Fanfic: Minha doce prostituta (Adaptada) Laleuge - 1ª e 2ª Temporada - Finalizada | Tema: Lali Espósito, Euge Suárez

O destino

            O que você faria se visse alguém que já morreu? Estaria tendo alucinação? Como isso se explicaria? A vida está brincando com você? Difícil responder.

            A grande custo Belén conseguiu convencer Lali a viaja com as amigas. Iriam a uma micareta na cidade vizinha. Lali não parecia muito animada com os planos das amigas, mas se livrar de Belén era mais difícil que ir nessa tal micareta.

            O tempo tinha passado para Lali, ela não conseguia ver graça nessas coisas, a noite tinha começado animada aos poucos ela foi entrando na alegria das meninas. Madrugada corria à solta, estava apoiada no parapeito, o trio tinha parado diante do camarote, Lali observava a alegria das pessoas na avenida que mesmo depois de horas correndo atrás de um trio não demonstrava cansaço. Sua visão estava voltada pra um grupo de pessoas lá embaixo, uma mulher no grupo se destacou estava de costa. Era loira, tinha os cabelos curtos e lisos, a curiosidade foi grande, Lali se deslocou de onde estava e foi pro outro parapeito, queria ver a mulher de um ângulo melhor. Seu coração parecia inquieto, de repente ela conseguiu ver seu rosto com exatidão. Se não tivesse se segurado na menina que estava ao seu lado ela tinha caído, seu coração palpitava, seus olhos estavam incrédulos na imagem lá em baixo.

   - Não pode ser... – sussurrou.

Um arrepio percorreu a espinha, suas mãos tremiam, seus olhos se fixaram naquela imagem.

   - É ela... – num ímpeto Lali saiu correndo escada a baixo.

            Atropelando as pessoas, seguia até a avenida olhava de um lado pro outro, não conseguia encontrá-la começou a se apavorar.

 – Não pode ser! Estou ficando louca.

            Será que estaria mesmo ficando louca? Lali corria de um lado pro outro encarando as mulheres que passavam em sua frente, até seus olhos avistaram o que parecia um fantasma, ela estava de costa com a cabeça baixa, uma mão em sua têmpora e a outra no joelho. Lali caminhou em sua direção a mulher se reerguia e caminhava pro lado oposto até que ela foi puxada pelo braço.

   - Eugenia... – gritou Lali ficando ainda mais perplexa ao ver a mulher a sua frente. Faltaram-lhe as palavras.

   - Me solte. – ordenou Jasmin.

   - Você... Euge... como... – Lali já estava com os olhos cheios de lágrimas seu coração batia tão acelerado que chegava a doer.

   - Me solte. – Jasmin puxou seu braço.

            Por um instante seus olhos se cruzaram uma onda se sentimentos ocorreu nas duas, mas a loira saiu. Lali correu trás dela, mas ela sumiu no meio da multidão. Seu coração entrou em desespero corria de um lado pro outro sem parar não voltou a vê-la. Uma hora depois voltou ao camarote aos prantos.

   - Onde você estava amiga arrumou algum gatinho foi?- perguntou Paula sem percebe no estado da amiga. Lali foi até Camila a puxou de forma brusca. – Eugenia está vida... Euge está viva! – gritava. Camila e Belén Ficaram atônita pensaram que a amiga estava bêbada, mas perceberam que ela estava chorando.

   - Calma. – pediu Belén puxando a amiga pra um lugar mais afastado da zoada. – O que houve?

   - Euge está viva acabei de vê-la.

Belén fez cara feia achou que a amiga estava realmente bêbada.

   - Lali, Lali você andou bebendo o quê?

   - Estou falando sério. – gritou.

   - Fala baixo você está muito nervosa. – Belén tentou segurar no ombro de Lali, mas ela deu um passo pra trás.

   - Euge esta viva e precisamos encontrá-la.

   - Maria Eugenia morreu! – gritou Belén sacudindo a amiga. – Pare de falar essas coisas se não vou pensar que você esta ficando louca. – falou perdendo a paciência.

   - Eu sei que é ela. – defendeu-se. – Se vocês não querem me ajudar vou achá-la sozinha.

            Camila e Paula ficaram assustadas com aquele surto, olharam pra Belén como se esperasse que ela fizesse alguma coisa. Belén segurou Lali antes que ela descesse as escadas.

   - Lali espera. – pediu.

   - Ela está viva, eu a vi, eu a vi. – insistia.

            Belén balançava a cabeça em sinal de negação puxando Lali para seus braços, algumas pessoas olhavam pra cena curiosos.

   - A loira morreu Láh... – disse Belén num tom baixinho, Lali caiu em pranto. Seu corpo estava muito tremulo, Belén e as meninas resolveram levá-la pro hotel.

  - Como ela está? – perguntou Camila.

  - Tive que forçá-la a tomar um calmante.

  - Será...

  - Eugenia morreu Camila – disse Amanda à mulher que estava muito nervosa diante do que Lali dizia.

Camila ficou muito triste lembrou-se da irmã e uma dor fina a abateu, começou a chorar.

   - Amor... Não fica assim. – Belén abraçou com carinho.

   - Acho melhor ir dormi também. – disse Paula indo pro seu quarto.

            A noite tinha sido agitada Lali não conseguiu dormi. Seu coração doía de forma violenta, às lembranças de Eugenia chegaram de forma devastadora. Uma retrospectiva corria em sua mente, lembrou da última vez que viu a mulher. Pegou seu notebook um som foi tomando conta do local. Uma melodia triste invadia sua audição, ficou olhando as fotos delas.

Esconderijo Ana Cañas

Procuro a solidão
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
Pensamento sem razão
Procuro esconderijo
Encontro um novo abrigo
Como a arte do seu jeito
E tudo faz sentido
Calma pra contar nos dedos
Beijo pra ficar aqui
Teto para desabar
Você para construir

Dundarundê aunde iê

            O dia tinha raiado Lali não conseguiu dormir naquela noite, fingiu tomar o remédio só assim sabia que sua amiga ia deixaria em paz. Tomou um banho gelado decidiu procurá-la sozinha, seus olhos não tinha visto uma miragem, ela a viu, a tocou, tinha convicção disso. Alugou um carro e saiu pela cidade. Dirigiu pela cidade, foi inúmeras vezes no lugar onde tinha visto na noite anterior. Mais nada começou a se angustiar, as horas foram passando até ela voltar ao hotel desanimada.

   - Onde você estava passei a manhã toda ligando pro seu celular e só dá desligado?

Lali tinha um olhar muito triste sua voz saia embargada. Uma dor no peito chegava a sufocar.

   - Preciso achá-la... – sussurrou.

            Belén respirou fundo. Olhou pra amiga buscou força, estava difícil lidar com as fantasias da amiga, ignorou a própria crítica.

   - Tomar banho, vou pedir uma comida pra você comer, provavelmente nem comeu nada. – Lali confirmou com a cabeça. – Ai conversamos amiga. - Meia hora depois ela estava sentada na mesa almoçando com a amiga.

   - Onde está Camila?

   - Foi as compras. Aquela mulher ainda me leva a falência. – reclamou Belén.

   - Bem empregado para você. – brincou Lali.

   - Mulher por onde tu andaste a manhã inteira?

   - Queria ver se conseguia encontrá-la.

   - Encontrar quem Lali? – perguntou a mesma com medo da resposta que viria.

   - A minha mulher ! – falou com segurança – Sei o que vi ontem. Não foi um fantasma, ela era real, a toquei. Falei com ela.

Belén respirou fundo moderou a voz.

   - Você sabe que isso não é possível!

   - Gata eu sei que é ela.

   - Me diga então como era essa mulher, como foi que aconteceu? Ela surgiu do nada, porque não a vi?

   - Bem eu estava lá no camarote vendo o trio passar, tinha umas pessoas lá embaixo, um grupo algo me chamou a atenção. Houve um tumulto, então fiquei observando, percebi que a mulher tinha se perdido do grupo, lembrei de quando Eugenia se perdeu da gente em seu primeiro carnaval em Olinda, fui pro outro lado, quando vi a mulher. Era ela, então corri até lá procurei por todo canto até que a encontrei. Belén eu a segurei pelo braço, meu coração explodia de tanta felicidade.

   - Você falou com a mulher?

   - Eu fiquei nervosa... Falei nada, não conseguir falar nada... – confessou.

   - Como essa mulher era?

   - Era a Maria Eugenia. – Belén olhou de cara feia esperando uma resposta mais completa – Loira, linda, estava bem bronzeada, seus cabelos eram na altura dos ombros, tinha o corpo definindo

   - É isso! – concluiu Belén. – Lalita você se enganou, deve ter visto uma mulher parecida com a loira acabou se confundindo, juntando com o teor de álcool em sua corrente sanguínea...

   - Não estava bêbada Gata, mesmo que ninguém acredite, sei o que vi. Até aquele sotaque gaucho pesado ela tinha.

   - Lali pelo que você diz, a mulher era parecida com a Euge, mas não era ela. Eugenia tinha os cabelos longos e não curtos, estava magra, não definida, era uma branquela, sotaque olhe onde estamos ? muitas pessoas vêem de fora pra brincar micareta aqui. Eugenia morreu e você sabe disso, quanto mais você demorar pra aceitar, mais você se machucará.

            Lali ficou muito pensativa com as palavras da amiga seu coração gritava que Belén estava errada, mas sua razão dizia o contrário. Sentia-se muito confusa sua cabeça estava um turbilhão.

   - Você tem razão. – no final concordou com a amiga.

   - Até que enfim. – respirou mais aliviada. – Melhor voltarmos pra casa.

   - Não! – exclamou Lali. – Vamos ficar até o final da festa.

            Belén acabou concordando. Não era pra Curti a festa que Lali queria ficar tinha motivos maiores. Foi brincar nas noites seguinte mais animadaa ficou justamente no mesmo lugar que tinha ficado anteriormente tinha esperança de voltar a ver a mulher que tanto se parecia com sua amada. A noite foi longa, Lali se mantinha fixa na sua vigília, mas infelizmente nada aconteceu voltou, pra casa arrasada. E foi assim nos dias seguintes, a festa tinha acabado e ela decidido ficar mais uns dias na cidade, saia exaustivamente pela cidade à procura da mulher, sua busca tornava obsessiva, Belén estava irritada com o comportamento da amiga, não queria deixá-la sozinha naquele estado emocional tão delicado, mas era preciso voltar para casa além do filho tinha o trabalho.

   - Lali já chega dessa procura infundada voltamos pra casa hoje.

   - Preciso encontrá-la.

   - Você não vai encontrar ninguém, que inferno Eugenia morreu Mariana, morreu – Belén gritou tão alto que dava pra escutar nos corredores do hotel.

   - Ela não morreu...

            Lali ficou enfurecida diante da afirmação da amiga foi pra cima dela com toda sua força, Belén até que tentou, mas estava movida pela raiva também, as duas saíram no maior tapa, as duas batiam uma na outra, os gritos escutavam do quarto ao lado, Camila fica horrorizada com a cena vendo as duas amigas se engalfiando no chão, Paula chega pra ajudar á separá-las, tanto Belén quando Lali estavam machucadas e sangrando.

   - Eugenia morreu. – Belén continuou gritando Lali tentou ir pra cima dela, mas foi contida por Camila.

   - Cala boa sua vagaba...- xingou.

   - Eugenia morreu. – A morena se soltou de Paula parecia mais calma, sua voz saia suave, foi se aproximando de Lali repetindo a mesma coisa, sua amiga chorava Belén também chorava - Ela morreu Lali...

            Mariana finalmente foi caindo em si e aos poucos foi deixando o seu corpo cair. Camila a soltou Belén se agachou e abraçou, a amiga começou a chorar copiosamente, Belén a abraçava com força querendo tirar toda a dor que sentia, sofria por ela também, ela pediu pra ficar sozinha. Foram longas horas até que Lali consegue se acalmar.

   - Eu sinto tanta falta dela. – dizia Lali.

   - Eu sei miguxa, eu sei... – apertava com força em seus braços. – Sabe o que agente vai fazer agora? – indagou Belén enxugando ás lágrimas do rosto da amiga. – Vamos beber, cair e levantar – Lali deu um sorriso torto.

   - Como nos velhos tempos? – perguntou.

   - É como nos velhos tempos.

Lali e Belén saíram sozinhas nessa noite tomaram o maior porre da vida delas.