Fanfic: Minha doce prostituta (Adaptada) Laleuge - 1ª e 2ª Temporada - Finalizada | Tema: Lali Espósito, Euge Suárez

Saímos do quarto e fomos à sala de estar, me sentia toda acanhada perto daquelas pessoas Dona Laura avisou que o jantar estava a posto, já íamos nos servir quando a campainha começa a tocar. Larissa levanta e vai abri a porta, Dona Laura e Dona Glória eram muito simpáticas comigo, logo Larissa volta à sala com um imenso sorriso nos lábios, logo atrás vejo um homem alto, branco, um porte físico atlético, seus olhos azuis, cabelos curtos castanho-aloirados e estava de terno. 

   - Boa Noite – sua voz era bem grossa e firme, muito bonita, parecia voz de locutor de rádio.

   - Amor essa aqui é Jasmin – levantei da cadeira, ele ficou de fronte pra mim, sentir seu olhar me observar dos pés a cabeça - Jas esse aqui é meu marido Frederico. – então foi ele o responsável pelo acidente, o olhei com cara de poucos amigos.

   - Como está se sentindo Jasmin? – perguntou ele.

   - Viva ! – disse num tom seco, não sei por que me subiu uma irritação tão grande na presença daquele sujeito.

            Pra acabar aquele clima desconfortável Dona Laura entrou na sala trazendo uma travessa assim que o viu abraçou com carinho, eu nada mais disse. Sentei novamente no lugar em que estava. O tempero da comida da mãe de Larissa era gostoso, tão diferente das comidas aguadas do hospital. Tentei ignorar a presença daquele homem que me deixava irritada de verdade, hora ou outra ele falava comigo, fazendo perguntas idiotas. Será que não sabia que era uma desmemoriada, não tinha porque perguntar sobre minha família. Assim que terminou o jantar se despediu com a desculpa que tinha um compromisso, infelizmente tive que presenciar um beijo cinematográfico entre ele e a Larissa. Confesso que senti uma coisa estranha dentro de mim. Uma raiva. Não sei explicar, meu humor mudou depois do que vi. Larissa achou que eu estava cansada, era tudo tão novo pra mim, minha cabeça começou a doer embora tentasse desfaça não queria preocupar ninguém. Mal tinha chegado aquela casa, ela então sugeriu que eu tomasse um banho e dormisse um pouco aceitei de imediato, precisava processas as últimas horas vividas, recebi uma tolha limpa fui pro banho.

            Descobri o quanto é bom um banho gelado numa cidade tão quente quanto à cidade de Natal, passei quase meia hora sentindo aquela água gelada percorrendo meu corpo até a dor de cabeça passou, exagero meu. Ela permanecia estava suportável ainda. Entro no quarto e abro a mochila pegou uma roupa fresca estava me enxugando tranquilamente quando vou começa a me vesti ela entra de supetão. Não tem aquele momento que você fica imóvel com o susto.

    - Desculpe-me é o costume – senti seu olhar percorrendo meu corpo, olhei pra cama em busca da toalha – hum... Quer dizer que você tem tatuagem... Borboletinha bonitinha, que nome é esse? – não fiquei vermelha e sim roxa de tanta vergonha, me virei rapidamente pegando a toalha e cobrindo minha nudez.

   - Desculpe Jasmin por minha tamanha indiscrição, só vim pegar meu computador, vou adiantar um trabalho.

   - Tudo bem...

            Ela entrou no quarto pegou o computador que estava dentro da gaveta, depois saiu. Sentei na cama e coloquei a mão na cabeça, que vergonha. Fui até a porta e fechei com a chave voltei a ficar nua, me olhei atentamente no espelho um pouco abaixo do seio direito, tinha uma cicatriz do tiro que tomei, porque será que tomei um tiro? Meu olhar desceu até a tatuagem que ficava no lado direito acima da minha virilha, de quem será esse nome cravado em minha pele, será meu nome ou de alguém? Seja de quem for essa pessoa, deve ter sido muito importante.

            Acordei com Larissa batendo na porta do quarto, que gafe esqueci-me de destrancar a porta antes de dormi.

   - Porque trancou a porta? – indagou quase gritando.

   - Me desculpe esqueci...

   - Não é por nada, mas prefiro que mantenha a porta destrancada por segurança, se você passar mal entende? – sua voz suavizou.

   - Sim.

   - Como está se sentindo?

   - Bem.

   - Vou tomar banho.

            Bem sair do quarto e fui pra sala. Dona Glória já tinha ido embora, pelo que entendi, ela mora num bairro vizinho com a filha mais nova, Dona Laura assistia a novela a me ver, me mandou sentar, fiquei ali vendo TV, não demorou muito pro pai de Larissa chegar. Um homem baixinho e meio gordinho com os cabelos crisalhos e olhar carinhoso. Aproximou-se e dona Laura fez as apresentações. Seu nome era Augusto, não demorou muito, pediu licença e saiu. Larissa chegou à sala logo depois, não pude deixar de contemplar sua beleza. Que morena bonita, estava com uma bermuda de malha leve e uma camiseta branca, estava sem sutiã fato. Ri dos meus pensamentos pecaminosos. Fomos até o terraço, ficamos conversando. Minhas dores de cabeça começaram a surgir. Sentir medo de ter uma crise daquela, acho que Larissa percebeu.

   - Está se sentindo bem?

   - Estou... - ela continuou me olhando desconfiada, aquela dor se intensificava

   - Acho melhor você ir descansar, teve um dia cheio. – disse ela se levantando e me estendendo a mão.

   - Acho melhor mesmo – concordei, ela me levou até o quarto.

            Assim que saiu, me despi e vesti um pijama que tinha ganhado de uma senhora que costumava passa sempre no meu quarto no tempo que estive internada. Fui até a cozinha pegar um pouco de água, por sorte não tinha ninguém, voltei ao quarto tomei meu medicamento, assim que deitei adormeci. Acordei na manhã seguinte olhei pra cama ao lado não vi ninguém, me espreguicei, pisei sem querer em inúmeras roupas pelo chão, toalha úmida em cima da cama, provavelmente era de Larissa. Arrumei sua cama e catei as roupas pelo chão. Não sabia o que fazer, sentia uma imensa vergonha em sair do quarto, fiquei andando de um lado pro outro, escutava o rádio ligado. Sair do quarto e fui direto ao banheiro terminei de escovar os dentes, encontrei com Dona Laura no corredor, ela estava com uma vassoura na mão.

   - Bom dia – minha voz quase não saia de tanta vergonha.

   - Bom dia Jasmin – disse simpaticamente – Dormiu bem menina? – tocando meu braço.

   - Sim senhora. – abaixei a cabeça, queria perguntar pela Larissa cadê a coragem, a mulher já estava saindo quando perguntei. – Larissa? - ela me olhou e sorriu

   - Foi trabalhar. Aquela ali puxou ao pai, acorda com o cantar dos galos, vai cedinho correr na orla, depois vai pro trabalho, só volta à noitinha.

   - Hum rum. – sussurrei.

            Não tinha percebido que já eram 10 horas da manhã, voltei ao quarto e peguei uma peça de roupa, tomei um banho rápido e voltei à cozinha. Dona Laura conversava com uma senhora, a mulher me olhou curiosa.

   - Maria essa aqui a minha sobrinha, veio lá do sul passar uns tempos aqui. – disse Dona Laura, olhei pra ela sem entender. Mas não esbocei reação - Jasmin – disse á mulher.

   - Prazer Maria.

   - Você deve está com fome, senta ai que vou preparar alguma coisa reforçada pra você, está magrinha demais.

Não me fiz de rogada, realmente estava morrendo de fome, Dona Laura preparou um cuscuz bem reforçado. Depois do café, passei o dia inquieta, me ofereci inúmeras vezes para ajudá-la nos serviços da casa, a mulher era irredutível não me deixava chegar perto da pia. Acabei indo ver televisão, o tempo não passava, desejei tanto que a Larissa estivesse aqui. Quando ela ligou pra saber como eu estava, confesso que fiquei super boba, falando com ela ao telefone. Ela me prometeu que ia fazer o possível para voltar mais cedo pra casa. Tornei-me a novidade no bairro, ora ou outra vinha algum vizinho conhecer a sobrinha de Dona Laura, tentei ser o mais paciente que pude, todas aquelas pessoas falando me olhando, me deixava irritada. Não teve jeito, acabei sendo grosseira, sai da sala irritada. Minha mente fervilhava, uma raiva descontrolada, tentei me acalmar, estava sendo difícil, queria gritar, me joguei na cama e comecei a chorar descontroladamente. As horas foram passando, Dona Laura foi ao quarto, inúmeras vezes, para saber como eu estava. Nada respondia. Continuava a chorar, sentia vergonha ao olhá-la.

   - Boa noite – reconheci aquela voz, era ela.

Permaneci calada com o rosto virado pra parede.

   - Você não se sente bem? – perguntou.

   - Não - gritei – Não sei quem sou. Eu não sei quem sou – comecei a bater minha cabeça no travesseiro, chorando e gritando – Fui grosseira com as amigas da sua mãe, todos me enchendo de pergunta, me desculpe...

            Ela sentou-se na beira da minha cama, pude sentir seu toque suave em meus cabelos.

      - Olha pra mim – pediu. Eu não queria olhar, sentia vergonha. – Jas olha pra mim - virei pra olhá-la, mesmo eu gritando ela permanecia com seu olhar doce, suas mãos enxugaram as lágrimas em minha face.

   - Me desculpe... – disse.

   - Não tem porque se desculpa. Aqui no bairro todo mundo se conhecem, é natural que fiquem curiosos em querer saber quem é você. Minha mãe queria poupá-la, então achou melhor dizer que você é uma sobrinha.

   - Mas nem mesmo sei quem sou... – gritei mais uma vez.

   - Você é Jasmin. – disse com tanta convicção, ficamos em silêncio um tempo.

   - Ficaram me enchendo de perguntas, fiquei agoniada, minha cabeça doía, porque tantas dores na cabeça Larissa?

   - Eu não sei... Já sei o que vamos fazer, levanta dessa cama, vou encontrar com umas amigas num barzinho, quer ir comigo? Prometo que não vão te encher de pergunta.

   - Melhor não, não quero destratar seus amigos.

   - Deixa de frescura! Levanta já dessa cama, vou tomar um banho, quando voltar espero vê-la arrumada. – disse ela apertando meu nariz e se levantando da cama.