Fanfic: Má conduta Vondy | Tema: Rebelde, Vondy

Ele acariciou a barriga sentindo seu estômago roncar. Um dos pós-efeitos da maconha era a "larica" – fome.

- Maconha essa hora Christopher? – ela notou pelo cheiro, pela fome dele e pelos olhos vermelhos.
- Isso é outro segredo nosso. – ele piscou enquanto beliscava um pedaço de carne.
- Outro segredo? – arqueou a sobrancelha. – Temos mais um?
- Claro que temos. Eu me esqueci de avisar. – ele começou a se servir, sem ao menos esperar que ela arrumasse a mesa. – É melhor que a minha mãe não saiba sobre a visita da Dulce. – ele notou que a cozinheira ficou quieta. – Ela já está sabendo, não é Dona Carmen?
- Eu não sabia que era um segredo. – Carmen respondeu aflita, temendo que ele brigasse com ela. – É que eu gostei tanto dela e acabei falando pra sua mãe que ela era a nora perfeita.
- Não tem problema. – ele se deu conta do que Carmen havia falado. – O quê? Nora?
- Ela é uma moça pra casar, Chris. Mas me conte como foi à noite? – Carmen perguntou curiosa.

Ela sabia que a ruiva tinha algo diferente e estava super animada com um possível relacionamento entre os dois.

- Incrível! – ele respondeu sem perceber o sorriso bobo que esboçava, mas Carmen notou. – Eu dei chocolates e jóias pra ela. – deu uma garfada em sua comida e continuo falando. – Ela é viciada em chocolates.

Carmen cruzou os braços e encostou o corpo num balcão. A cozinheira prestava atenção ao que Christopher falava. Era inacreditável! Ele nunca sequer mencionou qualquer palavra sobre uma mulher dentro de sua casa. Não por costume, mas sim porque nenhuma figura feminina era o suficiente para fazê-lo perder seu tempo com elogios.

Ela poderia estar equivocada, mas começava a achar que Christopher nutria algum sentimento por Dulce.

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Já passavam das dezenove horas. Dulce estava deitada em sua cama, perdida em lembranças. Lembranças da noite passada.

O perfume de Christopher impregnou no quarto, e isso não era bom, porque aquela fragrância amadeirada despertava sensações no corpo feminino.

Ela pegou seu celular, que estava sobre o travesseiro, e fuçou até encontrar o número de Christopher.

Sim, ela tinha vasculhado a matrícula de João Pedro, para anotar o celular do pai dele.

A mulher não sabia se deveria ligar ou não. Ela queria, mas conhecia o tipo de Christopher. Sabia que se ligasse, ele entenderia como um convite para uma transa. Mas não era para isso, ou melhor, se ela não estivesse com infecção urinária seria exatamente para isso. Mas as circunstâncias eram outras.