Fanfic: Minha doce prostituta (Adaptada) Laleuge - 1ª e 2ª Temporada - Finalizada | Tema: Lali Espósito, Euge Suárez

Euge ficou um tempo em silêncio. Sua respiração parecia irregular. Lali achou que foi longe demais com o pedido. 

- Tudo bem.
A morena quase caiu pra trás com o que acabou de ouvir. 

- Você está falando sério?

- Acha que pareço brincar diante de uma situação dessa? – disse Euge ríspida. 

- Desculpa. Quando pretende vim? 

- Não tenho seu endereço.

- Não se preocupe mando o motorista ir lhe buscar.

- Esta bem, estou morando na casa da minha mãe. No final da tarde espero o motorista é o tempo de arrumar algumas coisas. 

Lali não conseguia conter a euforia que estava sentindo. 

- Mariana de ante mão quero te informar uma coisa.

- Diga. – Lali prendeu a respiração.

- O fato de aceitar morar em sua casa não quer dizer que estou te aceitando. Quero conhecer meus filhos, o sentimento que sinto por eles é confuso ainda, mas sinto que é mais forte do que qualquer coisa. 

- Não se preocupe vou manda arrumar um quarto pra você. 

- Ok então!

       Euge colocou o telefone no gancho, não sabia se era o melhor a fazer, mas precisava descobrir o que essas pessoas significavam em sua vida. O dia correu a passos lentos, vagarosamente ela arrumava sua mala, não pretendia levar muitas coisas, pois não tinha certeza se passaria muito tempo sob o mesmo teto que sua ex-esposa. Depois do almoço resolveu dá uma caminhada na praia, correu até não ter mais fôlego, buscou força em seu interior para continuar com aquilo. Nunca se sentiu tão triste, depois do banho resolveu deitar, as lágrimas vinham mesmo se querer. Um filme foi passando em sua mente, tudo que tinha vivido até abrir os olhos naquele quarto de hospital até então.

- Ninguém pode me obrigar a amá-la. – sussurrou ao lembrar-se da Lali. – Eu não a conheço... 

              A maior frustração de Eugenia era justamente essa. Se via obrigada a estar com uma pessoa e amá-la só porque fez parte de seu passado. Seus devaneios foram interrompidos com as batidas da porta do quarto. 

- Filha! – chamava Júlia. – Mariana já esta aqui. Ela veio lhe buscar. 

- Estou indo, mãe! 

         Euge se levantou foi ao banheiro não queria que a morena que ela tinha chorado. Caminhou até a sala sem pressa, logo avistou aquela menina mulher a sua espera. Lali abriu um largo sorriso, a loirinha fixou naquela imagem. O sorriso de Mariana lhe causava certas sensações. Simplesmente a cativava.

- Você chegou cedo. – falou Euge olhando o relógio no pulso.

          Mariana não se continha em ansiedade, assim que desligou o celular não parou um segundo, gritou pela casa de alegria, ligou pra tia contando a novidade, mandou cancelar toda sua agenda pro resto da semana. Gimena não gostou, mas sabia que enquanto ela não resolvesse suas pendências pessoais não teria rendimento no hospital, então lhe deu uma licença. Lali mandou arrumar o quarto de hospedes que ficava ao lado do seu, claro que acreditava que seria por pouco tempo, ia fazer o possível para conquista a mulher mais uma vez. Porém sabia que tinha que manter a paciência, Eugenia a desconhecia só o fato de aceitar a viver com ela e os filhos era um passo muito grande. Esperaria o tempo que fosse necessário, seu amor por Eugenia era mais forte que qualquer infortúno que surgissem. A vida estava lhe dando uma outra oportunidade, não iria desperdiça. 

- Desculpe, me adiantei demais – Lali tinha nervosismo na voz Euge percebeu. 

- Vou pega minhas coisas. – disse a loira saindo da sala.

        Júlia conversou brevemente com a nora, pedia que ela agisse com prudência. Lali a tranqüilizou. Euge não demorou muito voltou à sala, tinha apenas uma bagagem. O caminho tornou-se longo não só pelo transito terrível, mas também pelo silêncio absoluto. Lali ficou toda sem jeito Euge observava cada movimento da morena.

- Que idade você tem? – indagou Euge quebrando o silêncio.

- Fiz 26 na semana passada 16 de julho.

- Parabéns. – cumprimentou a loira.

- Obrigada - disse sorrindo

 Nada mais disseram Lali resolveu ligar o som. Uma música foi tomando conta do carro, Lali logo percebeu que a loirinha não gostou do forró que tocava, então pediu que ela trocasse para alguma coisa a seu gosto. Euge pegou em sua bolsa um cd, uma melodia tomava conta do ambiente. 

Paciência
Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Euge ficou surpresa quando escutou a primeira estrofe. 

   - É você cantando... – falou toda abobalhada ouvindo a voz da lourinha no som do carro.

   - Gosto dessa música, estava aprendendo a tocar e a cantar no tempo certo, antes de vim pra cá. Larissa sempre gostou de me ouvir cantando, gravei um demo pra ela. Nos finais de semana costumávamos sair pra um restaurante lá nossos amigos sempre insistiam pra eu tocar. – Euge tinha um brilho no olhar.

   - Sua voz sempre foi magnífica, temos um piano em casa, você sempre gostou de tocar para abstrair. – disse Lali.

Enquanto o tempo acelera e pede pressa...
Eu me recuso faço hora e vou na valsa...
A vida é tão rara...
E quando todo mundo espera a cura do mal...
E a loucura figi que isso tudo é normal...
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando cada vez mais veloz...
A gente espera do mundo o mundo espera de nos...
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perde
E quem quer saber a vida é tão rara... tão rara

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma...
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma...
Eu sei...A vida não para...não parar...

Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perde
E quem quer saber a vida é tão rara... tão rara

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma...
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma...
Eu sei...A vida não para...não parar...

Não falaram mais nada, foram o resto do caminho escutando algumas músicas que a própria Eugenia cantava. 

- Chegamos! – informou Lali entrando num casarão. 

Euge não pode deixar de se impressionar com a mansão que a morena vivia.

- Sua casa é muito bonita. – disse diante da casa.

- Nos mudamos depois que eu engravidei, aqui teríamos mais espaço pras crianças, você passou quase seis meses reformando essa casa. Escolheu e decorou cada peça nessa propriedade é arte sua. É nossa casa Eugenia. Minha casa sua casa.

            Mariana conduziu para dentro. A casa era enorme dona de uma decoração impecável, sem perde a simplicidade como era o gosto das duas. João Gabriel que esperava ansioso a chegada da mãe logo correu ao seu encontro seguido por sua irmã mais nova que ficou toda feliz ao ver Lali. Euge abraçou o menino em desespero como aguava por aquele abraço. Chorou copiosamente, uma emoção invadiu seu corpo, os dois ficaram longos minutos ali abraçados. Até que a loirinha percebeu um olhar curioso lhe observando. Duda olhava curiosamente para a mulher que abraçou seu irmão. Euge se recompôs enxugou as lágrimas fitando a menina. 

- Essa aqui é a Maria Eduarda. Quando você se perdeu eu estava grávida, nem teve a oportunidade de conhecer sua filha. – Euge abriu um sorriso todo bobo admirando o rostinho da menina nos braços de Lali.

- Ela é muito linda.

- Filha essa aqui é sua mamãe Euge...

             A pequena Duda olhava desconfiada para Euge. Suas mãozinhas contornavam o rosto da loirinha, que sentiu uma felicidade indescritível.