Fanfic: JONAS

Enfim o onibus saiu da cidade ,algumas horas depois , chegariamos .Tentei não pensar muito nisso .

 Victor e eu continuavamos a conversar sobre qualquer coisa , agora eu já me estava acustumada com a sua bélissma companhia .

 Passei a viagem sem comer , não sei ao certo o que falou mais alto : a preguiça de me abaixar ou o medo de mudar de posição e ele desaparecer .

-  Te vejo qualquer dia desses então ! - ele sorriu , como só ele faz - Até - acenou para mim com um meio sorriso e partiu .

 Quando dei por mim, estava parada com uma mochila , mala e sorrindo para o nada no meio do saguão de desembargue . Aham , e agora ... ?!

 Não havia nenhum rosto conhecido - isso se eu me lembrasse do rosto deles .

 Comi um lanche rapidinho e sentei em um mureta próximo a saída . Esperei , esperei , esperei .

 Do meu lado havia uma mulher loira magricela sentada me recusei a pensar que ela fosse alguns dos meus primos . Do outro lado  um menino mascava chiclete alto demais , com os braços cruzado na altura do peito . Seus cabelos eram castanhos e estava horrívelmente melecado formando um topete . Ele me lembrava um pouco o Joseph . Por pouco não me precipitei a perguntar se era ele mesmo , dez minutos mais tarde uma senhora veio em sua direção e ouvi chama-la de ` mamãe ` e com certeza aquela não era minha tia .

 Suspirei . Será que demoraria ? Eu não estava tão diferente assim de quando era criança . Meu cabelo cresceu ... eu cresci .

 Aos poucos o saguão foi esvaziando e eu continuava no mesmo lugar me recusando a ligar para minha mãe . Com o tempo fui memorizando os rostos das pessoas que ainda estavam presentes , a mulher que de 15 em 15 minutos passava um pano sujo e fedido no chão , o guardinha gordinho de bigode e o ajudante da lanchonete que quando passava , vazia questão de me paquerar e um menino não muito alto , cabelos lisos e se não estivesse bagunçado e desfiado daria uma perfeita tigela , tinha uma sombracelha grossa e devido a junção de ambas eu deduzi que ele estava nervoso .

 Não conseguia conter o riso quando ele passava e o infeliz do ajudante podia jurar que era para ele . Umpf . Não demorou muito ,ele cansou e encostou na mureta bufando .

 Ele pegou o celular e deiscou um número rápido .

- Tia , estou aqui a mais de 3 hs e ainda não achei ela - pausa - Diz para ela que estou na mureta em frente ao portão . - sua voz tentava aparentar tranquilidade , mas por dentro ... não queria nem pensar o que ele estava dizendo . - Ok . - e desligou .

 Estava tão entretida em meus pensamentos que levei um susto quando meu telefone tocou , quase cai para trás .

- Alô ?

- Filha , onde você está ?

- Na rodoviária .

- Seu primo esta te esperando a um tempão .

- Eu ainda não o achei mãe - como se eu estivesse procurando por ele .

- Ele está na mureta , próximo ao portão . - senti meu coração pular e o sangue esquentar em minhas bochechas . - Susan ?

- Oi mãe - disse baixinho .

- Susan ? - ela fez uma pausa - Filha ,a ligação está ruim , mas procure ele ai , qualquer coisa ligue para a mamãe ! - ela falava tão alto que eu podia jurar que ele ouvirá . Desliguei o telefone e respirei fundo , tentei colocar um sorriso no rosto .