em rolar de seus olhos.


 


—   Rápido! Precisamos despi-lo! 


 


Logo Eugenia irrompeu no quarto, trazendo uma vasilha com água, uma pequena atadura, agulha e linha.


 


Lali agarrou a vasilha.


 


—   Preciso de mais água... Fervendo... E mais ataduras. Montes de ataduras!


 


Quando Eugenia franziu a testa, sem entender, Lali mostrou-lhe o ombro de Peter, fazendo a francesa empalidecer.


 


—   Agora mesmo! — apontou para a pequena pilha de panos brancos que chegara. — Preciso de muito mais! — A mulher acenou de modo afirmativo e voltou a sair. 


 


Lali ajoelhou-se junto ao marido e examinou a ferida. Voltou-se para Gaston:


 


—   Não tem motivos para acreditar em mim, mas, por favor, imploro, faça o que eu disser — as lágrimas impediam-na de falar com voz firme.


 


 


 


—   Primeiro preciso limpar o corte que o médico fez, antes que todo o braço fique infeccionado.


 


 


O médico idiota nem se preocupara em lavar as mãos imundas, e Lali duvidava que a lâmina que utilizara para cortar a carne de Peter estivesse limpa. Só Deus sabia o tipo de bactérias que introduzira no corpo do pobre marido! 


 


Olhou para a agulha que Eugenia trouxera e sentiu o estômago revirar. Jamais enfiara uma agulha na pele de alguém, refletiu, mas já costurara muitas galinhas recheadas antes de irem ao forno.


 


Por certo não faria um trabalho pior do que aqueles que a circundavam, pensou, pois pelo menos sabia o que era esterilização.


 


Enquanto Lali expunha a ferida no braço de Peter, Eugenia voltou correndo, trazendo uma bacia grande com água fumegante. Em seguida entrou Nicolas com sabão e panos limpos suficientes para enrolar uma múmia.


 


Lali principiou a cortar os panos em pequenos pedaços. Quando começou acolocá-los na água fervente com as próprias mãos, Eugenia protestou.


 


—   Não, senhora!


 


Fazendo força para não gritar de dor por causa da temperatura da água, Lali retirou as mãos vermelhas, sacudiu os panos para esfriá-los e começou a limpara ferida.


 


Quando o corte ficou bem limpo, dentro das parcas possibilidades, Lali pegou aagulha e os fios de seda, esterilizou-os também e fez uma prece muda.Por favor. Senhor, que minha mão não trema.


 


Com calma e precisão, aliviada pelo fato de Peter não se mexer, começoua dar os pontos, dez ao todo, sob os olhares estupefatos dos presentes. Por fim ergueu os olhos e viu Maite ao seu lado, segurando um pote com um ungüento oleoso. Lali balançou a cabeça em uma muda negativa, mas a outra insistiu.


 


—   Oui, madame, é necessário.


 


Com relutância, a nova esposa de Peter voltou a mergulhar as mãos na água fervente, e quando achou que estavam bem limpas, colocou uma parte da pomada sobre uns panos já esterilizados, esperando que a coloração esverdeada e marrom fosse devido às ervas medicinais que continha.


 


 


Quando o curativo terminou, passou a mão pelos cabelos úmidos de suor, deparou-se com Gaston que a observava e disse


 


—   É hora de limpar a ferida no ombro.


 


 


Sem proferir uma palavra. Gaston virou Peter na enxerga enquanto os demais permaneciam ao redor.


 


Lali sabia que precisava abrir a chaga para drená-la. Fixou a cintura de Gaston.


 


—   Dê-me o dirk.


 


 


 


Depois de tantas leituras de romances sobre a antiga Escócia, sabia o nome do punhal que os escoceses usavam.


 


O cavaleiro a fitou com os olhos semicerrados, murmurou algo para Nicolas, que murmurou de volta, e por fim retirou o punhal da cintura, entregando-o.


 


Lali voltou a fazer o ritual da esterilização. Mergulhou a arma na água que Eugenia voltara a mudar. Mordeu o lábio para evitar um gemido de dor e retirou o braço, esfolado até o cotovelo pela água escaldante.


 


Fitou Gaston e fez um aceno que foi perfeitamente entendido. O primo segurou Peter com força, Lali engoliu a seco, e cortou os nós frouxos que prendiam os lábios semi-abertos da ferida, uma golfada de pus fétido deslizou como mel pelas costas do doente, fazendo Lali e


 


Gaston franzirem o cenho com o fedor nauseabundo.


 


—   Eugenia , mais água quente — pediu a nova esposa com um fio de voz.


 


De olhos esbugalhados, a francesa obedeceu, saindo do quarto como um raio.


 


Lali foi retirando o pus com cuidado, sempre rezando para que, pelo menos, o marido abrisse os olhos ou gemesse. Mas como Peter continuava inerte, o pânico a dominou, e suas mãos tremeram. Será que seus esforços eram em vão?, perguntou-se, angustiada.


 


 


Não era médica, não dispunha de antibióticos ali, nem mesmo sabia o grau da febre ou a pulsação do marido.


 


Eugenia voltou nesse instante, e Bem tomou a mergulhar as mãos, já muito vermelhas e esfoladas, na água fervente.Tudo faria ao seu alcance, seguindo o que lera, ouvira dos amigos, e assistira na televisão, para salvar o senhor de Blackstone. Depois só restaria confiar em Deus e em Sua misericórdia.


 


Quando o ferimento por fim foi limpo, imaginou se deveria dar pontos. Sabia, pelos conhecimentos sobre primeiros socorros, que só se costurava uma ferida até doze horas após o ocorrido. Pelo que Gaston lhe contara, a de Peter fora provocada havia bastante tempo.


 


Olhou para trás ao ouvir um murmúrio abafado e viu dezenas de rostos ansiosos na soleira da porta do quarto.


 


—   Pense, Lali, pense...


 


Lembrou-se de que quando o filho de Linda, sua amiga, fora operado deapêndice supurado, os médicos haviam aplicado no corte gaze envolvida em umproduto à base de sua, para que fechasse. Linda dissera que o método deixaria uma cicatriz feia, mas o menino sobreviveria.


 


—   Eugenia, preciso de sal — pediu com firmeza.


 


Ignorava a quantidade certa que era preciso para uma solução, mas concluiu que não devia ser muito.


 


—   Sal, madame?


 


—   Sim. E afaste todas essas pessoas daqui.


 


Quando terminasse de fazer o curativo, precisaria de privacidade para lavar todo o corpo de Peter com água fria a fim de aplacar a febre. Era isso que sua amiga Tammy fazia quando seu bebê tinha infecção no ouvido. E claro que também lhe dava analgésicos e antibióticos, mas...


 


Observando a respiração compassada de Peter, Lali suspirou. O marido ainda não voltara a si, e a idéia de que poderia morrer e tomar a ser umfantasma amigo a deixava desesperada.


 


Não fazia o menor sentido, refletiu. O Peter de carne e osso não gostava dela e julgava-a louca, entretanto bastava que a fitasse para deixá-la com os joelhos bambos.


 


Eugenia tocou-a no ombro, cortando o fio de seus pensamentos.


 


—   Honorable dame, por favor... Dormir... Vigiarei Peter.


 


Lali endireitou-se, enxugando as lágrimas com as costas das mãos.


 


—   Obrigada, mas vou ficar aqui — tocou a fronte do doente e, para sua tristeza, sentiu que a febre continuava alta.


 


Não sabia como o destino a fizera voltar no tempo, mas suspeitava que fora porque Peter morrera muito cedo. Não permitiria que isso acontecesse.


 


—   Preciso de mais água fria.


 


 


Eugenia saiu, e Gaston entrou.


 


—   Como está meu senhor?


 


—   É cedo para dizer.


 


—   Ele não morrerá?


 


—   Espero que não.


 


O cavaleiro recostou-se na parede e cruzou os braços sobre o peito. 


 


—   Por que se importa com ele?


 


Era uma boa pergunta, e Lali respondeu com simplicidade.


 


—   É meu marido.


 


—   Mas não o ama. E ainda precisam se conhecer para que ele obtenha aherança.


 


—   Conhecer?


 


—   Sim. Ainda não consumaram o casamento. 


 


E como ele podia saber disso?, questionou-se Lali. Mas sim, apenas a Lali Esposito sem graça podia estar casada com um homem forte, alto e lindo como Peter, e continuar virgem três dias após a cerimônia! Ante tal pensamento, ficou vermelha de raiva.


 


—   Se nos... conhecemos ainda ou não é problema meu, e não seu! Além disso, tenho meu próprio castelo, muito mais bonito que este. E não ouse dizer que deixaria Peter morrer para ficar com tudo! Fui clara?


 


—   Muito.


 


—   Fico satisfeita que tenhamos nos entendido.


 


Assim dizendo, Lali sentou-se na cadeira que Eugenia providenciara, quando esta percebera que a nova castelã não arredaria o pé do quarto.


 


 


Examinou os próprios braços e mãos. Doíam muito, apesar do ungüento que Maite passara. Havia bolhas nas pontas dos dedos, e Lali começou a chorar com pena de si mesma. Ficaria com cicatrizes, pensou. Era só o que lhe faltava!


 


 


 


 


Mas dias depois o poder dos conhecimentos cicatrizantes de Eugenia se fizeram perceber, pois a pele voltou a ficar branca, macia, e sem marcas.


 


 


 


Peter gemeu, sentindo um gosto amargo na boca.


 


—    Fique quieto.


 


Percebeu o toque de uma mão fresca em sua testa.


 


—    Beba isto — disse alguém.


 


O lorde reconheceu a voz. Por que aquela mulher não o deixava em paz? Tratou de rolar para um lado, longe da esposa, e sentiu uma dor lancinante descendo pelo braço esquerdo e espinha dorsal. Voltou à posição original e tentou abrir os olhos, resmungando:


 


—    Vá embora.


 


—    Não! Precisa tomar isto se deseja ficar curado.


 


—    Curar? Do quê?


 


Por fim os olhos de Peter conseguiram focalizar o ambiente.


 


Lali, a nova megera em sua vida, rolou para o seu lado com lágrimas nos olhos e as mãos muito machucadas e vermelhas. O que acontecera?


 


Peter passeou o olhar ao redor, e viu que não estava em seus aposentos, mas em um dos quartos menores no terceiro andar. Ah! Devia ter colocado Mariana ali, até seus apartamentos ficarem prontos, raciocinou, embora não se lembrasse de nada. Em breve a trancafiaria para sempre.


 


—    Peter, abra a boca.


 


Voltou a cabeça para Lali, que segurava uma tigela pequena.


 


—    Vá embora.


 


Mas a esposa balançou a cabeça em negativa e apertou-lhe o nariz com dois dedos, fazendo-o sacudir a cabeça de umlado para o outro como uma criança rebelde. Deus! Como estava fraco, percebeu o lorde.


 


Entretanto Lali parecia irredutível.


 


—    Vai beber por bem ou por mal. 


 


Sem conseguir respirar, por fim Peter cedeu e engoliu o caldo.


 


—    Obrigada, meu marido. Não permitirei que morra deinanição, depois do que me fez passar nesses cinco últimos dias.


 


Cinco dias?! Do que ela estava falando?, resmungou Peter consigo mesmo.


 


Lali aproximou de novo uma vasilha de sua boca, e dessa vez ele reconheceu o gosto de um dos remédios horrorososde Eugenia.


 


 


Mas por que tinha de tomá-lo?


 


—    Pregou-me um susto terrível — resmungou Lali, voltando a oferecer o caldo. — Juro que nunca senti tanto medo em minha vida como na primeira noite,você estava tão quente, que pensei que fosse ter um colapso.


 


 


Peter abriu a boca de modo automático e estremeceu. Interpretando mal as palavras da esposa, pensou se teria consumado o casamento e nem se lembrava.


 


—          E ainda por cima com Gaston nos meus calcanhares os três primeiros dias, parecendo querer cortar minha garganta! Mas não posso culpá-lo. Sua ferida era horrível. Gaston mal me conhecia, e lá estava eu, dando ordens a torto e a direito — sorriu. — Graças a Deus ele me ouviu, por que senão aquele açougueiro que se intitula médico, o teria matado, meu caro esposo.


 


Do que, afinal, Lali estava falando?, questionou-se Peter, cada vez mais confuso.


 


—    Sei que seu braço ainda está mal, porém nem se compara com a aparência de antes.


 


A menção do ferimento no braço, Peter o flexionou deleve. Ainda doía, mas não tanto quanto se lembrava.


 


 


 


Limpou a garganta.


 


—    Onde está Gaston? — perguntou com voz rouca.


 


—      No grande salão. Deseja que o chame? 


 


—      Sim. 


 


Lali depositou a tigela sobre uma mesa, deslizou a mão pelo rosto do marido, e sorriu.


 


—    Precisa se barbear, mas creio que isso pode esperar.


 


Com gesto instintivo, Peter procurou a barba que desaparecera. Deus! O que estaria acontecendo? Lutou para se sentar, mas tudo rodou a sua volta e percebeu que defato estava muito fraco.


 


—    Gaston — repetiu. — Agora.


 


 


—  Afinal acordou — disse o primo, apertando-lhe a mão — sabe que quase me matou de susto também quando pensei que fosse morrer?


 


—    Morrer?!


 


Gaston baixou o tom de voz.


 


—    Sim. Se não fosse sua nova esposa, por certo teria sucumbido. Ela não deixou sua cabeceira um só instante. Afinal, homem, por que não nos contou sobre o estado de seu ombro? Era uma pestilência!


 


—    Pensei que fosse se curar sozinho.


 


Gaston fez uma careta e olhou na direção de Lali, muito rígida, de frente para a janela.


 


—    Sua esposa fez ameaças terríveis caso trouxéssemos devolta o médico. Disse que estrangularia o homem e amim, se ele atravessasse a soleira desta porta outra vez! — soltou uma risada divertida.


 


 


Peter estremeceu, horrorizado. Sua esposa, uma dama, praguejava?


 


—    Mas chorava muito, quando pensava que eu estava dormindo ali do lado — prosseguiu Gaston. — Não eram soluços, porém lágrimas silenciosas. E cantava também... Não conheço as canções que entoava, entretanto pareciam as que se canta para os bebês dormirem.


 


 


Que estranho, pensou Peter. Há pouco Lali quase o sufocara, apertando-lhe o nariz para tomar o remédio! 


 


—    O que houve com a minha barba? — perguntou com voz fraca. Gaston deu de ombros.


 


—    Sua esposa disse que precisava ficar muito limpo, e isso incluía a barba.


 


Será que nada era sagrado para Lali?, questionou-se Peter. Temeroso, pôs a mão na cabeça, mas, para seu alívio, percebeu que ainda tinha cabelos, apesar de mais curtos. Graças a Deus!


 


Gaston voltou a rir.


 


—    Foi ela quem o barbeou, e tive medo que o deixasse careca também.


 


—    Ajude-me a levantar.


 


—    Não. Ainda tem febre. Trate de repousar, pois serão precisos mais dias até que se recupere.


 


Peter soltou um suspiro exasperado. Tinha mil coisas para fazer se, como soubera, já perdera cinco dias na cama.


 


—    Ordenei que me ajudasse a levantar.


 


—    Não! Prefiro enfrentar a sua fúria que a de sua esposa. Faça como ela diz e fique curado.


 


Gaston ergueu a voz, dirigindo-se à Dul.


 


—    Milady, vou embora, e deixo meu senhor em suas mãos.


 


 


Lali pestanejou, surpresa.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 




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Autor(a): hellendutra

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Capitulo dedicado a:     sofiasouza:kkkk que bom neah flor rs,mt obrigada por gostar e acompanhar a web!     lary_laliter:Pra vc ver flor ela é SUPER prendada kkkk,mt obrigada por acompanhar a web!                   Fez uma careta de nojo, e saiu, sorridente, voltando minutos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 257



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  • jucinairaespozani Postado em 17/02/2014 - 02:00:34

    A web foi ótima eu amei ,demorou mas valeu a pena *-*

  • jucinairaespozani Postado em 27/12/2013 - 17:19:31

    Que bom que voltou ..Que raiva da Maria ..Estou amando a web ,espero que a Lali fique bem.Posta mais

  • daniilanzani Postado em 16/12/2013 - 01:06:39

    ô tia????Pq vc parou de postar???qro mais,,abandona a web não ela é ótimaaaa *o*

  • jucinairaespozani Postado em 12/10/2013 - 19:44:54

    ai que bom que voltou posta mais a web é incrível a historia é muito boa e eu estou adorndo ler

  • lary_laliter Postado em 04/07/2013 - 23:39:50

    COMO VC PARA EM UMA PARTE ASSIM DE BRIGA MULHER ! Há que capitulo pequenininhoooo posta mais Plis estava morrendo de saudade da web

  • sofiasouza Postado em 04/07/2013 - 23:37:55

    ñ demora muito pra posta ,a web esta perfeita posta mais estou amando

  • sofiasouza Postado em 01/07/2013 - 01:15:20

    Posta mais, que bom que apareceu sumida kk estou amando a web ,vê se ñ desaparece mais em senhorita kk

  • lary_laliter Postado em 30/06/2013 - 23:28:22

    OLHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA EU AQUI VOLTEI E TBM ESTOU FAZENDO UMA DANCINHA MALUCA \O/ KKKKKKKK ANSIOSA PARA O PRÓXIMO CAPITULO.....como tu não respondeu no face feliz aniversário atrasado muitos anos de vida e blá blá blá tudo que tem que dizer kkkkkk

  • jucinairaespozani Postado em 30/06/2013 - 20:44:58

    Posta mais

  • sofiasouza Postado em 06/06/2013 - 19:51:16

    Que bom que voltou ,parabéns pelo seu Peter kk ,adorei o capitulo posta mas a web esta ótima ,espero que ñ suma mas em (:


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