Fanfics Brasil - Capítulo 152 - Segunda Temporada - Sempre temos a chance de nos levantar mais uma vez Minha doce prostituta (Adaptada) Laleuge - 1ª e 2ª Temporada - Finalizada

Fanfic: Minha doce prostituta (Adaptada) Laleuge - 1ª e 2ª Temporada - Finalizada | Tema: Lali Espósito, Euge Suárez


Capítulo: Capítulo 152 - Segunda Temporada - Sempre temos a chance de nos levantar mais uma vez

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Jasmin


Fui ao mercado compra algumas coisas a pedido de dona Laura, quando voltei o portão estava aberto Meg latia feito louca, algumas pessoas se a mútua na sala, fui pedido passagem, escutei os choros de dona Laura diante do corpo caído de seu marido.


   - O que houve? – pergunto.


   - Ele estava bem, de repente – difícil era entender o que ela dizia.


Num ímpeto gritei.


   - Saiam todos daqui. – agi por impulso pedi que todos se afastassem, peguei no pulso do homem e chequei sua pulsação que estava muito fraca, ele respirava com dificuldade, sentia uma forte dor só não sabia dizer onde exatamente.


   - Esse homem precisa de uma ambulância agora. – gritei.


   - Já chamamos. – disse um homem.


   - Se ele ficar aqui pode ter uma insuficiência respiratória. – dizia consigo mesmo. – Precisamos levá-lo a um hospital. - disse enquanto o examinava, sua pupila estava se dilatando a dificuldade de respirar aumentava, enquanto seu ritmo cardíaco diminuía.


            Não havia tempo de esperar a ambulância, com a ajuda de alguns homens conseguimos colocar senhor Augusto num carro e socorrê-lo. Dona Laura gritava de desespero, sentir uma angustia em meu peito, um medo ao mesmo tempo não conseguia entender meu comportamento tão frio, nem entendia o que estava fazendo exatamente, assim que chegamos ao hospital acompanhei os médicos até onde podia.


   - A senhora não pode ultrapassar daqui. – disse um enfermeiro.


            Voltei até a sala de espera, dona Laura chorava desesperadamente, um amigo da família ligou para Larissa logo, ela estaria conosco, tentei tranqüilizar dona Laura mais sua angustia era tamanha. Fui atrás dos médicos pra saber alguma informação mais até então nada. Angustia aumentava a cada avança do relógio, Larissa chegou meia hora depois. Ela estava na companhia do marido, tentei me aproximar mais ele a puxou pra trás, ela se virou e correu até os braços da mãe.


   - O que aconteceu? – perguntou aquele homem que tanto desprezava.


   - Não se sabe com exatidão tudo indica que ele teve um principio de infarto. – respondi com os olhos direcionados a Lary.


   - Seu pai estava bem, estava vendo o jogo, fumando seu cigarro, foi na cozinha pegar mais um prato de calabresa, de repente começou a se sentir mal, primeiro ele disse que era uma dor no estômago, foi subindo pro peito, quando vi já tinha caído no chão gemendo de dor... – falou dona Laura. Agora mais calma.


   - Vou ver se consigo alguma informação. – disse Frederico se afastando.


            Aproximei-me das duas mulheres abracei bem forte a Larissa.


   - Vai dá tudo certo! – sussurrei.


Ela chorava. Demorou um tempo até Frederico voltar acompanhado de um médico.


   - Estamos fazendo uns exames.


   - Mais ele está bem? – perguntou a Larissa.


   - Está estável agora. É preciso que aguardem mais um pouco.


   - O que ele tem? – perguntei.


   - Vamos esperar o resultado dos exames chegarem Dra. Lidia os manterá informados.


O médico pediu licença e saiu.


   - Estamos fazendo um exame de endoscopia assim que terminarmos o levará ao quarto, então poderá vê-lo. – disse a médica.


   - Endoscopia? – perguntei. – Ele ta com algum problema...


   - Assim que terminarmos voltarei. – disse a mulher saindo de imediato.


            Fiquei meio cismada nem sei por que, sair sem que percebesse e fui atrás da mulher, demorou um pouco pra eu achá-la, avistei seu Augusto saindo de uma sala, ele estava numa marca, foi conduzindo até um quarto.


   - Hei você não pode está aqui.


   - O que ele tem?


   - Pronto Dra. Lidia. – disse um marqueiro que já tinha instalado seu Augusto no quarto.


   - Vou avisar a família que pode recebê-lo. – disse a ele, depois se voltou pra mim. – Dr. Alberto falará com vocês.


            A mulher saiu e continuei andando atrás dela, não entendia meu comportamento, ela avisou a todos que já podia vê-lo, fomos até o quarto logo em seguida disse que Dr. Alberto iria nos ver. Essa espera demorou bastante, seu Augusto estava deitado na cama com um aparelho para ajudar da à respiração.


   - Pai! – disse Larissa ao abraçá-lo – O senhor me dá cada susto, seu velho babão.


Mesmo diante daquela situação tão tensa ele conseguia manter o bom humor.


- Ainda não foi dessa vez! – brincou. Seu augusto recebeu todos os mimos da mulher e da filha. Algo me aquietava.


Enquanto isso.


- Dr. Alberto os resultados do exame do senhor Couto ficaram pronto. – disse a médica.


No corredor ...


   - O que ele tem? – perguntou. Seu tom era de aflição.


   - Você é da família?


   - Sou sim. – respondi


   - Melhor entrarmos.


   - O que ele tem?- meu tom de voz aumentou, mostrava uma angustia e ao mesmo tempo ansiedade.


            O médico não respondeu. Entrou no quarto, fiquei extremamente irritada, entrei no quarto e tomei a prancheta das mãos do médico. Folhei os papéis. Depois estendi a prancheta de volta a Dr. Alberto que ficou sem reação. Não podia acreditar no que acabei de ler, um arrepio subiu a espinha, uma onda de medo e pavor, de repente minhas dores voltaram na velocidade da luz. Um misto de imagens, sons, conversa me veio à mente, tentei controlar. Balancei a cabeça como se quisesse espantar aqueles angustiantes filmes sem lógicas.


    - Você está se sentindo bem. – perguntou o homem.


Lutei dentro de mim pra controlar aquela dor.


   - Estou. – disse. Larissa me olhou aflita ela sabia que eu não estava me sentindo bem, aproximou-se de mim.


   - Vem cá. – foi me puxando pra fora do quarto. – Você está tendo aqueles fleshs?


   - Estou. Esta tudo bem.


Demorou cerca de três minutos até voltarmos o quarto.


   - Foi um ataque cardíaco. Então? - perguntou Guilherme.


   - Bem... Não foi bem um ataque cardíaco embora pelos sintamos leva a crer, estou esperando o resultado mais detalhado de uns exames.


   - A endoscopia? – agora foi Larissa que perguntou.


   - Você não tem o direito de esconder a verdade deles. – disse com o olhar fixo no médico.


   - Como?


   - Os resultados estão mais que claro. – contestei o médico.


   - Jas do que você está falando? – pergunta a Larissa.


   - Não é uma simples instabilidade cardíaca.


   - Você é médica? – perguntou o homem.


Fiquei em silêncio.


   - Dá pra dizer o que danado eu tenho - resmungou seu Augusto. 


   - O senhor está com câncer. – disse o médico


Todos ficaram pasmos. Aproximei-me de Larissa.


   - Mandaram fazer uma biopsia que mostrou algo fora do normal. – continuou Dr. Alberto.


   - Cala a boca! – dona Laura gritou incrédula no que ouvia.


   - Ele está com um câncer no esôfago que está se espalhando para o estômago a única chance do tio sobreviver é se fizer uma cirurgia para remover o câncer, o senhor vai ter que se  submeter a quimo terapia e a radio terapia.


   - Sinto muito - disse o médico - O câncer esta em estágio três metastáticos.


   - É mentira... – falou Larissa. – Vocês estão enganados.


   - Meta... O quê? – perguntou Frederico abraçando Larissa.


   - Metastático é quando as células cancerígenas migram do seu ponto de origem...


   - Cala a boca não quero ouvir mais nada... – era de parti o coração, Larissa e dona Laura choravam copiosamente, seu Augusto permanecia estático sem esboça reação. 


   - Lary! – Larissa soltou-se de Frederico e me abraçou.


Tomei um pouco de fôlego então virei para médico.


   - É preciso mandar fazer um E.K.G pra se certificar se há alguma anormalidade, temos que ter certeza que ele ira sobreviver a cirurgia.


   - Já Fizemos. – disse a interna de Dr. Alberto. Ela me estendeu os exames, Dr. Alberto a olhou com olhar de reprovação.


   - Você... – ele tentou dizer.


   - Não pode ser. – Frederico me puxou com força pelo braço.


   - Você não é médica. Pare de assustá-las.


   - Ele pode morrer. – gritei – PRE-OP ECO mostra que a válvula da aorta dele está sangrando, ele não vai sobreviver à cirurgia de remoção do câncer, com seu coração sangrando, é preciso trocar a válvula. – comecei a chorar mais uma vez as imagens claras vinham a minha mente não contive a dor absurda levei minha mão à cabeça, meu nariz sangrava. 


   - Você está bem?


   - Estou. – sair do quarto.


   - Ela está errada, não está? Ela não sabe o que diz! – falou seu Augusto.


   - Ela não está errada, eu sinto muito. Seu coração mostra que sua válvula está debilitada e sangrando, é preciso trocar essa válvula, apenas assim dando estabilidade a seu coração que é possível fazer a cirurgia de remoção do câncer.


   - Como ela sabe tudo isso? – perguntou Larissa.


   - Não sei senhor. Bem é aconselhado que o senhor descanse amanhã faremos os exames pré-operatórios. Quanto antes fizer a cirurgia melhor.


   - Obrigado doutor. – agradeceu dona Laura.


O médico pediu licença e saiu.


Resolvi sair um pouco do quarto, precisar respirar caminhe para fora do hospital, sentia-me sufocada, não conseguia compreender como fui capaz de dizer todas as aquelas informações. Um desespero consumia minha alma, sentei na calçada em frente ao hospital desabei á chorar. Aquela dor insuportável voltou para me fazer companhia, não tentei lutar contra aquilo, apenas baixei a cabeça e esperei ela me possuir. Mais uma vez fui telespectadora de um filme se imagens sem nexos.


Finalmente minha mente se fixou num ponto.


            Me via em uma sala parecia mais um auditório cheio de pessoas, luzes eram direcionada para uma figura no meio do palco, um homem já maduro, ele fala sobre medicina, mas precisamente sobre cardiologia. Eu estava sentada ao lado de uma mulher morena, tinha meia idade, parecíamos nos conhecer, ela ora ou outra falava comigo, não conseguir distinguem o que meus ouvidos captavam...


   - Você está bem?  


Senti um toque em meu ombro, era Dra. Lidia interrompendo meus fleshs que sumiam feito pavio de pólvora. Levantei a cabeça para encará-la.


   - Meu Deus seu nariz. – ela se agachou.


            A dor se intensificou de tal forma que gritei as imagens voltaram de forma acelerada, não conseguia ver com exatidão não sei quantos minutos duraram, entrei no vazio... Acordo numa enfermaria.


   - Você desmaiou. – disse Dra. Lidia.


Tentei me levantar minha cabeça ainda doía avistei os olhos aflitos de Larissa.


   - Você está bem?- perguntou com a voz angustiada.


   - Estou sim. – sentei na cama - Os flashes!


   - Você acabou desmaiando a trouxemos para aqui.


   - Ultimamente ela está assim, sempre que tem esses flashes acaba desmaiando, sem falar na hemorragia que causa.


   - Tomei a liberdade de chamar Dr. Azevedo para examiná-la, ele é neurocirurgião.


   - Não é necessário já tenho um médico.  – disse categoricamente - Estou bem. – tentei ser convincente.


   - Jas não custa nada deixá-lo examinar.


Não queria deixar Larissa mais preocupada, por isso deixei que o médico me visse, minutos depois ele se aproxima. 


   - Boa noite. – cumprimentou o homem.


   - não respondi. – Boa noite disse as outras duas mulheres.


   - Doutor essa é a paciente que lhe falei.


O médico tentou ser gentil, mas eu não queria ser examinada. Estava cansada de ser carregada de um lado pro outro atrás de resultados inconclusivos. Mesmo com todos os meus protestos fui examinada, primeiro superficialmente, depois fui levada para uma tomografia.


   - O cérebro humano é incrível não é? – falava o médico enquanto me preparava pro exame. Permaneci calada – Você diagnosticou um paciente com câncer em estágio avançado e ainda por cima e ainda conseguiu explicar todos os problemas cardíacos que o paciente está passando. Impressionante. – soltou o ar bem forte. – Como fez aquilo?


   - Não sei. – respondi seca.


Ele me olhou e sorriu.


   - Será que temos uma médica aqui? – tentou brincar.


   - Como vou saber se não tenho memória. Deveria ter visto meu histórico médico antes de querer me examinar – respondi grosseiramente. O homem permanecia de bom humor.


   - Apenas estou tentando lhe ajudar. – respondeu. - Em minha tese de doutorado estudei sobre a memória. Um mundo fascinante. Complexo, demais confesso. Nem com todos os avanços da medicina não conseguimos desvendar todos seus mistérios. A mente humana é extraordinária. Pesquisas mostram que um indivíduo pode viver bem, mesmo com sua perda total da memória, alguns nunca voltaram, já outros depois de anos se passado conseguiram resgatar lembranças antigas. – o homem ficou uns segundo em silêncio depois continuou, o escutava atentamente - Perda de memória não quer dizer perda do conhecimento adquirido, você mostrou ter um conhecimento que poucos residentes que conheço possuir. – ele acenou com a cabeça, - Vamos lá! – ele saiu e deu início ao exame. 


            Os exames foram feitos mais os resultados nada diferente do que já foi dito. Estava cansada. Voltamos ao quarto, Frederico já tinha ido embora, ficamos na companhia do seu Augusto e de dona Laura, preferimos não falar nada sobre meu mal estar, não queríamos preocupá-los 


   - Como o senhor está se sentindo? – perguntei seu Augusto embora tivesse a fisionomia risonha, parecia muito cansado, respirava com dificuldade, mesmo em seu estado debilitado não perdia o bom humor.


   - Me sinto como um carro velho, numa oficina minha filha – ficou em silêncio – Passamos a vida fazendo o possível pra não levá-lo a uma revisão, maquiando o problema, mais uma hora ele dá pau, quando isso ocorre, vamos na certeza que é um problema no carburador. Pra surpresa da gente, descobrimos que além do carburador temos sérios problemas no motor. – suas palavras pesaram em nossos corações. Olhei no fundo dos olhos daquele homem que gostava de fazer graça com tudo, pude ver a tristeza em seu olhar. Larissa sentiu aquelas palavras se afastou chorando.


   - Ainda bem que o senhor não é um carro velho – tentei brincar. O homem me olhou nos olhos e completou.


   - Sou minha filha, sou sim! Por causa de um prato de calabresa vim parar no hospital, nunca me preocupei com minha saúde, sempre fumei, sempre bebi sem se importar no mal que isso me causava, não liguei pela quantidade de colesterol, com a glicose, com nada, agora descubro que tenho um câncer nem sei bem onde, e ainda por cima que meu coração esta jorrando sangue.


   - O senhor vai ficar bem, é comum a trocar da válvula aórtica. É só troca colocar um macapasso, depois poderá retirar o outro problema.


   - A Jasmin está certa. – disse dona Laura - é só uma troca.


   Ele nada mais disse, deu um sorriso amarelo.


   - Vai da tudo certo. – repetiu dona Laura - melhor vocês irem pra casa, seu pai precisa descansar.


   - Poderíamos ficar. – disse.


   - Não precisa, Laura está aqui comigo, não vou morrer agora minhas filhas, podem ir tranqüilas.


   - Pai! – exclamou a Larissa olhando pro pai com cara feia. – Não diga isso! - repreendeu não gostando nada da brincadeira.


   - Desculpe filha.


   - Seu pai precisa descansar melhor irmos, amanhã voltaremos pra ver como estar.


   - Eu quero ficar. – birrou.


Mesmo a contra gosto conseguir convencê-la ir pra casa, sua presença iria acabar angustiando ainda mais o pai.


   - Vamos te deixou em seu apartamento. – falei enquanto nos dirigíamos a um ponto de táxi.


   - Quero ir pra casa Jas. – ela me olhou – Pra minha casa. – enfatizou.


            Entendi o que queria dizer, entramos no táxi ela encostou sua cabeça no meu ombro, suas lágrimas quentes encharcaram minha blusa. Fomos o caminho inteiro calada.


   - Aqui?- perguntou o taxista.


   - Não, é a casa do muro de planta.


O táxi parou em frente de casa, descemos paguei o taxista. Larissa abria a porta, entramos em casa ela mal dava atenção a cadela que tanto gostava, que ficava saltitando de alegria em sua presença.


   - Agora não Meg. – dizia ela a cachorra que pulava em seus pés.  – Vou tomar banho. – virou-se para mim.


   - Está bem! Vou prepara algo pra gente comer.


   - Tá.


            Enquanto ela tomava banho enquanto fui para cozinha preparar o jantar. Meia hora depois ela apareceu já estava com roupa de dormir, seus cabelos estavam molhado, para minha surpresa ela me abraçou por trás e sussurrou em meu ouvido.


   - Estou com medo... – sua voz era tristonha.


Virei pude encarar aqueles olhos negros, que tanto me encantava.


   - Vai dá tudo certo. – Nos abraçamos por alguns minutos depois nos afastamos.


   - Cheiro bom! – ela abriu a tampa da panela onde pode inalar o aroma da canja que tinha preparado.


   - Está quase pronto, você olha enquanto tomo um banho rapidinho? - indaguei.


   - Olho sim, só não demora muito.


            Fui pro banho, pude escutar o telefone tocando demorou um pouco pra Larissa atender, não deu pra escutar direito, mas ela parecia discutir com alguém, podia até adivinhar que seria. Quando voltei, ela estava deitada no sofá parecia irritada, sua fisionomia estava fechada não quis perguntar nada, ela se levantou e fomos pra cozinha.


   - Está tudo bem? – indaguei enquanto degustávamos da sopa.


   - O ogro do Frederico! – depositou a colher no prato e me olhou – Sua insensibilidade é irritante.


   - O que ele fez dessa vez?


   - Não quero nem falar pra não me aborrecer ainda mais.


Demos por encerrado o assunto, conversamos pouco durante o jantar, Larissa estava muito triste, sentia muito medo pelo estado de saúde do pai, sentei no sofá ela apoiou sua cabeça em minha perna. Nada falamos, apenas fiquei fazendo carinho em seus cabelos, queria ter o poder de tirar suas dores. A campanhia tocava sem parar, me levanto e vou ver quem é, supostamente algum vizinho querendo saber notícias. Deparo com Frederico que nem espera eu abrir a porta, empurra o portão e entra alvoroçado. 


   - Cadê a Larissa!


   - Hei! – gritei.


   - Larissa, Larissa! – ele saiu gritando invadindo a casa.


   - O que Frederico? – falou se levantando do sofá, não parecia surpresa com a visita do marido. – O que você quer?


   - Como assim o que você quer? Vim te levar pra casa.


    - Aiiii – resmungou ficando impaciente, mas sem perde o tom de voz de serenidade. – Já disse não que vou dormi em casa.


   - E posso saber por quê? – continuou berrando. – Você está com mentira agora é? Disse que ia ficar no hospital, mais invés disso veio pra casa com essa mulherzinha.


   - Escuta bem, é a última vez que peço pra você se referir a Jas pelo nome e se não fiquei no hospital foi porque não deixaram.


   - E por que não foi pra casa?


   - Eu estou em casa! – Larissa estava perdendo a paciência.


   - Não! Vamos pra casa agora. – ele subitamente a pegou pelo braço e saiu puxando bruscamente.


   - Ela não vai para canto nenhum. - acabei me metendo na discussão, puxei a Larissa pelo outro braço.


   - Como ousar sua...


   - Me solta! – gritou Larissa se desvencilhando de nos dois. – Não vou a lugar algum, vim pra casa da minha mãe e aqui ficarei.


O homem lançou um olhar de fúria. Estremeci.


   - Você vai pra casa e vai agora.


Frederico mais uma vez segurou Larissa pelo braço com estrema força, ela tentou se soltar mais ele era bem mais forte.


   - Me solta . – pedia enquanto ele a arrastava para fora. – Me solta...


Sem alternativa ela o mordeu no braço, ele deu um grito de dor.


  - Sua cadela... – não teve demora, Frederico foi pra cima de Larissa com tudo dando socos e pontas pés. – Você quer ficar com essa mulherzinha não é...


            Ele estava fora de si, agia como um louco não podia acreditar no que estava vendo, fui pra cima dele, a luta foi grande, ele acabou me derrubando com um chute. Aquele monstro batia violentamente em Larissa que lutava contra seu agressor, me levantei sem demora fui no único ponto que poderia pará-lo, juntei todas as forças tinha e chutei suas intimidades, foi certeiro, ele caiu de dor, Larissa estava muito machucada, seu rosto estava sangrando, com raiva ainda pulei em cima dele e dei murros nas costas, Frederico parecia sem força, agora gemendo enquanto segurava sua intimidade.


   - Sai daqui... – Larissa falou em meios de choro. Frederico saiu andando meio arreganhado.


            Corri onde ela estava fiquei abismada com o que acabara de passar, agora pude ter a certeza que aquilo vinha acontecendo há algum tempo, abracei-a com força, mais uma vez seu coração estava sendo dilacerado. Ajudei-a entrar corri no quarto de dona Laura e peguei uma maleta de primeiros socorros, consegui limpar o ferimento de sua face, mas nunca conseguiria curar o ferimento de sua alma.


   - Não é a primeira vez não é? – minhas palavras saiam em forma de crítica, coisa que não era propicia no momento – Como você pode suportar? – ela não me respondia suas lágrimas tinha sido engolida, assim como sua vergonha. – Vamos a uma delegacia! – exclamei.


   - Não! – Larissa tinha o olhar vazio.


            Toquei em sua face com delicadeza levantei seu queixo para que ela me encarasse nos olhos. Gostaria de saber o que dizer, mas ha momentos na vida que não é preciso dizer nada, meu olhar passava o conforto que minhas palavras não acalentava. Ela assim o recebia e o agradecia. Olhando no fundo daqueles olhos negros antes eram tão brilhante, agora perdera o brilho mostrando um cinza em meio de seus infortúnios.


   - Faça isso por você!


   - Eu não sei se consigo... – sussurrou.


   - Porque caímos? – Larissa me olhou confusa com minha pergunta. Pensou por alguns instantes depois balançou em sinal de negação, pois não sabia a resposta. Mais uma vez busquei seus olhos tristonhos. – Para podermos nos levantar Lary – dei um sorriso afável - Não importa o motivo da queda! Não importa a profundidade do baque! Sempre temos a chance de nos levantar mais uma vez! – não sei a origem dessas palavras, apenas senti a necessidade em dizê-las.


            Larissa se trocou enquanto chamei um táxi. Fomos a delegacia mais próxima. Ela hesitou um pouco antes de entrar, sentia-se humilhada, dilacerada, preso no casulo de seu sofrimento. Entrou cabisbaixa, falei com a recepcionista, ela mandou que aguardássemos. Ora ou outra Larissa me lançava olhar de suplica para que eu a tirasse dali, sua vontade era de fugir. Mas não estava disposta deixá-la fazer isso. Violência contra outra pessoa é inadmissível, meia hora depois, entramos na sala da delegada. Uma mulher obesa do olhar amedrontador. Foi muito difícil para Lary, em mais de uma hora de depoimento pude saber o dantesco infortúnio que ela vinha passando, aos pouco a delegada de cara feia foi se mostrando mais solidária do que sua aparência demonstrava. Depois do depoimento fomos conduzidas para fazer o exame de corpo delito. Tudo feito dois policiais se ofereceu para nos deixar em casa.


Nada falamos, o silêncio era o melhor consolo de quem tem sua vida destroçada, assim que tomamos banho deitamos na cama, não sabia como agir, minha cabeça doía de tanto pensar numa forma de amenizar o que ela estava sentindo. Quando entrei no quarto ela estava sentada na beira da cama, mexia numa caixa. Já tinha visto antes, ela costumava guardas bilhetes, fotografia e inúmeras coisas dela e do Frederico, coisas que significavam muito. Seu corpo estava todo machucado, fazia careta ao se mover, colocou a caixa dentro de uma gaveta depois se deitou. Deitei-me também. O sono não vinha o choro baixinho dela acompanhou madrugada adentro, até se silenciado pelo cansaço.


 Na manhã seguinte acordo em sobressalto, olho pro relógio e já são 9 horas da manhã, mas assustada fiquei quando vi que ela não estava na cama ao lado, desnorteada saio pela casa descalça ainda tentando acordar, escuto vozes na sala, saio cambaleando fiquei com os olhos estatelado quando deparei com Frederico sentado no sofá, estava de cabeça baixa. Lary estava em pé de frente pra ele, ela percebeu minha presença. Fiquei na dúvida se ia pra cima dele ou se ficava quieta, uma raiva subia a cabeça.


   - Está tudo bem – Larissa parecia ler meus pensamentos, antes que fizesse qualquer coisa disse – Ele já esta indo embora.


            Dito isso ele se levantou, pude ver seus olhos vermelhos, seu rosto estava aranhado assim como seus braços, ele saiu sem dizer nada. Larissa esperou um pouco depois se virou pra mim.


   - Acabou! – ela parecia serena, diante do acontecido. – Eu o amo, Deus sabe o quanto o amo... – agora sua voz se embargava e seus olhos se enchiam de lágrimas – Nem só de amor segura um relacionamento, quando o respeito acaba... – ficou em silêncio, engolindo o choro – Tudo fica perdido.


Fui me aproximando fiquei de frente pra ela. Queria abraçá-la, confortá-la.


   - Preciso de um tempo Jas... – disse ao percebe minha intenção.


Ela até tentou evitar, mas abracei com todo meu carinho... Seja qual foi à conversa que teve com aquele homem foi definitiva. Esperaria o tempo que fosse necessário apenas quero dá a tranqüilidade e o amor que ela merece...



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Autor(a): Dannyk

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • brunamachado Postado em 20/09/2013 - 22:21:56

    Amore obrigada por poder falar comigo,meu e-mail é Giovanafernandesbarbie@hotmail.com ! Estarei esperando vc falar comigo,beijo

  • brunamachado Postado em 20/09/2013 - 22:10:27

    Que isso Amore,foi um prazer ler sua fic! Adoreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei o final,esse final sim,valeu a pena,e muito,ela lembrou de tudo,que lindo,teve a vida dela de volta,a familia,a esposa,os filhos e claro se ela conseguiu recuperar a memoria também teve a carreira dela de médica de volta,muito boa,Parabéns

  • annecristine Postado em 20/09/2013 - 18:09:17

    De nada minha linda! Simplesmente amei o final! Mas pena q acabou! :/ Muitoooo boaa q foi sua fic! Bjs e vou sentir saudades da fic.. Parabéns mandou muito! *---*

  • brunamachado Postado em 20/09/2013 - 02:00:04

    A muito obrigada amore,por responder,fico feliz,tomara que seja uma surpresa boa mesmo,vou continuar lendo e esperando pra ver! AMORE se não fosse muito incomodo,eu gostaria de falar com você por outro lugar que não fosse aqui! por e-mail talvez,é que eu tbm escrevo fic e queria fazer uma coisa,mais não sei se posso e pelo que vejo vc já escreve a bastante tempo,queria sua opiniao,se não for muito abuso de minha parte,bom se for possivel,me diz por aqui,pra eu poder deixar meu e-mail pra vc aqui,obrigada!

  • annecristine Postado em 18/09/2013 - 22:51:16

    Aii q bom! Crlh ta muito boa... Nao consigo parar de ler.. Haha.. Torcendo muitooooo pela Lali e pela Eugi.. Esperando por mais ansiosa! :))

  • brunamachado Postado em 17/09/2013 - 20:44:17

    mais no fim a eugenia vai recuperar a memória? pq li uma adaptação dessa fic,e não gostei nem um pouco,no fim ela não lembra de nada,ela tinha que recuperar a memoria e voltar a ser medica,fez tanto esforço pra conseguir ser alguem por ela mesma e no fim nada de nada,fiquei decepcionada com o fim,não curti,achei que perdi meu tempo lendo,espero que a sua não seja assim.

  • annecristine Postado em 17/09/2013 - 18:13:50

    Aiiii tadinha da Lali.. :// Voltaaa posta mais! To muito curiosa pra saber no q vai dar! Não demora a postar! PLEASE! *---*

  • annecristine Postado em 05/09/2013 - 00:52:13

    Aiiin q perfeita sua fic... Já li tudooo.. To amando.. E esperando ansiosa vc postar mais..

  • annecristine Postado em 22/08/2013 - 15:20:03

    Leitora novaaaa! To adorando.. *---*

  • analima2000live Postado em 01/07/2013 - 17:12:40

    Posta mais *_*


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