Fanfic: JONAS

Sorri desejando que ele não tenha visto aquilo. Me encostei no banco, a sensação de calor estava aumentando, algumas vezes tentei abafar, abandando minha mão, mas era inútil, desobedencendo a sua ordem, em um momento de distração, tentei girar a maçaneta do vidro, no começo ela até se movimentou um pouco, mas na terceira vez que girei, ela emperrou, deixando o vidro um pouco, bem pouco torto. Agradeci por estar de noite e o vidro ser transparente.

- Está tudo bem? - perguntou.

- Sim, claro. - menti. A suadeira ficava maior com a tensão do momento. O vento estava estrando então relaxei.

 Enquanto a música rolava, pensei no que minha mãe estaria fazendo nesse momento, era complicado ter que deixá-la, desde o momento em que entrei naquele ônibus, senti a pressão de não ter o carinho, nem o abraço protetor da minha mãe. Joe tossiu algumas vezes.

- Você está bem? - perguntei.

- Estou, uma tosse passageira. - disse convincente, se limitou a me olhar uma vez e sorrir. - Como está minha tia?

- Está bem. - estava me perguntando isso.

- Hm - ele deu uma pausa enquanto virava em uma avenida - Ainda não entendi o motivo pelo qual ela mandou você para cá.- incoveniente. Jogando na minha cara que eu não sou bem vinda. Continuou - Quero dizer, vocês estavam tão bem lá, porque mandar você pra cá?

- Joe, não está ajudando. - rimos junto. A cara feia não existia mais em seu rosto, ele estava sorrindo. Não era o mesmo sorriso de quando ele me via nas festas quando pequenos, ele cresceu, está diferente.

- Aconteceu alguma coisa?

- Ah, - olhei para frente - sabe como é a mamãe, quando ela inventa uma história, não há quem a faça mudar o enredo. De uma hora para outra ela achou melhor eu vir morar aqui com vocês.

- Você concordou? - não queria magoá-lo dizendo a verdade, que eu achava eles chatos e irritantes , sendo que estou tendo uma segunda impressão.

- É dificil você mudar de um lugar para o outro assim de repente - seria um não a sua respsta anterior?

- Entendo.

- E os meninos como estão?

- Estão bem.

O silêncio voltou novamente, as luzes dos postes e das estrelas se fundiam entre si e minha vista ficava torta, por várias vezes podia jurar que estava ficando vesga.

 Não demorou muito, e senti o carro diminuindo a velocidade, endireitei-me e o que consegui ver, foi uma ruazinha sem vim, cheia de casas e alguns jardins floridos.

- Chegamos?

- Bem vinda a sua nova risidência Senhorita Susan. - e fechou a porta do carro.