Fanfic: Minha doce prostituta (Adaptada) Laleuge - 1ª e 2ª Temporada - Finalizada | Tema: Lali Espósito, Euge Suárez

 - Vai lá Jasmin. – dizia as meninas.

            Danilo a pegou pela mão. Acompanhei todos seus movimentos. Troquei de lugar com Clara. Notei que suas mãos tremiam. Dei um leve sorriso, ela baixou a cabeça um pouco, acho que estava nervosa, sem saber o que fazer. Toda a atenção dos que estavam no restaurante voltaram-se praquela linda mulher que estava sentada diante ao piano.

   - Ela sabe tocar piano? – escuto algum dos meninos perguntarem.

   - Acho que não, olha ela está parada. Muda. – disse Clara.

   - Danilo você pegou pesado, ela perdeu a memória. – disse Natália. Eu não conseguia desgrudar os olhos daquela mulher.

Um silêncio absoluto, até que ela põe os dedos nas teclas, o som das primeiras melodias tomava conta do lugar, gelei. Meu coração parecia saltar pela boca, não entendia o porquê, contemplei a mais bela visão, Jasmin fechou os olhos e começou a tocar notas de uma música que no início não conseguir identificar.

   - Canta! – um grito de um homem no outro lado – Canta - outras vozes pedindo pra ela cantar.

Tony levou o microfone até ela, ajeitaram pra não atrapalhar, nossos olhos se cruzaram, ela voltou a tocar do início.

Um dia, um adeus

Guilherme Arantes

(Vanessa da Matta/multishow ao vivo)

            A voz de Jasmin saia calmamente acompanhada com o toque do piano, numa sintonia impressionante. Nossos olhares permaneceram fixo um no outro. Um misto de emoções dentro de mim. Queria desviar daquele olhar, que parecia que estava vendo minha alma. A cada palavra, me sentia embrigada com aquela voz, doce, gostosa, tão afinada. Jasmin cantou com uma emoção que deixou a todos boquiabertos. Às vezes ela fechava os olhos como se tivesse sentindo a música, depois voltava a abrir e nossos olhares se fundiam um no outro. Meu corpo estremeceu por completo, quando ela cantou a quarta estrofe.

            As palavras não conseguiriam verbalizar o que estava sentindo naquela hora. A música acabou com aplausos, assobios e gritaria. Sem contar os pedidos de mais. Só então conseguir me desprender daquela mulher. Jasmin se levantou do piano, mas uma senhora pediu pra ela tocar mais uma, percebi sua tentativa frustrada em explicar que não sabia se ia conseguir. Agi por impulso, levantei da minha cadeira fui até ela pedi:

   - Canta pra mim – disse num sussurro. Juro por Deus que não sei como fui capaz de fazer isso. Ela me enviou um sorriso tímido, voltei a minha cadeira tremendo mais que tudo.

Sentei de volta, Nati e Clara me olharam confusas, já os outros sua atenção era voltada ao piano, Tamires começou a tocar as primeiras notas. Ela cantou, cantou pra mim baixava a cabeça, depois levantava. Seus cabelos caiam nos olhos, ela já não olhava pra mim, olhava pra todos os rostos ali presentes.

Ela une todas as coisas

Composição: Jorge Vercillo / Jota Maranhão

          Quando chegava ao refrão era a mim que buscava, inexplicável isso. A música acabou e os aplausos, assobios e pedidos, por mais e mais, eu queria que ela cantasse mais, queria ouvi-la. Acho que a Jasmin gostou do carinho do público, ainda cantou mais duas músicas lindamente, pra fechar ela começou a cantar uma música bem conhecida de Maria Rita. Danilo era fã dessa cantora Jas ia bem, até que sua expressão mudou, as notas saiam erradas, ela levou as mãos à cabeça. As dores! Sai apressada até onde estava, Tony olhou confuso.

   - Você está bem? – me abaixei 

   - As dores... – foi o que conseguiu dizer até fechar os olhos. A levamos para o banheiro. Ela começou a colocar a mão na cabeça, balançando, gemendo de dor, seu nariz começou a expelir sangue. E veio o desmaios.

   - O que ela tem? – perguntou Clara assustada.

   - Ela desmaiou, vocês ... pra trás – mandou Nati – Preciso de algo com um odor forte.

            Sai apressada do banheiro atropelando quem entrava, fui até o balcão falei com um rapaz, ele me arrumou álcool, voltei à mesa peguei um lenço em minha bolsa, voltei ao banheiro Dora colocou a cabeça de Jas em seu colo, entreguei o álcool, ela molhou o tecido, depois colocou no nariz dela pra que aspirasse, demorou alguns minutinhos para que Jasmin despertasse, seus olhos vão se abrindo aos poucos, olhou confusa.

   - Você está bem? – indagou Natália, ela se sentou.

   - Melhor vocês esperarem lá fora, ela está bem. – falei com a voz tremula ainda, Clara, Alberto e Danilo saíram do banheiro, me virei para Jasmin, ela abaixou a cabeça.

   - Desculpa...

   - Tudo bem – a abracei – Você está bem? – voltei a perguntar ainda assustada vendo seu nariz daquele jeito.

   - Estou. Umas imagens...

   - Não vamos falar sobre isso – interrompi a abraçando ainda com mais força.

   - Acho que sua noite de estrela acabou. – brincou Natália.

Terminei o abraço, Natália se levantou, ajudei Jasmin fazer o mesmo. Assim que fiquei frente com a Jasmin voltei abraçá-la ainda mais forte. Não conseguia entender o porquê daquela atitude, a vontade que tinha era de protegê-la. Cuidar. Queria poder tirar essas dores que vem atormentando sua vida. Afastei um pouco peguei o lenço, abrir a torneira, minhas mãos tremiam, senti um misto de emoções diferente dentro de mim, não conseguia traduzir tudo aquilo; limpei onde havia sangue, fui surpreendida com o toque delicado de sua mão sobre a minha foi como se eu tivesse levado um choque. Ela deu um passo à frente, nossos corpos ficaram próximos. Senti sua mão deslizando pela lateral do meu corpo, primeira à direita, depois à esquerda. Devia recuar, uma irracionalidade tomava conta da minha mente, parecia que tinha chumbo em meus pés. Minhas mãos criaram vida própria, me vi acariciando aquele rosto tão angelical, era como se nada existisse em nossa volta. Mais um passo a frente, senti seu corpo colando ao meu, fiquei mergulhada naquele olhar, tentei fechar os olhos, pois, não queria encarar aquele olhar de puro desejo. Na faculdade aprendi a decifrar olhares e gestos, há muito tempo percebi o interesse dela por mim, porém nunca me vi ameaçada, ela sempre me respeitou. Na verdade nunca pensei que pudesse ficar numa situação como essa. A confirmação veio em cada melodia que saia daquela boca, ela cantava pra mim e isso estava mexendo comigo. Já conseguia senti seu hálito fresco em minhas narinas, sua respiração ofegante, ela iria me beijar e eu não queria fazer nada pra impedir.

            Suas mãos apertavam minha cintura, seu olhar buscava qualquer sinal de aprovação do qual não vinha, fechei os olhos por alguns segundos... Suspirei... Acho que esse era o sinal que ela tanto queria, sem demora alguma selou nossos lábios... Sussurrou:

    - Preciso de você, como preciso respirar...

            Voltei a fechar os olhos, não sei explicar com exatidão o que aquelas palavras causaram dentro de mim. Apenas entreabri meus lábios, onde pude senti a maciez dos seus lábios, sua língua passeava dentro da minha boca de forma alvoroçada, um beijo de puro desejo contido, quente, forte, à medida que eu chupava sua língua, ela imprensava meu corpo ao dela, seus beijos urgentes foram me arrancando imensos suspiros, seus lábios deslocavam da boca para meu queixo, suas mãos arranhavam levemente minhas costas, meu sexo já mostrava sinal de desejo latente. Estremeci a cada sussurro safado que ela dava, minhas mãos permaneciam em seus ombros. Aos poucos ela foi me empurrando até a parede, o encaixe não foi perfeito porque eu estava com uma saia na altura do joelho, impossibilitando ela se encaixar nas minhas pernas. Jasmin estava dominada pelo desejo de me possuir, seus beijos quentes intercalavam entre pescoço, queixo, suas mãos ágeis tentavam desabotoar minha blusa. Bem que tentei conte-la, seus lábios já chegavam ao meu colo. Ela por pouco não rasgou minha blusa.

   - Jas...- tentava empurrá-la um pouco.

            Senti suas mãos levantando minha saia, ela apertada a minha coxa com força, ela levou a mão e abaixou meu sutiã, meu seio foi tomando com paixão, sentia seus dedos forçando a lateral da minha calcinha estava imensamente molhada, segurei sua mão ela levantou seu rosto para me encarar.

   - Eu não...

Nem conseguir terminar a frase porque ela me calou com um beijo mais calmo e envolvente. Toda tensão se foi, estava totalmente entregue, mais uma vez ela voltou a acariciar meus seios, descendo os lábios nele, mordendo, sugando, sua mão esquerda arranhava minha coxa, isso estava me deixando muito louca, gemi baixinho. Até escutarmos uma risada escandalosa que logo identifiquei.

   - Uiiiii- disse Nati ao entrar no banheiro e nos pegar no flagra, empurro Jasmin com força ela se desequilibra um pouco.

Não sei definir o grau de vergonha que estava sentindo naquele momento.

   - Agora se explicar o porquê de tanta demora, acho melhor fechar a blusa antes que a Jasmin caia de boca. – caiu na risada.

            Natália sabia fazer piada até nas horas mais constrangedoras possíveis e imagináveis, me virei pro espelho. Meu rosto estava numa vergonha só, fechei os botões que ainda restava na minha blusa, não conseguia encarar Nati que permanecia rindo incessantemente. Joguei um pouco de água em meu rosto, respirei fundo, Jasmin permanecia no mesmo lugar, apenas me observava, seu rosto estava vermelho parecia uma pimenta, tão linda envergonhada. Ela vinha em minha direção, quando me afastei imediatamente saindo do banheiro deixando as duas pra trás.

            Caminhei até a mesa, tentei agir o mais natural possível, os meninos perguntavam se ela estava bem expliquei que sim, cinco minutos depois Nati e Tamires voltam à mesa, faço o possível para não encará-la, ao contrário dela que insisti em olhar pra mim, me sinto desconfortável.

   - Bem já está tarde – disse ao consultar o relógio.

   - Também acho, amanhã tenho que visitar um cliente cedo. – concordou Danilo.

   - Então vamos pedi a conta. – Falou Alberto se virando e pedindo a conta ao garçom. 

   - Danilo aproveita e deixa Larissa e Jasmin em casa.

   - Claro, deixa só eu ir ao banheiro que já vamos meninas.

            Pagamos a conta e formos embora, sentei no banco da frente, Danilo conversava animado ao telefone, ora ou outra eu olhava pra Jasmin pelo retrovisor, ela tinha o olhar fixo na paisagem, durante todo o caminho não falamos uma só palavra. Danilo estacionou o carro e nos despedimos dele, segui na frente pra abri o portão. Jasmin vinda atrás, entramos. Ela se colocou em frente da grade, tremi na hora, seu olhar era o mesmo de poucas horas atrás.

   - Me dá licença. – sussurrei, ela virou-se pra trás de mim.

Sentia sua respiração em meu ombro, Meg começou a latir, ela então se afastou de mim entrando casa adentro, dei um pouco de atenção a minha cachorra depois entrei. Cheguei à sala e me joguei no sofá, minha cabeça trabalhava arduamente, relembrei tudo que tinha acontecido naquele dia a parti do momento que levantei da cama, busquei um motivo pra tamanha loucura que havia cometido naquele banheiro, tinha traído Frederico com Jasmin, pior é senti que a traição não existiu, agi de forma irracional, nem podia culpar a bebida por isso, uma vez que apenas tomei duas caipirinhas nevada. Não devia me deixar envolver, Jasmin, estava fragilizada, seu interesse sexual por mim está mais que provado, precisava esclarecer as coisas. Levantei e fui ao quarto, quando cheguei, ela já estava deitada, não deu pra ver se dormia, pois seu rosto estava virado pra parede, resolvi tomar banho e dormir, afinal uma boa noite de sono ajudaria espairecer. Peguei minha toalha e sair do quarto. Depois do banho fui à cozinha tomar um copo de água, dou de cara com minha mãe.

   - Que susto menina. – disse a me ver.

   - O que a senhora faz acordada a essa hora da noite?

   - Vim pegar água pra seu pai tomar o remédio, chegou agora?

   - Não faz um pouquinho de tempo.

   - Sei... E como foi lá, se divertiram muito, e a Jasmin?

   - Foi divertido sim mãe, ela está dormindo amanhã te conto tudo, vou dormi também que estou caindo de sono. – menti, sono era a última coisa que estava, mas conhecia bem a curiosidade de minha mãe, nunca conseguir esconder nada dela.

   - Está bem filha, vai dormir mesmo que está muito tarde. – minha mãe me deu um beijo na testa, fui embora pro meu quarto.

Voltei ao quarto ajeitava a cama para dormi, vejo Jasmin virando para me olhar. Sentando-se na cama.

- Estou apaixonada por você... – silêncio – Tentei lutar mais foi mais forte...