Peter: pelo jeito percebi que nem isso posso... –desanimado.
Lali: eu não lhe dei a resposta ainda
Peter: não precisa nem falar, eu sei que é não.
Lali: e como você sabe? Não saiu da minha boca.
Peter: da sua boca não, mas da sua reação.
Lali: pare de analisar meu comportamento e preste mais atenção em mim.
Peter: e qual vai ser a resposta? – me pressionando
Lali: um beijo no rosto eu te permito... – sorrindo timidamente.
“Peter me olhou e sorriu com aquele sorriso irresistível, foi se aproximando mais de mim, a sensação que dava é que ele iria diretamente aos meus lábios, a cada centímetro que ele se aproximava meu coração disparava mais ainda, quando finalmente ele chegou até mim, senti somente os doces lábios tocando eu meu rosto, nesse exato momento senti um calafrio inexplicável...
Apesar de ter sido somente na bochecha, foi algo muito significativo”
Peter: agora ainda acha que o romanticismo é do passado?
Lali: no momento eu não acho nada... – eu estava completamente fora de mim.
Peter: está em estado de choque? Foi tão especial assim? – sorrindo
Lali: não quero ser rude, mas eu prefiro não dar comentários se é que me entende.
Peter: eu entendo. Mas saiba que pra mim isso já foi o suficiente pra ter uma experiência no amor.
Lali: mas como experiência?
Peter: a sensação de tudo isso, foi extraordinária.
Eu somente sorri á ele.
“A cada segundo que olhava para Peter, gostava dele ainda mais, senti uma bela sensação de ansiedade e felicidade ao mesmo tempo, também tive a sensação de que estava congelando, dessa vez não era somente eu, mas todos presentes no local, uma forte neblina desceu por todos os lados, não era possível enxergar o lago, e nem nada ao redor, somente Peter.”
Peter: eu acho que o tempo não quer colaborar com nosso passeio.
Lali: sim, está realmente muito frio. –cruzando os braços.
Peter: peque a minha blusa – tirando ela no exato momento.
Lali: não precisa, tudo bem.
Peter: eu insisto pegue – entregando a mim.
“Não sabia como resistir a todo aquele cavalheirismo, eu me senti num filme de romance. Enquanto vestia a blusa de Peter, percebi que um garotinho correu até uma árvore que havia do outro lado do lago, ele parecia me chamar até lá...”
Peter: o que foi Lali?
Lali: achei que era... – olhei novamente para o local e o garoto não estava mais lá.- deixa pra lá.
Peter: melhor não enrolarmos por aqui, essa friagem pode te fazer mal...
“Peter segurou na minha mão e fomos caminhando pelo mesmo local em que viemos, durante o trajeto, Peter contou um pouco mais dele, de suas experiências, jeito de ser e sonhos, mesmo com aquele frio todo, me sentia confortável ao lado dele... porém não fomos até o colégio, e sim ele me acompanhou até em casa.”
Peter: é uma bela casa...
Lali: é, ela é um pouco grande.
Peter: creio que seu irmão já deve estar aí.
Lali: ele somente chega á noite, junto com minha mãe que sai do trabalho.
Peter: e você vai ficar sozinha?
Lali: sempre foi assim desde minha infância.
Peter: sempre foi, mas não será mais.
Lali: o que quer dizer com isso?
Peter: te farei companhia até que eles cheguem, se você autorizar é claro.
Lali: acho que é melhor do que ficar em casa sozinha. – abrindo a porta.
“Peter entrou timidamente na minha casa, reparando em todos os detalhes e vendo minhas fotos de infância que estavam nas paredes em frente á porta.”
Lali: sinta-se em casa.
Peter: e o que podemos fazer enquanto seu irmão não chega? – sem jeito.
Lali: podemos assistir algum filme, Pato alugou um monte ontem.
Peter: boa idéia, qual deles iremos ver?
Lali: muitos são se violência ou terror, não fazem o meu tipo, mas podemos ver esse. – entregando a Peter.
Peter: “Diário de Uma Paixão”...é de romance?
Lali: mil vezes melhor que terror ou violência.
Peter: tudo bem...
“Enquanto Peter colocava o filme, fui até a cozinha, preparei chocolate quente e pipocas, quando voltei, o filme já estava em execução, quando estávamos prontos para assistir o filme, aconteceu o imprevisto...”