Fanfic: Minha doce prostituta (Adaptada) Laleuge - 1ª e 2ª Temporada - Finalizada | Tema: Lali Espósito, Euge Suárez

Larissa

   - Dra. Larissa.

   - Pois não Ingrid.

   - Sei que a senhora pediu pra não passar nenhuma ligação, mas sua mãe insiste. Disse que é importante. 

   - Tudo bem.

Confesso que achei muito estranho, minha mãe raramente me ligava no trabalho, uma onda de preocupação me abateu.

   - Alô.

   - Larissa?

   - Sou eu mãe o que houve?

   - Essa moça ela não está bem.

   - Como assim? Ela está passando mal, o que houve mãe?

   - Me deixa falar, sua avó veio pra cá junto com comadre Josefa, dona socorro e dona Antonia, queriam ver a menina. Combinei com mamãe em dizer que era uma sobrinha do seu pai, você sabe como esse povo fala. Estávamos conversando, Tamires estava bem, mas de repente começou a gritar, parecia uma louca andando de um lado pro outro com a mão na cabeça, gritando - me deixem em paz, me deixem em paz, - todo mundo ficou assustado.

   - Mãe o que fizeram com ela?

   - Nada – gritou – Apenas estávamos conversando aquela mulher é doida.

   - Ela não é doida mãe, como está agora?

   - Não sei. Se trancou no seu quarto, já bati tantas vezes, ela está gritando.

   - Meu Deus abre a porcaria da porta.

   - Vou arrombar é? Olha filha vem pra casa.

   - Eu não posso! Não tenho como sair daqui agora, mas assim que der vou pra casa.

   - E eu faço o que, se essa mulher morrer?

   - Mãe ela não vai morrer, não me deixa mais preocupada do que já estou.

   - Invenção a sua trazer essa mulher pra dentro de casa.

   - Mãe! Não começa, por favor.

   - Ta filha, ta. Desculpe, pobre coitada. Estou preocupada filha. Ela que parece sofre muito.

            Não conseguir me concentrar no trabalho depois da ligação da minha mãe, a vontade que tinha era de ir correndo pra casa, porém não podia fazer isso. Frederico estava cada vez mais irritado devido aos meus atrasos e ora ou outra saindo mais cedo. O que irritava era o motivo que me levava a isso, ele tinha uma antipatia fora do comum por Jasmin. Sempre que estávamos juntos, era proibida de tocar em seu nome, quando isso acontecia acabávamos discutindo. Assim que o relógio marcou 17h00min horas da tarde, pego minhas coisas e saio do escritório, apelando pra não pegar nenhum engarrafamento, ilusão a minha, num trajeto de 40 minutos gasto 1 hora e meia. Assim que entro em casa, minha mãe estava sentada no sofá junto com meu pai vendo a novela, cumprimento os dois, mainha contou tudo que aconteceu em minha ausência, vou até o quarto por sorte a porta estava destrancada. Encontro Tamires deitada na cama com o rosto virado pra parede.

            Falo com ela, mas não me responde. Insisto, ela acaba gritando, seus olhos estavam muito inchado, acho que chorou a tarde inteira. Seu nariz parecia, nariz de palhaço de tão vermelho que estava. Atrevi-me e sentei em sua cama, a vontade que tinha era de abraçá-la, meu deu um nó no coração quando falou que não sabia quem era, complicado não é, não sabia como agir diante daquela situação.

   - Eu não sei quem eu sou... - dizia chorando.

   - Você é Jasmin! – tentei ser o mais firme possível, ela me olhou, parecia envergonhada.

            Depois me contou o que tinha acontecido, para ameniza à situação chamei para dar uma volta na praça, ela precisava respirar um pouco. Até que resistiu um pouco, mas acabou cedendo, sai do quarto e fui tomar um banho, antes liguei pra minha amiga Clara, pedi pra ela me encontrar, marcamos na pracinha. Tomei um banho demorado, meu dia tinha sido cansativo quando voltei ao quarto Jasmin não estava. Minha mãe disse que tinha ido tomar banho no banheiro que fica no quarto dos meus pais, me arrumei sem pressa, ela entra no quarto enrolada na toalha, sabia que ficava envergonhada em se vesti na minha frente. Então sai do quarto fiquei esperando por ela na sala, meia hora depois chega a sala, estava linda num vestido florido. 

   - Uau ficou uma gracinha! – brinquei dando um apertão na ponta do seu nariz.

   - Um pouco justo demais. – disse super tímida.

   - Ficou ótimo. – disse minha mãe, nesse momento Jasmin abaixou a cabeça, acho que ela estava com vergonha.

   - Me desculpe por meu desequilíbrio emocional... – atropelavas as palavras.

   - Tudo bem minha filha, vamos esquecer né – interrompeu minha mãe a puxando pra um abraço, fiquei super orgulhosa daquela atitude.  – vamos cuidar de você como se fosse nossa filha. – completou.

   - Obrigado.

   - Bem vamos lá que Clara está ansiosa pra conhecê-la. – disse evitando que começasse a chorar.

            Bem, fomos à praça. Tinha bastante gente, adolescentes conversando, crianças brincando no parquinho, optando ir a um barzinho bem tranqüilo, um ambiente super agradável. Lá apresentei Jasmin a minhas amigas.

    - Jas essa aqui é Clara e essa é a Natália.

   - Prazer.

   - Estávamos morrendo de vontade de conhecer você, Larissa não parava de falar em tu mulher. – disse Clara me deixando morta de vergonha. 

Jasmin abriu um sorriso, nos acomodamos à mesa. Já tinha alertado as meninas para não a encher de perguntas. Conversamos sobre assuntos triviais, Jasmin se mostrou bastante entusiasmada no papo com Nati que era fisioterapeuta. As duas falavam sobre medicina, casos clínicos, achei engraçado, porque às vezes Jasmin falava como soubesse do assunto. Ela também ficava confusa com suas próprias opiniões. Foi uma noite agradável, tinha conseguido o que queria. Ela parecia está adorando, as meninas também pareciam que tinham simpatizado bastante com a Jas. No final acabamos marcando pra ir à praia no sábado. Não achei aconselhável a idéia da Nati em sairmos pra dançar. Era muito agitado, afinal ela tinha acabado se sair do hospital. Voltamos pra casa era quase 1 hora da manhã, meus pais já estavam dormindo, entramos no quarto fui logo me despindo, pude sentir seu olhar ao me observar, era tão natural pra mim, sempre me troquei na frente das minhas amigas, mas no caso de Jas, ela ficava toda acanhada.

    - Somos mulheres adultas – disse me virando pra frente, estava apenas de calcinha, não fiz pra provocá-la, achei engraçada aquela situação – Tudo que você tem, eu tenho – dei um passo à frente e toquei em seu nariz, disse aquilo brincando mesmo, ela deu um sorriso sem graça virou-se de costas pra mim, tirou a roupa tão rápido, vestiu a camisola e se deitou e se cobriu.

   - Suas amigas são pessoas muito agradáveis. – disse já deitada na cama.

   - Que bom que você gostou, elas também simpatizaram muito com você.

   - Boa noite Larissa e obrigado!

   - Não precisa me agradece por tudo.

Durante a noite Jasmin acordou com muitas dores na cabeça, começou a chorar descontroladamente, me sentir impotente sem saber como ajudá-la, seus gritos tomava conta da casa, meus pais acordaram assustados, notei que o nariz dela sagrava muito, foram apenas minutos até que ela desmaia.

No dia seguinte.

   - Bom dia! – cumprimenta toda acanhada entrando na cozinha.

   - Bom dia – tentei sorrir – Como se sente? - falava enquanto lavava a louça.

   - Um pouco confusa...

   - Ontem você passou mal, liguei para Dr. Raul, ele pediu pra te levar ao hospital, vão fazer alguns exames.

   - Desculpe tamanha preocupação, tive um sonho, na verdade nem sei se era sonho mesmo, minha cabeça doía. Estava acordada, inúmeras imagens vinha a minha mente como se fosse um filme diante dos meus olhos, tudo tão rápido, uma pontada tão forte, eu não... – seus olhos encheram de lágrimas.

   - Calma – enxuguei minhas mãos fui até ela, abracei com carinho.

   - Eu sei, não é fácil.  – ela me apertava com força.