Fanfic: Minha doce prostituta (Adaptada) Laleuge - 1ª e 2ª Temporada - Finalizada | Tema: Lali Espósito, Euge Suárez

Duda :

- Mamain Eugee – gritou a menina abrindo aquele sorriso.

- Ela tem teu sorriso. – falou Euge abobalhada.
A menina se jogou nos braços de Eugenia que por pouco não tinha a segurado.

- Está doida filha! – exclamou Lali assustada. – Tem meu gênio também. – informou a morena. 

    Euge abraçou a menina com carinho maravilhada com aquela alegria que estava sentindo diante dos filhos. Duda e Biel davam a maior atenção, ela ficou horas ali, Duda trouxe todas as suas bonecas chamando a atenção da loira, João Gabriel tagarelava sem parar, Lali morria de ri. Os dois só desgrudaram a noite depois de mostra toda a casa inclusive a casa do cachorro. 

- Eles são parada. – falou Lali brincando com a hiperatividade dos filhos.

- São lindos. Parabéns.

- Fico feliz que tenham gostado deles. Vamos jantar aqueles dois devem ter esgotado suas energias. 

          Euge riu. Durante todo jantar o assunto não era outro, ela queria saber tudo a respeitos dos filhos desde seu nascimento até a idade atual. Pediu pra morena lhe mostrar os álbuns de fotos, vídeos caseiros, tudo. Lali se mostrava animada com o interesse da mulher aquilo levou horas e horas na sua companhia até a loira se sentir cansada pediu para dormi. 

- Esse é seu quarto. – mostrou Lali. 

- Obrigada Mariana. 

- Seja bem vinda loirinha...

          O dia tinha sido agitado, sua mente sentia-se cansada, em poucas horas tinha vivo emoções muitos forte, aquela casa lhe traziam sentimentos diferente. O banho foi demorado, o sono não vinha, sua mente repassava cada segundo do seu dia. Enquanto isso Lali caminhava de um lado para outro, estava agitada, uma euforia dentro de si. Ainda não acreditava que Maria Eugenia estivesse de volta. Por tantas noites chorou sua perda. Mas agora ela esta ali ao alcance de suas mãos, mas precisava conter sua ansiedade não podia arrisca em perdê-la mais uma vez. Seu coração não suportaria. 

      Nos dias seguintes, Euge se sentia mais confortável a sua nova condição, Lali estava sempre por perto. A loira passava o dia inteiro na companhia dos filhos cada dia os amava mais, Duda a tinha cativado de forma assustadora, um amor incondicional brotou em seu peito mesmo sem achar que fosse capaz. Lali sentia feliz em ver a loira com as crianças, tentou se aproximar, como sentia saudade. Suas noites tinham se tornado cada dia mais difíceis, desejava Eugenia como nunca. 
            Já Eugenia ainda se sentia em dúvida, tentou procurar Larissa inúmeras vezes, mas sem sucesso, Lary preferiu se manter afastada, pois sabia que seria difícil para Lali conquistá-la se ela se mantesse por perto, ela não se sentia tão triste, pois sabia que estava fazendo o certo, contava não apenas com o apoio da família, como também dos amigos que fez na cidade. Belén, Camila, Cande, Gastón e a própria Júlia se tornaram muito amigos de Larissa. Diante de tanta recusa da advogada Euge finalmente disse para si mesmo que ia parar de insistir deixaria que as coisas tomassem rumo próprio.

Um mês desde que a loira tinha se mudado, Lali resolveu passar um final de semana com ela e os filhos na casa de praia. Na sexta feira pegaram estrada, Euge pediu para ir dirigindo, Lali ia indicando o caminho. No outro carro o motorista levava a babá e dois amigos de João Gabriel. 

          Chegaram a casa. Euge adorou-a, logo teve inúmeros flashes do lugar, principalmente lembranças com a própria Lali, mas preferiu ficar calada. As duas acabaram tento que dormi no mesmo quarto, no meio da noite Lali não se agüentou acabou abraçando a loirinha, que se deixou abraçar, mil sensações passaram pelo seu corpo ao senti o corpo da morena grudado ao seu, mas controlou-se. 
       Na manhã seguinte todos se arrumam pra ir à praia. O dia teria sido perfeito se Lali tão tivesse armado um escândalo ao ver Euge tirando sua saída de banho.

- Você está doida é? – gritou Lali, Euge a olhou assustada.

- O que ouve? – perguntou sem entender.

- Esse biquíni que você veio. Eugenia você é uma mulher casada, mãe de duas crianças, isso são trajes de vim à praia.

Euge não agüentou olhou o próprio biquíni não viu nada demais. Suas bochechar coraram ao perceber que algumas pessoas que estavam na barraca ao lado as observavam.

- Não tem nada demais meu biquíni a Larissa que me deu.

        Lali começou a reclamar, a raiva se tornou graça pelo jeito que a morena brigava aquilo soou tão familiar. Pela primeira vez Euge reparou na mulher que brigava com ela, Lali realmente embora tivesse ainda aquele rosto de menina, tinha um corpo de mulher, Euge desceu a vista pelo corpo da morena admirou cada curva, Lali reconheceu aquele olhar.

- aba..aba... – falava Duda querendo ir pra água. 
- Agora não. – falou Lali. 
A menina começou a chorar. 

- Peixinho que ir pra água ? mamãe Euge leva. Espera so um pouco.

            Euge não queria mais discutir com Lali, principalmente porque as pessoas estavam olhando, pegou a pequena Duda no colo, junto com uma bóia caminhou até a água. A menina adorava a praia, Euge gostava de chamá-la de peixinho, as duas brincavam até que a morena foi se aproximando Euge acompanhou, tinha um olhar safado. 

- Amor trás ela aqui pra eu colocar protetor. – pediu Lali do jeito mais natural possível, Euge gostou da forma que foi chamada, mas não comentou.

- Num quelo mainha, num quelo - dizia a menina com um biquinho que fez Euge rir

- Se não passar vai ficar que nem um camarão

         Mesmo contra todos os protestos Lali colocou protetor solar na menina que brincava na sua bóia. Depois ficou pro trás de Eugenia espirrou protetor na palma da mão e levou até as costas da loira, que se contraiu todinha ao senti a mão macia da morena. Lali ao perceber que aquilo tinha causado algum efeito se aproveitou, deslizou a mão pela lateral do corpo da loirinha, depois se virou para frente, os castanhos se fundiram nos olhos negros, Lali passou protetor delicadamente no rosto dela, deslizando para o ombro, descendo para o colo dos seios, Lali pôde ver os pêlinhos da loirinha ficarem eriçados. Ousou ainda mais descendo até a barriga, Eugenia sentiu um frio na barriga, aquele momento foi interrompido quando Duda jogou água no rosto de Lali. 
Euge deu uma gargalhada nervosa. 
      A morena voltou à barraca com um sorriso vitorioso, era a primeira vez que tocava a mulher e pôde perceber que ela gostou, pois não houve protesto. O dia corria animado, Duda não queria sair da água, Gabriel brincava com os amigos. Lali ficou furiosa quando um grupo de rapazes parou diante de Eugenia a chamando de gostosa. Ela só faltou bater neles. Euge por mais que tentasse, achava muito engraçado a reação da morena toda vez que recebia uma cantada.

- Isso é o que dá vim com esse pedaço minúsculo de pano. Podia vim com um maiô, é bem mais elegante. – retrucava Lali enquanto voltavam pra casa. 

Lali saia do banho quando Euge entrou no quarto.

- Desculpa.

Lali nunca sentiu vergonha de ficar pelada na frente da mulher. Mas dessa vez ficou, diante daquele olhar descarado. Euge viu a tatuagem igual a sua. A morena se vestiu rapidamente.

- Podíamos sair à noite, tem um restaurante que você adora. – sugeriu a morena. 

- Claro.

          A tarde foi mais tranqüila, Duda tinha se cansado foi dormi cedo, Biel e os amiguinhos jogavam bola na quadra. Às 21h00min Lali e Euge saíram para jantar, foram num restaurante que a loira adorava. A noite foi bastante agradável, Euge não conseguia desviar o olhar da mulher a sua frente, Mariana ficava totalmente sem jeito. No final da noite ela insistiu que fossem a uma baladinha, Euge topou, antes tivessem ido para casa, Eugenia teve um comportamento inesperado, estavam numa boate da cidade, a loira começou a fletar com a DJ. Lali morreu de ciúme com o descaramento da mulher a noite terminou numa briga daquelas. 

- Você é muito ciumenta sabia! – falou Euge perdendo a paciência com os escândalos da morena.

- Ciumenta! – gritou – Eugenia você deu em cima daquela piranha na minha cara e quer 
que eu reaja como?

- Estava apenas conversando com ela.

- Não Eugenia, pensa que não vi você olhando para o decote dela. E seus olhares insinuantes.

Euge deu uma risada que irritou ainda mais Mariana que estava com toda razão. 

- Sou sua mulher deveria me respeitar – tinha um tom amargo - Você nem olha pra mim. – gritou Lali. Já chorando.

- Você não me interessa Mariana, será que não percebeu. Se estou aqui é pelos meus filhos! 

            Euge foi dura em seu comentário, percebeu que tinha ido longe demais, queria magoá-la mesmo sem saber o motivo, tinha conseguido. Lali encarou os olhos verdes, aquilo foi como um soco no estômago. Ela chorou diante de Eugenia, que na mesma hora arrependeu-se do que disse. Lali saiu a deixando sozinha... Euge começou a chorar também. Sentiu uma coisa estranha dentro de si. Teve inúmeros flashes, pela primeira vez teve uma lembrança nítida dela com a Lali, aquilo a apavorou. 
         Lali saiu sem rumo, parou no primeiro bar que encontrou, bebeu todas, chorou copiosamente. Seu coração doía... Doía mais do que quando pensou que tinha perdido a loirinha. Euge não conseguiu dormir, estava preocupada já eram 4 da madrugada e ela não tinha chegado. Ligou inúmeras vezes pra seu celular mais Lali não atendia. A morena chegou na manhã seguinte, sua cara não estava da melhores, pediu pros empregados arrumarem tudo porque iam voltar. Euge nada falou, a viagem de volta não podia ter sido pior. Assim que chegaram em casa, Lali pediu pra falar com a loira.

   - Não posso impor minha presença a ninguém... – Lali não conseguia conter as lágrimas, foi difícil chegar essa decisão, mas pensou em Eugenia, queria sua felicidade. – Eu realmente te amo, Eugenia, você lutou muito pra ficar comigo... Mas se seu amor se perdeu, não posso fazer nada... Quero vê-la feliz... Estou sendo egoísta te prendendo a mim... Se acha que a Larissa pode te dar o que não estou sendo capaz de te dar, então vai... Seja feliz, Duda e Biel sempre vão ser seus filhos... – Lali tinha pesar na voz, mas abriu seu coração, era o melhor a fazer, sabia que dificilmente seguiria sua vida adiante, mas pra ver Eugenia realmente bem, faria qualquer sacrifício. 

         Lali a deixou sozinha, era a única coisa que podia fazer. As palavras de Maria Eugenia doeram demais, sentia-se fracassada, não conseguiu resgatar o amor que existia entre as duas e isso a deixava arrasada. Não conseguia ficar em casa estava doendo demais seu coração, precisava de colo, buscou os braços da amiga Belén.
          Aquilo teve um efeito estrondoso em Eugenia, ela chorou, chorou como nunca, milhões de coisas passavam em sua cabeça, as lembranças de Lali, seu jeito doce de tentar se aproximar... Tudo aquilo causavam conflitos que a loirinha não conseguia controlar, no fundo sabia que não queria acabar. As horas iam passando, ela se sentia perdida, sufocada, vagava pela casa, cada pedacinho daquele lugar lhe dava uma sensação tão boa, parou diante o piano, começou a tocar melodias tristes como se quisesse por para fora toda sua tristeza. Tocou durante horas, incansavelmente, tocou músicas que nunca tinha visto as partituras, pelo que ela lembrava. Aquilo era a única coisa que a confortava.

Cantou uma música da sua cantora favorita. Lembrou-se de Lali em cada palavra, seu coração chorava. 

Trajetória
Maria Rita

Não perca tempo assim contando estória
Pra que forçar tanto a memória
Pra dizer
Que a triste hora do fim se faz notória
E continuar a trajetória
É retroceder
Não há no mundo lei que possa condenar
Alguém que a um outro alguém deixou de amar
Eu já me preparei, parei para pensar
E vi que é bem melhor não perguntar
Porque é que tem que ser assim
Ninguém jamais pôde mudar
Recebe menos quem mais tem pra dar
E agora queira dar licença, que eu já vou
Deixa assim, por favor
Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade, vamos manter a amizade
Mas não me queira só por pena
Nem me crie mais problemas
Nem perca tempo assim contando estória..

    As lágrimas invadiam o rosto de Eugenia, seu coração acelerou tão forte, permanecia de olhos fechado cantando e tocando, sentiu aquele perfume doce. Lali escutou do jardim aquela melodia, sabia que a loirinha sofria também. Entrou em casa a viu no piano, sabia que ela cantava pra ela, sentiu cada letra da música. Sentou-se ao seu lado dela. Euge terminou de toca a última cifra, as duas não se encaravam, ficaram em silêncio por longos minutos. Lali tocou nas mãos tremulas de Eugenia, que chorava silenciosamente.